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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Efeito do envelhecimento


Academia Virtual de Letras Antônio Aleixo
Patrono: Frei José de Santa Rita Durão
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39
Acadêmico Vitalício



Efeito do envelhecimento

Envelhece cedo quem se deixa morrer por dentro,
sem descobrir suas próprias razões e raízes em si,
vivendo por viver, fora de toda dignidade...

Envelhece cedo quem quer, faz tudo para si
vendo sua pele se esticar, como borracha gasta,
logo arrebenta e deixa no lugar fragmentação...

Envelhece cedo quem não quer saber de consciência,
extrapola sem saber por uma experiência própria,
apenas calcula e, por calcular, só sobrevive...

Envelhece cedo quem não traz a tal descoberta,
esta experimentação humana no coração,
criando uma casca grossa em torno da ignorância...

Envelhece cedo quem não tem a vivacidade
de perguntar o porquê do que o rodeia, uma infinita
predisposição para o novo homem, nova vida...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 14 de abril de 2020

Pensamento sobre a paz em tempos de pandemia do escritor, poeta, artista visual e acadêmico Mauricio Duarte




Pensamento sobre a paz em tempos de pandemia do escritor, poeta, artista visual e acadêmico Mauricio Antonio Veloso Duarte Anuragi.

Como manter a paz, consigo e com os outros, em tempos de pandemia?
Minha resposta: Para manter a paz interior tenho praticado oração e meditação. Para manter a paz com os outros tenho exercitado a arte de escutar, ouvir o que o outro tem a dizer antes de já pensar o que vou rebater, o que vou contra-argumentar. Manter a paz, ás vezes é mais difícil do que chegar até ela. A verdade, assim como a paz, são bichos estranhos, quando a gente acha que os pegou, é que eles estão mais distantes da gente, como diria um personagem de Histórias em Quadrinhos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O que é o amor?

Minha participação, Mauricio Duarte, no Caderno Literário no. 81, na página 16, da Editora Pragmatha:



O que é o amor?
Quem, quem saberá o que é o amor?
Defini-lo é difícil
sabê-lo é ainda mais,
amar é este mistério...
A tal arte do encontro,
o desejo, vontade,
necessidade voraz,
sabe, quem saberá?
O amor não se consome.
O amor sempre é e será.
Daí eu estou aqui para aprender,
ver o ABC do amor...
Todos estamos aqui
para aprender o que é,
o que não é o amor, e, sim.
que pode vir a ser...
Mauricio Duarte
São Gonçalo / RJ

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Linha, ponto e plano

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Linha, ponto e plano

Linha: delimitação no espaço,
conjugando pontos bem juntos,
ao redor do branco da folha,
solidão só desse tracejar.

Ponto: um marco estabelecido
para iniciar ou para terminar,
neste centro de onde converge
o tudo e o nada, desvanecendo.

Plano: criação do que está à frente
ou do que está naquele fundo,
ilusão do bidimensional,
a nos trair hoje, sempre e sempre.

Linha, ponto e plano traçados,
o artista vislumbra o infinito,
margeando uma dor pela angústia,
criando tachismos ao bel prazer...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

O vazio existencial do novo


Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



O vazio existencial do novo

Os pictogramas chineses,
esdruxulamente só sãos,
pululam na minha mente, assim,
cuja ânsia pelo novo vê:
só o que é esdrúxulo, novidade,
que logo deixa de ser, porque
velho, carcomido, antigo...

O novo, o velho, tudo isto é igual.
Nada original sobrevive
ao seu imenso repositório
imagético: nossa mente
tudo vê, tudo guarda, consome,
tudo absorve e regurgita;
o vazio existencial do novo...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Livro Vociferar em silêncio Poesia




Livro
Vociferar em silêncio
Poesia

Por: Mauricio Duarte

Vociferar em silêncio é uma viagem poética pelos universos de silêncios e de falas ao pé do ouvido. Falas que não são ouvidas em qualquer lugar a qualquer tempo, mas que são como que presságios de tempos trevosos que se aproximam ou de tempos de indiferença que já nos alcançam. 66 poemas com a liberdade do gesto que fazem calar ou gritar.
Categorias: História Alternativa, Fantasia, Aventura, Poesia, Literatura Nacional, Ficção

Palavras-chave: alma, corpo, espírito, místico, poema, poesia, silêncio, vociferar

Número de páginas: 80
Edição: 1(2018)
Formato: A4 (210x297)
Coloração: Preto e branco
Tipo de papel: Offset 75g

Estou vendendo a R$ 45,00 + FRETE dos correios

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Artificialismos


Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Artificialismos

Que o horizonte fosse cinza,
que as flores fossem de plástico,
nunca se daria maior triunfo em
ser vontade do homem de
domar a natureza ao seu
conforto, luxo, prazer e
tudo, tudo que pode, quer...

