Sociedade civil de artistas e literatos de São Gonçalo
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sexta-feira, 1 de maio de 2020
ARTE-ENLEVO . Abordagem de Análise Estética e Filosófica
ARTE-ENLEVO
Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Novo lançamento do escritor, poeta, cronista, artista visual, ilustrador e designer gráfico Mauricio Duarte.
A arte-enlevo propõe uma abordagem de análise estética em que se transpasse o atributo de ser simplesmente arte da prática artística. A arte-enlevo transpassaria a condição de arte porque estaria em dinamicidade com expressões artísticas no êxtase, no enlevo. Propõe o elevar de mentes, consciências e espíritos tanto na pura crítica reflexiva, quanto no puro deleite de sensações e em âmbitos de maior apreciação estética plena.
Arte-enlevo é um livro com conceitos explanados sobre esta abordagem e com 26 análises de trabalhos artísticos de diferentes artistas visuais, designers, ilustradores e autores de quadrinhos. Todas os textos foram publicados em sua Coluna do Divulga Escritor.
Leia aqui: https://www.recantodasletras.com.br/e-livros-de-generos-diversos/6933619
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Livro Arte-enlevo . Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Livro Arte-enlevo
Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Por: Mauricio Duarte
A arte-enlevo propõe uma abordagem de análise estética em que se transpasse o atributo de ser simplesmente arte da prática artística. A arte-enlevo transpassaria a condição de arte porque estaria em dinamicidade com expressões artísticas no êxtase, no enlevo. Propõe o elevar de mentes, consciências e espíritos tanto na pura crítica reflexiva, quanto no puro deleite de sensações e em âmbitos de maior apreciação estética plena.
Arte-enlevo é um livro com conceitos explanados sobre esta abordagem e com 26 análises de trabalhos artísticos de diferentes artistas visuais, designers, ilustradores e autores de quadrinhos.
Categorias: Pintura, Design, Artes Gráficas, Filosofia, Artes e Entretenimento, Artes
Palavras-chave: análise, arte-enlevo, artes, design, estética, filosofia, ilustração, quadrinhos, visuais
Palavras-chave: análise, arte-enlevo, artes, design, estética, filosofia, ilustração, quadrinhos, visuais
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Marcos Paulo Alfa
Marcos Paulo Alfa
Qual o limite da identidade? A identidade pós-pós-moderna – pós-tudo – que nos arranca dos nossos lugares comuns e nos leva para encararmos nossa própria identidade – ou pseudo-identidade – em camadas e todas falsas – diriam alguns... Marcos Paulo Alfa tem a medida exata disto e tira partido deste fato em seu trabalho de graffiti nos muros da cidade bruta, bruta cidade...
As suas criaturas do graffiti podem ser aparentemente “fofas” e “engraçadas”, “pop” e “ideológicas”, “expressivas” e “frágeis”... Porém, em sua maioria, senão na totalidade, permanecem inclassificáveis. Desde o elefante azul ciclópico de um olho só – ou são dois olhos? – que parece uma figurinha de desenho animado ou de HQ infantil; nada tem de infantil, e altamente gráfico; até o ursinho de pelúcia skatista e grafiteiro com requintes de 3D em luzes e sombras, misturado ao alto tratamento gráfico elétrico. Passando pelo garoto azul com a TV na cabeça aberta, com o canal que para a sua programação na bandeira do Brasil – gigante eternamente adormecido – e que mais parece um zumbi... com um inconsciente totalmente colonizado e dependente das ondas midiáticas... E pelo garoto geek azul de olho azul e óculos brancos e forma de gota, reduzido a esse mínimo de forma em gota espermatozóica com expressão deslumbrada e nervosa... Sua influência nessa arte dos muros são a “galera antiga de Niterói e São Gonçalo”, “todos do graffiti.”
Alfa também é poeta e tem, entre suas leituras favoritas, Castro Alves. Mas não para aí. O seu conceito transgressor se estende ao vídeo, tanto como autor e editor quanto no cenário da atuação... A sua inserção artística transpassa o circuito de grafiteiros, artistas plásticos, poetas e atinge os meandros da criação e prática das artes visuais, realizando trabalhos ainda como designer gráfico e ilustrador.
