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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Pirataria pode aumentar venda de quadrinhos, diz estudo




Um estudo publicado pelo professor Tatsuo Tanaka, da Faculdade de Economia da
Keio University no Japão, revelou dados interessantes sobre os efeitos
da disponibilidade acesso gratuito sobre o mercado de quadrinhos.
Segundo o estudo, em alguns casos, o acesso a cópias gratuitas dos
quadrinhos pode aumentar a vendagem deles.


Tanaka estudou o efeito da disponibilidade online gratuita dos
mangás, quadrinhos tradicionais japoneses que são lançados de maneira
serial (uma vez por semana, por exemplo). Ao todo, o estudo (pdf)
contabilizou a vendagem de 3.360 volumes de 484 séries diferentes de
mangás ao longo de oito meses.


Esses números não foram incidentais: segundo o pesquisador, as
editoras japonesas de mangás pertencem a um grupo pró-restrição cultural
chamado CODA. Entre julho de 2015 e março de 2016, o CODA promoveu uma
campanha maciça de deleção de cópias digitais ilegais de quadrinhos.
Dessa maneira, a pesquisa pode facilmente comparar a vendagem dos mangás
antes e depois da medida restritiva.


Resultados


Segundo Tanaka, os resultados da comparação foram duplos: para os
mangás que ainda estavam sendo lançados, a disponibilidade de acesso
gratuito a eles pela internet causava uma diminuição das vendas. Por
outro lado, essa disponibilidade fazia com que a venda de mangás que já
haviam se encerrado aumentasse.


Isso poderia, segundo Tanaka, ser devido a um "efeito
publicidade" gerado pela disponibilidade digital dos mangás. Em outras
palavras, o fato de os mangás antigos estarem disponíveis na internet
acaba servindo como "propaganda" para os mangás que já se encerraram.
Nesse caso, o acesso aos quadrinhos acaba reavivando o interesse dos
leitores nele.


Implicações


Para o pesquisador, "um ponto importante que deve ser ressaltado é
a implicação política desse resultado desigual da pirataria. Se o
efeito da pirataria é desigual, desativar os sites piratas de maneira
indiscriminada não é a melhor solução". Isso porque, de acordo com seu
estudo, a "pirataria" pode ajudar a venda de quadrinhos que já se
encerraram.


Tanaka ressalta, no entanto, que não é possível dizer, de maneira
taxativa, se a disponibilidade de acesso gratuito aos mangás é boa ou
ruim para o mercado. Embora o ganho percentual que essa disponibilidade
dê aos quadrinhos antigos seja muito maior que a perda percentual que
ela dá aos quadrinhos novos, em números absolutos a situação é oposta.


Para dar um exemplo com números inventados: um mangá
antigo pode vender 150 cópias em vez de 100 caso esteja disponível
gratuitamente na internet. Por outro lado, um mangá novo pode vender 900
cópias em vez de 1000 caso esteja disponível. Embora o ganho percentual
no primeiro caso seja superior à perda percentual no segundo (+50%
contra - 10%), em números absolutos o ganho no primeiro caso é menor que
a perda no segundo caso.


Outras áreas


O pesquisador ainda diz que há motivos para acreditar que os
efeitos da "pirataria" sobre o mercado de mangás podem ser semelhantes
aos efeitos da "pirataria" em outros mercados. Um estudo citado por ele
revelou que a disponibilidade gratuita de música online diminuiu a
vendagem de discos de artistas populares, mas aumentou as vendas de
discos de artistas menores.


De fato, pesquisas diferentes conduzidas na Austrália e na Suécia
já mostraram que a disponibilidade gratuita de cultura pode aumentar a
quantia que as pessoas investem nesse setor. Esses estudos, que
avaliavam o impacto da "pirataria" sobre os gastos com cultura, revelou
que usuários que consumiam uma mistura de conteúdo legal e ilegal
gastavam mais com esse setor do que os que apenas consumiam conteúdo
legal. 




fonte: 

Olhar Digital

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dia do Quadrinho 2015: mais um evento apoiado pela SAL





O Estúdio Alexandre Martins apresenta o Dia Nacional do Quadrinho em São Gonçalo no dia 30 de janeiro de 2015.
 Uma oportunidade de encontrar pessoas amantes da História em Quadrinhos, com suas produções artísticas (amadoras ou não), perto de profissionais da área e empresas afins.

