terça-feira, 3 de dezembro de 2013

No Caminho dos Livros

Vamos aprender a deixar o processo literário mais dinâmico possível. Existem muitas ideias que ainda podem ficar desorganizadas e estacionadas, faltando poucos detalhes para enfim ser organizado de vez e inserido para o caminho editorial. Esta aula está bem resumida, portanto se quiser saber mais sobre como criar título e desenvolver personagens, entre outras coisas, sugiro que acompanhe as minhas postagens anteriores, no blog da SAL.

1- Escrevendo
Desenvolva a ideia, com sinopse, personagens, ambiente, vilões, conflito, desfecho e moral da história. Todo livro precisa disso e agir nesse compasso. Não tente viajar demais porque você pode perder o rumo da história e se perder nela, a ponto de desanimar no engajamento.
Dica: Toda reportagem de jornal é uma boa sinopse. O que vai torná-la especial é a forma em que você vai ilustrá-la. É igual receita de bolo; é igual pra todos, mas pode ficar melhor, dependendo dos ingredientes utilizados e do empenho de seu cozinheiro.
Faça um bom planejamento de roteiro;
Organizando tudo, você terá o argumento (eu gosto de chamar de "esqueleto");
Escreva em tópicos, o que os personagens vão fazer; evitando diálogos (deixe isso para quando for escrever pra valer);
Se achar que o argumento está muito curto (8 páginas dá em torno de 40 laudas, o equivalente a 100 páginas de livro 14X21 cm), acrescente dois enredos paralelos e os desenvolva junto com a obra. As novelas são longas porque desenvolvem mais de 40 enredos simultâneos;
Comece a praticar com pequenos contos e crônicas. Observe o cotidiano para se inspirar;
Reunindo tudo, encare a tela em branco e mande brasa, tecendo o argumento e transformando em roteiro.

2- Construindo a obra
Procure escrever no bloco de notas (salvando várias vezes), para praticar mais a sua ortografia. Depois vai colando os capítulos no word, fazendo as eventuais
correções;
Comece cada capítulo com um momento questionador, fazendo o leitor se sentir cúmplice da trama e sempre feche o capítulo com um suspense, fazendo o leitor ter vontade de continuar a obra;
Escreva sempre de bom humor;
Faça intervalos na escrita e nunca escreva com sono ou indisposto;
Use a parte mais conflitante e intrigante da história e transforme-a em título do
livro.
Revise várias vezes a história.

3- Registrando
Encaderne de forma numerada e leve à Biblioteca Nacional, depositando o valor da taxa no Banco do Brasil;
Eu recomendo não enviar as encadernações para as editoras convencionais. Você leva de 6 a 12 meses para receber um "Não" formalizado;
Editoras convencionais dificilmente contratam escritores iniciantes. Então, mãos na massa pra ganhar reconhecimento;
Invista no aprendizado para construir o visual gráfico de seu livro. A economia será de até 300%. Um livro de 100 páginas fica em torno de R$ 300 (30 exemplares) na gráfica e as vendas totalizam um lucro de até 100%;
Faça um blog e páginas oficiais em redes sociais;
Faça propaganda virtual, divulgação de resenhas em blogs, promoções, descontos e sorteios.

4- Editoras por demanda
As editoras por demanda são gráficas especializadas no serviço editorial. São excelentes para construir e expor o seu livro à venda. Mas eles não passarão disso. O empenho de marketing literário é todo seu;
Aprenda a simplificar ao máximo os seus serviços, solicitando apenas a impressão dos livros;
A porcentagem de venda é de 10 a 20%. Em poucos casos, 30%;
Faça o orçamento antes, porque o serviço pode ficar barato na arte, mas caro demais na impressão e preço final. Daí você terá que comprar um lote para baratear e vender por conta própria. Veja só; você acabou trabalhando duas vezes para a editora e ainda vai ajudar a divulgar os serviços deles!;
Se você vai publicar muitos livros, aprenda de uma vez a ter sua própria editora, economizando e lucrando mais.

5- Livro publicado
O autor é responsável pela divulgação e marketing;
Apareça em eventos, levando pelo menos 2 livros na mochila. Logo aparecerá uma oportunidade para falar sobre seu trabalho e você acabará vendendo um livro inesperadamente;
A internet é uma grande aliada do escritor. Use e abuse de blogs, redes sociais, Twitter, Facebook, Skoob, lista de e-mails, e quando criar promoção, apresente as novidades;
Procure redação de jornal local e leve um exemplar, pedindo uma matéria. Faça o mesmo nas emissoras de rádio;
Mantenha o seu nome "aquecido" no mercado virtual, anunciando novidades, promoções, notícias, parcerias e colaborações culturais;

Muito cuidado para não cair no "conto do vigário", com parcerias mirabolantes e projetos embrionários. Seja esperto sempre!


Leo Vieira

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Você Realmente quer ser Escritor?

