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sábado, 19 de outubro de 2019

A que se refere a Arte-enlevo?

A que se refere a Arte-enlevo?



A ARTE-ENLEVO explora e congrega, numa aglutinação, quatro tipos de abordagens filosóficas: Estética (obviamente, a arte relaciona-se ao belo e ao feio), a Axiológica (relação direta com valores dentro do meu pensamento), Epistemológica (porque interdisciplinar e de forma científica, ainda que considerando “ciências antigas”) e Ontológica (relação com a metafísica, a essência das coisas).

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

A Escola Eleática

A Escola Eleática




Os primeiros metafísicos entre os gregos foram os da escola Eleática. Eles foram os primeiros a duvidar da realidade da matéria e sentirem a dificuldade de distinguir entre conhecimento e ser, pensamento e existência. Os jônicos evidentemente assumiram a realidade do fenomenal. Os pitagóricos tomaram a realidade da mente ou do pensamento como a substância da matéria. Os eleáticos eliminaram a dualidade, concernindo a identidade do pensamento e da existência.  A transição de Pitágoras para a Escola Eleática foi fácil. A realidade do fenomenal é, em algum senso, admitida, mas estamos sem um certo critério de conhecimento da sua existência. A razão nos mostra o Um e isso deve ser absoluto e eterno. Xenophanes, o fundador do eleaticismo não nega, a escassamente talvez duvidada, realidade da matéria. Ele viu a contradição entre o veredicto da razão e os ensinamentos da experiência. O Um resolve toda a existência em uma unidade – uma essência eterna, impenetrável e imutável – enquanto os sentidos proclamaram a existência do agregado. A realidade de ambos, ele admite, não seria nem entendido e nem explicado através do modo da reconciliação. “Levantando seus olhos até a imensidade do céu” diz Aristóteles, “Xenophanes declarou que o Um é Deus.” Mas ele perguntou se o Um é Deus, o que dizer dos deuses de Homer e Hesiod? Se Deus é um ser infinito, qual a base para descrever a ele as ações tolas dos homens; o quão idiota é, supor que ele é como eles mesmos, que tem a sua voz, a sua forma e a sua figura. Se uma ovelha ou um leão estão ligados a Deus, eles estão ligados a ele como eles mesmos. Se ele tem mãos e dedos como os nossos, eles darão a ele uma imagem e uma forma como a dele próprio. Mas isso é Deus apenas finitamente considerado, Deus descrito como foi criado pela mente. Ele que é Deus deve ser um ser não criado por nós. Ele não é nada finito. Ele é o infinito; não o infinito como uma abstração, por isso, seria como o finito podendo ser apenas uma forma das nossas mentes. Ele é o ser infinito, independente de todos os nossos pensamentos e de todas asnossas concepções de finito ou infinitude. Diferente dos homens em forma exterior; diferente também, em mente e pensamento. Ele é sem partes ou órgãos, mas ele é todo sinal, todo ouvidos e todo inteligência. Ele é pré-eminentemente ser e o único ser verdadeiro. O que quer que realmente exista, ele é ele mesmo e ele é tudo o que existe de imutável e eterno. Nada pode vir do nada. O que quer que seja deve vir dele. O produzido é, então, idêntico com o que ele produz. Se não, alguma coisa veio surgindo que não está na causa que surgiu. Isso é absurdo e além domais, diz Xenophanes, tudo o que é realmente o ser é Deus. Ele é um etodas as coisas. Parmenides não tira os olhos da imensidade do céu paraver o Um. Ele não acredita nas representações dos sentidos. Tudo oque é meramente aparência, ilusão, tornar-se, fica a parte, ser e não-ser, mudança de lugar e vicissitude de circunstância – tudo o que os homens geralmente põe como realidade, são meros nomes. O