O Estúdio Alexandre Martins apresenta o Dia Nacional do Quadrinho em São Gonçalo no dia 30 de janeiro de 2015.
Uma oportunidade de encontrar pessoas amantes da História em
Quadrinhos, com suas produções artísticas (amadoras ou não), perto de
profissionais da área e empresas afins.
Panorama da programação do Dia do Quadrinho 2015
Exposição de Quadrinhos nacionais ou não, bem como de suas ilustrações, estudos, personagens e etc;
Banca de venda e troca de publicações, coordenada e realizada pelos próprios artistas e editoras;
Projeção de filmes relativos ao mundo dos quadrinhos.
Palestras com nomes da área.
Programação do Dia do Quadrinho 2015
dia 30 de Janeiro, sexta-feira, das 10 às 16h
Centro Cultural Pref. Joaquim Lavoura ("Lavourão")
10h - Abertura / homenagens
10h30 - Palestra: “Como trabalhar com Quadrinhos" com Lipe Diaz
12h - filme "A Guerra dos Gibis" (Sessão com Debate)
13h - Palestra: "IFANZINE – revistas artesanais, protagonismo e autopublicação” com Alberto Souza
14h -Palestra: “Letras em quadrinhos: um olhar sobre a tipografia em HQ’s” com Vinicius Guimarães
15h - Palestra: "O Caminho das Pedras nos Quadrinhos: da Internet ao Licenciamento, como ter sucesso" com Leo Vieira
- Direção:Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins - Produção: Renata Jardim, Rafael Terpins, Thiago B. Mendonça - São Paulo, SP, 2013 - duração 19’30’’ Sinopse:Nos anos 60 surge uma criativa produção de quadrinhos no Brasil. Mas a Censura
conspirava para seu fim. Satã, Chico de Ogum, Beto Sonhador, Maria
Erótica e outros personagens unem-se aos quadrinistas nesta batalha
contra a Ditadura neste documentário onde a pior ficção é a realidade. Entrada Franca.
No
dia 6 de maio de 2014 foi lançada a nova marca dos Correios. Uma das
maiores empresas brasileiras resolveu investir milhões de reais para
“modernizar” sua identidade visual. Parte do processo consistiu em uma
licitação através da qual contrataram a CDA Branding & Design for
People, que foi responsável pelo posicionamento estratégico e redesenho
da marca, por R$390.000,00. Como qualquer redesign, o projeto recebeu
elogios e críticas nos dias que se seguiram e a discussão continua.
Um
dos temas recorrentes em comentários é o plágio. Teve até reportagem
fazendo alarde sobre uma possível cópia. Surgiram vários links e imagens
de marcas que são “similares”. Plágio? Claro que não! A questão é que a
atual marca dos Correios é tão genérica, que se parece com várias
outras, incluindo até mesmo template do Shutterstock. Uma seta para cada lado, com efeito tridimensional, um tipo sem serifa geométrico e pronto!
A verdade é que a nova marca está sendo questionada em vários níveis, como por exemplo “a quem essa mudança serve?” e perguntas como esta que são absolutamente fundamentais, mas apesar de gastarem muito o verbo em textos e vídeos para justificar o que foi feito, não temos muitas respostas convincentes.
Segundo Jessé Gusmão de Abreu, designer gráfico dos Correios: “Tínhamos
uma noção que o redesign da marca tinha como princípio a evolução da
identidade atual, preservando os elementos de maior identificação da
marca e acrescentando o conceito de modernidade, mas sabíamos o que
teríamos de buscar para garantir a excelência na identidade visual”. Que conceito de modernidade é este capaz de despir a marca antiga dos principais elementos que a caracterizavam?
https://www.youtube.com/watch?v=FygDtd7b35U
Postado
no canal oficial dos Correios no YouTube no dia 15 de abril, menos de
um mês antes do lançamento da nova marca, o vídeo “Conexão” traz como o
principal elemento gráfico uma linha que conecta tudo e todos, que
percorre a tela e desenha o grafismo contido no símbolo (as setas) da
marca anterior. Neste vídeo ouvimos a seguinte afirmação: “Somos os Correios e temos planos para os seus próximos planos”.