A intenção é ir direto ao ponto e fazer você, leitor e/ou escritor ou aspirante a
um, pensar e rever melhor os seus conceitos para saber se é realmente isso que você deseja. Nem sempre estamos seguindo as nossas próprias vocações. Saiba também que vocação é uma coisa e talento é bem outra. Muitas vezes podemos apenas estar nos entregando à modismos e tendências, o que pode fazer a nossa trajetória ilusória e até mesmo frustrada, resultando em uma grande e dolorosa decepção.
Antes de tudo, saiba que o ofício da escrita não se resume somente a elogios de blogueiros coleguinhas e da família coruja. Há um mundo perverso lá fora, cujas críticas, sejam construtivas ou não, podem ser desferidas e sentidas como um tapa com luva de ferro. Então saiba a ter um bom senso perceptivo para discernir e absorver tais comentários, que até podem ser difamatórios.
Todo mercado é competitivo e ninguém ficará de braços abertos para a concorrência.
O mercado literário é uma cova de leões famintos, onde poucos sobrevivem. É
literalmente uma lei da sobrevivência. Os mais fortes (os que mais vendem) são imediatamente recolhidos da selva e levados para uma classe mais visível. Existem muitos casos de escritores independentes que logo caíram nas graças das grandes editoras, após notarem seu rápido e considerável crescimento. A intenção do artigo não é passar o "be-a-bá" da situação, mas prepará-lo para a realidade. Se for esperto, aprenderá a ir ainda mais longe com esses conselhos.

Você é escritor ou Aspirante a Escritor?
A diferença é: O primeiro foca em atingir metas literárias mais distintas,
aprimorando suas habilidades e destacando suas referências, além de melhorar os hábitos de escrita, publicar livros, ser colunista em blogs, dar entrevistas em sites, promover eventos literários, representar projetos culturais, entre outras tarefas em prol da arte.
O segundo apenas cruza os braços e espera o dinheiro do primeiro livro cair do céu e as oportunidades surgirem de bandeja.
A trilha literária é íngreme e é formada por muitos degraus, que vão ficando mais altos em alguns momentos iniciais.

1-Ser escritor é profissão e um profissional não trabalha de graça
Partindo para a primeira dica, você começará a se tornar conhecido na blogosfera e também requisitado para muitos projetos. Preste bem atenção e aprenda a discernir o que é parceria e o que é oportunismo. Ser colunista em um blog é parceria e uma ótima oportunidade de divulgar o seu trabalho (eu participo em 15 páginas). Agora, revisar um livro, colaborar escrevendo uma peça, entre outras "ajudinhas" de graça (com a promessa de uma divulgação para um suposto e mirabolante projeto) é oportunismo dos seus "clientes", onde somente eles ganharão dinheiro e te adornarão com um crachá de paspalho.

2-Cumpra regras e seja honesto
Lembra que falei que "a trilha literária é íngreme e é formada por muitos degraus, que vão ficando mais altos em alguns momentos iniciais"? Pois é; um tropeço e você cai rolando abaixo com o peso da infâmia. Seja ético e profissional em tudo o que fizer. Seja original em seus textos. Eike Batista perdeu dezenas de bilhões por mentir sobre os seus serviços e não cumprir metas. Mas o prejuízo maior com certeza foi de perder o prestígio e o respeito de grandes clientes por  todos os países onde ele é conhecido.

3-Seja duro na queda
No Boxe, o mais importante não é a potência do soco, mas a resistência do lutador. Se o escritor escreve, mas não aguenta uma crítica, ele terá uma trilha curta, porque logo desistirá de percorrer. Aprenda a filtrar as críticas, retendo apenas as construtivas. As críticas que não tiverem valor algum, você as guarda e demonstre ao oponente o quanto equivocado e infeliz foi o tal comentário.

4- Seja Humilde sempre
Escrever é como estar em uma montanha russa; tem ação, emoção, diverte, mas também tem os seus altos e baixos. Então mantenha a mesma simplicidade, não importa o patamar em que esteja. Você sempre vai precisar de seu público e companheiros literários. Então seja sempre gentil e acessível a eles.


Se você realmente quer ser um escritor profissional, a ponto de viver totalmente do ofício, coloque essas regras na mente e os quatro tópicos na prática.



Leo Vieira

sábado, 23 de novembro de 2013

Escritor Gonçalense Recebe Honra ao Mérito Teológico

O escritor e teólogo Leo Vieira (secretário da SAL) foi outorgado com o diploma e a medalha de Honra ao Mérito Teológico, pelo Instituto Teológico Adonai (ITEAD), em Minas Gerais, com reconhecimento da Ordem dos Ministros Evangélicos Nacional (OMEN). A outorga é pelo reconhecimento do trabalho em prol de um mundo melhor e em agradecimento ao apoio e contribuição a causa do ensino teológico no Brasil.