que quer que seja, não pode ser nada produzido. Ele não pode estar em partes e em partes produzido. Se há um ser uma vez ou ainda há de ser, então não é. Uma existência que venha a ser ou que se torna, que implica uma pré-existência de não-existência leva embora toda a ideia de ser, então, esse ser deve ter existido sempre ou nunca. Os sentidos revelam o agregado, mas isso é só decepção. Através do puro ser em nós, estaremos idênticos a esse ser. Isso é o oposto do agregado e do mutável que, inclusive não existe e, além do mais, não pode ser objeto do pensamento. Todas as coisas que realmente existem são um e essa existência é sem mudanças. Ela pervarde todo o espaço. Esse um não é o agregado coletado como revelado pelos sentidos, mas o substrato que é a fundação e a realidade de toda aparente existência. Parmenides não chama isso de Deus. Sua filosofia é uma ciência do ser e do saber. Ele rejeita a existência do muitos: enquanto ele é compelido a considerar como existente de algum modo. Existe na representação sensualística. Todos os homens percebem como existente. Parmenides deve, de qualquer modo, fazer um esforço para explicar como o mundo do fenomenal tem sua aparente existência. Ser e não-ser colocam-se como estivessem um contra o outro a despeito do filósofo. Ele nega que o último seja alguma coisa e ele tem que tratá-lo como se fosse alguma coisa. Deve haver um primeiro Um na multitude dos seres. Todas as coisas que participam subsistem em outras que participam nele. Então, há um progresso entre ser do qual não pode ser participado. Isso é a mais profunda unidade ou simplesmente o ser é um ou muitos; mas na ordem dos seres essa multitude é oculta e caracterizada pela natureza do Um. Desde que ocorre uma mônada primeira em todo lugar da multitude, nós temos que pôr em suspenso todos os seres vindos da própria mônada. Nas almas, a mônada das almas é estabelecida numa ordem mais antiga do que a multitude das almas e sobre isso, todas elas são como um centro, convergindo, almas divinas em primeiro lugar, seus atendentes depois e, após, seus co-atendentes como diz Sócrates no Phaedrus. Além disso,a mônada de todos os seres é primeira a todos os seres e Parmênides chama-a de o Um.
Zeno e Melissus anularam essa ligeira dualidade entre o Um e o agregado. Eles o fizeram, mostrando que nenhum conhecimento poderia ser derivado dos sentidos; que a própria concepção de ser do agregado não poderia existir e, além disso, a crença na sua existência foi contraditória e absurda. Zeno manteve a não-existência do fenomenal. Seu argumento foi que, dividindo a matéria, nós temos que pensar num estágio em que a divisibilidade seja possível, onde o sujeito da divisão torna-se um ponto matemático, que não tem existência real e todas as experiências encontradas sejam contraditórias, onde nenhuma realidade objetiva possa ser deduzida daquilo. O único modo decerteza no conhecimento é estabelecer as conclusões da razão pura e explicar o fenomenal como uma mera ilusão dos sentidos.
“Nós não podemos” diz Melissus “determinar a quantidade do que quer que seja sem tomar como garantida a sua existência.” “Mas isso que é real, não pode ser finito, tem que ser infinito, não em espaço mas em tempo.” Isso acontece todo o tempo e sempre será assim. A multiplicidade das coisas mutáveis que os sentidos revelam, pode ser apenas uma decepção. A aparência está em nós: a realidade está em nenhum lugar. Se as coisas aparentes realmente existem, elas não podem mudar. Um o quê ainda se mantém, o que na realidade do ser que quer que seja representado aos nossos sentidos ou o que quer que as condições subjetivas e circunstâncias da representação sejam.


Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . A Escola Eleática

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sábado, 17 de agosto de 2019

1. Os jônicos




No quinto século antes de Cristo viveu Tales de Mileto, um amante do conhecimento, um buscador da sabedoria.
Ele visitou o Egito na época em que a batalha sagrada entre ciência e sagrado, inclusive, a batalha para jogar fora a sabedoria da religião egípcia tinha começado. Os padres registravam conhecimento – conhecimento de todos os tipos. Tales aprendeu lá a “escuridão desconhecida ”que produz “água e areia” da qual todas as coisas são feitas. Ele deve ter comparado isso com o que ele leu em Homer e Hesíodo sobre a origem de todas as coisas do Oceanus e de Tethys e, portanto, elaborado o pensamento “água é o primeiro princípio da criação.” Quem sabe ele tenha feito experimentos nisso. Um químico rude ele foi e também, procurou saber que formas materiais são insubstanciais e passageiras. Ele sentia que a fundação da natureza foinuma unidade na qual todas as coisas forma um, uma substância na qual toda partícula – um material capaz de ser formada pelos sóis e pelas estrelas e mundos, árvores, animais e homens, um elemento original com o qual todos oselementos tiveram o seu começo e o que mais semelhante do que a água para seresse elemento original?
É o sangue danaturea, pela qual todas as coisas vivem, sem a qual, todas morrem. Ele pegou um elemento da união original, oque quis dizer com isso, é mais do que podemos dizer. Ele teria se dado conta de que não podia irmais adiante? Ele não fez distinçãoentre o material e o espiritual? Nós nãopodemos responder. Aristóteles dizia queTales acreditava que “todas as coisas estão cheias de deuses. “Laertius que chamava Deus de “omais antigode todas as coisas, poque foi incriado” e Cícero que dizia: “a água está para oinício de todas as coisas, mas Deus foi a mente que criou as coisas daágua.” “Mas porque” perguntouAnaximander, discípulo de Tales “deve ser dada preferência a água em detrimentodos outros elementos? Desse modo, vocêassume que todas as coisas são finitas. Colocando esse elemento entre os outros, colocando-o como o únicoelemento do universo, você o torna infinito. Ele então, cessa de ser água. Porque não chamá-lo, desse modo, “o infinito” é ilimitado, eterno,incondicionado?” Um universo de opiniõessurgiu sobre o significado que Anaximander dava a “infinito”. Ele é material? É incorpóreo? Nós só sabemos que ele acreditou num “infinito” e que todos os seresvierem desse ser. Anaximander teve umsucessor, Anaximenes, cujo pensamento deveria ser determinado com o que éinfinito. Não é água, que é elementomuito grosso, muito material.
Não existe nenhuma existência concebível em pensamento nem perceptível pelos sentidos que apareça infinita – nenhuma essência que seja todas as coisas – e ainda não seja nenhuma delas? Há o que nós chamamos de fôlego,vida, alma. Ele pervade tudo. Ele permeia tudo. Ele penetra tudo. Não é o “infinito”? Nós respiramos ele. Nós vivemos nele. É a alma universal. Isso foi o que Anaximenes quis dizer, nós não sabemos com certeza. Mas é a interpretação do “ar” pelo discípulo de Anaximenes, Diogenes de Apollonia. Ele pensou a divindade como o fôlego divino, ar, espírito, dotado com os atributos da sabedoria e da inteligência e pervardindo o universo do ser. Esses filósofos começaram com essas inquirições que, aparentemente, pertenciam aonatural da filosofia, mas eles não pararam aí; eles não puderam – eles foram além das fronteiras do finito e do fenomenal.

Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Os Jônicos

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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Capítulo 4 . Filosofia judaica