Mas como assim? Se é uma empresa que se planeja de forma correta e está
prestes a lançar uma nova identidade visual, por que se apresentar
através de um elemento que foi completamente deixado de lado dias
depois? E por que deixaram de lado? Já que de acordo com o designer
sênior da CDA Branding, Richard Koubik: “Percebemos que o símbolo já
possuia um grande reconhecimento por parte do público, então com isso em
mente passamos a buscar cores, formas e traços que melhor
representassem a evolução desse símbolo.”
Apesar
de que muito ainda pode ser dito sobre as setas, prefiro me concentrar
no lettering, ou seja, no desenho das letras que formam a palavra
“Correios”, especificamente para esta marca, que é apresentado pela CDA
da seguinte maneira: “A construção do logotipo atual mantém o raciocínio
construtivo do logotipo anterior, e adiciona características
contemporâneas. Desta forma, o lettering foi construído de maneira
modular, tomando a letra “o” como referência para a construção dos
tipos. O redesenho em caixa baixa apenas com a inicial maiúscula,
simboliza uma assinatura pessoal, menos impositiva, tornando-a mais
próxima e amigável.”
Para início de
conversa, a concepção de que a simples combinação de caixa alta e baixa
(maiúscula e minúscula) remete a algo amigável por ser a forma como
escrevemos os nomes próprios é completamente equivocada, pois é tão
simplista como dizer que o resultado será um bolo pois um dos
ingredientes da receita é farinha. O logotipo poderia ter mantido a
estrutura em caixa alta ou até mesmo ser unicase (quando todas as letras
possuem a mesma altura, mas seus desenhos misturam maiúsculas e
minúsculas) e ainda assim ter um aspecto amigável. Ou seja, nenhuma
decisão isolada vai representar algo por si só; é o conjunto como um
todo que tem que falar a mesma língua e a combinação das decisões
tomadas é que tem que transmitir os conceitos pré-definidos.
Realmente
o novo logo foi construído utilizando o mesmo princípio do anterior, ou
seja, como base absolutamente geométrica. O manual da marca antiga não
está mais disponível no site dos Correios, mas ainda pode ser encontrado com uma rápida busca, e assim podemos conferir as especificações para o desenho de cada letra e a composição do conjunto.
A marca anterior com alinhamento na base e altura das letras
É
necessário dizer que tipos geométricos (bem desenhados e compensados),
por mais que pareçam desenhados com régua e compasso, não são
geometricamente perfeitos, e portanto, nem o logotipo atual e nem o
anterior estão corretos. Por que não? Porque os tipos possuem correções
óticas para que pareçam mais equilibrados, mas na realidade,
matematicamente, não são. As correções óticas fazem parte de princípios
básicos de design de tipos, pois leva em consideração como vemos e
entendemos as formas. Por exemplo, as linhas horizontais geralmente são
mais finas que as verticais, pois se elas tivessem a mesma espessura, a
horizontal pareceria mais grossa, assim, uma letra “o” não pode ser
concebida com dois círculos concêntricos, porque as partes de cima e de
baixo têm que ser oticamente compensadas para se parecerem iguais às
laterais. Portanto, não adianta desenhar letras e palavras pela
geometria, pois o resultado não fica tão harmônico e natural quanto o
desenho feito com as compensações necessárias. Muito complexo? Então
vamos exemplificar…
TypeBasics — ajustes óticos
Uma das minhas referências preferidas disponíveis online é o TypeBasics (se facilitar, tem uma tradução em espanhol)
— nele podemos encontrar alguns dos princípios básicos para desenho de
tipos, além de sermos apresentados brevemente a terminologias — e como
podem perceber, a primeira imagem é sobre ajustes óticos, para que as
letras pareçam proporcionais umas às outras, compartilhando de uma mesma
linha de base e altura-x, visualmente e não matematicamente, o que não
acontece no logo dos Correios.