Alfa é uma artista que impressiona pela jovialidade do estilo; desnudando realidades e desarmando olhares, criando suas críticas sociais sem concessões a A, B ou C, indo fundo com o dedo na ferida... Os valores invertidos da pichação não vêm para agradar, mas para incomodar e o graffiti, por sua vez, se apropria desta contradição para transformar o encantamento e a desconstrução em território do que é a arte, para além da “poluição” e “sujeira”, “mensagem cifrada” e “vandalismo”...
Qual será o limite da identidade contemporânea? Este e outros questionamentos são embates centrais de Marcos em critérios mutantes na política, no social, no econômico, na cultura e no urbano, de um modo geral, sendo subversivo ao extremo... sempre...
Mauricio Duarte
Contatos com o artista:
Instagram: https://www.instagram.com/alfagraffi/
Facebook: https://www.facebook.com/marcospauloalfa
E-mail: Alfagraffi@gmail.com
Whatsapp: 968874064
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/marcos-paulo-alfa-por-mauricio-duarte/?fbclid=IwAR1uxrxO2qzhzB__B4hM8M9dt5JLBNzfQ5SKllcYF1JOqOzqWZclypGFCUQ
sábado, 17 de novembro de 2018
José A. Kuesta
José A. Kuesta
Toda a herança mágica, mística, mitológica e histórica do Egito Antigo fascinam nosso artista mestre José A. Kuesta. Mais do que isto, todo esse legado egípcio antigo é representado, transformado e reconfigurado. Numa releitura de seus símbolos em criação totalmente original e afinada com o zeitgeist, esse nosso caldo cultural diversificado e abrangente contemporâneo, José A. Kuesta nos mostra o que de mistério, expressividade e criatividade pode advir desta abordagem.
O abstracionismo do artista é de uma singularidade sem igual e é realizado de forma completamente atual, como já disse. Isto se dá, a partir de cores e manchas, colagens, grafismos, traços, carimbos, num amálgama de elementos gráfico-visuais e pictóricos, cuja influência pode ser encontrada em vários lugares. Paul Klee, o expressionismo abstrato e a própria história do Egito Antigo são algumas destas influências que também ganham maior corpo quando da sua aproximação com a tendência da arte abstrata dentro da arte informal, chamada pintura matérica. A pintura matérica é uma vertente pictórica que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, desenvolvida primeiramente na França, com os trabalhos dos artistas Fautrier e Dubuffet. Suas composições utilizam, na pintura, conjuntos de cortes, furos ou rasgos. Também são utilizados nesse tipo de arte, materiais diferentes tradicionais, incluindo: quadro, areia, sucata, trapos, madeira, serragem, vidro ou gesso. A arte de Dubuffet, por exemplo, ficou conhecida como Arte Brut.
José A. Kuesta demonstra total maestria nessas composições, de um estilo inconfundível, que se assemelham a documentos antigos, sendo repaginados e reformulados para o nosso tempo. De um modo inteiramente novo e sem falsas concessões a um ou outro determinado conceito estético da moda, o artista faz com que nos deparemos com o inevitável do abstracionismo: a pintura é tinta e papel, bem como outros materiais. Mas além, disto, a pintura é sonho, é divagação, é força e é infinidade de muitos modos diferentes. Aliás, a própria escolha do Egito Antigo como base inspiradora, é, a um só tempo, reveladora de seu conhecimento das chaves esotéricas, únicas em todo o planeta Terra – só comparáveis às chaves esotéricas da Índia e da antiga Pérsia, atual Irã, porque efetivamente nenhuma outra tradição, além destas três, as possui – e de suas consequências, principalmente estéticas. Não é à toa que quando perguntado sobre que frase poderia representar sua visão artística, José A. Kuesta respondera: “A arte é uma forma de religião”.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Contatos com o artista José A. Kuesta:
Facebook: www.facebook.com/jakuesta
Galeria de Arte Saatchi: www.saatchiart.com/joanku
E-mail: jackuesta@gmail.com
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/jose-a-kuesta-por-mauricio-duarte/
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Paulo Coelho e As Valkirias
Paulo Coelho e As Valkirias
A obra de Paulo Coelho é um sucesso editorial, é um fenômeno editorial. Mas não é só isso. Sua obra é marcada por um estilo próprio que, mesmo quando contestado ou criticado, transpassa como água límpida e cristalina, tão simples como o sol de verão, banhando com seus raios quem aproveita o bem estar ao ar livre.