Capítulo 4 . Filosofia judaica




As escrituras hebraicas começam com a criação do mundo. O Deus criador ou deuses é chamado Elohim, “um nome” diz, Jesenius, “retido do politeísmo e que significa os mais altos poderes o inteligências”. Que o escritor sacro deva usar uma palavra vinda do politeísmo não surpreenderá aqueles que entendem a natureza da linguagem, mas que o escritor, ele mesmo, tenha passado do politeísmo para a crença em um único Deus é evidente do todo da recordação da criação e é confirmado pela história que sucedeu. Para Abraão, Isac e Jacó, o nome de Deus é Al Shaddai. Para Moisés, Deus revelou a Si mesmo pelo nome de Jeová ou Eu sou. O Deus de Moisés é o puro Ser. Foi o nome Jeová que manteve os judeus for a da idolatria. Na mesma proporção que eles interromperam o pensamento do seu libertador como o ser indizível, eles estavam em perigo de cultuar os deuses das nações. “Esse novo nome”, como Dean Stanley diz, “através a si mesmo de penetrar na mais abstrata e metafísica ideia de Deus, seu efeito foi o de maior oposição da mera abstração.” Os velhos judeus não especulavam sobre a essência de Deus, embora eles tivessem alcançado a mais alta concepção dessa essência. Guardados pela declaração, uma vez por todas de que a natureza de Deus foi misteriosa e seu nome, inefável, eles estavam livres para faze-lo como uma pessoa – de dar a ele atributos e de representá-lo como a imagem de um homem. Ele tem mãos e pés. Ele regula como um rei, habitando com Israel em Canaã, protegendo-os com sua arma poderosa e olhando por eles com seus próprios olhos abertos, que estão em todos os lugares, contemplando o mal e o bem. As grandes montanhas são as montanhas de Deus; as árvores altas são as árvores de Deus e os rios poderosos, são os rios de Deus. Ele é a rocha da segurança, que é perfeita. Ele fez o Líbano e a Síria livrarem-se como um jovem unicórnio.
É a sua voz que ruge no furioso dos mares, é a sua majestade que fala no trovão e quando a chuva torrencial e a tempestade se abatem sobre os cedros poderosos, é a voz do Senhor, sim, é o Senhor que se abate sobre o cedro de Líbano. Esse salmo expressa toda a extensão que os velhos hebreus vieram com sua identificação de Deus e a natureza. Eles nunca ultrapassaram isso até na poesia e nunca esqueceram que o Senhor assentou-se nos fluídos da água e que o Senhor é o rei para sempre. A personificada tendência natural de uma raça de homens que tem que lutar por sua própria existência nacional, bem como pela doutrina da divina unidade, interferiu em todas as especulações que concernem à divina essência. Isso os expôs à idolatria contra a nacional existência que significava uma contínua cegueira. A busca por símbolos levou-os a ligar Deus às coisas no céu e à terra e às águas sob a Terra. O mundo, de acordo com Josephus é o “templo púrpura de Deus” e para imitar esse templo, os judeus construíram o tabernáculo e mais tarde o grande templo de Des em Jerusalém. Os símbolos permitiram a eles criarem objetos de culto por Moisés, Davi e Salomão. As imagens iam da natureza para expressar Deus que preparava-os para o culto de Baal e Ashteroth, o sol, a lua e as estrelas, os deuses dos Sidonians de Caldéia e as nações ao redor deles.
Nós podemos, quem sabe, estabelecer a origem da filosofia judaica pelo tempo do cativeiro. A ideia metafísica envolvia no nome de Jeová tornou-se proeminente e agia como parte disso, como a ideia personificada tinha feito antes disso. O pecado dos judeus na é mais idolatria. Eles estavam, daqui por diante, sem Teraphim. A união de Deus não era desconhecida tanto para os caldeus quanto para os persas. Abraão apenas conservou uma doutrina bem conhecida aos ancestrais da Caldéia, mas nesse dia quase oculta pela idolatria prevalecente. Quando os judeus chegaram à Babilônia e à Pérsia, eles ouviram de novo as sagas da nação filosófica de Deus ou a ideia implícita no nome, Eu sou, vinha naturalmente no seu próprio desenvolvimento? A resposta é imaterial. Os rabbis judeus que seguiam a ideia metafísica de Deus, mantiveram essas especulações que eram familiares aos judeus letrados e que, pelas escrituras, falavam de Deus como uma pessoa, que era uma necessidade da mente popular já distinguindo entre o popular aspecto da teologia dos judeus e da teologia ela mesma. Os últimos forma o aprendizado esotérico, os primeiros, os aprendizados simplesmente exotéricos. Aos rabbis foi confiado a filosofia oculta que a multidão não poderia receber. O quanto a filosofia rabínica concordava com as escrituras ou diferia delas deve ser deixado em aberto, no presente. Os judeus helênicos podem ter tomado emprestado dos gregos e dos orientais ou os gregos e os orientais podem ter tomado emprestado dos judeus. Ou ainda, de novo, podem ter sido filosofias cada uma com naturais desenvolvimentos concomitantes. Alguns pensamentos pertencem universalmente ao solo do intelecto humano e tem um crescimento independente entre as nações que não tem contato uma com a outra. Mas mesmo quando uma