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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

segunda-feira, 25 de março de 2019

Certificado do Evento Duo Patronal da AVL

Certificado do Evento Duo Patronal da AVL (Academia Virtual de Letras Antonio Aleixo) da qual participo como poeta acadêmico.



O poema é: A noite
Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39
Duo com o Patrono
A noite
A noite na boate começa com um convite.
“- Aceita um drink?”
O convite se estende em luzes estroboscópicas e no escuro.
“- Milan disse que você entende o que eu quero.”
Um estranhamento e um clima.
“ – Não sei o que você quer. Mas entendo do que faço.”
Muda de local para a discrição de um apartamento, a dois.
“- Sente-se direito. Estique as costas, como uma mulher de classe. Se não fizer isso, vou castiga-la.”
Inicia seus gatos pardos. À noite todos os gatos são pardos, já foi dito.
“- Tome seu vinho – disse. – Não vou força-la a nada. Pode ficar mais um pouco, ou pode sair se quiser.”
Parte para as condições entre as partes.
“- O que você queria, exatamente?”
Vai até o ponto da indagação e curiosidade.
“ – Você sabe. Dor. Sofrimento. E muito prazer.”
E termina na revelação. À noite todos os gatos são pardos...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Duo com o Patrono a partir de trechos do livro “Onze Minutos” de Paulo Coelho e inserções de prosa poética meus, Mauricio Duarte.

sábado, 17 de novembro de 2018

José A. Kuesta


José A. Kuesta


Toda a herança mágica, mística, mitológica e histórica do Egito Antigo fascinam nosso artista mestre José A. Kuesta.  Mais do que isto, todo esse legado egípcio antigo é representado, transformado e reconfigurado.  Numa releitura de seus símbolos em criação totalmente original e afinada com o zeitgeist, esse nosso caldo cultural diversificado e abrangente contemporâneo, José A. Kuesta nos mostra o que de mistério, expressividade e criatividade pode advir desta abordagem.
O abstracionismo do artista é de uma singularidade sem igual e é realizado de forma completamente atual, como já disse.  Isto se dá, a partir de cores e manchas, colagens, grafismos, traços, carimbos, num amálgama de elementos gráfico-visuais e pictóricos, cuja influência pode ser encontrada em vários lugares.  Paul Klee, o expressionismo abstrato e a própria história do Egito Antigo são algumas destas influências que também ganham maior corpo quando da sua aproximação com a tendência da arte abstrata dentro da arte informal, chamada pintura matérica.  A pintura matérica é uma vertente pictórica que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, desenvolvida primeiramente na França, com os trabalhos dos artistas Fautrier e Dubuffet.  Suas composições utilizam, na pintura, conjuntos de cortes, furos ou rasgos.  Também são utilizados nesse tipo de arte, materiais diferentes tradicionais, incluindo: quadro, areia, sucata, trapos, madeira, serragem, vidro ou gesso. A arte de Dubuffet, por exemplo, ficou conhecida como Arte Brut.
José A. Kuesta demonstra total maestria nessas composições, de um estilo inconfundível, que se assemelham a documentos antigos, sendo repaginados e reformulados para o nosso tempo.  De um modo inteiramente novo e sem falsas concessões a um ou outro determinado conceito estético da moda, o artista faz com que nos deparemos com o inevitável do abstracionismo: a pintura é tinta e papel, bem como outros materiais.  Mas além, disto, a pintura é sonho, é divagação, é força e é infinidade de muitos modos diferentes. Aliás, a própria escolha do Egito Antigo como base inspiradora, é, a um só tempo, reveladora de seu conhecimento das chaves esotéricas, únicas em todo o planeta Terra – só comparáveis às chaves esotéricas da Índia e da antiga Pérsia, atual Irã, porque efetivamente nenhuma outra tradição, além destas três, as possui – e de suas consequências, principalmente estéticas.  Não é à toa que quando perguntado sobre que frase poderia representar sua visão artística, José A. Kuesta respondera: “A arte é uma forma de religião”.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Contatos com o artista José A. Kuesta:
Galeria de Arte Saatchi: www.saatchiart.com/joanku


Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/jose-a-kuesta-por-mauricio-duarte/

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A doença como norte não é o que precisamos