Leo Vieira também é professor, capelão, evangelista, patrono na Academia Brasileira de Ministros Evangélicos e Teólogos (ABMET) e colaborador nos blogs "Pensamento Cristão", "Universo Teísta", "Apologética Cristã", "Cai a Máscara", "Menina dos Olhos de Deus" e "O Evangelho Puro". Todas as atividades são prestadas de forma voluntária.
Para o próximo ano, Leo Vieira prepara o lançamento de um jornal mensal (e virtual) com seções de temática cristã; a publicação de livros religiosos (já prontos) e o registro de uma instituição missionária. Todas esses projetos continuarão a ser realizados sem fins lucrativos.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Desenvolvendo uma Biblioteca Comunitária

A principal meta de um escritor é se tornar reconhecido como escritor.
O principal argumento que possa alegar o ofício do escritor são os seus livros
publicados.
Para que um escritor tenha muitos livros publicados, é conveniente que ele tenha livros vendidos.
Para que um escritor venda muitos livros, é necessário que ele seja um escritor
militante.
Para ser militante, um escritor precisa escrever muito.
Para escrever muito, nem sempre um escritor precisa apenas escrever livros.
Se um escritor não tem como publicar muita coisa, ele pode publicar em blogs.
Se um escritor publica muita coisa em blogs, ele pode conquistar leitores.
Os leitores conquistados vão acompanhar o que ele tiver publicado.
Com as vendas de suas publicações, o escritor pode publicar mais livros.
Com mais livros publicados, o escritor pode vender mais e poder investir mais.
Se ainda assim, o escritor achar cansativo e quiser andar mais devagar, vamos focar então na meta de despesa menor de investimento.

O escritor precisa se tornar conhecido, mas também precisa fazer boas ações
literárias.
Vou ensinar a fazer "Heroísmo Literário".

Um empresário quando se envolve em filantropia, precisa fazer algo pela sociedade a qual obteve sustento por meio dela. Isso é uma forma de gratidão, além de abatimento de impostos.
No caso de nós, escritores, precisamos defender e proteger o nosso espaço
literário, desenvolvendo os leitores de amanhã (literalmente, porque eles se
interessarão mais por suas obras).
Uma das alternativas é preparando a "trincheira" que receberão as nossas "armas" (livros). Esse arsenal precisa estar bem preparado e nada melhor que o próprio capitão para fazer essa tarefa tão nobre e digna de admiração.

Tópico 1: Local
Defina o espaço que receberá a sua obra e motive os soldados a cuidarem do acervo. Existem escolas em lugares carentes, condomínios e instituições que não possuem biblioteca organizada. Se ofereça para desenvolver a atividade, designando tarefas para professores, funcionários e alunos.
Material: uma sala com prateleiras, mesa e cadeiras, um fichário e, se possível, um computador para controle dos livros e dos usuários.

Tópico 2: Organização
Verifique os livros que estão no local e separe por classificação. Você também pode designar os funcionários para conseguir doações entre eles. Se a instituição tiver verba, negocie com as editoras com compra especial com desconto. Se a instituição for filantrópica, desenvolva a carta timbrada na prefeitura para que consiga doação.

Tópico 3: Catálogo
Com as obras reunidas, faça catalogação das mesmas, organizadas por temas nas prateleiras (ficção, infantil, técnico, enciclopédia, etc)
Cada aluno deverá fazer uma ficha, a qual ficará registrada virtualmente, ou por
fichário (nome, RG, CPF, endereço, e-mail e telefone). A retirada dos livros não
terá custo, mas esboce uma taxa simbólica de multa, caso não seja devolvido no prazo. A multa não tem intenção de punir o leitor, somente para ressaltar a
responsabilidade.

Fazendo isso, você terá até o mérito de ter a biblioteca batizada com o seu nome (!). Depois, visite regularmente e acompanhe as novidades. Crie circuitos literários, rodas de leitura, palestras, leitura para crianças, entre outras atividades na biblioteca.


Essa tarefa é muito nobre e conveniente para cada escritor. O resultado são reconhecimento, prestígio, respeito e divulgação cultural literária.



Leo Vieira

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mantendo a Ordem na Biblioteca

Lembro-me muito bem de minha infância, onde a estante era racionada com brinquedos e livros. Vários livrinhos coloridos foram ganhando espaço a ponto dos brinquedos serem "despejados" e ganharem um novo lar no baú de madeira. Depois foram gibis, mais livros e depois comecei a não ter mais espaço para organizá-los. Minha mãe sugeriu que os que eu não consultava muito ficassem em uma caixa.
Algum tempo depois, quando me deu vontade de reler, decidi revisá-los e pra meu desgosto, alguns deles estavam consumidos de traças. Tratei de providenciar outra prateleira e lá foram eles de volta para de onde nunca deviam ter saído.
Atualmente, tenho algumas estantes e prateleiras com muitos livros e uma pequena pilha de gibis.
É muito importante desde cedo aprender a cuidar de seu acervo pessoal. Todos nós devemos ter o espaço pessoal para armazenar nossos livros. O ideal seria um cômodo próprio para as estantes, com uma poltrona ou puff (para as várias horas de leitura) e uma escrivaninha (para o caso das anotações). Mantenha o local bem arejado e iluminado. É importante que a biblioteca também fique sempre limpa e organizada.
Mas caso você não dispõe de espaço, faça então com que a sua sala ou o seu quarto fique organizado para a permanência de suas estantes e prateleiras, assim também com a sua constante manutenção.

