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A aridez como verdade

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A aridez como verdade Em Graciliano Ramos sempre o menos é mais. Nos livros Angústia, Vidas Secas e São Bernardo o mínimo de metáforas e evocação de imagens transmite o máximo de sensações e emoções. O ascetismo do estilo revela o jeito rude do sertanejo, ou a insofismável crença no lucro do fazendeiro, ou o ódio e o rancor do homem do interior que se adapta à vida na cidade. Fabiano, de Vidas Secas, é, a um só tempo, bicho e homem. O narrador de São Bernardo não tem valores morais, é egoísta e materialista. Luís da Silva, de Angústia, é empurrado do interior para o movimento da cidade, deprimido e frustrado. “Nunca pude sair de mim mesmo”, diz o autor em entrevista. Existem obras – literárias ou artísticas – que explicam o homem. No caso de Graciliano é o contrário que ocorre. O que de mistério poderia existir no homem, ficou reservado para seus romances. Homem que se retira para a cólera, solitário, fugidio. Nele se estabelece que na obra artística ou literária, só o ódio cri