Panorama da programação do Dia do Quadrinho 2015


  • Exposição de Quadrinhos nacionais ou não, bem como de suas ilustrações, estudos, personagens e etc;
  • Banca de venda e troca de publicações, coordenada e realizada pelos próprios artistas e editoras;
  • Projeção de filmes relativos ao mundo dos quadrinhos.
  • Palestras com nomes da área.


Programação do Dia do Quadrinho 2015

dia 30 de Janeiro, sexta-feira, das 10 às 16h

Centro Cultural Pref. Joaquim Lavoura ("Lavourão")


10h - Abertura / homenagens


10h30 - Palestra: “Como trabalhar com Quadrinhos" com Lipe Diaz


12h - filme "A Guerra dos Gibis" (Sessão com Debate)


13h - Palestra: "IFANZINE – revistas artesanais, protagonismo e autopublicação” com Alberto Souza


14h -Palestra: “Letras em quadrinhos: um olhar sobre a tipografia em HQ’s” com Vinicius Guimarães


15h - Palestra: "O Caminho das Pedras nos Quadrinhos: da Internet ao Licenciamento, como ter sucesso" com Leo Vieira


16h - Encerramento


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durante todo o dia:
  • exposição
  • bancas
  • oficinas
 Entrada franca - Censura livre



 filme "A Guerra dos Gibis"


 
- Direção:Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins
- Produção: Renata Jardim, Rafael Terpins, Thiago B. Mendonça
- São Paulo, SP, 2013
- duração 19’30’’

Sinopse:Nos anos 60 surge uma criativa produção de quadrinhos no Brasil. Mas a Censura conspirava para seu fim. Satã, Chico de Ogum, Beto Sonhador, Maria Erótica e outros personagens unem-se aos quadrinistas nesta batalha contra a Ditadura neste documentário onde a pior ficção é a realidade.
Entrada Franca.



Produção:





Apoio:

 
 
 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Uma norma para acabar com os quadrinhos nacionais


Gian Danton


No dia 13 de março de 2014 o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente aprovou, de forma unânime, a resolução nº 163 que considera abusiva toda e qualquer publicidade e comunicação mercadológica dirigidas às crianças.

A resolução é apoiada por muitos como uma forma de proteger as crianças contra os abusos, mas, se for colocada na prática, vai ter resultados muito mais amplos.

Legislações restritivas à publicidade infantil existem em outros países do mundo. Na Suécia, por exemplo, estão proibidos os comerciais na TV aberta. Países como Chile e Peru proíbem anúncios de determinados alimentos e bebidas. Na Grécia, anúncios de brinquedos só podem ser anunciados na TV aberta em horário adulto. No Irã, bonecos dos Simpsons e da Barbie não podem ser comercializados ou anunciados. Mas esse é o primeiro caso de proibição total e absoluta de qualquer tipo de comunicação comercial voltada ao público infantil.

A resolução considera abusiva "a prática do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço". Estão proibidos linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores; trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança; representação de criança; pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil; personagens ou apresentadores infantis; desenho animado ou de animação; bonecos ou similares; promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil; e promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil.

A resolução define a 'comunicação mercadológica' como toda e qualquer atividade de comunicação comercial, inclusive publicidade, para a divulgação de produtos, serviços, marcas e empresas realizada, dentre outros meios e lugares, em eventos, espaços públicos, páginas de internet, canais televisivos, em qualquer horário, por meio de qualquer suporte ou mídia, no interior de creches e das instituições escolares da educação infantil e fundamental, inclusive em seus uniformes escolares ou materiais didáticos, seja de produtos ou serviços relacionados à infância ou relacionados ao público adolescente e adulto.

Ou seja: a legislação, na prática, proíbe qualquer comunicação voltada às crianças. O maior prejudicado com a norma é, claro, Maurício de Sousa. Muitos têm comemorado o fato de que ele não pode mais colocar seus personagens em produtos infantis, como pacotes de maçãs.