doutrina é tomada emprestada, ela encontra previamente uma disposição a ser recebida, para que um tomador apenas toma o que é congênere à sua própria mente. Professores espirituais como Schleiermacher dizem que não escolhem seus discípulos; os discípulos que os escolhem. Os muitos pontos de concordância entre o judaísmo e as filosofias gregas e orientais, deixam em aberto para dizermos que os pagãos conseguiram sua sabedoria dos judeus ou que as raízes e os germes das doutrinas cristãs são reveladas na razão universal. Os judeus que especulam mantém a opinião de que a filosofia do judaísmo como eles entendem, foi a busca e o começo de todas as filosofias. Platão está com eles, mas um Artic Moisés e Pitágoras, um filósofo grego que tomou emprestado os mistérios das mônadas e tétrades do povo escolhido. Nós supomos que pelo tempo do cativeiro, os judeus tivessem uma filosofia da religião; mas dessa filosofia existem traços muito raros e as autoridades são incertas, até cerca do começo da era cristã. Eusebius preservou alguns fragmentos de Aristobulus, suposto judeu Alexandrino, mencionado no livro Macabeus como o instrutor do rio Ptolomeu. Nesses fragmentos, Aristobulus claramente distingue entre Deus, ele mesmo, como o primeiro Deus, o inefável e o invisível e Deus como manifestação do mundo fenomenal. E em cartas escritas a Aristeas, o bibliotecário de Ptolem Philadelphus, nós vemos o judaísmo e o helenismo formando uma aliança tão próxima que cada um respeita o outro como uma diferente forma de si mesmo. Aristeas informa Ptolemy que o mesmo Deus que deu a ele seu reino, deu aos judeus suas leis. “Eles cultuaram Ele” diz Aristeas, “Ele que criou tudo, provê tudo, é cultuado por todos e especialmente por nós, apenas com outro nome.” E Eleazar, o maior príncipe de Jerusalé quando perguntado por Aristeas se não era indigno de Deus, dar leis que concernem à carne, como essas dadas aos judeus, respondeu: “elas são também insignificantes e penso que elas serviram para manter os judeus como um povo distinto, já com eles dentro de um profundo significado alegórico” , “É o poder de Deus sobre todas as coisas”, palavras que os estudantes da filosofia alexandrina viram como uma intimação desse Espírito que é sobretudo e em tudo. Já foi colocado também, que a versão grega das escrituras feita em Alexandria, tem evidentes marcas da influência do pensamento grego nas mentes dos tradutores, que entendiam que essas palavras foram escolhidas como uma etapa clara para uma interpretação platônica e, às vezes, até sugerindo isso. Alguns dos “Eu sou o que eu sou” que tem o “Eu sou Ele que é” e o segundo vrso do primeiro capítulo de Genesis onde as palavras dos hebreus simplesmente significavam que a terra estava em confusão, foram traduzidas: “A Terra estava invisível e informe”, pontuando, como foi suposto, que o ideal da típica criação de Platão que precede o material. “O Senhor dos Exércitos”, é usualmente traduzido: “O Senhor dos poderes” ou “o Senhor dos poderes do Céu.” Onome grego para os deuses inferiores.
O livro dos Apocrypha, que foi em sua maior parte, escrito por judeus helênicos, foi também imprimido nesse sentido, mas a evidência que eles fornecem é incerta. De Solomon foi dito que ele se dizia como o bem vindo com um corpo, o que parece estar aliado a ideia platônica do corpo sendo a causa do pecado. Ele também se dizia o incorruptível Espírito de Deus em todas as coisas. Mas os versos supostos sendo os mais conclusivos, são aqueles que o dizem como a sabedoria do poder criativo de Deus: “Uma pura influência planando pela glória do Abençoado. Ela é o brilho da última luz – o espelho do poder de Deus – a imagem da sua bondade, e sendo o ser que pode todas as coisa e permanecendo ela mesma que faz tudo em todas as eras, entrando em abençoados espíritos , ela é a energia de Deus e dos profetas. Ela preservou o primeiro pai do mundo formado, que foi criado, sozinho e brilhou fora da sua queda. De novo, o filho de Sirach, fez de sua sabedoria um louvor a ela:
Eu vim da própria boca do Altíssimo
E cobri a terra como uma nuvem
Eu habitei nos mais altos lugares
E meu trono está num pilar de nuvens
Eu sozinho alcancei o circuito do Céu
E caminhei no fundo do mais profundo
Nas ondas do mar e em toda terra,
E em todas as pessoas e nações, eu alcancei uma possessão
Com tudo isso eu sussurro em paz:
Em qual herança devo eu permanecer:
Então o Criador de todas as coisas me deu um comando,
E Ele que me fez, criou a paz do meu tabernáculo,
E disse, deixe estar em Jacó
E na herança de Israel
Ele me criou desde antes do começo do mundo,
E eu não devo falhar.
No tabernáculo sagrado eu serei antes dele:
E então eu permaneci em Sião
Como na amada cidade, ele me deu paz
E em Jerusalém está meu poder.
E eu tive raízes em pessoas honradas,
Até a porção da herança do Senhor.
...................................................
Eu sou a mãe do amor
E medo, sabedoria e esperança sagrada,
Eu, sendo eterna, fui dada a todos os meus filhos,
Que são nomeados por Ele.

