Recriando Literatura Fantástica
Ultimamente, na Literatura e nos cinemas (onde é muito
mais evidente) a literatura fantástica está tomando espaço no reinvento de
remake de muitos enredos do passado.
Isso está cada vez mais comum em um mercado onde a
criatividade parece estar um tanto quanto saturada e o público busca mais uma
novidade mais visual. Infelizmente, nos livros se tem visto isso também, cujo
títulos embarcam na onda de outros livros mais populares. Até mesmo o "50
Tons de Cinza", de E.L. James, ganhou versões semelhantes no mesmo gênero
e enredo. A série Crepúsculo, de Stephenie Meyer, também deu uma cria imensa,
com direito a prateleira própria reservada para temas vampirescos em diversas
livrarias.
No cinema, a aposta para aproveitar um tema com mais
criatividade é apelar para a literatura fantástica. Um exemplo muito claro é
"Avatar", de James Cameron. Ao analisar o roteiro, vemos que não tem
nada de original. É a mesma história de "O Último dos Moicanos",
"Dança com Lobos" e "O Último Samurai". Um personagem se
infiltra com uma tribo inimiga e acaba se voltando contra os seus compatriotas.
No caso do "Avatar" apenas incrementaram com uma vasta tecnologia e
surrealidade, transformando a ideia original (tribo indígena), por uma tribo
alienígena em um planeta distante.
Star Wars é uma história de faroeste no espaço, Star Trek
é uma história de expedição também com o espaço como cenário. O esqueleto é o
mesmo, porém a inserção de vísceras para
sustentar o corpo da história é diferente. Mas no aspecto comparativo são todos
iguais. A criatividade do autor que vai diferenciar.
Compare os detetives da literatura. Existem vários. Mas
também parece que todos são muito diferentes. Isso porque cada autor procura se
atentar às semelhanças literárias e focar o seu estilo na construção das obras.
O americano Robert Langdon (de Dan Brown) e o português Tomás Noronha (de José
Rodrigues dos Santos) são personagens extremamente parecidos. Ambos são
professores universitários e sempre são convidados para solucionar enigmas, que
acabam tomando proporções no nível de Indiana Jones. Porém a grande diferença
deles estão no estilo literário. Enquanto Robert Langdon é narrado por diversos
labirintos e um desfile de curiosidades durante o decorrer das páginas, Tomás
Noronha atravessa a aventura em uma narrativa mais verossímil, com aspecto de
texto de reportagem jornalística, fazendo o leitor até mesmo acreditar em
certos pontos da ficção.
Ao aproveitar uma ideia já conhecida, estude e pesquise
muito. A receita do bolo é a mesma, porém a sua habilidade que tornará o
quitute mais especial. Tenha boa dosagem ao confeitar a escrita para garantir
bom apetite na leitura!
Comentários