- Organize os livros de ficção em uma ala própria;
- Livros de arte, Atlas, dicionários e outros livros volumosos e grandes devem ficar no alto;
- Não coloque livros deitados empilhados porque o peso os deformarão com o tempo;
- Somente revistas e jornais que devem ficar deitados e empilhados e por ordem de lançamento, com as edições mais recentes por cima;
- Não deixe os livros no fundo da estante porque acumula poeira, tira a beleza do acervo e pode dar mau hábito para acomodar e pendurar coisas inúteis;
- Porta-retratos ficam melhor na escrivaninha. Evite por qualquer outra coisa na
estante;
- Quando for tirar o pó das estantes e prateleiras, observe se não há alguns livros e revista de que não precisará mais. Doe-os à uma biblioteca ou instituição.


Bibliotecas, assim como uma lar e um veículo, também necessitam de manutenção. Saiba dar atenção, limpeza e atualização de seu acervo sempre que necessário.


Leo Vieira

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Dando Potência na Escrita

É muito comum o "vácuo nas ideias" surgir em algum momento, seja com quem for. O escritor ficava horas encarando o papel vazio na máquina de escrever e hoje continua assim, encarando a tela branca do Word. Vamos falar um pouco sobre prática.
O aspirante a desenhista começa a encarar o seu maior desafio ao analisar o desenho complexo permeado de sombras, texturas e detalhes. Ele imediatamente pensa no tempo e dedicação que gastará para detalhar tudo aquilo. O desenhista precisa aprender que não se aprende a construir um desenho da forma mais complexa. Desenho são formas geométricas aplicadas com alguns detalhes. Ele desenha o "esqueleto" de sua ideia e daí o desenho vai ganhando forma.
Organize o tamanho e proporção de sua arte, com linhas horizontais e verticais. Você agora já sabe o espaço que deverá respeitar ao apresentar o seu desenho. Depois, esboce as formas geométricas que se assemelharão com o seu desenho, seja ele um vaso, um carro, um prédio ou um personagem. Círculos, quadrados, retângulos e cilindros serão desenhados antes de formar o desenho. Em seguida, comece a desenhar por cima esses detalhes. O seu desenho está ganhando identidade e vida. A sua arte nasce finalmente.
Não é tão fácil assim. O bom desenhista é aquele que pratica muito. Repita a operação e verá que não será tão difícil quanto da última vez. Quando você faz uma história em quadrinhos, repete tanto o procedimento de desenhar o mesmo personagem que ele acaba fluindo automaticamente. Charles Schulz (Peanuts/Charlie Brown) revelou ter desenhado a cabeça redonda do personagem mais de 50 mil vezes. O que diria os animadores então, sendo que cada segundo de desenho animado tem em média 24 desenhos por segundo?
Agora, vamos focar na questão da literatura. Assim como as formas geométricas giram ao redor de tudo e estão camufladas por todos os cenários no campo visual, as histórias e personagens também estão disponíveis ao escritor, como se fosse um gigantesco pomar onírico, só esperando a sua colheita e que você use os ingredientes para você por a mão na massa na construção e ornamentação de sua obra.
            Se você não tiver ideia alguma do que começará a escrever, faça um pequeno exercício, como se fosse um hábito. Comece narrando o dia, como se fosse um diário, mas sob a perspectiva de um personagem:
"Hoje acordei com preguiça e sem vontade de fazer nada. Abri a cortina e olhei para a janela e o dia estava bonito, mas não estava o meu estado de espírito. Fui tomar café e me arrumei às pressas para mais um dia rotineiro..."
Preencha tudo isso em uma lauda, focando e mesclando conflitos pessoais com coisas boas, como se fosse um ritmo. A escrita deve caminhar em um compasso, com surpresas boas e ruins.

-Apresentação;
-Saindo na rua;
-Primeiro conflito;
-Dúvida e desafio brotando;
-Voltando para casa;
-Pensativo sobre o conflito;
-Encontro com o coadjuvante;
-Problema paralelo;
-Ápice do problema e conflitos unidos;
-Solução do enígma;
-Desfecho.

Esses tópicos preenchem um conto de 20 ou 25 páginas em formato A5, narrado em primeira pessoa, na qual é mais difícil, por não poder expandir tanto nos demais personagens. No caso de uma obra em terceira pessoa, a obra pode ficar muito maior, porque o autor pode narrar e apresentar outros personagens, em várias perspectivas e até recheá-la com histórias paralelas. Primeiro faça teste com crônicas menores. Depois passe para contos deste exemplo. Quando se sentir mais seguro, desenhe as "formas geométricas" de sua obra e com o "esqueleto" pronto (esboço do início, meio e fim) determine os personagens que participarão e siga em frente com a escrita. Nunca escreva sem rumo e sem conceito do que quer passar e para onde vai chegar. Não se comporte como um viajante sem rumo. Tenha em mãos o "mapa" de sua obra.

Boa sorte e boa viagem!