A doença como norte não é o que precisamos




Segundo Alan Watts em A cultura da contra cultura . Transcritos editados, um autor  antigo, é verdade, mas que continua atual, “ao que se refere à mente humana, sabemos tanto quanto sabíamos sobre a galáxia em 1300. [...] Nós não sabemos como a psicoterapia é feita, assim como não sabemos realmente como o gênio musical, artístico e literário é consumado.[...]” E a indústria farmacêutica lucra muito todo ano com medicamentos que, muitas vezes, não obtém resultados satisfatórios, ou pior, causam efeitos colaterais terríveis.
Existem, na verdade, vários tipos de saúde física e mental – e até espiritual, se levarmos em conta os chakras, a alma e o espírito.  Pelo menos as que são listadas na medicina ayurveda: Vata, Pitta e Kapha.  Em Uma visão ayurvédica da mente . a cura da consciência, David Frawley relata que a “inteligência (Buddhi) é o instrumento da percepção por meio do qual resolvemos as dúvidas e tomamos decisões.”  A mente (Manas), segundo o mesmo autor, é “o instrumento do pensamento em que alimentamos as dúvidas.”  Como diria um pajé sábio, a mente mente e só a mente-que-sabe sabe que sabe e não precisa mentir; justamente porque sabe.  Mas saber pela metade também pode ser perigoso.  E é, na maioria das vezes, eu acrescentaria.  Um provérbio zen diz: “Um monge que tem um satori vai para o inferno em linha tão reta quanto uma flecha.” Um satori é um estado de êxtase espiritual passageiro e que serve como etapa para trazer o adepto de volta ao ponto no qual veja e perceba que a sua mente normal é a mesma mente do Buda.  A única diferença é que Buda está acordado e nós estamos dormindo.  Entrelaçados e enredados numa imensa teia de Maya (ilusão) que nos dá a sensação falsa, totalmente falsa, de que estamos no controle.
Mas todos estamos nesse mar de ilusão.  Inclusive os médicos, farmacêuticos e todas as pessoas que trabalham na grande estrutura de produção e distribuição de remédios, por exemplo.
Já percebeu?  Na sociedade ocidental, de hoje em dia, todos ou quase todos, tem um medicamento do qual fazem uso frequente.  A razão disso é que fomentar a indústria farmacêutica dá trabalho para muita gente, inclusive indo do pesquisador que chefia a equipe onde nasce a descoberta da nova droga “que cura o caroço da sua orelha esquerda” até o atendente da imensa rede de drogarias espalhada por todos os lugares, que aliás, não para de crescer.
Somos uma sociedade doente, sem dúvida.  Mas esse fato só corrobora com outro fato; a saber, o de que o sistema sustenta essa sociedade doente e alimenta essa sociedade doente para que ela permaneça... doente.  Como diz a música do grupo de rock Titãs: “Miséria é miséria em qualquer canto. Riquezas são diferentes.”  Mal comparando, podemos dizer que doença é doença em qualquer lugar que prevaleça o bom senso.  Doença é um estado incomum, não natural do organismo, um sinal de que algo vai errado no organismo. Saúde, existem vários tipos de saúde.  Conforme o grau de sabedoria de cada um, conforme o grau de instrução de cada um e conforme o grau de possibilidade financeira de cada um.  Sem falar nos tipos peculiares ayurvédicos já citados.
Não acredito que a medicina preventiva envolvendo práticas como, de novo, ayurveda, alimentação saudável, vegetarianismo, meditação, tai-chi-chuan, acunpuntura, dentre outras, possam ter sido planejadas e elaboradas por acaso.  Não, há uma razão.  A razão é que o normal do nosso organismo é funcionar bem, saudavelmente.  E prevenir custa bem menos do que remediar.
O stress da vida contemporânea e a rapidez das informações que se sucedem à nossa frente, alimentam, sem dúvida, essa triste realidade: vivemos mal, vivemos doentes, desde o berço, passando pela juventude e vida adulta até a maturidade, velhice e morte.
Mas pode existir uma saída dessa situação.  Uma educação holística e ecológica seria o começo, o primeiro passo para uma vida saudável ou, ao menos, um sinal que pudesse nos mostrar o norte: a saúde.  Porque a doença como norte não é o que precisamos.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/a-doenca-como-norte-nao-e-o-que-precisamos-por-mauricio-duarte/