Imagem do processo segundo vídeo de apresentação dos Correios
Alinhamentos do novo logotipo
Letras sobrepostas e suas inconsistências de tamanho/ alinhamento
Uma letra “o” diferente da outra em tamanho
Para
piorar a situação, as letras do novo logotipo não compartilham os
mesmos alinhamentos visualmente, e nem geometricamente. Cada letra
possui um tamanho e uma altura diferente. Pois é, nem uma letra “o” é do
mesmo tamanho da outra, e nem a base reta da letra “i” está na mesma
linha de base da letra “r”. Como isso é possível? Redimensionando sem
querer? Erro na hora de posicionar? Não vejo nenhuma explicação lógica
para tantas diferenças.
Malha construtiva do logotipo segundo vídeo de apresentação dos Correios
.
Para
que apresentar uma malha construtiva com algumas linhas genéricas que
nem coincidem com os alinhamentos do próprio desenho do logotipo? Muitos
criticam as empresas que ainda fazem um grid posterior ao desenho para
apresentar ao cliente. Neste caso, honestamente, acredito que ter
traçado as linhas de construção e alinhamento do logotipo teria ajudado a
conferir e corrigir alguns destes problemas, nem que o logo não
estivesse visualmente equilibrado, pelo menos estaria geometricamente
construído, tal qual seu antecessor, ainda assim errado
tipograficamente, mas pelo menos teria alguma lógica.
Desenvolvimento do logotipo segundo vídeo de apresentação dos Correios
“Foram
centenas de desenhos. Fomos filtrando as alternativas e o resultado foi
se concretizando. Aos poucos a marca foi ganhando corpo, forma,
personalidade e originalidade” citou Daniela Lompa Nunes, diretora de estratégia da CDA Branding
Os
esboços do logotipo apresentados no vídeo apenas reforçam a idéia que
tenho de que os responsáveis pelo desenho da marca não possuem qualquer
conhecimento tipográfico. Podemos ver uma série de tentativas de
redesenhar as setas, mas nem tantas do logotipo. Os rascunhos a lápis
sobre papel milimetrado não contemplam os espaços entre as letras. Isto
não é algo que se corrige depois. O espaço entre uma letra e outra é
necessário para que elas sejam reconhecidas, e esta área “branca”, que
faz com que as letras “respirem” influencia diretamente nas proporções e
pesos das letras ao seu redor, e vice-versa. Portanto, como bem disse o
Erik van Blokland na TYPOBerlin alguns dias atrás: “você começa a se preocupar com o espaçamento a partir do momento que desenhou a segunda letra”
(tradução livre). Em nenhum momento estes esboços demonstram a
preocupação com espaçamento. Com certeza as letras extremamente próximas
umas às outras não são por falta de espaço no papel.
Desenvolvimento do logotipo segundo vídeo de apresentação dos Correios
As
alternativas digitalizadas já demonstram uma pequena preocupação com o
espaço entre as letras, até porque se continuassem como nos rascunhos à
mão, a marca não teria leitura em tamanhos pequenos. No entanto, ainda
vemos problemas na hora de harmonizar o conjunto de caracteres. Eu sei
que esta parte é mais difícil para alguns perceberem, mas o que eu quero
dizer é que é recomendável, digo, obrigatório neste caso, que as letras
compartilhem o mesmo DNA. Não é porque existe uma malha construtiva
genérica dentro da qual as letras se encaixam, que elas serão similares,
mas também não adianta simplesmente cortar um “o” e colocar uma barra
no centro para fazer um “e”. Claro, uma letra pode derivar da outra, mas
cada uma tem a sua particularidade, ainda dentro da mesma linguagem da
estrutura proposta, e claro, com seus ajustes óticos. A necessidade de
coerência nas decisões também vale para os detalhes no acabamento. Por
que todas tem cantos retos e arredondados e o “i” sobrou só com os
arredondados?