Leo Vieira
Membro e Secretário da SAL

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Espécie marinha exótica é reencontrada na Baía de Guanabara após 17 anos




Débora Motta

                                                                     Divulgação
   
    Ciona intestinalis costuma competir com outras
    espécies marinhas por espaço, comida e oxigênio
Os oceanos guardam mais surpresas do que se pode imaginar. Pesquisa coordenada pelo biólogo Luís Felipe Skinner, do Grupo de Ecologia e Dinâmica Bêntica Marinha da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), registra a ocorrência de uma espécie marinha exótica nas águas da Baía de Guanabara, na região da Urca: a Ciona intestinalis. "Esse animal é uma espécie de ascídia, que é um cordado primitivo", explica o professor. A última vez que a espécie foi encontrada próxima à entrada da baía, na Urca, foi em 1991. "Desde essa época, os especialistas chegaram a acreditar que ela tivesse desaparecido das águas da Guanabara, e até mesmo dos mares brasileiros", conta Skinner, que recebeu auxílio da Fundação para a pesquisa por meio de um APQ1. A expressão "espécie marinha exótica" refere-se a todas as espécies do mar que se estabelecem, devido à ação humana, em um território onde estavam originalmente ausentes. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário. "As espécies exóticas são um dos principais problemas derivados do intenso tráfego marítimo no mundo. Elas podem viajar aderidas nos cascos ou então na água de lastro de embarcações e plataformas, estando associadas à atividade portuária", diz o biólogo, que ainda desconhece a origem da Ciona intestinalis presente na Baía de Guanabara.
A introdução de espécies marinhas exóticas em um novo ecossistema pode trazer efeitos negativos. De acordo com Skinner, dois casos que ilustram os prejuízos causados pela introdução dessas espécies em novos habitats são o mexilhão-zebra, nos Estados Unidos, e o mexilhão dourado, na Bacia do Prata: "A introdução do pequeno bivalve (mexilhão), conhecido como mexilhão-zebra, na região dos Grandes Lagos dos Estados Unidos trouxe impactos econômicos da ordem de um bilhão de dólares anual para o seu controle. A invasão do mexilhão dourado, outro molusco, também traz grandes prejuízos na Bacia do Prata. Esses animais se proliferam e entopem dutos de transporte de água e de escoamento da rede de esgoto, além de reduzirem a passagem da água nas usinas hidrelétricas."
No caso da Ciona intestinalis, o biólogo ainda não observou danos ao ecossistema marinho da baía, mas não descarta a possibilidade de efeitos negativos. "Embora não represente nenhum problema aparente para o ecossistema da Baía de Guanabara, em muitos locais do mundo, como na Austrália, a Ciona é conhecida por competir por espaço, alimento e até por oxigênio com outras espécies nativas, impedindo seu crescimento e até mesmo reduzindo a biodiversidade. Ela pode inclusive levar à morte espécies de interesse comercial, como mexilhões e ostras, principalmente em cultivos", alerta.
 Divulgação 
     
 Armadilha colocada no mar isola a espécie
 exótica dos peixes, predadores naturais  
A origem do nome da Ciona intestinalis é uma alusão a sua aparência peculiar. O revestimento externo de seu corpo (túnica) é bastante fino, macio e transparente, o que permite a visualização dos órgãos internos. "Devido a essa característica, a espécie é muito consumida por outros animais, especialmente pelos peixes. Essa predação natural explica porque ela não foi observada nas águas da baía nos últimos 17 anos", diz Skinner, acrescentando que desconhece casos em que a Ciona intestinalis tenha prejudicado os peixes que a consumiram. Para encontrar a espécie, a equipe de biólogos marinhos da Uerj realizou experimentos que tiveram como base uma tática de contenção dos predadores naturais da Ciona intestinalis, que vive em ambientes com até cerca de 200 metros de profundidade. "Colocamos uma armadilha, formada por caixas plásticas com blocos de granito em seu interior, mergulhada no mar da Urca, a uma profundidade de um metro e meio, para servir de local de colonização para a Ciona. Impedimos assim a aproximação dos peixes que se alimentam da Ciona, fechando a armadilha com telas. Em apenas 15 dias encontramos a espécie", diz o professor. E prossegue: "A falta de experimentos desse tipo – que impedissem os peixes de ter acesso à Ciona e a devorassem – certamente contribuiu para que ela não tenha sido registrada nas águas da Guanabara por esse período de 17  anos. A espécie sofreu predação."
Além de avaliar a espécie exótica, a pesquisa – enviada para análise do periódico britânico Journal of Marine Biology Association of United Kingdom – tem como objeto de estudo outros animais da fauna marinha. "O estudo, que tem prazo previsto até o fim do próximo ano, também propõe ampliar os conhecimentos sobre a diversidade da fauna marinha em diversos pontos da Baía de Guanabara, para conhecer melhor o ecossistema e relacioná-lo com os impactos da poluição orgânica e industrial", diz Skinner. Ele adianta que outras espécies marítimas exóticas devem ser registradas no local durante a pesquisa.



© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Como ser eficiente na escrita?

Ando apresentando diversas dicas úteis sobre como organizar melhor suas construções literárias. Como em qualquer outro trabalho, é comum surgir um momento de cansaço, indisposição, desatenção, entre outro empecilhos. Neste caso, seguem dicas importantes para desenvolver melhor suas atividades.

No teatro e na academia, ficamos um tempo de aquecimento. Da mesma forma, na escrita precisamos de tempo para preparação. Alternar atividades paralelas atrasam muito e despreparam a mente. Portanto, cuide de um texto de cada vez.