Que as raízes fossem, sim, de metal,
que o próprio ar fosse de concreto,
nunca se daria maior triunfo em
domar a natureza ao seu
interesse, força, ganância,
tudo, tudo que pode, quer...

Que os oceanos fossem esgoto,
que as montanhas fossem de lixo,
nunca se daria maior triunfo em
ser vontade do homem de
domar a natureza ao seu
poder, avidez, danação,
tudo, tudo que pode, quer...

Que os animais fossem andróides,
que a vida fosse artificial,
nunca se daria maior triunfo em
ser vontade do homem de
domar a natureza ao seu
ódio, crime, especulação,
tudo, tudo que pode, quer...

Que os poetas fossem mecânicos,
que a arte fosse só falsidade,
nunca se daria maior triunfo em
ser vontade do homem de
domar a si mesmo, vítima
do próprio orgulho, falta de
tudo, tudo que pode, quer...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sábado, 15 de junho de 2019

Aguardando

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Aguardando

Aguardo a chuva subir
para as nuvens, ou a fé
deixar de crêr em Deus,
para que eu possa sair
e ver o pôr do sol
pintar tudo de coral...

Aguardo a lagarta ir
para o casulo, ou a luz
se transformar em sombra,
para que eu possa sair
e ver a nossa noite,
em cantoria abrilhantar...

Aguardo o mar se tornar
areia, ou o carvão, diamante,
para que eu possa sair
e ver a aurora clarear
a existência dos filhos
da nossa resistência...

Aguardo o monte erodir,
ou o céu cair sobre nós,
para que eu possa sair
e ver o nosso dia,
para mim, para ti,
para, sim, todos nós...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Doce lida: essa labuta

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Poema alusivo ao Dia do Trabalhador - 1o. de maio

Doce lida: essa labuta

A lida, tão doce lida
que de leitura em leitura,
me traz dores de cabeça,
é amarga labuta, é,
biruta já estou de tanto
ler composições argutas,
só se tomando sicuta
pra aguentar essa rabuda...

Primeiro de maio dia do
trabalhador, ó lida, ó,
cálida flor que linda é
esta labuta de todo
dia, do dia todo, carnuda
boca que engole o dia em
profusão de umas garfadas,
dadas; prato da labuta...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sábado, 20 de abril de 2019

Notre Dame queimou

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Notre Dame queimou

À margem do Sena,
Notre Dame queimou.

Mas não é o seu fim não.
Tem muito ainda a ensinar:
Em um tal formato
cruciforme, longa
nave central ao
redor, duplas naves...

À margem do Sena,
Notre Dame queimou.

É tão majestosa
construção com uma
unidade de
estilo, famosa
catedral, que hoje
é depauperada...

À margem do Sena
Notre Dame queimou.

Um gótico templo
divino a se exaurir
com o fogo, sim,
inclemente, cuja
força não é maior não,
do que suas rosáceas...

À margem do Sena
Notre Dame queimou.

Sólidos pilares
terminados por
capitéis, adornos
florais, flores cujo
perfume é de
Paris para o globo...

À margem do Sena,
Notre Dame queimou.

Luz atravessada
nas galerias, nas
tribunas, reforçam
a construção central.
Luz que derrama o
fulgor, luz de Deus...

À margem do Sena,
Notre Dame queimou.

Que esse fogo seja
o purificador
anunciador de
novos tempos,
como a Pietá que
traz Ressurreição...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)




Paixão


Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Paixão

Do que é humano
profundamente
humano, tanto
em nós quanto o
fora de nós,
Cristo nos mostrou
em sua Paixão...

Paixão enorme em
ritos, vida amor
amor vida oh,
porque este tão
fugaz e mortal
esquecimento?
Cristo e Paixão...

Haverá um tempo
em que não mais
ser-te-á, não,
esquecido e
sim, relembrado,
Ressureição
que nos redime...

Ocorrerá uma
vez que será
dada a cada um
mais do que só
esperança ah,
será dada a,
sim, vida eterna...