O novo logotipo dos Correios
Como
nem as letras mais simples e básicas estão bem resolvidas (nem bem
espaçadas), como criticar algo minimamente mais complexo como o “r”?
Vê-se claramente a dificuldade em resolver a junção da reta com a curva.
E o “s” então? Daí pelo menos eu concordo que esta é uma das letras
mais difíceis de serem desenhadas. De qualquer forma, ele também não
está bem resolvido, pois além de ser o mais diferente da turma, a parte
de cima está visualmente pesando do lado esquerdo, fazendo com que ele
pareça estar caido para trás. Mesmo o “e” tem um ar de capenga, com esta
parte de baixo decepada prematuramente. Para contrastar com um exemplo
de algo desenhado corretamente, segue abaixo uma imagem da Avenir,
desenvolvida pelo Adrian Frutiger.
No
Brasil, o número de publicações e atividades da área aumenta a olhos
vistos a cada dia, tornando as informações mais acessíveis e
demonstrando um crescimento significativo do interesse em tipografia em
geral por parte do público, consequentemente, empresas buscam este tipo
de serviço especializado pois dificilmente tem em sua equipe alguém com
estes conhecimentos específicos, ou, acabam se aventurando a produzir
algo mesmo sem saber exatamente como, pois subestimam a complexidade por
trás de um desenho de letra/ palavra. Este, infelizmente me parece o
caso da CDA, pois considerando os fatores apresentados acima é difícil
de acreditar que houvesse na equipe responsável pelo redesenho do
logotipo uma única pessoa capacitada para a tarefa.
Portanto,
como acreditar no discurso apresentado no material de divulgação da
nova marca, se ele não está refletido no resultado gráfico?
Seja como for, se os Correios queriam “garantir a excelência na identidade visual”, não deveriam ter aprovado este resultado. Simples assim!
(*)Marina Chaccur
é designer de tipos e letrista freelancer, graduada em Desenho
Industrial/ Programação Visual pela Fundação Armando Alvares Penteado -
FAAP, com mestrado em Design Gráfico pelo London College of
Communication - LCC (MA Graphic Design) e Design de Tipos pela
Koninklijke Academie van Beeldende Kunsten -KABK (MA Type and Media).
Foi professora em algumas das principais graduações de Design em São
Paulo, posteriormente desenvolvendo sua própria oficina de lettering,
que tem sido realizada com grande sucesso, além de ter sido consultora
do Senac-SP na formulação da sua pós-graduação em Tipografia. Atua como
diretora da Association Typographique Internationale - ATypI e está
constantemente envolvida em congressos, palestras, workshops e
exposições no Brasil e no exterior.
Chiclete é um cãozinho de pelúcia mágico que ganha habilidades especiais quando está junto de crianças que tenham imaginação. O personagens e seus amiguinhos foram publicados pela primeira vez em 2009 pelo gonçalense Edson D'Car e ganhou muita popularidade na internet e nas escolas. Os personagens já ilustraram tiras, jornais e até revistas em quadrinhos, sendo uma delas para campanha contra o mosquito da dengue.
Sempre visionário e fazendo um trabalho persistente e incansável, o seu criador, Edson D'Car agora investe em uma produção animada. A série segue com produção totalmente gonçalense, onde é desenhada, animada e gravada na cidade de São Gonçalo, no Estúdio João Caetano.
O desenho também conta com elenco da região, onde terão crianças de verdade nas vozes dos personagens infantis, para garantir mais naturalidade e identificação com o público infantil.
As Aventuras de Chiclete
Autor, produtor e diretor: Edson D'Car
Técnico de som: Ricardo Fortuna
Elenco: Leo Vieira: Chiclete João Victor Sanches: Dudu Amanda Sanches: Duda Paulo Martare: vozes adicionais Aline Sanches: Narração, Mãe e Vendedora.
