Sociedade civil de artistas e literatos de São Gonçalo
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Paulo Caldas
Paulo Caldas
Até que ponto
o real é real mesmo ou é apenas um espelho de sonho no qual a verdade é um
ponto de vista? A ambiguidade dos nossos
anseios nos trazem inquietações filosóficas e espirituais porque são dúplices e
tríplices ou as inquietações filosóficas e espirituais nos trazem anseios
ambíguos porque são dúplices e tríplices?
Paulo Caldas, exímio artesão das artes plásticas, propõe uma “flecha
mensagem” que nos atinge no peito, no coração...
Como em René
Magritte, para quem as ambiguidades de um quadro seu “vêm da sua natureza
profundamente introspectiva e são a resposta de um pensativo observador para a
vida superficial ao redor de si”, nas palavras de Edmond Swinglehurst, Paulo
Caldas pensa o mundo filosófica e espiritualmente, tanto quanto ideológica e
socialmente. Suas influências, segundo
suas próprias palavras, vêm mais do que leu e do que ouviu do que propriamente
do que viu. As leituras de Richard Bach
(Fernão Capelo Gaivota, Longe é um lugar que não existe), Khalil Gibran (O
Profeta), Hermann Hesse (Sidarta, O Lobo da Estepe), Jiddu Krishnamurti (Sobre
a liberdade), Lobsang Rampa (A Terceira Visão) e Manoel de Barros (O livro das
ignorãças) alimentaram e alimentam sua arte surrealista ao lado de Pink Floyd,
Vangelis, Tom Jobim e Chico Buarque, na música.
Profundo
conhecedor do desenho e das suas possibilidades, o artista leva o observador de
suas obras às indagações e conjecturas sérias a respeito da sua existência com
jogos extremamente elaborados de figura e fundo. Também se utiliza de formas
que se transformam e se metamorfoseiam numa verdadeira dança imagética onde as
cores têm o papel fundamental de atrair o espectador.
A viagem que
M. C. Escher – um irmão e mestre para Caldas – realizou à Granada, na qual foi
fortemente impactado pelos azulejos mouros, de onde surgiram nele as
inspirações para os padrões geométricos, transfigurados ao serem repetidos,
formando novos desenhos, Paulo Caldas explorou nos recônditos da sua própria
psique, da sua alma. Suas pinturas são
verdadeiras viagens fantásticas que estruturam realidades oníricas em
concomitância com imaginações concretas, feitas no real palpável do pictórico e
do gráfico.
Do modo de
Iberê Camargo, o artista segue a linha do “não nasci para fazer berloques,
enfeitar o mundo... eu pinto por que a vida dói.” Paulo conhece como poucos a
arte de instigar e provocar, sendo um virtuoso desenhista que constrói pontes
entre a imaginação e a realidade sem fazer falsas concessões aos modismos de
qualquer natureza midiática.
Salvador Dalí,
em sua grande voracidade surrealista, inspirou também fortemente Paulo Caldas,
que soube extrair da arte delirante, alucinada, deliciosamente cativante e
magnífica do catalão, seu substrato para uma criação autônoma e original que
nada deve a nenhum dos pintores surrealistas de todos os tempos.
A situação
atual do país o inquieta muito e o pintor deixa uma mensagem para todos os
brasileiros e brasileiras: “Ser bom é mais barato. Quando somos bons, economizamos energia
positiva para o nosso país. Vejam o que
está sendo desperdiçado em decorrência da ação dos maus que infestam nosso
Brasil.”
