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A Genuína Proposta Em Reinventar-se

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A Genuína Proposta Em Reinventar-se Essa noite, comecei a escrever e dei-me conta, que o que escrevia, parecia um conto. Um tanto surpresa, fiquei, pois até então só havia escrito poesias. Mas continuei. A caneta parecia deslizar na folha de papel, falando de coisas que só em pensamentos, admitia falar. Ou seja, minha identidade desvendada e desnuda por mim mesma. Era tanta novidade, tanto quanto , as reprises que relatava que por um momento, pensei que estava me confessando. Não sabia até onde isso poderia chegar, mas continuei. Entre uma pergunta, resposta e afirmações, redigi conceitos e visitei lugares distantes, e antes nunca conhecidos. Vitórias e derrotas sempre encaradas, como um desafio. De repente fui surpreendida com o bater de uma porta e a voz de minha mãe, perguntando o que era? Pensei! Vou parar! Mas de súbito, veio-me a lembrança de amigos de infância. Lembrei-me também do primeiro amor, nunca correspondido. Questionei: O que quero com isso? Até onde pretendo chegar

Sete artes cognitivo-ontológicas

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Sete artes cognitivo-ontológicas À semelhança de uma Esteganografia, tenciono realizar uma analogia com As Sete Artes Liberais – o Trivium e o Quadrivium – tão utilizados na Idade Média, para criar um método de abordagem em análise estética e filosófica (basicamente) que englobe um Enlevo Perceptivo (arte-enlevo, interface-enlevo, índice-enlevo e espiritualidade-enlevo) e uma Ascenção Perceptiva (Pedagogia-ascenção, Filosofia-ascenção e Teologia-ascenção). A Esteganografia é um método que assegura a transmissão segura de dados digitais na rede (web) ou numa intranet, a partir de algoritmo com a linguagem de programação Phyton. Uma Análise de Similaridade Estrutural de Imagens Esteganografadas com Python revela que uma imagem (foto, ilustração, gráfico) e sua versão esteganografada são extremamente similares e demonstram níveis de eficiência para a segurança (e para se obter uma cópia exata da imagem) muito grandes. Os aspectos gráficos das imagens são melhor conside

A Escola Eleática

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A Escola Eleática Os primeiros metafísicos entre os gregos foram os da escola Eleática. Eles foram os primeiros a duvidar da realidade da matéria e sentirem a dificuldade de distinguir entre conhecimento e ser, pensamento e existência. Os jônicos evidentemente assumiram a realidade do fenomenal. Os pitagóricos tomaram a realidade da mente ou do pensamento como a substância da matéria. Os eleáticos eliminaram a dualidade, concernindo a identidade do pensamento e da existência.  A transição de Pitágoras para a Escola Eleática foi fácil. A realidade do fenomenal é, em algum senso, admitida, mas estamos sem um certo critério de conhecimento da sua existência. A razão nos mostra o Um e isso deve ser absoluto e eterno. Xenophanes, o fundador do eleaticismo não nega, a escassamente talvez duvidada, realidade da matéria. Ele viu a contradição entre o veredicto da razão e os ensinamentos da experiência. O Um resolve toda a existência em uma unidade – uma essência eterna, impenetrá

Novo texto de minha autoria, Mauricio Duarte, sobre a poesia de Waly Salomão no Recanto dos Escritores

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Novo texto de minha autoria, Mauricio Duarte, sobre a poesia de Waly Salomão no Recanto dos Escritores . https://www.recantodosescritores.com.br/a-poetica-de-waly-salomao/

FRANK ABAGNALE E LAÉSSIO OLIVEIRA

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Texto do Escritor e Acadêmico Fernando Félix Carvalho, nosso antigo Presidente da AGLAC: FRANK ABAGNALE E LAÉSSIO OLIVEIRA Vi o documentário sobre a vida criminosa de Laéssio Rodrigues de Oliveira que se especializou em furtar livros, desenhos e gravuras raras. No início dos anos dois mil, os leilões se multiplicavam no eixo Rio-São Paulo e frequentemente seus catálogos registravam a presença de raridades bibliográficas, mapas antigos e obras dos renomados pintores viajantes dos séculos dezoito e dezenove que reproduziram em óleos e aquarelas a inebriante natureza da terra brasiliensis. E os preços subiam constante e vertiginosamente à medida que as disputas se tornavam guerras entre os arrematantes, ao som das ávidas marteladas dos leiloeiros. E muitas vezes essas preciosidades tinham como “proprietários” ladrões refinados na arte de subtraí-las das coleções públicas em museus, bibliotecas e arquivos. Laéssio começou furtando peças relativas à Carmem Miranda, revistas, foto

Deus... esse desconhecido...