Sendo um dos 20 escritores mais lidos do mundo, juntamente com Gabriel García Márquez ou Umberto Eco, Paulo Coelho apresenta em sua literatura o que pode ser considerada por muitos, trivial. Porém numa leitura mais detalhada, é percebido que o seu charme new age que vem de encontro da sede de transcendência e de metafísica – e de lucidez – só poderia utilizar-se de uma linguagem simples, sintética e objetiva para efetivar esse tipo de abordagem estilística. A forma é o conteúdo e o conteúdo é a forma. Por que dizer esotérico e dizer hermético, é dizer difícil e complexo. Só pode ser soletrado pelo leitor médio contemporâneo junto com simplicidade e fluidez.
A saída fácil que alguns afirmam sobre a obra do autor, não se sustenta. Escrever sobre sentimentos humanos com um caldo de cultura new age e de espiritualidade profunda não é tarefa fácil. É para quem conhece e dialoga com os meandros da escrita em consonância com o sonho da conspiração mística e com a literatura atual ao mesmo tempo. É para quem sabe da importância de pesquisadores do esotérico e da contracultura como Alan Watts, Osho, Krishnamurti, Fritoj Capra, dentre outros pensadores e iluminados que revolucionaram nossa forma de sentir a vida no século XX e consequentemente nossas existências no atual século XXI.
Vejamos os seguintes trechos de As Valkírias de Paulo Coelho:
“[...]Toda tarde, antes que Vahalla viesse chamar Paulo para passear no deserto, ele e Chris praticavam a canalização, e conversavam com seus anjos. Embora o canal ainda não estivesse completamente aberto, sentiam a presença da proteção constante, do amor e da paz. Ouviam frases sem sentido, tinham algumas intuições, e muitas vezes a única sensação era de alegria – nada mais. Entretanto, sabiam que conversavam com anjos, e que os anjos estavam contentes[...].” (As Valkírias, pág 83)
“[...]Um dia chegará em que os que batem na porta verão ela se abrir; os que pedem, receberão; os que choram, serão consolados[...].” (As Valkírias, págs 236-237)
Segundo Gabriel Perissé, mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH – USP, “Paulo Coelho é amado em virtude do seu gnosticismo sincrético, seu esoterismo exotérico, seu catolicismo reencarnacionista, sua sensibilidade agudíssima para as demandas espirituais e psíquicas do nosso tempo, sua sabedoria tão despretensiosa [...]”
Numa frase atribuída ao escritor quando se referia a Jorge Luis Borges, o autor afirma em texto publicado pelo Jornal do Brasil em 27/07/1996, “o negócio é não complicar.”
Em suma, privilegiando o mistério, o sonho e o oculto, o autor surgiu como um paradigma, como um exemplo para quem busca respostas mais “elevadas” num contexto social desequilibrado, ao mesmo tempo individualista e massificante, tecnologicamente avançado e espiritualmente abandonado, pluralista, mas tacanho.
