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Mostrando postagens de janeiro 26, 2020

“Os Homens Ocos”

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“Os Homens Ocos” “Nós somos os homens ocos Os homens empalhados Uns nos outros amparados O elmo cheio de nada. Ai de nós! Nossas vozes dessecadas, Quando juntos sussurramos, São quietas e inexpressas Como o vento na relva seca Ou pés de ratos sobre cacos Em nossa adega evaporada Fôrma sem forma, sombra sem cor Força paralisada, gesto sem vigor; Aqueles que atravessaram De olhos retos, para o outro reino da morte Nos recordam — se o fazem — não como violentas Almas danadas, mas apenas Como os homens ocos Os homens empalhados.” II “Os olhos que temo encontrar em sonhos No reino de sonho da morte Estes não aparecem: Lá, os olhos são como a lâmina Do sol nos ossos de uma coluna Lá, uma árvore brande os ramos E as vozes estão no frêmito Do vento que está cantando Mais distantes e solenes Que uma estrela agonizante. Que eu demais não me aproxime Do reino de sonho da morte Que eu possa trajar ainda Esses tácitos disfarces Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas E compo

“A Terra Desolada”

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“A Terra Desolada” “Abril é o mais cruel dos meses, germina Lilases da terra morta, mistura Memória e desejo, aviva Agônicas raízes com a chuva da primavera. O inverno nos agasalhava, envolvendo A terra em neve deslembrada, nutrindo Com secos tubérculos o que ainda restava de vida. O verão; nos surpreendeu, caindo do Starnbergersee Com um aguaceiro. Paramos junto aos pórticos E ao sol caminhamos pelas aleias de Hofgarten, Tomamos café, e por uma hora conversamos. Big gar keine Russin, stamm’ aus Litauen, echt deutsch. Quando éramos crianças, na casa do arquiduque, Meu primo, ele convidou-me a passear de trenó. E eu tive medo. Disse-me ele, Maria, Maria, agarra-te firme. E encosta abaixo deslizamos. Nas montanhas, lá, onde livre te sentes. Leio muito à noite, e viajo para o sul durante o inverno. Que raízes são essas que se arraigam, que ramos se esgalham Nessa imundície pedregosa? Filho do homem, Não podes dizer, ou sequer estimas, porque apenas conheces Um feixe de imagens

Nada e nada mesmo

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Minha participação no Caderno Literário com os poemas preferidos de 2019 da Editora Pragmatha. Agradeço muito à amiga Sandra Veroneze. Nada e nada mesmo Nada do  rico serve para o pobre não... Nada. Nada do pobre serve para o rico não... Nada mesmo. Há um abismo incomensurável e nada aí... Nada. Ao mesmo tempo um tudo e também um nada, é... Nada mesmo. Nada pode haver entre quem tem tudo e... Nada. Entre quem tem nada, o tudo é muito e o nada, é... Nada mesmo. Entre quem tem tudo, o nada é pouco, e quase é... Nada. Enfim, o tudo e o nada são dois lados desse... Nada mesmo. Mauricio Duarte São Gonçalo / RJ Poema publicado no Caderno Literário 79 da Editora Pragmatha.  https://www.facebook.com/cadernoliterariopragmatha/

CAMINHOS IMAGINÁRIOS

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CAMINHOS IMAGINÁRIOS Não sei se pego emprestado O tapete mágico Ou a vassoura voadora! Sei que embarco Em um caminho imaginário Por dentro de mim. Não sei se vou De ônibus ou metrô! Sei que vou Por um caminho Pra depois voltar E fazer poemas No estilo Sem compromisso Escrevendo o que penso E sinto E depois tomar um vinho raro Pra brincar De ser feliz. Bartira Mendes (Bartira Mendes . Extraído do livro Antologia Inspiração em Verso IV . Página 60 . Editora Futurama . São Paulo . 2018) Visite o instagram da poetisa, escritora e palestrante Bartira Mendes . RESPIRANDO POESIA .  https://www.instagram.com/respirandopoesia_bartiramendes/ # visite   # página   # facebook   # Respirando   # poesia   # poema   # poetisa   # Bartira   # Mendes   # letras   # literatura