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Deus... esse desconhecido... Não sei quando é, nem quando foi.  Nem tampouco sei se será algum dia. Mas de uma coisa tenho certeza, está sendo, sem se estabelecer no presente, foi, sem se estabelecer no passado, e será, sem se estabelecer no futuro. Do que estou falando? De Deus, lógico. Dele nada pode ser dito sem que se negue ao mesmo tempo a mesma assertiva. As teorias filosóficas e especulativas a Seu respeito nas diversas teologias, tratados e orações não dão conta da sua magnificência e grandeza infinitas.  Incomensurável é Sua imensidão e incognoscível Sua sabedoria.  Igualmente onipresente é Seu amor que a tudo permeia. Onipotente é a Sua ação e onisciente Seu discernimento. No entanto, há um abismo entre quem vê e quem não vê essa verdade. Muitos dirão que se trata de mera megalomania da igreja esse louvor a Deus. Sim, porque se somos feitos à imagem e semelhança de Deus, nossa centelha, fagulha, ou como queiramos chamar, nossa partícula divina presente em nós, s

Artes visuais

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Artes visuais Escrever sobre artes visuais é como tentar descrever uma sessão de meditação profunda.  Na verdade, é indescritível...  É preciso experimentar... As palavras são boas para o mundo objetivo, pragmático, direto que parece ser nosso destino no mundo dos negócios e das relações de trabalho, cuja utilização da tecnologia e da ciência sempre quiseram construir ou estiveram a serviço no projeto civilizatório.  Os poetas, músicos e compositores – e eu me incluo aqui, como poeta – irão imediatamente protestar.  A linguagem poética, no entanto, trabalha, em geral, na margem, quase como um desvio da linguagem da escrita ou da oralidade.  E é daí, talvez, que venha a sua maior força: a subjetividade, a dubiedade, o contexto fora de contexto que diz tudo com tão pouco, apenas... palavras... Ou chega ao âmago do sentimento, apenas com... palavras... As palavras, porém, já foram símbolos, antes de serem palavras.  Desde a escrita de Biblos, cidade fenícia de onde veio o alfab

Berkeley

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Berkeley O idealismo do bispo Berkeley terminou num tipo de panteísmo.   O primeiro estágio da sua filosofia era a negação da matéria em si mesma apartada da mente percipiente.   Locke tinha negado as qualidades secundárias da matéria, mas ele acreditava numa substância que era a realidade do mundo fenomenal.    Para Berkeley, o fenomenal tem realidade apenas como atividade da Mente eterna.   A criação não é o vir à existência de coisas que não existiam antes, mas apenas o ser delas sendo percebido por outras inteligências abaixo do divino. “Eu não nego”, ele diz, “a existência de coisas sensíveis que Moisés disse que foram criadas por Deus.   Elas existem de toda a eternidade no intelecto divino e então se tornam perceptíveis da mesma maneira e ordem como descritas no Gênese.   Para isto, eu tomo a criação como pertencendo a penas a coisas que dizem respeito a espíritos finitos, onde não há nada novo para Deus.” (Carta à Lady Percival).   As coisas reveladas aos sentidos s

Paulo Coelho

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Leia o novo texto de minha autoria da Coluna do Divulga Escritor .  https://www.divulgaescritor.com/products/paulo-coelho-por-mauricio-duarte/

