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Roteiro para um artista pop

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  American pop artist Keith Haring.   by Leo Fase 1 – O artista mora num conjugado e divide um ateliê/estudio/escritorio com outros cinco. Nesse momento a arte é tudo, inclusive porque não sobra dinheiro para mais nada. Tem que pedir ajuda aos pais e aos amigos para pagar o aluguel do conjugado, e, principalmente, a conta do boteco. O que importa é criar. “O mundo precisa da minha arte”, sonha o artista. Fase 2 – O artista produz muito mas não vende nada. Reclama das editoras, das gravadoras, dos marchands. O sistema é inimigo da arte, brada no conjugado, para júbilo dos companheiros. “Abaixo Romero Britto, Paulo Coelho e os sertanejos!”. Para mudar o sistema o artista organiza o movimento, forma coletivos, lança manifestos. Vira o rei do alternativo, do underground, do off-Broadway. “A arte é subversiva” acredita o artista Fase 3 – O artista aparece nos radares e é captado pelas antenas. Seu nome é citado em t

Uma norma para acabar com os quadrinhos nacionais

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Gian Danton No dia 13 de março de 2014 o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente aprovou, de forma unânime, a resolução nº 163 que considera abusiva toda e qualquer publicidade e comunicação mercadológica dirigidas às crianças. A resolução é apoiada por muitos como uma forma de proteger as crianças contra os abusos, mas, se for colocada na prática, vai ter resultados muito mais amplos. Legislações restritivas à publicidade infantil existem em outros países do mundo. Na Suécia, por exemplo, estão proibidos os comerciais na TV aberta. Países como Chile e Peru proíbem anúncios de determinados alimentos e bebidas. Na Grécia, anúncios de brinquedos só podem ser anunciados na TV aberta em horário adulto. No Irã, bonecos dos Simpsons e da Barbie não podem ser comercializados ou anunciados. Mas esse é o primeiro caso de

‘Até a maçã não teremos mais, não pode personagem na embalagem’

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Em entrevista, Mônica de Sousa pede um debate mais racional sobre publicidade dirigida a crianças por Thiago Herdy     Monica de Sousa, filha do cartunista Mauricio de Sousa, que inspirou a personagem dos quadrinhos. Com ela, seus ‘amigos’ Cascão e Magali - Marcos Alves SÃO PAULO - A resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que considera abusiva publicidade infantil é alvo de elogios de alguns e críticas de outros, entre estes a filha de Mauricio de Sousa. O GLOBO: Qual é a relação da Turma da Mônica com a questão da infância? MÔNICA DE SOUSA: Nossa meta sempre foi trabalhar para o bem-estar da criança. Passamos valores como amizade, respeito aos pais, aos mais velhos, uma sociedade mais ou menos equiparada, onde todo mundo tenha pai e mãe cuidando com carinho. No que a resolução impacta o negócio de vocês? A resolução quer, de alguma maneira, sumir com todos os personagens infantis. Estende-se a embalagens, q