sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O mundo



Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



O mundo

O mundo é como um pião.
Gira, gira e não para...

Só para quando chega
a morte, aí não é mais pião,
ilusão; é só lembrança...

O mundo é como um peão.
Mais importante peça...

Mas não serve se deixar
a frente de batalha;
aí não é peão, é, sim, um rei...

O mundo é como um pão.
Alimento básico...

Só não é alimento para
os que partiram daqui;
aí não, o pão não alimenta...

O mundo é como um piau.
Peixe fluvial, de rio...

Só deixa de ser peixe,
quando pega o alto mar;
aí é baleia, imenso mundo...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Poema classificado no Prêmio Poesia Agora – Verão 2019

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Minha participação na Coletânea Contos e Poemas - Textos Anônimos da 5a. FLAL da Leia Livros



Recebi hoje o livro com a minha participação na Coletânea Contos e Poemas de Textos Anônimos da 5a. Edição da FLAL 2018 (Festival de Literatura e Artes Literárias) com o patrocínio da Divulga Escritor (Shirley Cavalcante) e da Leia Livros pela amiga escritora Nell Morato, organizadora da publicação.
O poema selecionado:

CIDADE-NOITE
Cidade morta-viva
em enorme dormida,
de arranha-céus frios todos,
cai encima da tal lua...
A noite é essa contumaz
convidada que não
pede passagem, só
adivinha nosso anseio...
Tranquilamente passa
por entre os dedos como
areia de uma praia longe,
perdida à madrugada...
Por mais que trafeguemos
pelas suas vielas dessas
arquiteturas podres,
não saberemos nunca...
Cidade, uma suntuosa
cadeia de ouro bem puro,
a que não se desprende
dessa função de zeitgeist...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)