Mauricio
Duarte
Referências:
A Arte dos
Surrealistas . Edmund Swinglehurst . Ediouro . Rio de Janeiro . 1997
M. C. Escher .
Artista gráfico holandês . http://www.ebiografia.com/m_c_escher/
. visitado em 16-10-2017
M. C. Escher .
O artista das construções impossíveis .
http://www.bontempo.com.br/dicas/m-c-escher-o-artista-das-construcoes-impossiveis/ visitado em 16-10-2017
M. C. Escher .
Wikipédia . https://pt.wikipeida.org/wiki/Mauritis_Cornelis_Escher
/ visitado em 16-10-2017
Contatos com o artista:
Telefone: 82 999552464
E-mail: cordao-nordeste@hotmail.com
Facebook:
https://www.facebook.com/paulo.caldas.125
Endereço: Rua Marco Aurélio, 146 - Jd. Petrópolis II -
Tabuleiro dos Martins, Maceió . AL
Leia mais em: https://www.revistasinestesia.net/paulo-caldas-visualis
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Portinari
Portinari
Candido Torquato Portinari nasceu numa fazenda de café, próximo de Brodowski, interior de São Paulo, em 1903. Tendo pouco estudo e não completando nem o ensino primário, aos 14 anos de idade foi recrutado como ajudante por uma trupe de pintores e escultores italianos que realizavam restauração de igrejas e que passavam pela região de Brodowski. Aos 15, deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Recebe vários elogios de professores e da própria imprensa e aos 20 anos de idade já participa de muitas exposições, sendo destaque em vários jornais. Interessa-se pelo modernismo e a partir da vitória da medalha de ouro no Salão da ENBA, com uma tela deliberadamente acadêmica e tradicional, parte para Paris e tem contato com artistas como Van Dongen e Othon Freisz, além de conhecer Maria Martinelli, com quem passaria toda a sua vida.
De volta ao Brasil, em 1931, muda completamente a estética da sua obra, valorizando as cores e as ideias nas pinturas. Defende a necessidade da criação no Brasil de uma arte nacional e moderna, como Mário de Andrade já o fazia. Nas telas O Mestiço e Lavrador de Café (as duas de 1934) os personagens são pintados em composições monumentais com campos cultivados ao fundo.
Em 1940, após a visão de Guernica, de Picasso, seu trabalho passa a apresentar mais dramaticidade, expressando a tragédia e o sofrimento humanos, enfocando questões sociais brasileiras. A catástrofe dos retirantes, por meio de gestos crispados das mãos e das lágrimas de pedra, são retratadas de modo magistral.
Em 1941 realiza painéis para a Biblioteca do Congresso em Washington D.C. (Estados Unidos) em têmpera, com grande luminosidade e com trabalhadores novamente como figuras centrais, como já fazia frequentemente em outros trabalhos. Entre 1953 e 1956, realiza os murais Guerra e Paz para a sede da ONU em Nova York, obras de grande dimensões, em que trabalhou com uma sobreposição de planos.
Em 1954, Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava e, desobedecendo ordens médicas, continua pintando e viajando com frequência para os EUA, Europa e Israel. Em 1962 vem a falecer de intoxicação pelas tintas que utilizava nas telas.
Pintor, gravador, ilustrador e professor, o artista pintou quase cinco mil obras, desde pequenos esboços e pinturas de proporção padrão até gigantescos murais. É considerado o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional em todos os tempos.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/portinari-por-mauricio-duarte/
quinta-feira, 7 de maio de 2015
A Arte Contemporânea é uma farsa: Avelina Lésper
Com a finalidade de dar a conhecer seus argumentos sobre os porquês da arte contemporânea ser uma “arte falsa“, a crítica de arte Avelina Lésper apresentou a conferência “El Arte Contemporáneo- El dogma incuestionable” na Escuela Nacional de Artes Plásticas (ENAP), sendo ovacionada pelos estudantes na ocasião.
A arte falsa e o vazio criativo
“A
carência de rigor (nas obras) permitiu que o vazio de criação, o acaso e
a falta de inteligência passassem a ser os valores desta arte falsa,
entrando qualquer coisa para ser exposta nos museus “
carência de rigor (nas obras) permitiu que o vazio de criação, o acaso e
a falta de inteligência passassem a ser os valores desta arte falsa,
entrando qualquer coisa para ser exposta nos museus “
A crítica explica que os objetos e valores estéticos que se apresentam como arte são aceites em completa submissão aos princípios de uma autoridade impositora. Isto faz com que, a cada dia, formem-se sociedades menos inteligentes e aproximando-nos da barbárie.
