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"Poema em Linha Reta"

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"Poema em Linha Reta" “Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mund

Linha, ponto e plano

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Academia Virtual de Letras Patrono: Paulo Coelho Acadêmico: Mauricio Duarte Cadeira: 39 Linha, ponto e plano Linha: delimitação no espaço, conjugando pontos bem juntos, ao redor do branco da folha, solidão só desse tracejar. Ponto: um marco estabelecido para iniciar ou para terminar, neste centro de onde converge o tudo e o nada, desvanecendo. Plano: criação do que está à frente ou do que está naquele fundo, ilusão do bidimensional, a nos trair hoje, sempre e sempre. Linha, ponto e plano traçados, o artista vislumbra o infinito, margeando uma dor pela angústia, criando tachismos ao bel prazer... Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)