Assim como as máquinas que esquentam, nossa mente também sobrecarga e o nível de atenção diminui, provocando perda de concentração (aquele "branco" nas ideias e vácuo na escrita). Beba água, café e vá para a janela. Permita um intervalo de 5 minutos a cada hora.

Mesa com muitos papeis e objetos também não ajudam no momento de escrita. Mantenha tudo limpo, organizado e acessível. Procure digitar sem nenhum navegador aberto, nem que seja para habitual pesquisa.


Coloque em prática as ideias e verá como será produtivo seu tempo e quão notável ficará a qualidade de suas obras.


Leo Vieira
Membro e secretário da SAL

Dia Nacional do Livro




No dia 29 de outubro é comemorado o dia nacional do livro.

Para a primeira biblioteca do Brasil, Portugal disponibilizou um acervo bibliográfico muito rico, vindos da Real Biblioteca Portuguesa, com mais de sessenta mil objetos. O acervo era composto por medalhas, moedas, livros, manuscritos, mapas, etc.

As primeiras acomodações da Biblioteca foram em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro.

A escolha da data foi em razão da transferência da mesma para outro local, no dia 29 de outubro de 1810, fundando-se assim a Biblioteca Nacional do Livro, pela coroa portuguesa.

Da data da fundação até por volta de 1914, para se fazer consultas aos materiais da biblioteca era necessária uma autorização prévia.

Os livros são um conjunto de folhas impressas, onde o escritor coloca suas ideias, a fim de deixá-las registradas ou para que outras pessoas possam tomar conhecimento das mesmas. Eles podem variar no gênero dos textos apresentados, sendo documentário, romance, suspense, ficção, autoajuda, bíblico, religioso, poema e poesia, disciplinas escolares, profissões e uma infinidade de áreas.

Para se publicar um livro, o autor deve procurar uma editora a fim de apresentar seu material, que deverá estar devidamente registrado em cartório, para garantir os direitos autorais.

A editora se encarrega de fazer a correção do texto, de acordo com as normas cultas da língua, além de sugerir algumas melhoras ao mesmo. Após a edição do texto, a editora cuida do título da obra, que deve servir como atrativo ao público, passando então para o preparo da capa, através da ilustração, impressão da quantidade de volumes e montagem dos exemplares.

A editora também é responsável pela divulgação do material, pois é de seu interesse vender o produto.

Após a criação da prensa tipográfica, por Johannes Gutenberg (1398-1468), deu-se a publicação do primeiro livro em série, que ficou conhecido como a Bíblia de Gutenberg. A obra foi apresentada em 642 páginas e a primeira tiragem foi de duzentos exemplares. Essa invenção marcou a passagem da era medieval para a era moderna.

O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como censura.

Em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Picapau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.



Jussara de Barros

Pedagoga -Brasil Escola

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Quando a mente trava

É muito comum o "vácuo nas ideias" surgir em algum momento, seja com quem for. O escritor ficava horas encarando o papel vazio na máquina de escrever e hoje continua assim, encarando a tela branca do Word. Vamos falar um pouco sobre prática.
O aspirante a desenhista começa a encarar o seu maior desafio ao analisar o desenho complexo permeado de sombras, texturas e detalhes. Ele imediatamente pensa no tempo e dedicação que gastará para detalhar tudo aquilo. O desenhista precisa aprender que não se aprende a construir um desenho da forma mais complexa. Desenho são formas geométricas aplicadas com alguns detalhes. Ele desenha o "esqueleto" de sua ideia e daí o desenho vai ganhando forma.
Organize o tamanho e proporção de sua arte, com linhas horizontais e verticais. Você agora já sabe o espaço que deverá respeitar ao apresentar o seu desenho. Depois, esboce as formas geométricas que se assemelharão com o seu desenho, seja ele um vaso, um carro, um prédio ou um personagem. Círculos, quadrados, retângulos e cilindros serão desenhados antes de formar o desenho. Em seguida, comece a desenhar por cima esses detalhes. O seu desenho está ganhando identidade e vida. A sua arte nasce finalmente.
Não é tão fácil assim. O bom desenhista é aquele que pratica muito. Repita a operação e verá que não será tão difícil quanto da última vez. Quando você faz uma história em quadrinhos, repete tanto o procedimento de desenhar o mesmo personagem que ele acaba fluindo automaticamente. Charles Schulz (Peanuts/Charlie Brown) revelou ter desenhado a cabeça redonda do personagem mais de 50 mil vezes. O que diria os animadores então, sendo que cada segundo de desenho animado tem em média 24 desenhos por segundo?
Agora, vamos focar na questão da literatura. Assim como as formas geométricas giram ao redor de tudo e estão camufladas por todos os cenários no campo visual, as histórias e personagens também estão disponíveis ao escritor, como se fosse um gigantesco pomar onírico, só esperando a sua colheita e que você use os ingredientes para você por a mão na massa na construção e ornamentação de sua obra.
            Se você não tiver ideia alguma do que começará a escrever, faça um pequeno exercício, como se fosse um hábito. Comece narrando o dia, como se fosse um diário, mas sob a perspectiva de um personagem:
"Hoje acordei com preguiça e sem vontade de fazer nada. Abri a cortina e olhei para a janela e o dia estava bonito, mas não estava o meu estado de espírito. Fui tomar café e me arrumei às pressas para mais um dia rotineiro..."
Preencha tudo isso em uma lauda, focando e mesclando conflitos pessoais com coisas boas, como se fosse um ritmo. A escrita deve caminhar em um compasso, com surpresas boas e ruins.