CONSCIÊNCIA

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CONSCIÊNCIA “Do que me culpas, os pensamentos Por acreditar Em minhas verdades? Insanidade Campo minado De meus traumas. Sentimentos inúteis A assombrar Minhas noites. Confissão Argumentos Aromas vencidos Por toda parte. O que acalenta!? É que não perdi A viagem Apenas encontrei E segui Outros caminhos. Bartira Mendes (Bartira Mendes . Extraído do livro Antologia Inspiração em Verso IV . Página 59 . Editora Futurama . São Paulo . 2018) Visite a página da poetisa, escritora e palestrante Bartira Mendes . RESPIRANDO POESIA .  https://www.facebook.com/bartiramendesrespirandopoesia/ # visite   # página   # facebook   # Respirando   # poesia   # poema   # poetisa   # Bartira   # Mendes   # letras   # literatura
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Qual a história dos pigmentos azuis e sua trajetória na arte Juliana Domingos de Lima 16 de fev de 2017 (atualizado 20/02/2017 às 12h03) Hoje a cor está em toda parte, como roupas, paredes e quadros. Mas nem sempre foi assim Temas Foto: Johannes Vermeer/Wikimedia Commons 'A leiteira', pintura a oléo feita por Johannes Vermeer entre 1657 e 1658   A cor azul não pode ser considerada rara nas obras de artistas modernos. Ela é abundante, por exemplo, nas obras de Wassily Kandinsky, Picasso ( especialmente em um determinado período ), Yves Klein e Louise Bourgeois. Pinturas rupestres de 20 mil anos atrás, entretanto, não continham pigmentos azuis, como notou o professor Heinz Berke da Universidade de Zurique. Essa ausência se explica, segundo, Berke, químico que estudou a história do pigmento, pelo fato de o azul não ser uma cor que pode ser extraída do solo, como o vermelho presente em muitas frutas e no sangue, o marrom da terra e o verde das folhas. A

Livro Arte-enlevo . Abordagem de Análise Estética e Filosófica

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Livro Arte-enlevo Abordagem de Análise Estética e Filosófica Por: Mauricio Duarte A arte-enlevo propõe uma abordagem de análise estética em que se transpasse o atributo de ser simplesmente arte da prática artística. A arte-enlevo transpassaria a condição de arte porque estaria em dinamicidade com expressões artísticas no êxtase, no enlevo. Propõe o elevar de mentes, consciências e espíritos tanto na pura crítica reflexiva, quanto no puro deleite de sensações e em âmbitos de maior apreciação estética plena. Arte-enlevo é um livro com conceitos explanados sobre esta abordagem e com 26 análises de trabalhos artísticos de diferentes artistas visuais, designers, ilustradores e autores de quadrinhos. Categorias: Pintura, Design, Artes Gráficas, Filosofia, Artes e Entretenimento, Artes Palavras-chave: análise, arte-enlevo, artes, design, estética, filosofia, ilustração, quadrinhos, visuais https://clubedeautores.com.br/livro/arte-enlevo

“Bilhete”

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“Bilhete” “Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” Mario Quintana Visite o instagram da escritora, poetisa e palestrante Bartira Mendes . RESPIRANDO POESIA .  https://www.instagram.com/respirandopoesia_bartiramendes/ # visite   # Respirando   # instagram   # poesia   # poema   # poeta   # Mario   # Quintana   # poetisa   # Bartira   # Mendes   # letras   # literatura

“EU QUERO É TEU CALOR ANIMAL”

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“EU QUERO É TEU CALOR ANIMAL” “Mas onde já se ouviu falar num amor à distância, Num teleamor? Num amor de longe… Eu sonho é um amor pertinho… E depois Esse calor humano é uma coisa que todos - até os executivos têm É algo que acaba se perdendo no ar No vento No frio que agora faz… Escuta! O que eu quero O que eu amo O que eu desejo em ti É teu calor animal…” Mario Quintana Visite a página da escritora, poetisa e palestrante Bartira Mendes . RESPIRANDO POESIA .  https://www.facebook.com/bartiramendesrespirandopoesia/ # visite   # página   # Respirando   # poesia   # poema   # poetisa   # poeta   # Mario   # Quintana   # Bartira   # Mendes   # letras   # literatura