A simplicidade é a chave da literatura de Paulo Coelho, que preza tanto pela boa escrita quanto pela mensagem, pela essência do que está sendo dito, característica que é encontrada em raríssimas obras literárias hoje em dia.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
(Este texto foi originalmente publicado no Programa Meu Patrono Visto por Mim da Academia Virtual de Letras António Aleixo em 2016)
Referências:
Paulo Coelho - Fenômeno Editorial - site -https://www.hottopos.com/mirand4/suplem4/paulo.htm Gabriel Perissé - Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico
As Valkirias - livro - Paulo Coelho - Editora Rocco - Rio de Janeiro - 1995
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/paulo-coelho-e-as-valkirias-por-mauricio-duarte/
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Brida, O Monte Cinco e Paulo Coelho
Brida, O Monte Cinco e Paulo Coelho
Paulo Coelho tem mais de 35 milhões de livros vendidos, sendo um dos escritores mais lidos do mundo, além de ser também um dos que mais tem influência mundial. O escritor nasceu em 1947 na cidade do Rio de Janeiro, trabalhou como diretor e ator teatral e também desenvolveu trabalhos como compositor musical e jornalista.
Criou letras de canções para grandes artistas da música brasileira como Elis Regina e Rita Lee. Também teve importantes colaborações com Raul Seixas, participando de sucessos como “Eu nasci há dez mil anos atrás”, “Gita” e “Al Capone”, por exemplo.
Em 1982 editou seu primeiro livro, Arquivos do Inferno e em 1985, O Manual Prático do Vampirismo, ambos sem maiores repercussões, sendo que o último foi retirado das livrarias por ser “de má qualidade”, segundo suas próprias palavras.
Um ano depois realizou O Caminho de Santiago, experiência que descreveria no Diário de um mago. Em 1988 publica O Alquimista, o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos. Posteriormente escreveu Brida (1990), As Valkírias (1992), Às margens do Rio Piedra eu sentei e chorei (1994), Maktub (1994), O Monte Cinco (1996), Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika decide morrer (1998), O demônio e a Sra. Pym (2000), Onze minutos (2003), O Zahir (2005), dentre outros.
O autor foi traduzido em 62 línguas e foi publicado em mais de 150 países.
Resumo da obra Brida de Paulo Coelho
Brida é um romance baseado numa história real que narra a aventura da jovem irlandesa Brida O´Fern. Com a idade de 21 anos conhece um mago e pede que ele lhe ajude a converter-se em bruxa. Para isso, a moça passará por inúmeros obstáculos que mudarão sua concepção de vida. A neófita inicia uma busca pelo sentido da sua vida, utilizando como veículo o uso da magia, ansiando por um melhor conhecimento sobre seus medos, anseios e inquietudes, reestruturando-se numa nova existência.
O gênero do tema de Brida é espiritualidade, já que é uma obra inspirada na magia e nos caminhos que Deus implantou no mundo para que só os valentes que queiram em verdade conhecer qual é a razão de sua existência e seu objetivo nela se arrisquem a descobrir.
Resumo da obra O Monte Cinco de Paulo Coelho
Livro inspirado em relato bíblico ( 1Reis 18: 8-24).
O Monte Cinco conta a história do profeta Elias a quem Deus ordena que abandone Israel. Em um mundo regido por superstições, conflitos religiosos e tradições arraigadas, o jovem profeta enfrentará uma avalanche de acontecimentos que o conduzirão a um encontro definitivo com o Pai Eterno.
História de esperança para o homem contemporâneo, o livro coloca questões como por exemplo: Até que ponto podemos determinar nosso destino? Encontrar a resposta, a nossa própria resposta a essa e a outras perguntas é o mote do romance.
Referências de pesquisa:
Brida, Paulo Coelho . Joan Cruz . República Dominicana . https://www.resumosetrabalhos.com.br/brida-paulo-coelho_2.html
Este texto foi publicado originalmente no Programa Meu Patrono Visto por Mim da Academia Virtual de Letras António Aleixo.