-Apresentação;
-Saindo na rua;
-Primeiro conflito;
-Dúvida e desafio brotando;
-Voltando para casa;
-Pensativo sobre o conflito;
-Encontro com o coadjuvante;
-Problema paralelo;
-Ápice do problema e conflitos unidos;
-Solução do enígma;
-Desfecho.

Esses tópicos preenchem um conto de 20 ou 25 páginas em formato A5, narrado em primeira pessoa, na qual é mais difícil, por não poder expandir tanto nos demais personagens. No caso de uma obra em terceira pessoa, a obra pode ficar muito maior, porque o autor pode narrar e apresentar outros personagens, em várias perspectivas e até recheá-la com histórias paralelas. Primeiro faça teste com crônicas menores. Depois passe para contos deste exemplo. Quando se sentir mais seguro, desenhe as "formas geométricas" de sua obra e com o "esqueleto" pronto (esboço do início, meio e fim) determine os personagens que participarão e siga em frente com a escrita. Nunca escreva sem rumo e sem conceito do que quer passar e para onde vai chegar. Não se comporte como um viajante sem rumo. Tenha em mãos o "mapa" de sua obra.

Boa sorte e boa viagem!


Leo Vieira
Escritor
Secretário da SAL

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Recriando Literatura Fantástica

Ultimamente, na Literatura e nos cinemas (onde é muito mais evidente) a literatura fantástica está tomando espaço no reinvento de remake de muitos enredos do passado.
Isso está cada vez mais comum em um mercado onde a criatividade parece estar um tanto quanto saturada e o público busca mais uma novidade mais visual. Infelizmente, nos livros se tem visto isso também, cujo títulos embarcam na onda de outros livros mais populares. Até mesmo o "50 Tons de Cinza", de E.L. James, ganhou versões semelhantes no mesmo gênero e enredo. A série Crepúsculo, de Stephenie Meyer, também deu uma cria imensa, com direito a prateleira própria reservada para temas vampirescos em diversas livrarias.
No cinema, a aposta para aproveitar um tema com mais criatividade é apelar para a literatura fantástica. Um exemplo muito claro é "Avatar", de James Cameron. Ao analisar o roteiro, vemos que não tem nada de original. É a mesma história de "O Último dos Moicanos", "Dança com Lobos" e "O Último Samurai". Um personagem se infiltra com uma tribo inimiga e acaba se voltando contra os seus compatriotas. No caso do "Avatar" apenas incrementaram com uma vasta tecnologia e surrealidade, transformando a ideia original (tribo indígena), por uma tribo alienígena em um planeta distante.
Star Wars é uma história de faroeste no espaço, Star Trek é uma história de expedição também com o espaço como cenário. O esqueleto é o mesmo, porém a inserção  de vísceras para sustentar o corpo da história é diferente. Mas no aspecto comparativo são todos iguais. A criatividade do autor que vai diferenciar.
Compare os detetives da literatura. Existem vários. Mas também parece que todos são muito diferentes. Isso porque cada autor procura se atentar às semelhanças literárias e focar o seu estilo na construção das obras. O americano Robert Langdon (de Dan Brown) e o português Tomás Noronha (de José Rodrigues dos Santos) são personagens extremamente parecidos. Ambos são professores universitários e sempre são convidados para solucionar enigmas, que acabam tomando proporções no nível de Indiana Jones. Porém a grande diferença deles estão no estilo literário. Enquanto Robert Langdon é narrado por diversos labirintos e um desfile de curiosidades durante o decorrer das páginas, Tomás Noronha atravessa a aventura em uma narrativa mais verossímil, com aspecto de texto de reportagem jornalística, fazendo o leitor até mesmo acreditar em certos pontos da ficção.


Ao aproveitar uma ideia já conhecida, estude e pesquise muito. A receita do bolo é a mesma, porém a sua habilidade que tornará o quitute mais especial. Tenha boa dosagem ao confeitar a escrita para garantir bom apetite na leitura!


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Feira de Livros

Estamos tendo em alguns Estados a Bienal do Livro, que é um circuito literário onde muitas editoras e escritores aproveitam para se promoverem. O evento conta com a ajuda e apoio do governo e de grandes empresas.
A Bienal também é uma ótima oportunidade de conhecer as novidades literárias, além de escritores famosos (e até tirar fotos com eles), adquirir bons livros acessíveis (até mesmo autografados na hora!) e passar ótimos momentos em confraternização com outros amantes da leitura e da literatura.
Infelizmente, evento desses tipos não são para todos. Com o tempo a Bienal foi ficando mais tomada por burocracias e os custos para aluguel de stands têm se tornado alto demais e para quem ainda não têm uma editora para apoio, acaba se tornando mais caro.
Seria muito bom que as prefeituras se mobilizassem para as feiras literárias populares, onde pudessem cuidar e coordenar espaço e instalações, apoiando escritores iniciantes, que cuidariam em providenciar apenas os seus lotes de livros. Eu tenho feito isso, coordenando dois projetos literários em minha cidade, mas seria melhor se outros escritores também abraçassem essa nobre causa.