Mas a legislação é tão ampla que afeta quase toda a produção nacional destinada às crianças. As revistas em quadrinhos infantis, por exemplo, dificilmente se sustentam sem publicidade. Produzir um gibi infantil é um processo caro que quase nunca se paga apenas com as vendas de revistas (até porque essas vendas se reduzem a cada ano). Da mesma forma, os desenhos animados só são exibidos por causa da publicidade. Não por acaso, as TVs abertas estão tirando desenhos animados de sua programação. Há de se perguntar como ficarão os canais infantis da TV por assinatura, até porque eles não poderão mais ser anunciados e também não poderão mais exibir publicidade.

Na prática, a resolução joga uma pá de cal no mercado de desenhos animados infantis, que vinha apresentando um crescimento invejável, com personagens como Peixonauta e Turma da Mônica, e coloca em situação difícil as revistas infantis nacionais, já que não é permitida nem mesmo a publicidade das próprias publicações. Ou seja: a revista do Cebolinha não pode mais anunciar o conteúdo da revista do Cascão. Pior ainda para autores que queiram lançar gibis com personagens novos, que não poderão ser divulgados. Nem mesmo a distribuição de brindes para as crianças são mais permitidos. Na prática, Maurício de Sousa ainda está em uma situação melhor do que outros quadrinistas que queiram lançar outras publicações infantis. Nunca mais veremos o lançamento de outros gibis.

Mas essa é uma visão otimista. A legislação é tão ampla que, na prática, pode proibir até mesmo as capas dos gibis infantis. Veja-se: a legislação considera "'comunicação mercadológica' como toda e qualquer atividade de comunicação comercial, inclusive publicidade, para a divulgação de produtos, serviços, marcas e empresas realizada, dentre outros meios e lugares, em eventos, espaços públicos, páginas de internet, canais televisivos".

Todo manual de marketing explica que um dos elementos essenciais da comunicação mercadológica é o merchandising, ou apelo no ponto de venda. No caso das bancas de revista, o apelo comercial é feito através das capas das revistas. Ou seja, sob qualquer aspecto, a capa de um gibi é uma comunicação mercadológica. Se a norma realmente for seguida, os editores de revistas infantis terão que se adaptar, uma vez que não poderão mais exibir personagens nas capas de suas revistas. Uma solução talvez seja vender as revistas lacradas, com tarjas escondendo os personagens da mesma forma como hoje se faz com as revistas pornográficas. Num mercado em que gibis vendem cada vez menos, a resolução pode ser a pá de cal no mercado de quadrinhos nacionais.

Lendo a legislação lembrei do amigo desenhista Antonio Eder, que, mesmo depois de adulto, ainda tinha o álbum de figurinhas do Palhaço Zequinha, lançado pelo governo do Paraná no final dos anos 1970. O álbum era gratuito e as figurinhas eram trocadas por notas fiscais. Um incentivo para que a população exigisse notas fiscais que fez a alegria de muitas crianças curitibanas. Pela nova legislação, a iniciativa seria ilegal, uma vez que a norma proíbe a "promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis".

Engana-se quem acha que o problema se restringe apenas aos quadrinhos infantis. Como maioria das pessoas acha que todo gibi é para crianças, toda a produção nacional pode ser afetada. Um exemplo: quando lancei o meu livro "Grafipar, a editora que saiu do eixo", perguntei porque o livro era vendido lacrado e com uma tarja avisando que se tratava de um livro para adultos. No meu entender, o livro era obviamente para adultos, até pela referência no subtítulo à produção erótica. "Tente explicar isso a um juiz", respondeu um editor. "Se tem desenho na capa e é quadrinhos, um pai pode achar que é para criança e nos processar. Já aconteceu com outros livros semelhantes". Ou seja: provavelmente para os "especialistas" do conselho, todo quadrinho é para criança e se encaixa na norma, até porque uma das definições para isso é o uso de cores chamativas.

No pior dos cenários, até mesmo as coleções de miniaturas de personagens de quadrinhos (como os da Marvel e DC, que temos visto nas bancas) ficam comprometidas. Explica-se: a legislação atual já proíbe vender em banca de revista algo que não seja revista. Assim, quando se pretende lançar algo do gênero, coloca-se uma revista junto, e diz-se que o boneco é brinde para quem comprou a revista. Como agora brindes são proibidos e como a maioria das pessoas vê quadrinhos como coisa exclusivamente de crianças...