Quando veremos
o morto que
reviverá,
e seremos como
anjos na paz
vinda do clamor
de sua Paixão...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)



sábado, 30 de junho de 2018

A poética de Waly Salomão




A poética de Waly Salomão

Crítica feroz e ácida que, no entanto, guarda o lugar cativo da imaginação, da fantasia e do lúdico, a poética de Waly Salomão transpassa eras, é atemporal.  O que, a princípio, poderia parecer datado ou de citação do século passado  – e do milênio passado  – não é desse modo porque aquilo de construtivista, marginal, alegoria modernista ou qualquer outra vertente literária existe em seus versos, é, ao mesmo tempo, uma ressignificação, uma reconfiguração, uma reconexão de uma mixórdia do caldeirão melting pot carioca baiano e, de fato, e de direito, brasileiro, embora sem perder o aspecto universal.
O erudito, o popular, o rigor científico e o populacho escrachado se encontram numa verve fora do comum em Waly Salomão.  Filho de pai sírio e mãe baiana sertaneja, o poeta soube como ninguém herdar o arcabouço da poesia marginal, sem contudo, ater-se a esse movimento como única inspiração.  Na verdade, estar à margem – mote da marginália tropicalista – nunca foi para o autor nenhum quebra-cabeças.  Para Waly, nada mais natural do que considerarem duvidar de que seu trabalho fosse poesia ou não. Haja vista que sempre trilhou o caminho da intersecção entre as diversas mídias rompendo suas fronteiras e além. Nunca pediu passagem, foi passando e quem quisesse que saísse do seu caminho...
Num de seus poemas – ou prosa poética –  “vaziez e inaudito” destrincha a vaziez, qualidade do artista que torna seu trabalho ao mesmo tempo sucedâneo de outros anteriores e rigorosamente novo, colocando “em suspensão a linha de montagem industrial fordiana” e varando “o inesperado, o imprevisível”.  E isto porque o novo só pode vir do velho, filosofia das antigas, mas que as novas gerações esquecem vez por outra; talvez dissesse o poeta se fosse vivo ainda.
O experimentalismo das vanguardas sempre acompanhou o trabalho poético do autor, mas não o reduziu a isto.  Pelo contrário, como já disse, Salomão pôde construir uma obra multifacetada e polimorfa ao longo dos anos de sua trajetória nas letras.  Sempre em consonância com um toque enviesado, um quê de “ladrão de Bagdá e cozinheiro baiano, piadista de Jequié e ‘leitor luterano’ de Drummond, profeta de desastres telúricos e cidadão solidário”, conforme coloca Leyla Perrone-Moisés.  Que possamos sempre revisitar a obra de Waly Salomão em tempos tão carentes de lucidez é condição sine qua non para o entendimento e compreensão da geléia geral que é o nosso Brasil.  Viva a poesia! Viva Waly Salomão!

Referências bibliográficas:

Pescados vivos . Waly Salomão  . Editora Rocco . Rio de Janeiro . 2004

O ano literário - 2002-2003 . Wilson Martins .  Editora Topbooks . Rio de Janeiro . 2007


sexta-feira, 2 de março de 2018

Antologia Mundo das Poesias

Agradeço ao amigo poeta Adriano Ferris Antologias a organização de tão prestigiada publicação: Antologia No Mundo das Poesias que eu, Mauricio Duarte, participo como poeta.






Alguns poemas que estão no livro:


Seis da tarde
Bateram os sinos na hora
da Ave-Maria e os meus
dentes rangeram porque os
tempos são de morte e não
porque nalgum canto obscuro
da minha alma eu me tenha
ressentido, não, esse perigo
não existe mais, mas às seis
da tarde, os tempos são de
morte; minha cabeça dói.
Só esses loucos é que sabem...
Bateram os sinos naquela
hora dos culpados e dos
que culpam e a minha voz
era rouca, a lágrima caía,
meus olhos, inundando os
mares do meu rosto; sem que
eu pudesse dizer nem ao
menos: deixe-me, deixe-me.
Em si, fora da morte, sangue,
carne; minha cabeça dói.
Só esses loucos é que sabem...
Bateram os sinos no fim
daquela tarde e o sol
purgava os sons da tristeza,
que vinham ao encontro da
nossa santidade ou do
que de diabólico temos.
Não faz diferença, por mim,
por ti, por todos nós e almas
do purgatório, clamam, enfim,
assim; minha cabeça dói.
Só esses loucos é que sabem...
Mauricio Duarte




Contexto
Colhi a fruta do desespero
e sorvi seu néctar amargo,
que pareceu doce naquele
tempo porque era do contexto...
Dormi o sono do esquecimento
e sonhei o sonho desses livres
que nunca foram; se contentam
com o futuro por não terem
presente nenhum, nada resta...
Esperei a chegada da vida
e não vi quando o tempo passou
e a vida se esvaiu nos meus
dedos como areia da praia num
instante deste sol, céu e mar...
Desci aos porões das catacumbas
dos presos políticos e
muitos outros, muitos, deveras,
que quase me fizeram crer
na injustiça como verdade...
Colhi a fruta do desespero
e sorvi seu néctar amargo,
que pareceu doce naquele
tempo porque era do contexto...
Mauricio Duarte

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Minha participação no Apogeu Poético Festivo da AVL

Minha participação no Apogeu Poético Festivo da AVL em homenagem ao Patrono poeta António Aleixo . 



Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18

Apogeu Poético em Homenagem ao Patrono da AVL António Aleixo

Expropriação ou roubo?

Não é justo
o que vivemos
todo dia...
Estado que não é nação,
crianças passando fome,
drogadição em massa,
ilusão capitalista,
valores corrompidos,
doenças e epidemias,
balbúrdia, enfim.

Mas nunca.
Nunca será correto
roubar...
Tenha o nome que tiver.

Não é justo
o que vivemos
todo dia...
Corrupção,
despreparo policial,
crimes, assassinatos,
falta de serviços,
má utilização
da gestão pública...
desordem, enfim.

Mas nunca.
Nunca será correto
roubar...
Tenha o nome que tiver.

Não é justo
o que vivemos
todo dia...
Desigualdade social,
opulência de falsas elites,
descaso com o
dinheiro público,
estelionato social,
insegurança institucional,
caos, enfim.

Mas nunca.
Nunca será correto
roubar...
Tenha o nome que tiver.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

7.981 visualizações

7.981 visualizações desse poema: O Meditar do Artista Gráfico. 4o. lugar!!! Muito bom!!!

Academia Virtual de Letras Patrono: Paulo Coelho Acadêmico: Mauricio Duarte Cadeira: 18 O meditar do artista gráfico Por cima de todo styling, brochura, litografia, texto, está o pensamento gráfico, mas além, há essa pulsação, essa vibração do sentido; cujo sentimento não é só lettering, carimbo, offset, computação gráfica, xerox. É muito mais revelação, fotos das almas dos designers... Dentro de toda tipografia, publicação, xilogravura, está o intuito composicional, mas além, há a liberação, aquela criação de um sentido; cujo sentimento não é só grafismo, imagem, pigmento, luz, fotografia, exposição. É muito mais transpiração, um exercício imagético... Bem abaixo de todo cartaz, mural, folder, grafite, marca, está o imaginário cultural, mas além, há o esforço de ver, perceber o que há por trás; cujo sentimento não é só cor, linha, essa mancha gráfica, jornal, revista, silk-screen. É muito mais a transcendência, meditar do artista gráfico... Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 28 de novembro de 2017

XIX Antologia Poética de Diversos Autores VOZES DO AÇO

Minha participação na XIX Antologia Poética de Diversos Autores VOZES DO AÇO . Homenagem ao Acadêmico Geraldo Carneiro.



Gratidão pela vida
Pedras n´água do rio
são como falsos desvios;
trazem alguns caminhos,
mas não impedem, assim,
o fluxo do tal rio...
Também esses que perdem
gratidão pela vida;
trazem deles caminhos,
mas não impedem, assim,
o fluxo maior da vida...
Mauricio Duarte


Movimento cósmico
Universos colidem... e se amalgamam
em grandes e inúmeras galáxias... rodopiam,
rodeadas por imensos quasares... energia
em suas fronteiras de luz que nunca terminam...
Mundos se formam... se desformam, num átimo.
Tudo que era, deixa de ser... também tudo
que não era passa a ser... num balanço de grande
monta que não para, sem começo nem fim...
Mauricio Duarte



A Antologia possui:
104 páginas
Miolo PB Offset 75 g/m2
15 x 21 cm
Capa 21 x 30 cm
Capa colorida papel couché fosco 300 g/m2
Editora Poeart
2017
Preço: 28,00 + FRETE

Quem quiser adquirir um exemplar, entre em contato comigo e eu enviarei o livro com uma dedicatória especial. Tenho poucos exemplares. Não deixe para depois.