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/brida-o-monte-cinco-e-paulo-coelho-por-mauricio-duarte/
sábado, 18 de agosto de 2018
Paulo Coelho
Leia o novo texto de minha autoria da Coluna do Divulga Escritor . https://www.divulgaescritor.com/products/paulo-coelho-por-mauricio-duarte/
sábado, 30 de junho de 2018
A poética de Waly Salomão
A poética de Waly
Salomão
Crítica feroz
e ácida que, no entanto, guarda o lugar cativo da imaginação, da fantasia e do
lúdico, a poética de Waly Salomão transpassa eras, é atemporal. O que, a princípio, poderia parecer datado ou
de citação do século passado – e do
milênio passado – não é desse modo
porque aquilo de construtivista, marginal, alegoria modernista ou qualquer
outra vertente literária existe em seus versos, é, ao mesmo tempo, uma
ressignificação, uma reconfiguração, uma reconexão de uma mixórdia do caldeirão
melting pot carioca baiano e, de fato, e de direito, brasileiro, embora sem
perder o aspecto universal.
O erudito, o
popular, o rigor científico e o populacho escrachado se encontram numa verve
fora do comum em Waly Salomão. Filho de
pai sírio e mãe baiana sertaneja, o poeta soube como ninguém herdar o arcabouço
da poesia marginal, sem contudo, ater-se a esse movimento como única
inspiração. Na verdade, estar à margem –
mote da marginália tropicalista – nunca foi para o autor nenhum
quebra-cabeças. Para Waly, nada mais
natural do que considerarem duvidar de que seu trabalho fosse poesia ou não.
Haja vista que sempre trilhou o caminho da intersecção entre as diversas mídias
rompendo suas fronteiras e além. Nunca pediu passagem, foi passando e quem
quisesse que saísse do seu caminho...
Num de seus
poemas – ou prosa poética – “vaziez e
inaudito” destrincha a vaziez, qualidade do artista que torna seu trabalho ao
mesmo tempo sucedâneo de outros anteriores e rigorosamente novo, colocando “em
suspensão a linha de montagem industrial fordiana” e varando “o inesperado, o
imprevisível”. E isto porque o novo só
pode vir do velho, filosofia das antigas, mas que as novas gerações esquecem
vez por outra; talvez dissesse o poeta se fosse vivo ainda.
O
experimentalismo das vanguardas sempre acompanhou o trabalho poético do autor,
mas não o reduziu a isto. Pelo contrário,
como já disse, Salomão pôde construir uma obra multifacetada e polimorfa ao
longo dos anos de sua trajetória nas letras.
Sempre em consonância com um toque enviesado, um quê de “ladrão de Bagdá
e cozinheiro baiano, piadista de Jequié e ‘leitor luterano’ de Drummond,
profeta de desastres telúricos e cidadão solidário”, conforme coloca Leyla
Perrone-Moisés. Que possamos sempre
revisitar a obra de Waly Salomão em tempos tão carentes de lucidez é condição
sine qua non para o entendimento e compreensão da geléia geral que é o nosso
Brasil. Viva a poesia! Viva Waly
Salomão!
Referências bibliográficas:
Pescados vivos
. Waly Salomão . Editora Rocco . Rio de
Janeiro . 2004
O ano
literário - 2002-2003 . Wilson Martins .
Editora Topbooks . Rio de Janeiro . 2007
Mauricio
Duarte (Divyam Anuragi)
Leia mais em: https://www.divulgaescritor.com/products/a-poetica-de-waly-salomao-por-mauricio-duarte/
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terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Está Faltando Originalidade e Criatividade nos Comics Atuais?
Volta e meia nos deparamos com
comentários do tipo: “nos quadrinhos de hoje não tem nada de bom”, ou
“no meu tempo, os quadrinhos eram muito melhores”. Esse tipo de
comentário me irrita muito. Ou a pessoa não está buscando ler as coisas
que saem ou possui preconceito ou simplesmente preguiça mental de ver
que as coisas e o mundo mudaram. Mas para tentar avaliar essa situação, a
de que falta originalidade e criatividade nos comics atuais, fui atrás
desses dois conceitos e gostaria de discuti-los com vocês em face a
atual produção de comics.
Para começar, vamos ao conceito de criatividade, dado por Oliver Sacks em seu livro Um Antropólogo em Marte.
