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sábado, 14 de abril de 2018

Vida cotidiana e vida espiritual




Vida cotidiana e vida espiritual

As pessoas estão se desconectando de Deus, da religião, da espiritualidade ou da fé, para trabalhar, para conviver socialmente ou para se divertir.  O mundo como conhecemos é cético e pragmático ao máximo...  Ou é complacente e tolerante ao máximo...
Mas isto, a médio e longo prazo, só exacerba um fosso, uma separação artificial, um distanciamento que é falso.  Espiritualidade e vida social, Deus e trabalho, religião e profissionalismo, fé e diversão, não são opostos.  São, na verdade, polos da mesma esfera, faces da mesma moeda.  Se estão em diferenciação é porque simplesmente não são a mesma coisa, porém estão na mesma dimensão.  Viver ludicamente é possível?  Não só é possível, como necessário.  Trabalhar prazerosamente é possível?  Não só é possível, como necessário. Rezar contemplativamente é possível?  Não só é possível, como necessário.
Nesse sentido, o cotidiano requer suavidade, leniência, que só pode ser alcançada com o acoplamento, com a fusão, com a junção da vida do dia-a-dia com a vida espiritual.  Estabelecer a vontade, a força e a virtude como elementos cujas demandas nos trazem a chave para um viver saudável, tanto materialmente quanto espiritualmente.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sábado, 22 de outubro de 2016

Caminhada espiritual



Caminhada espiritual


Por que negligenciamos tantas vezes nossa caminhada espiritual?  Temos uma caminhada espiritual?  Por que tantas vezes deixamos de lado nossos exercícios espirituais e/ou religiosos?  Nossas obrigações e compromissos materiais não raramente merecem maiores e melhores observações e devotamento de nossa parte invariavelmente.  Por que isso acontece?
A letargia para as coisas de Deus parece imperar um sem número de vezes na vida de grande número de pessoas, senão na vida da maioria delas.  Vivemos um período de conquistas materiais, tecnológicas, científicas e práticas de enorme monta e de enormes níveis ou graus.  Essas possibilidades e fatos nos trazem ganhos e muitas comodidades em nosso cotidiano, porém levam à preguiça para as questões da espiritualidade.  Amar a Deus acima de todas as coisas parece distante, abstrato e sem significado.  Mas não é!  O Senhor nos exorta a estar em comunhão com Ele sempre, em todos os momentos das nossas existências.  E, no entanto, reservamos tão pouco tempo para o Pai Eterno que tanto nos amou, nos ama e nos amará para toda a eternidade.  A natureza nos sorri todo dia, com uma manhã ensolarada, com um céu azul, com pássaros e grama verde; demonstrando que o cosmos nos convida à sintonia com o universo em uma harmonia que nunca cessa de clamar pela nossa adesão.  Contudo, continuamos a nos fechar em condomínios, em residências atrás de muros e em escritórios, longe de uma vida natural.  Esse, talvez, seja um dos motivos da nossa procrastinação para com as coisas de Deus.  Não damos atenção à meditação, aos mantras, à limpeza dos chakras, à oração, à leitura orante da Bíblia porque nossas energias estão distantes das energias naturais, distantes do contato com a terra, por exemplo.
Mas não é só isso.  Ao contrário do que se pensa, dar atenção à própria espiritualidade não é um fardo.  É uma benção.  E como tal, atrai positividades em todas as áreas da nossa vida.  Essa benção é fundamental, não é só importante, é fundamental.  Porque hoje lidamos com uma tecnologia muito avançada na maior parte do tempo.  E, como é preciso saber – você pode confirmar isso meditando por um período e voltando às suas atividades depois –  quanto maior a sua consciência, maior a sua desenvoltura com a tecnologia.  Na verdade, o nível da sua consciência tem que ser um pouco maior do que o nível da tecnologia que você usa.  Só assim, é possível estabelecer vínculos com a divindade, com o divino, que possam harmonizar suas ações com o fluxo constante universal e desse modo, trabalhar, exercer suas atividades, produzir em alta escala e em alta performance como a ciência e a tecnologia nos permitem hoje em dia.
Portanto, viver plenamente todo dia e acompanhar a competitividade do mercado atual em nossas carreiras profissionais é algo justo e bom, mas fazer isso em detrimento da nossa vida interior e da nossa espiritualidade, só trará frustrações, cansaços e, talvez até, perdas emocionais, psicológicas, pessoais e físicas. Também “aproveitar a vida” de forma desregrada, social e sexualmente com bebidas, fumo, drogas e festas ou mesmo com diversão – que é salutar e saudável, mas não é suficiente – não pode criar condições para um equilíbrio harmonioso do ser humano, quando se esquece do componente espiritual.
O ritmo ininterrupto do nosso cotidiano tem que ser alinhado com o devido cuidado com a vida espiritual seja qual for a corrente ou tradição a que nos aferramos quando se trata de fé. Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/caminhada-espiritual-por-mauricio-duarte/

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O início e o fim



O início e o fim


Não existe fim nem começo na cosmogênese do universo.  Só há a continuidade eterna.  No ápice do início está, em semente, o germe do fim e no fundo do poço do final está guardada a pequenina luz de um novo amanhecer.
Tudo se move em ciclos cósmicos e são necessários vários ciclos cósmicos, verdadeiros milhões de kalpas, para que uma nova ronda de civilização tenha lugar em algum plano de existência.  A nossa civilização não é a primeira e nem será a última a florescer nessa realidade planetária.  Desse modo, podemos dizer, sob certo ponto de vista, que a evolução espiritual das nossas consciências é o nosso objetivo e que essa evolução não tem começo nem fim; é um devir que se quer eterno.  Grandes avatares, como Shakyamuni, o Buda, decidiram por esperar a evolução da humanidade inteira para só depois entrar no reino dos Céus.
Buracos negros, quasares, nebulosas, pulsares e supernovas demonstram o quanto é vasto e infinitamente perfeito o nosso universo.  Tal dança cósmica do eterno é uma prova de que não é possível a imobilidade.  Tudo está em constante mudança e o movimento é o único fator constante nessa alquimia universal; a própria mudança.  Por esse motivo, talvez, devêssemos lembrar que nossos problemas são, no máximo, preocupações passageiras e que nada, nada mesmo, irá continuar o mesmo para sempre.  Aliás, há um ditado que diz: “É preciso mudar muito para permanecer o mesmo.” Essa dicotomia da frase anterior corrobora com a nossa breve digressão sobre o início e o fim, haja vista que, é fato: as mudanças e os movimentos da nossa realidade natural levam a um estado geral de coisas harmônico e, embora multifacetada, multitudinária e pluridimensional, exibe em sua constante evolução uma dinâmica uma e sempre bela, boa e verdadeira.  Portanto, em suas grandes modificações, o universo permanece, num certo sentido, sempre no mesmo ritmo.  Quero dizer com isso que, saltos existem na natureza, mas a dinâmica geral, mesmo desses saltos, percorre uma trajetória já determinada, ainda que não sendo gradual.  Trocando em miúdos, tanto a iluminação pelo Yoga de Pantajali – gradual – quanto a iluminação pelo Tantra de Tilopa – em saltos – ocorrem e ambos obedecem a um ciclo natural de consciência ampliada.
Sendo assim, tenhamos pressa indo devagar e percorramos sinuosamente nosso caminho reto para sermos plenamente libertos de Maya.  O nosso lugar de direito no cosmos estará sempre nos aguardando, demore o tempo que demorar para nos lembrarmos dessa verdade.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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