Mostrando postagens com marcador enlevo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador enlevo. Mostrar todas as postagens

sábado, 14 de abril de 2018

Vida cotidiana e vida espiritual




Vida cotidiana e vida espiritual

As pessoas estão se desconectando de Deus, da religião, da espiritualidade ou da fé, para trabalhar, para conviver socialmente ou para se divertir.  O mundo como conhecemos é cético e pragmático ao máximo...  Ou é complacente e tolerante ao máximo...
Mas isto, a médio e longo prazo, só exacerba um fosso, uma separação artificial, um distanciamento que é falso.  Espiritualidade e vida social, Deus e trabalho, religião e profissionalismo, fé e diversão, não são opostos.  São, na verdade, polos da mesma esfera, faces da mesma moeda.  Se estão em diferenciação é porque simplesmente não são a mesma coisa, porém estão na mesma dimensão.  Viver ludicamente é possível?  Não só é possível, como necessário.  Trabalhar prazerosamente é possível?  Não só é possível, como necessário. Rezar contemplativamente é possível?  Não só é possível, como necessário.
Nesse sentido, o cotidiano requer suavidade, leniência, que só pode ser alcançada com o acoplamento, com a fusão, com a junção da vida do dia-a-dia com a vida espiritual.  Estabelecer a vontade, a força e a virtude como elementos cujas demandas nos trazem a chave para um viver saudável, tanto materialmente quanto espiritualmente.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Índice-enlevo


Índice-enlevo
Um animal irracional, um cão, por exemplo, segue apenas seu focinho e reage ou vive experiências à medida que essas experiências chegam até sua esfera de percepção canina. Isto é, conforme citado por Chip Walter em seu livro “Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos”, memória indexical, termo usado por Terrence Deacon para explicar as reações de uma criatura irracional guiada por instintos. Essas reações são “um índice linear de experiências ou reações que entram por um lobo cerebral e saem pelo outro.”
Traçando um paralelo com esse índice, a memória indexical, pode-se afirmar que o índice-enlevo se vale da consciência do presente – passado e futuro não existem, um já se foi e o outro não chegou ainda – para gerar símbolos de espiritualidade elevada. O córtex pré-frontal, responsável pela priorização, protelação ou inibição de atitudes, atividades ou reações mentais e a memória operacional são a causa da simbolização e da organização da linguagem. Linguagem é o que nos torna humanos e o que nos diferencia de um cachorro, nossa capacidade de deliberar, priorizar, tomar uma decisão sobre o que fazer, em suma, nossa capacidade de pensar. O fato é que o cão – assim como os outros animais irracionais – está tão imerso na sua natureza canina, que não pode ter consciência do Self. Apenas nós, humanos, temos consciência do Self. Quando o Self é transcendido, redimido ou quando temos um vislumbre da centelha divina por meio de um satori, por exemplo, – satori que é necessário ser ignorado, caso contrário, há a possibilidade de um desencaminhamento espiritual – nosso Self se plasma com Deus, com Gaia, com o Todo, com o inconsciente coletivo ou com a egrégora da qual fazemos parte e temos uma expansão da consciência, uma consciência cósmica desperta.
Dessa forma, o índice-enlevo trabalha num nível de fluxo torrencial, sem vacilações. A mente-que-sabe, como diz o pajé indígena, sabe e não se pergunta porque sabe, simplesmente sabe. A fonte da água da vida é dada pelo divino abundantemente e gratuitamente para quem medita de modo profundo. Essa “linguagem cósmica” é compartilhada pelos homens e mulheres despertos e ignorada pela multidão. Uma verdade que é única e que faz parte de uma realidade única que pode coexistir em muitos universos num cosmos, mas que sempre é una e trina. Pai (Eterno Deus Celestial), Filho (Jesus Cristo) e Divino Espírito Santo (Espírito Paráclito) que são três e um, ao mesmo tempo.
O índice-enlevo surfa nessa onda espiritual através da leitura, escrita, memória, oralidade e catalogação de referências textuais que remetam ao aprofundamento ou elevação transcendendo a mera intelectualidade e/ou erudição. Um tipo de conhecimento espiritual que só pode ser indicado (indexado) e não posto em palavras totalmente e, às vezes, nem mesmo parcialmente posto em palavras.
O reflexo da Lua na água não é a Lua, assim como o dedo que indica a Lua também não é a Lua. É um índice. Um índice-enlevo, se assim permitirmos.
Mauricio Antonio Veloso Duarte (Swami Divyam Anuragi)
Referências bibliográficas:
Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos . Chip Walter . Editora Record . Rio de Janeiro . 2006
Bênção . a arte e a prática . David Spangler . Editora Rocco . Rio de Janeiro . 2004
O Dom da Sabedoria na Mente, Vida e Obra de Plinio Corrêa de Oliveira . Vítima Expiatória . Libreria Editrice Vaticana . São Paulo . 2016
Desvendando Mistérios . Chacras, Kundalini, os Sete Corpos e outros temas esotéricos . Osho . Editora Alaúde . São Paulo . 2006
Síntese do Budismo . Editora Brasil Seikyo . São Paulo . 2013
Teorias da Aprendizagem . O que o professor disse . Guy R. Lefrançois . Cengage Learning . São Paulo . 2016


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Chegamos as 100 curtidas na página Índice-enlevo

Chegamos as 100 curtidas na página Índice-enlevo do Facebook. Agradeço a todos e todas amigos e amigas que nos prestigiaram com sua presença e atenção. Abraços. Paz e luz.

https://www.facebook.com/indiceenlevo/


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Índice-enlevo




Índice-enlevo



Pesquisa, leitura e escrita tendo como base um elenco dos livros de leitura frequente no enlevo espiritual. Sinal e índice de trabalho docente em artes literárias com análise espiritualista.