No dia 26 de abril, sábado, no Centro Cultural Joaquim Lavoura, houve mais uma edição da Sessão Anima-São, promovida e realizada pelo Estúdio Alexandre Martins e com o apoio da SAL (Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo).
O evento teve a abertura com a apresentação do secretário Leo Vieira sobre o evento e o seu realizador, Alexandre Martins, presidente da SAL e proprietário do estúdio que leva o seu nome, que há 22 anos realiza ilustrações, desenhos animados autorais e outros serviços artísticos.
O evento realizou a exibição de 4 curtas metragens de vários países, proporcionando admiração e comentários engraçados do público. Estiveram presente os integrantes do coral do Centro Cultural e o escritor e poeta gonçalense Carlos Passarelli.
No final da exibição, Alexandre Martins fez o encerramento e respondeu às perguntas da plateia.
Bruna Tavares (conselheira), Alexandre Martins (presidente) e Leo Vieira (secretário).
A Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo apoia mais um evento cultural em nossa cidade: O Dia do Quadrinho Nacional.
O Dia do Quadrinho Nacional é comemorado no dia 30 de janeiro em
homenagem ao desenhista Angelo Agostini.
A data foi instituída em
1984 pela Associação de Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São
Paulo - AQC-SP.
O 1º quadrinho com personagem fixo ocorreu por
iniciativa de Agostini com a obra “As aventuras de Nhô Quim” de 9
capítulos, com início em 30 de janeiro de 1969.
Além de
quadrinhos, atuou com ilustrações e sátiras visuais sobre a vida
política e a rotina do Brasil, além de "Nhô Quim", é responsável pela
criação da personagem "Zé Caipora" e participou da criação da revista de
quadrinhos e ilustrações infantis "O Tico Tico".
Angelo Agostini
Nascido em Vernate, Itália em 1833, faleceu no Rio de Janeiro aos 28
de janeiro de 1910. Foi um desenhista italiano que firmou carreira no
Brasil. Um dos primeiros cartunistas brasileiros, foi o mais importante
artista gráfico do Segundo Reinado.
Viveu sua infância e adolescência em Paris, e em 1859, com
dezesseis anos, veio para São Paulo com a sua mãe, a cantora lírica
Raquel Agostini.
Em 1864 deu início à carreira de cartunista,
quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São
Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Este
periódico, apesar de ter obtido repercussão, teve duração efêmera, sendo
fechado em 1865. O artista lançou, no ano seguinte (1866) o Cabrião,
cuja sede chegou a ser depredada, devido aos constantes ataques de
Agostino ao clero e às elites escravocratas paulistas. Este periódico
veio a falir em 1867.
O artista mudou-se para o Rio de Janeiro,
onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da
escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D.
Pedro II. Aqui colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, com as
publicações O Mosquito e Vida Fluminense. Nesta última, publicou, a 30
de Janeiro de 1869, Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte,
considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais
antigas do mundo.
Fundou, em 1 de janeiro de 1876, a Revista
Ilustrada, um marco editorial no país à época. Nela criou o personagem
Zé Caipora (1883), que foi retomado em O Malho e, posteriormente, na Don
Quixote. Este foi republicado, em fascículos, em 1886, o que, para
alguns autores, foi a primeira revista de quadrinhos com um personagem
fixo a ser lançada no Brasil.
Programação do Dia do Quadrinho
10h - Abertura
11h - filme "A Guerra dos Gibis" (Sessão com Debate)
13h - Palestra: "O Senhor dos Gibis - a trajetória artística e empresarial de Maurício de Sousa" com Leo Vieira
14h - homenagens
15h - Palestra: "O Caminho das Pedras nos Quadrinhos: da Internet ao Licenciamento, como ter sucesso" com Leo Vieira
16h - Encerramento
Entrada franca - Censura livre
projeção do filme "A Guerra dos Gibis"
- Direção:Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins - Produção: Renata Jardim, Rafael Terpins, Thiago B. Mendonça - São Paulo, SP, 2013 - duração 19’30’’
Sinopse:Nos anos 60 surge uma criativa produção de quadrinhos no Brasil. Mas a Censura
conspirava para seu fim. Satã, Chico de Ogum, Beto Sonhador, Maria
Erótica e outros personagens unem-se aos quadrinistas nesta batalha
contra a Ditadura neste documentário onde a pior ficção é a realidade.