DICAS:
- Participe de eventos culturais e literários em sua cidade. Não adianta querer criar algo, estando por fora do que acontece por perto;
- Pesquise como são organizadas as Bienais e outras feiras de livros em outras cidades (várias fontes na internet e nas prefeituras). Leia os releases, organogramas, e outras fontes de informação, porque irá "fermentar" as suas ideias;
- Faça um bom curso de elaboração de projetos e captação de recursos. Existem até cursos gratuitos promovidos pela prefeitura de sua cidade. Isso é bom porque além do aprendizado, lhe ajudará a conhecer mais pessoas também com a mente interessada em desenvolver ideias;
- Participe das reuniões abertas ao público na Secretaria de Cultura e Educação. Formule ideias, projetos e faça acontecer. Se algo não for concretizado, você pode vir a ser convidado a participar de algum outro projeto cultural;
- Se você acha que não aprendeu o suficiente a formular e desenvolver projetos, contrate então o serviço profissional. Além do reconhecimento, coordenar projetos profissionais se torna algo nobre e biográfico para a sua carreira literária. 

E por fim, não tenha medo. Pense, planeje e haja! Existe um caminho muito estreito e acidentado (um pouco espinhoso também) que somente poucos se atrevem a percorrê-lo. É o caminho da realização que o levará ao posto da conquista.

Leo Vieira é autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Membro e secretário da Sociedade de Artes e Letras (SAL) de São Gonçalo e patrono na Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC)

Escritor acadêmico em várias Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em São Gonçalo e Doutor em Teologia e Literatura.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Aprendendo com os Gênios Literários

Esse é um ponto delicado que espero que abra os olhos e dê uma "sacudida" em alguns escritores iniciantes. Com que frequência e/ou intensidade que um escritor precisa escrever e publicar suas obras?
Esse artigo também pode ser aplicado para todas as classes em geral, porque a arte caminha junta e serve de modelo da mesma forma. Um artista precisa aparecer (não estou falando somente de publicidade, até porque uma insistente campanha já conhecida pode se tornar chata), porém com novidades.


Antes de tudo, o artista precisa ter foco. Se ele não souber aonde quer chegar, se perderá no caminho, ficará estacionado nas ideias e voltará, abandonando o desafio.
Walt Disney passou por muitos desafios e impasses, até finalmente produzir o seu primeiro longa metragem de animação, em 1937;
Maurício de Sousa ficou mais de uma década produzindo tiras de quadrinhos do seu próprio bolso, até finalmente produzir sua primeira revista em quadrinhos em cores, em 1970;
Roberto Bolaños (Chespirito) escreveu e produziu muitas esquetes e vídeos com baixo orçamento até conseguir propagação mundial.

É claro que existem muitos outros gênios artísticos que poderiam entrar na lista, mas resolvi selecionar os mais contemporâneos para empregar o exemplo em comum. Os três, além de também serem escritores, eram insistentes e sabiam muito bem aonde queriam chegar. Além de tudo, eles têm uma família de personagens para comercializar através de produtos licenciados. É só ver como a Disney, a Turma da Mônica e agora a versão cartoon do Chaves é tão divulgada através de produtos e brinquedos.
Agora vamos usar outros artistas que não quiseram ir tão adiante no mercado de licenciamento: Daniel Azulay, que chegou a ter mais de 150 produtos licenciados com a "Turma do Lambe Lambe" na década de 1970, preferiu ir no seguimento das oficinas de desenho e das artes plásticas; e o Ziraldo, que teve muito espaço nos quadrinhos, com a "Turma do Pererê" e o "Menino Maluquinho", continua com seus trabalhos nas colunas e ilustrações. Um detalhe é que os dois citados são da mesma época do Maurício de Sousa, que publica no mínimo 30 gibis por mês.

O foco no projeto é muito importante. Assim como o Maurício de Sousa escreveu, desenhou e publicou muito (com equipe), o escritor que quer ter um volume de trabalhos agregados em sua biografia precisa também ter publicação, independente do rumo de suas vendas. Cada artista vai tomando o seu rumo com o passar do tempo, mas  todo escritor precisa fazer o mesmo; escrever sempre!
Livros, crônicas, colunas, resenhas, blogs e o que mais a internet permitir. Não tenha preguiça e não resmungue se por acaso alguém for ler ou não o seu artigo. Quando alguém finalmente gostar do que você escrever (como este artigo, por exemplo), a primeira coisa que fará será pesquisar mais sobre o autor, e com isso, encontrará uma biografia e uma lista de outras coisas. É o primeiro passo nesta grande caminhada.
Não desanime.


Leo Vieira é autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em várias Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em São Gonçalo e Doutor em Teologia e Literatura.