“A criatividade, como
costuma ser entendida, acarreta não somente em um “o que”, um talento,
mas um “quem” – fortes características pessoais, uma identidade forte,
uma sensibilidade e estilos próprios, que escoam para o talento,
fundem-se com ele, dando-lhe corpo e forma pessoais. A criatividade,
nesse sentido, envolve a capacidade de originar, de romper com a maneira
existente de olhar as coisas, mover-se livremente no domínio da
imaginação, criar e recriar mundos inteiros na cabeça da pessoa –
enquanto supervisiona tudo isso com um olho crítico superior”. (SACKS,
2006, p. 47)

Acho que Brian K. Vaughan é um bom
exemplo de criador de mundos. Veja o que ele fez com Y: O Último Homem e
em SAGA. Criou do nada dois enormes mundos de ficção científica e,
mesmo que a criação dos dois tenha mais de dez anos de diferença, ele
manteve seu estilo de escrita, mesmo que ele tivesse mudado um tanto. O
estilo de BKV é de fácil reconhecimento. Não é por acaso que os seus
Fugitivos estão fazendo sucesso como a melhor série live-action da
Marvel até então e seguindo fielmente os quadrinhos escritos por ele.

Já no quesito originalidade, que
também envolve a criatividade, pego emprestado a citação do escritor
japonês Haruki Murakami em seu livro-ensaio Romancista como vocação. nesse livro, entre muitos aspectos da criação, ele dá três passos para a definição da originalidade:
“É apenas opinião minha,
mas para um determinado artista ser considerado original, ele precisa
preencher os seguintes requisitos básicos:
Possuir um estilo próprio
que seja visivelmente diferente do de outros criadores (pode ser som,
estilo de escrever, forma ou cor). Só de vê-lo (ouví-lo) um pouco,
deve-se reconhecer (quase que) instantaneamente que se trata de uma
expressão sua.
Conseguir renovar o seu
estilo por conta própria. O estilo precisa se desenvolver com o tempo.
Não pode se manter no mesmo lugar para sempre. E deve possui força de
reinvenção espontânea.
Com o tempo este estilo
próprio precisa se tornar um padrão a ser absorvido pelas mente das
pessoas e deve ser incorporado como parte do critério de avaliação de
valores. Ou precisa se tornar uma rica fonte de criação para futuros
artistas”. (MURAKAMI, 2017, p. 52 e 53)

criatividade, envolvem, sem dúvida uma grande marca pessoal, portanto
envolve o tal do estilo. O estilo é uma coisa presente em diversos
quadrinistas renomados como Stan Lee, Alan Moore, Will Eisner, Garth
Ennis, Frank Miller, Neil Gaiman e tantos outros. Nos representantes dos
quadrinhos atuais podemos encontrar estilo facilmente em Brian Wood e
Matt Fraction. Embora a obra de Wood tenha transitado do mais original
(como DEMO e Local) para coisas menos originais, como a equipe feminina
dos X-Men, o trabalho de Matt Fraction se torna mais original e mais
autêntico atualmente. Basta comparar seu início com Casanova, Punho de
Ferro e Justiceiro com trabalhos atuais como Gavião Arqueiro e
Criminosos do Sexo.

em autores como Nick Spencer, que é verborrágico e irônico, mas que ao
mesmo tempo que afasta os leitores a princípio, acaba atraindo-os ao
final da leitura. Já Al Ewing e Charles Soule també possuem esse verve
de ironia, buscando, através de um grande conhecimento de quadrinhos e
de suas áreas específica, imprimir suas versões pessoais para
personagens e histórias. Isso sem ficarmos de citar gente como Brian
Michael Bendis, Mark Millar, Scott Snyder, Tom Taylor e Tom King, todos
eles com trabalhos identificáveis presentes nos últimos dez anos.
Dessa maneira venho provar que as
falácias “nos quadrinhos de hoje não tem nada de bom”, ou “no meu tempo,
os quadrinhos eram muito melhores”, são exageros e ilusões de
saudosistas. Esses leitores idilicamente ufanam seus quadrinhos
empregando a eles uma carga de importância não maior do que os citados
aqui. Vamos para de viver no paraíso do passado e abrir os olhos para as
possibilidades do futuro.
