Como a transgressão se tornou um cliché da arte contemporânea

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Surgiu
ao redor dos modernistas uma classe de críticos e empresários prontos
para explicar por que não é uma perda de tempo admirar uma pilha de
tijolos, ou sentar calmamente para ouvir dez minutos de um som
excruciante, ou para estudar um crucifixo conservado em urina.


Para
convencer si próprios que eram os verdadeiros progressistas, que andam
na vanguarda da história, os novos empresários se cercaram de outros
da sua laia, promovendo-os a todos os comitês que eram relevantes para
seu status, e esperando para serem promovidos em troca. Assim surgiu o
establishment modernista – um círculo isolado de críticos que formam a
espinha dorsal das nossas instituições culturais.


“Originalidade”,
“transgressão” e “trilhando novos rumos”. Esses são termos de rotina
emitidos por burocratas dos conselhos de arte e pelo establishment dos
museus sempre que eles querem gastar dinheiro público em alguma coisa
que jamais sonhariam em ter na sala de casa. Mas esses termos são
clichês, assim como as coisas que eles costumam elogiar. Portanto a
luta contra o clichê acaba em clichê, e a tentativa de ser genuíno
resulta em falsidade.


Para quem lê em inglês, o original deste belo ensaio está aqui













 fonte: Politicamente Incorreto

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