Entrada Franca.
Produção:
Apoio:
Sintonia Fina Gourmet
Av. Presidente Kennedy, 719 - Estrela do Norte São Gonçalo - RJ
Como brasileiro, desde cedo desprezei anglicismos. É como diziam das Missas em Latim: se estamos no Brasil, por que não rezar em Português?
Na área que estou, existem vários nomes, mas o mais popular é o de "Design". Ora, ser um "designer" é mais pomposo do que dizer apenas "desenhista", sendo que, no fim das contas, são a mesma coisa. No Brasil, "designer" é o profissional que trabalha em projetos, como o desenhista industrial, e "desenhista" é qualquer um que desenhe alguma coisa. Desconfie dos que exigem que sejam tratados como "designers", para eles vale a máxima do "quem não é doutor exige ser chamado como tal".
"Design" ou Desenho Industrial é a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, concepção, elaboração e especificação de objetos que serão produzidos por meio de sistema de produção seriada com padronização dos componentes. Em inglês, "design" (dizáinar) significa "desenhista de projeto" e "draftsman" (draf-tz-mén) o "desenhista artístico" ou à mão-livre.
Sou um desenhista. Mesmo fazendo desenho-animado, ainda sou um desenhista. E me orgulho muito disso.
Para os que gostam de desenhar e acham que somente sendo um "designer" terão dinheiro, seguem alguns itens que poderão ajudar a saber se sua vocação é essa:
1 - Ser curioso em relação às mais diversas áreas e gostar de estudar e de ler. Como sempre, ler é fundamental. E ler coisas boas, mais ainda.
2 - É importante ter interesse por artes visuais, mas não é imprescindível “saber desenhar”. Ou seja, procure um bom Curso de Desenho, pois nele você terá à sua disposição as orientações para saber que nem sempre é preciso ser um Michelangelo ou um Frank Frazetta para trabalhar com desenho.
3 - Desenvolver, além da aprendizagem de técnicas, o estudo de comunicação e linguagens que traduzam, resumam ou mesmo adicionem significados aos textos que serão acompanhados das ilustrações. Ou seja, conhece sua língua pátria, o Português? Deveria. Não é preciso ser um Professor Pasquale, mas falar e escrever bem ajuda muito o desenhista.
4 - Ter um portfólio de trabalhos e um cartão de visitas. Parece brincadeira, mas a grande parte dos que bateram na porta do meu estúdio não tinham nem uma pasta plástica para colocar seus desenhos, e muitos desenhavam em folhas pautadas! Faça seu portfólio lembrando da máxima "Se não está na pasta, você não sabe fazer".
5 - Definir quais as áreas em que deseja atuar e buscar o perfil das empresas que têm afinidades com seu trabalho. Na região de São Gonçalo e adjacências há muitas empresas, de todos os tamanhos e necessidades de desenhistas.Não é preciso ir para o Rio de Janeiro, muito menos para São Paulo. Bata de porta em porta.
6- Nunca aceitar convites para trabalhar de graça ou por preços irrisórios, o que desqualifica o profissional e a profissão. Parece óbvio, né? Mas muitos trabalham assim achando que irão conquistar a empresa ou o cliente. Sempre cobre alguma coisa, nem que seja um cachorro-quente...
Alguns livros como “Viver de Design”, do Gilberto Strunck (professor de minha Escola) dão orientações interessantes para designers e que podem ser utilizadas também por ilustradores.
Sobre preços, falaremos em outra ocasião.
Bons desenhos!
_______________________________ (*) Empresário Cultural, bacharel em Artes (EBA/UFRJ)