O Ready Made
Lésper aborda também o tema do Ready Made, expressando perante esta corrente “artística” uma regressão ao mais elementar e irracional do pensamento humano, um retorno ao pensamento mágico que nega a realidade. A arte foi reduzida a uma crença fantasiosa e sua presença em um mero significado. “Necesitamos de arte e não de crenças”.
Génio artístico
Da mesma maneira, a crítica afirma que a figura do “génio”, artista com obras insubstituíveis, já não tem possibilidade de manifestar-se na atualidade. “Hoje em dia, com a superpopulação de artistas, estes deixam de ser prescindíveis e qualquer obra substitui-se por outra qualquer, uma vez que cada uma delas carece de singularidade“.
O status de artista
A substituição constante de artistas dá-se pela fraca qualidade de seus trabalhos, “tudo aquilo que o artista realiza está predestinado a ser arte, excremento, objetos e fotografias pessoais, imitações, mensagens de internet, brinquedos, etc. Atualmente, fazer arte é um exercício ególatra; as performances, os vídeos, as instalações estão feitas de maneira tão óbvia que subjuga a simplicidade criativa, além de serem peças que, em sua grande maioria, apelam ao mínimo esforço e cuja acessibilidade criativa revela tratar-se de uma realidade que poderia ter sido alcançada por qualquer um“.
Neste sentido, Lésper afirma que, ao conceder o status de artista a qualquer um, todo o mérito é-lhe dissolvido e ocorre uma banalização. “Cada vez que alguém sem qualquer mérito e sem trabalho realmente excepcional expõe, a arte deprecia-se em sua presença e concepção. Quanto mais artistas existirem, piores são as obras. A quantidade não reflete a qualidade“.
Que cada trabalho fale pelo artista
“O artista do ready made atinge a todas as dimensões, mas as atinge com pouco profissionalismo; se faz vídeo, não alcança os padrões requeridos pelo cinema ou pela publicidade; se faz obras eletrónicas, manda-as fazer, sem ser capaz de alcançar os padrões de um técnico mediano; se envolve-se com sons, não chega à experiência proporcionada por um DJ; assume que, por tratar-se de uma obra de arte contemporânea, não tem porquê alcançar um mínimo rigor de qualidade em sua realização.
Os artistas fazem coisas extraordinárias e demonstram em cada trabalho sua condição de criadores. Nem Damien Hirst, nem Gabriel Orozco, nem Teresa Margolles, nem a já imensa e crescente lista de artistas o são de fato. E isto não o digo eu, dizem suas obras por eles“.
Para os Estudantes
Como conselho aos estudantes, Avelina diz que deixem que suas obras falem por eles, não um curador, um sistema ou um dogma. “Sua obra dirá se são ou não artistas e, se produzem esta falsa arte, repito, não são artistas”.
O público ignorante
Lésper assegura que, nos dias que correm,
a arte deixou de ser inclusiva, pelo que voltou-se contra seus próprios
princípios dogmáticos e, caso não agrade ao espectador, acusa-o de “ignorante, estúpido e diz-lhe com grande arrogância que, se não agrada é por que não a percebe“.
a arte deixou de ser inclusiva, pelo que voltou-se contra seus próprios
princípios dogmáticos e, caso não agrade ao espectador, acusa-o de “ignorante, estúpido e diz-lhe com grande arrogância que, se não agrada é por que não a percebe“.
“O espectador, para evitar ser chamado ignorante, não pode dizer aquilo que pensa, uma vez que, para esta arte, todo público que não submete-se a ela é imbecil, ignorante e nunca estará a altura da peça exposta ou do artista por trás dela.Desta maneira, o espectador deixa de presenciar obras que demonstrem inteligência”.
