Malebranche Para Malebranche a diferença entre ele mesmo e Espinoza parecia infinita. E externamente isso era verdadeiro. Espinoza era um judeu, excomungado da sinagoga; Malenbranche um padre cristão. Um foi educado na Cabala, o outro transitava nos escritos de Santo Agostinho. Mas grande como eram as diferenças externas, julgamentos imparciais simplesmente reconectaram esses dois professores de teologias análogas. Descartes, como nós temos visto, admitia dois tipos de substância – a criada e a incriada – mas na realidade a última era apenas substância real. Espinoza viu essa inconsistência e fez das substâncias criadas acidentes ou modos da incriada. Mas essas substâncias criadas são evidentemente de dois tipos – a espiritual e a material. Elas podem ser reduzidas a uma, ou são, na sua essência, inteiramente distintas? Descartes tinha a última opinião. Espinoza sustentava a primeira. Disto resultou sua crença na unidade original do pensamento e da substância