A espiã por Paulo Coelho

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A espiã por Paulo Coelho                 O livro A Espiã, livro de Paulo Coelho, é o tema do meu texto Meu Patrono Visto Por Mim.  Sendo a primeira incursão de Paulo Coelho no romance “meta-histórico”, entre a ficção e a não-ficção, utilizando-se de personagens históricos e fatos reais, mas com livre voo da imaginação criadora, o livro é muito envolvente e tem a marca da novidade.  Para mim, a novidade foi dupla, porque encontrei uma promoção da Amazon Audio Books, onde se cadastrando, pude ouvir o livro gratuitamente.  Dupla novidade realmente, nunca tinha ouvido um livro nessa mídia.                 A história gira em torno da vida e do mistério da atriz e dançarina Marguaretha Geertruida Zelle, mais conhecida como Mata Hari, a mulher que ousou ser uma mulher desinibida e livre numa época em que o comportamento feminino deveria ser recatado e estar a um passo atrás dos homens.                 A narração, feita pela própria Mata Hari, é extremamente fluída e dá um tom ent

Sintonia com o divino

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Leia o texto  "Sintonia com o divino"  de minha autoria, Mauricio Duarte, na Revista Divulga Escritor no. 35 . Revista Literária da Lusofonia . Uma revista maravilhosa tanto em conteúdo quanto em design . https://issuu.com/smc5/docs/35_divulga_escritor_revista_literar/105

Mãe: nossa alma feminina

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Minha participação especial na Revista Divulga Escritor em sua 34a. edição com o texto em homenagem às Mães, Mãe: Nossa Alma Feminina, de minha autoria, Mauricio Duarte. Mãe: nossa alma feminina Se fosse possível representar o conceito de Mãe com um dos elementos constitutivos da nossa existência, ou da nossa essência, a Mãe seria a nossa alma. Não seria o nosso corpo, repleto de necessidades físicas, nem o nosso espírito, repleto de diretrizes puras.  Seria a nossa alma... A alma é que cuida dos detalhes da nossa vida.  Embora não tenha um centro, ela procura as virtudes modestas e protetoras, ela cuida da totalidade da vida, trazendo o local adequado, que é central e limitado.  Ela é emoção total, concedendo gosto, contato e habitação ao espírito.  O espírito poderia ser o Pai, seguindo essa trajetória de “brincadeira na representação”. E por sua vez, o espírito torna a alma mais leve, capaz de desfrutar o mundo sem ser ferida pelo mesmo mundo de forma séria.  No final d

A aridez como verdade

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A aridez como verdade Em Graciliano Ramos sempre o menos é mais. Nos livros Angústia, Vidas Secas e São Bernardo o mínimo de metáforas e evocação de imagens transmite o máximo de sensações e emoções. O ascetismo do estilo revela o jeito rude do sertanejo, ou a insofismável crença no lucro do fazendeiro, ou o ódio e o rancor do homem do interior que se adapta à vida na cidade. Fabiano, de Vidas Secas, é, a um só tempo, bicho e homem. O narrador de São Bernardo não tem valores morais, é egoísta e materialista. Luís da Silva, de Angústia, é empurrado do interior para o movimento da cidade, deprimido e frustrado. “Nunca pude sair de mim mesmo”, diz o autor em entrevista. Existem obras – literárias ou artísticas – que explicam o homem. No caso de Graciliano é o contrário que ocorre. O que de mistério poderia existir no homem, ficou reservado para seus romances. Homem que se retira para a cólera, solitário, fugidio. Nele se estabelece que na obra artística ou literária, só o ódio cri

A vida interior

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A vida interior A vida interior de cada um tem luz, tem trevas, tem mistérios, sombras e espectros, tem verdades, compaixão e anjos.  É povoado de vários habitantes...  E em que o conhecimento ou o autoconhecimento pode nos auxiliar nesse sentido?  Em que conhecer a própria vida interior pode nos ajudar? Ter uma rotina atribulada, ter planos urgentes, ter metas irrevogáveis é, a longo prazo, distanciar-se de sua própria vida interior.  Por que?  Porque demorar-se num ritmo de tempo íntimo consigo mesmo e amparar sua alma e espírito em uma casa que possa ser chamada de lar, é necessário.  Esse lar, que é tanto a sua mente quanto o seu corpo, o homem entendido integralmente e holisticamente como um todo, nos mostra o caminho para fazer de si próprio o seu guia interior.   O guia interior emerge desse modo, quando damos a ele um espaço de tempo para que possa existir.  Pessoas intelectuais teriam mais facilidade para contatar seu mundo interior?  Talvez.  Se você consegue demorar