Fonte:
SACKS, Oliver. Um Antropólogo em Marte. São Paulo, Companhia das Letras, 2006.
MURAKAMI, Haruki. Romancista por Vocação. São Paulo: Alfaguara, 2017.
https://splashpages.wordpress.com/2017/12/12/esta-faltando-originalidade-e-criatividade-nos-comics-atuais/
sábado, 22 de julho de 2017
Meu Patrono visto por mim - Paulo Coelho - Manual do Guerreiro da Luz
Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18
Meu Patrono visto por mim
Aqui passo a analisar o livro Manual
do Guerreiro da Luz de Paulo Coelho. O
livro aborda temas universais que permeiam a vida de todas as pessoas –
conquistas, derrotas, escolhas, destino, paixão, esperança, amizade, entre
outros. A publicação é uma compilação de
pequenas histórias ou considerações já publicados antes em “Maktub”, coluna que
fez parte do jornal Folha de São Paulo, e de outros jornais, entre os anos de
1993 e 1996.
Um livro de “lições de vida” não é
original nem tão pouco fora do comum...
Muitos escritores dedicaram seu tempo numa brochura deste tipo. O que há de diferente nesse Manual do
Guerreiro da Luz é que Paulo Coelho se debruça sobre algo constante em sua
trajetória literária – e não só espiritual ou religiosa – desde, ao menos, o
prólogo de As Valkirias (livro autobiográfico).
Refiro-me a citação do seu mestre J. quando diz: “ Porque a gente sempre
destrói aquilo que ama.” Uma afirmação que encerra uma contradição tremenda,
mas verdadeira. Os sonhos vão à ruína
quando se tornam possíveis... Achamos
que não merecemos aquela conquista, aquela vitória, e acabamos a destruindo.
Longe de ser um adágio de magia ou de
religião, a assertiva contém um pensamento filosófico existencialista ou de
espiritualidade profunda e, de acordo com Paulo Coelho, provém do seguinte
poema; dado a ele por J., escrito num guardanapo de papel:
“A gente sempre destrói aquilo que
mais ama
em campo aberto, ou numa emboscada;
alguns com a delicadeza do carinho
outros com a dureza da palavra;
os covardes destroem com um beijo,
os valentes, destroem com a espada.”
Seja como for, Paulo Coelho mantém o
foco durante todo o livro em contradições que aparentemente são isto mesmo,
contraditórias; mas que para o interessado nas coisas do espírito, tem todo
sentido. Como diz um dos seus excertos:
“O diabo mora nos detalhes”, de acordo com um antigo provérbio da Tradição.
E mesmo sendo árduo e longo, o
trabalho com o interior sempre vale a pena.
“Um Guerreiro da Luz sabe que tem muito para se sentir agradecido.” Essa
gratidão “não se limita ao mundo espiritual, ele nunca esquece seus
amigos”. “Ele não precisa ser lembrado
da ajuda dada a ele por outros, ele é o primeiro a lembrar e ficar certo de que
compartilha com eles todos os benefícios que recebe.”
Dessa forma, percebemos que este
Manual do Guerreiro da Luz não é um livro de autoajuda como muitos já escritos. Talvez seja um livro de “autotranscendência”,
porque nele podemos encontrar tanto histórias que nos levam a uma reflexão
quanto pensamentos que nos tornam alertas
para uma realidade maior, diferente das superficialidades com que a mídia,
ou a própria sociedade, nos acostumaram ao longo da vida. Um livro para não ter medo da vitória, para
não ter medo de ser feliz... Literalmente...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
segunda-feira, 24 de abril de 2017
A Espiã
Leia o texto de minha autoria sobre o meu Patrono na AVL, Paulo Coelho, no Portal Literário Divulga Escritor. Bem vindo(a).
http://portalliterario.com/livros-em-foco/270-livro-a-espia-do-autor-paulo-coelho-e-homenageado-pelo-academico-mauricio-duarte
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