domingo, 11 de junho de 2017

Marcos Paulo Alfa



Marcos Paulo Alfa

Qual o limite da identidade?  A identidade pós-pós-moderna – pós-tudo – que nos arranca dos nossos lugares comuns e nos leva para encararmos nossa própria identidade – ou pseudo-identidade – em camadas e todas falsas – diriam alguns... Marcos Paulo Alfa tem a medida exata disto e tira partido deste fato em seu trabalho de graffiti nos muros da cidade bruta, bruta cidade...
As suas criaturas do graffiti podem ser aparentemente “fofas” e “engraçadas”, “pop” e “ideológicas”, “expressivas” e “frágeis”... Porém, em sua maioria, senão na totalidade, permanecem inclassificáveis.  Desde o elefante azul ciclópico de um olho só – ou são dois olhos? – que parece uma figurinha de desenho animado ou de HQ infantil; nada tem de infantil, e altamente gráfico; até o ursinho de pelúcia skatista e grafiteiro com requintes de 3D em luzes e sombras, misturado ao alto tratamento gráfico elétrico.   Passando pelo garoto azul com a TV na cabeça aberta, com o canal que para a sua programação na bandeira do Brasil – gigante eternamente adormecido – e que mais parece um zumbi... com um inconsciente totalmente colonizado e dependente das ondas midiáticas...  E pelo garoto geek azul de olho azul e óculos brancos e forma de gota, reduzido a esse mínimo de forma em gota espermatozóica com expressão deslumbrada e nervosa...  Sua influência nessa arte dos muros são a “galera antiga de Niterói e São Gonçalo”, “todos do graffiti.”
Alfa também é poeta e tem, entre suas leituras favoritas, Castro Alves.  Mas não para aí.  O seu conceito transgressor se estende ao vídeo, tanto como autor e editor quanto no cenário da atuação... A sua inserção artística transpassa o circuito de grafiteiros, artistas plásticos, poetas e atinge os meandros da criação e prática das artes visuais, realizando trabalhos ainda como designer gráfico e ilustrador.
Alfa é uma artista que impressiona pela jovialidade do estilo; desnudando realidades e desarmando olhares, criando suas críticas sociais sem concessões a A, B ou C, indo fundo com o dedo na ferida... Os valores invertidos da pichação não vêm para agradar, mas para incomodar e o graffiti, por sua vez, se apropria desta contradição para transformar o encantamento e a desconstrução em território do que é a arte, para além da “poluição” e “sujeira”, “mensagem cifrada” e “vandalismo”...
Qual será o limite da identidade contemporânea?  Este e outros questionamentos são embates centrais de Marcos em critérios mutantes na política, no social, no econômico, na cultura e no urbano, de um modo geral, sendo subversivo ao extremo... sempre...

Mauricio Duarte



Contatos com o artista:

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Certificado de participação no Apogeu Poético Festivo em Homenagem ao Poeta António Aleixo

Meu certificado de participação no Apogeu Poético Festivo em Homenagem ao Poeta António Aleixo, Patrono da Academia Virtual de Letras (AVL).



Não Dês Esmola a Santinhos

“Não dês esmola a santinhos,
Se queres ser bom cidadão;
Dá antes aos pobrezinhos
Uma fatia de pão.”

Antonio Aleixo


Glosa

Não dês esmola a “santinhos”
porque de nada serve,
muitos dos religiosos
só querem fidelizar...

Fidelizar a grana toda!
Se queres ser bom cidadão;
larga desse proselitismo
e ajuda o pobre que te pede...

Fazem-se de mansinhos
para pôr só no bolso...
Dá antes aos pobrezinhos
já que eles, sim, precisam...

Desses padres, Deus não
vê a sombra nem pintada.
Mas não ignore quem pede
uma fatia de pão...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Pequena homenagem ao poeta António Aleixo de Portugal



Pequena homenagem ao poeta António Aleixo de Portugal:




"Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista,
ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!"

António Aleixo


Glosa:

Ser artista é uma honra!
Crer no maravilhoso
do mundo, numa ronda,
alguém que é poderoso!


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Palavras abraçadas

Livro Palavras Abraçadas da editora Scortecci que eu participo como poeta.



Encomende comigo o seu exemplar e eu envio com um autógrafo especialmente para você.

Formato A5
Capa colorida 
Miolo PB
200 páginas
papel Offset 75 g/m2
Editora Scortecci
2016
R$ 25,00 + FRETE

Só o que deixamos fazer

Olhei-me no espelho
da demarcação e disse:
É interessante, mas
não sou eu...

Demarcado estava o
território das tríades
espirituais do céu,
cuja língua desconheço...

Mas não foram elas
as responsáveis pela
minha consciência súbita,
e sim o desvelo do que constatei...

Constatei que todos
os esforços são vãos.
Nada do que fazemos
irá conjugar o verbo amar...

Só o que deixamos fazer...

Mauricio Duarte (Swami Divyam Anuragi)