O Índice-enlevo não é literatura de propaganda nem literatura panfletária. No entanto, apresenta um viés de exploração filosófico que, se não é açambarcante, em termos totalizantes, é, ao menos, realizado em primeira instância, a partir desse pensamento: dos “porquês”, dos “comos”, dos “ondes” e dos “quandos” no terreno da apreciação que suscita realidades ou que possa suscitar realidades questionadoras e de impulso ao elevar de apreciações antes ocultas e/ou ausentes do rol de percepções do homem e da mulher contemporâneos.
Por exemplo, porque não buscar compreender, literariamente:
. O conceito de virgindade como sendo o olhar do ato amoroso (sexual) como a primeira vez e não como a ausência de prática amorosa (sexual).
. O conceito de alma-mundo como experienciar do planeta Terra do qual fazemos parte inextricavelmente.
. O conceito de honra, dignidade e valores como sendo inerentes aos seres humanos e não como “adendos” que nos são negados, muitas vezes, no mundo contemporâneo.
. O conceito de beleza, bondade e verdade como poética da vida e não como ideais que nada significam – ou significam muito pouco – para o cidadão médio e mesmo para muitas elites.
Os exemplos citados são considerações pessoais minhas e podem, logicamente e subjetivamente, variar conforme a individualidade de cada escritor.
Tais conhecimentos ou considerações ciclicamente desaparecem ou reaparecem das percepções humanas de tempos em tempos e podem ser mais facilmente ou mais dificilmente acessadas por estéticas literárias, artísticas e culturais, por pensamentos filosóficos e morais ao longo das épocas. O índice-enlevo propõe a permanência de temas, estilos ou tendências de atitudes “fora de moda” ou “fora de contexto” no arsenal estético literário e artístico, independente da classificação ou denominação da vertente utilizada, mesmo se tais atitudes e/ou pensamentos não forem diretamente ou claramente identificáveis em determinada obra literária ou de arte.

.



O índice-enlevo pode suscitar realidades no terreno do maravilhoso, sem ser ou tornar-se, propriamente, literatura do maravilhoso, sendo mais voltada a uma experiência estética que, generalizante ou generalista, por natureza, não se atêm a uma independência ou subjetividade própria, inerentes. Ao contrário, pode se juntar e/ou se plasmar com outras tendências – desde o anti-design, na comunicação visual até o neoísmo na experimentação artística e cultural; desde o expressionismo abstrato até a literatura fantástica – sem deixar de apresentar ou demonstrar sua preocupação maior em elevar mentes, consciências e espíritos. Sendo esta característica presente como a mola propulsora ou a pedra de toque do processo criativo ou ainda, o alvo a ser alcançado no resultado final da sua prática e teoria. Em qualquer desses momentos o índice-enlevo propõe não o materialismo ou o espiritualismo, mas, em essência, um ponto de contato entre o planejamento (projeto), prática (práxis) e teoria (conceito) no qual a arte possa ser plenamente vivenciada numa apreciação rica e elevada – necessariamente rica em desdobramentos e elevada em apreciação – que possa torna-la próxima do mid-cult, do cult, do erudito e da pop art, sem ser ou tornar-se, totalmente, qualquer uma dessas classificações.

Mauricio Duarte (Swami Divyam Anuragi)

domingo, 9 de abril de 2017

Arte-enlevo . artes visuais



Arte-enlevo . artes visuais

Linhas, cores, formas, pontos, tudo que envolve uma composição de artes visuais precisa, necessita, requer, pede um porquê; não só um significado, mas um porquê.  Não estou com isto querendo valorizar o império do funcionalismo ou da funcionalidade...  Não, longe disso.  O porquê estético é tão bom – ou até melhor, na maioria das vezes ou em grande parte das vezes – do que o porquê funcional quando se trata de arte.
Como uma linha será: sinuosa, reta, grossa, fina, leve, pesada, rápida, lenta, elétrica, serena, são todas questões também de suma importância para o artista que se debruça sobre sua obra.
Significado e significante estão entrelaçados insofismavelmente, mesmo que não nos reportemos à semiótica.  A composição, seja ela qual for, possui forças que guiam o olhar do observador, de dentro para fora, de fora para dentro, da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, no sentido horário, no sentido anti-horário.  Em n direções.  Contrastes e semelhanças, proximidade e distância influenciam essa trajetória da visão.  E para que esse caminho visual possa se dar com mais ou menos autenticidade, com mais ou menos beleza, com mais ou menos força, o significante necessita ter relação direta com o significado.  No design gráfico, o conceito: forma e conteúdo.  Nas artes plásticas, a expressividade: fatura e poética.
Nesse sentido, pesquisar as artes visuais pressupõe um olhar direcionado e atento ao que queremos, desejamos ou ansiamos como artistas para que não nos contentemos com o início ou o meio da jornada, mas cheguemos ao seu final para completar nossa visão autoral de forma plena.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)