Tentando justificar a ausência de escritores liberais e conservadores na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) deste ano, assim se pronunciaram seus mais destacados representantes: Miguel Conde, curador: "Não acho que escritores associados à direita sejam numerosos. Tenho até dificuldade em pensar em nomes." Sérgio Miceli, membro da principal mesa de debates: "Bons pensadores à direita são peça rara no País." Milton Hatoum, conferencista encarregado da palestra de abertura do evento: "De escritor importante no Brasil, não me lembro de nenhum de direita." Dada a relevância dos personagens, não creio exagerar ao supor que suas opiniões e seu nível de cultura exemplificam a média dos participantes, excetuada a hipótese, hedionda mas plausível, de que ela vá daí para baixo. Nesse sentido, a FLIP é a mais espetacular amostra viva da completa destruição da alta cultura