Finalizando
Finalmente, Lésper sinaliza que a arte contemporánea é endogámica, elitista; com vocação segregacionista, é realizada para sua própria estrutura burocrática, favorecendo apenas às instituições e seus patrocinadores. “A obsessão pedagógica, a necesidade de explicar cada obra, cada exposição gera a sobre–produção de textos que nada mais é do que uma encenação implícita de critérios, uma negação à experiência estética livre, uma sobre–intelectualização da obra para sobrevalorizá-la e impedir que a sua percepção seja exercida com naturalidade“.
A criação é livre, no entanto a contemplação não é. “Estamos diante da ditadura do mais medíocre”
fonte: Vanguardia
A Arte Contemporânea é uma farsa: Avelina Lésper | Incubadora de Artistasquarta-feira, 1 de abril de 2015
As artes em 1963 no Greenwich Village
As artes em 1963 no Greenwich Village
Freqüentemente
pergunta-se o que é arte, desde que o impressionismo surgiu e detonou
uma centena de transformações, remodelações e reformulações artísticas
tais como as da arte moderna e pós-moderna. Nessas constantes
reconstruções que arte sofreu e sofre, até hoje, uma coisa é, mais ou
menos, clara: a cada nova reinvenção, os artistas que encabeçam a linha
de frente, a avant-garde dos movimentos ou é, em grande medida,
incompreendida ou é, apenas, parcialmente aceita.
Não foi
diferente com os artistas nos anos 1960 no Greenwich Village, em Nova
York, EUA. Esses artistas forjaram o berço da pós-modernidade
artística, como a entendemos hoje. Os movimentos artísticos do início
do século 20 desdobraram-se em muitas vertentes, sendo uma delas a arte
underground e beatnik dos anos 1950. Porém, o que se via em 1963 era
diferente. Se os beats contestavam o consumismo e o otimismo do
pós-guerra americano, a falta de pensamento crítico e o anticomunismo; a
geração de 1960 em diante, viveu uma época onde a confiança “em que
tudo é possível” foi constante.
Sobretudo
no Greenwich Village dessa época, respirava-se esse ar de uma nova
cultura. Cultura popular como arte folk urbana. A vanguarda daqueles
tempos não fazia distinção aguda entre essas duas coisas. E os muitos
editores, livrarias, teatros, clubes de jazz e cafés onde desembocavam
artistas que viviam em Greenwich Village nos anos 1960 fizeram daquele
local um centro de entretenimento para uma platéia de Nova York e fora
dela. Sendo também, uma mina de ouro para os especuladores
imobiliários.
Mas mais
do que isso, a trajetória desses artistas alavancou o cenário artístico
americano, produzindo novas manifestações artísticas. Na arte pop, por
exemplo, foram utilizados conhecimentos da artes gráficas por artistas
como Rosenquist, Lichtenstein e Warhol, oriundos dos setores de moda e
propaganda. As pinturas da arte pop estavam sendo vendidas por milhares
de dólares nas galerias e museus de Manhattan, no uptown.
Os
próprios gêneros de arte estavam mudando, com a propria art pop, os
happenigs, os fluxus, o teatro de café e o cinema underground. A
distinção entre arte folk, arte popular, kitsch ou alta arte estava
dissolvendo-se. E artistas como Robert Watts, em seu Evento casual,
faziam história com ou sem platéia:
Dirija seu carro para o posto de gasolina
Encha o pneu dianteiro direito
Continue a encher até o pneu estourar
Troque o pneu*
Dirija para casa
*Se o carro for de um modelo mais novo, dirija para casa sobre o pneu estourado.
A
vanguarda da década de 1960 não foi inteiramente empenhada na rejeição
do passado ou do status quo. A visão desses artistas era relativista,
igualitária e de colagem. Esses artistas assumiram a tentativa de
refazer a cultura americana e produziram um grande acervo de obras com
uma diversidade inigualável na utilização de idéias experimentais que
muito influenciaram as décadas posteriores e ainda influenciam o nosso
tempo.
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