Uma legislação que coíba abusos na publicidade infantil seria bem vinda. Mas a proibição total, com uma lei tão ampla que pode afetar até as capas dos gibis nacionais interessaria a quem? Em tempo, as citações entre aspas foram retiradas diretamente do site do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente.


fonte: Digestivo Cultural
 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Dia do Quadrinho Nacional


A Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo apoia mais um evento cultural em nossa cidade: O Dia do Quadrinho Nacional.


O Dia do Quadrinho Nacional é comemorado no dia 30 de janeiro em homenagem ao desenhista Angelo Agostini. 


A data foi instituída em 1984 pela Associação de Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo - AQC-SP.

O 1º quadrinho com personagem fixo ocorreu por iniciativa de Agostini com a obra “As aventuras de Nhô Quim” de 9 capítulos, com início em 30 de janeiro de 1969.

Além de quadrinhos, atuou com ilustrações e sátiras visuais sobre a vida política e a rotina do Brasil, além de "Nhô Quim", é responsável pela criação da personagem "Zé Caipora" e participou da criação da revista de quadrinhos e ilustrações infantis "O Tico Tico".


Angelo Agostini


Nascido em Vernate, Itália em 1833, faleceu no Rio de Janeiro aos 28 de janeiro de 1910. Foi um desenhista italiano que firmou carreira no Brasil. Um dos primeiros cartunistas brasileiros, foi o mais importante artista gráfico do Segundo Reinado.


Viveu sua infância e adolescência em Paris, e em 1859, com dezesseis anos, veio para São Paulo com a sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini.

Em 1864 deu início à carreira de cartunista, quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Este periódico, apesar de ter obtido repercussão, teve duração efêmera, sendo fechado em 1865. O artista lançou, no ano seguinte (1866) o Cabrião, cuja sede chegou a ser depredada, devido aos constantes ataques de Agostino ao clero e às elites escravocratas paulistas. Este periódico veio a falir em 1867.

O artista mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D. Pedro II. Aqui colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, com as publicações O Mosquito e Vida Fluminense. Nesta última, publicou, a 30 de Janeiro de 1869, Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.

Fundou, em 1 de janeiro de 1876, a Revista Ilustrada, um marco editorial no país à época. Nela criou o personagem Zé Caipora (1883), que foi retomado em O Malho e, posteriormente, na Don Quixote. Este foi republicado, em fascículos, em 1886, o que, para alguns autores, foi a primeira revista de quadrinhos com um personagem fixo a ser lançada no Brasil.


Programação do Dia do Quadrinho

10h - Abertura 

11h - filme "A Guerra dos Gibis" (Sessão com Debate)

13h - Palestra: "O Senhor dos Gibis - a trajetória artística e empresarial de Maurício de Sousa" com Leo Vieira

14h - homenagens

15h - Palestra: "O Caminho das Pedras nos Quadrinhos: da Internet ao Licenciamento, como ter sucesso" com Leo Vieira

16h - Encerramento


Entrada franca - Censura livre



projeção do filme "A Guerra dos Gibis"


- Direção:Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins
- Produção: Renata Jardim, Rafael Terpins, Thiago B. Mendonça
- São Paulo, SP, 2013
- duração 19’30’’
 

Sinopse:Nos anos 60 surge uma criativa produção de quadrinhos no Brasil. Mas a Censura conspirava para seu fim. Satã, Chico de Ogum, Beto Sonhador, Maria Erótica e outros personagens unem-se aos quadrinistas nesta batalha contra a Ditadura neste documentário onde a pior ficção é a realidade.
 

Entrada Franca.

Produção:


 

Apoio:






Sintonia Fina Gourmet

 Av. Presidente Kennedy, 719 - Estrela do Norte
São Gonçalo - RJ

terça-feira, 9 de agosto de 2011

9ª Expo de Artes DESTEC





  • Arte Infantil 
  • Caricatura 
  • HQ 
  • Pintura à Óleo 
  • mangá
    e outros 
 Direção do Curso DESTEC: Tadeu de Queiroz

Curadoria: Denise Velasco (SAL)

Vernissage: 12 de agosto de 2011, 19h

Visitação da Exposição : de 13 de agosto à 12 de setembro de 2011
2ª a sexta de 09 às 17h

Local: Casa das Artes Villa Real

End.: Rua Cel. Moreira César, s/n - Zé Garoto São Gonçalo

Apoio Cultural: Alcântara Noivas /Peperone&Miss Mary

2614-4608 / 2601-3120