Que esses versos falam da sabedoria como o poder criativo de Deus, em muito, do mesmo modo, como a sabedoria é falada na filosofia dos gentios, isso não é negado. É também verdade que eles foram conpostos em grego e numa cidade pagã; mas suas aproximações com as palavras da sabedoria no livro dos Provérbios nos proíbe de dizer que eles foram tomados emprestado da filosofia dos gentios. O escritor pode, inclusive, ter sentido a harmonia entre os pensamentos dos alexandrinos e os pensamentos dos judeus e ter tido prazer em mostrar que os gentios e sua nação estavam já em possessão de uma filosofia não inferior à filosofia deles.

Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 .  Capítulo 4 . Filosofia Judaica

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domingo, 2 de setembro de 2018

Berkeley




Berkeley

O idealismo do bispo Berkeley terminou num tipo de panteísmo.  O primeiro estágio da sua filosofia era a negação da matéria em si mesma apartada da mente percipiente.  Locke tinha negado as qualidades secundárias da matéria, mas ele acreditava numa substância que era a realidade do mundo fenomenal.   Para Berkeley, o fenomenal tem realidade apenas como atividade da Mente eterna.  A criação não é o vir à existência de coisas que não existiam antes, mas apenas o ser delas sendo percebido por outras inteligências abaixo do divino. “Eu não nego”, ele diz, “a existência de coisas sensíveis que Moisés disse que foram criadas por Deus.  Elas existem de toda a eternidade no intelecto divino e então se tornam perceptíveis da mesma maneira e ordem como descritas no Gênese.  Para isto, eu tomo a criação como pertencendo a penas a coisas que dizem respeito a espíritos finitos, onde não há nada novo para Deus.” (Carta à Lady Percival).  As coisas reveladas aos sentidos são meramente fenomenais.  Elas não têm substância em si mesmas, mas dependem de Deus para sua permanência e substancialidade.  Foi mostrado (pelo falecido Professor Fraser), que os pontos em comum da filosofia de Berkeley são geralmente extraídos de seus primeiros livros quando o objeto era provar o caráter fenomenal das coisas dos sentidos.  Nos seus últimos livros ele é mais engajado em mostrar que as coisas dos sentidos são uma revelação do espírito.  Os trabalhos de Berkeley são todos escritos proximamente em defesa da religião.  Ele floresceu quando a controvérsia do deísmo alcançou sua crise. Os deístas, ele trata como ateístas, utilizando sua filosofia em defesa do teísmo.  Seu maior argumento é o de que as manifestações da mente pelo universo mostram um Agente vivo tão claramente quanto os trabalhos de um homem mostram uma mente humana.  Essa é a mente com a qual somos cognoscitivos.  A criação não pode ser separada da mente.  Ela não existe, mas como está conectada com a mente,  Deus fala ao homem por sinais sensíveis tão planejadamente como os  homens falam uns com os outros e a mesma evidência que nós temos da existência dos outros homens, nós temos da existência de Deus.
O desenvolvimento da filosofia de Berkeley num tipo de panteísmo tomou uma forma excêntrica.  Ele escreveu um tratado no qual as virtudes do alcatrão-água são colocadas, onde ele imaginou ter encontrado um remédio para todas as doenças com as quais o frescor humano e acometido.  O espírito ácido, ou a alma vegetal, que é extraída do alcatrão pela ajuda da água tinha propriedades que ele acreditava serem alguma coisa divinas.   A luz do fogo invisível ou também a luz com a qual ela foi acesa, ele chamava de o espírito vital do universo.  Quando Berkeley escreveu seu tratado ele tinha estudado os antigos filósofos e a filosofia das religiões antigas, que na sua forma panteísta, ele defendia como não ateístas, bem como ele reconhecia uma mente ou espírito presidindo e governando o todo do plano das coisas.  O fogo invisível ou o fogo extraído do alcatrão foi, de algum modo, conectado à razão universal que pervardiu todas as coisas.  Foi pela alma do mundo, como colocada por pitagóricos e plantonistas, mas especialmente por neo-platonistas, cujas especulações místicas, Berkeley, em seu tratado, manifestou crescente simpatia.  Como reconhecido como sempre presente, por trás de todo fenômeno, tanto quanto o que nós chamamos de leis da natureza, elas são o trabalho imediato do Agente divino, que em sua própria verdadeira causa, é causa dos tão assim chamados efeitos no mundo físico.

Livre tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt . 1884 . Capítulo XII . Idealismo moderno . Berkeley

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