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segunda-feira, 4 de maio de 2020

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Qual a história dos pigmentos azuis e sua trajetória na arte


Hoje a cor está em toda parte, como roupas, paredes e quadros. Mas nem sempre foi assim
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Foto: Johannes Vermeer/Wikimedia Commons
'A leiteira', pintura a oléo feita por Johannes Vermeer entre 1657 e 1658
 
A cor azul não pode ser considerada rara nas obras de artistas modernos. Ela é abundante, por exemplo, nas obras de Wassily Kandinsky, Picasso (especialmente em um determinado período), Yves Klein e Louise Bourgeois. Pinturas rupestres de 20 mil anos atrás, entretanto, não continham pigmentos azuis, como notou o professor Heinz Berke da Universidade de Zurique.
Essa ausência se explica, segundo, Berke, químico que estudou a história do pigmento, pelo fato de o azul não ser uma cor que pode ser extraída do solo, como o vermelho presente em muitas frutas e no sangue, o marrom da terra e o verde das folhas. A tecnologia para produzir o pigmento azul só foi possível com a mineração, a partir dos egípcios.
Por conta da ausência do pigmento azul no passado, há evidências de que mesmo a palavra para designar a cor não existia em línguas arcaicas, como o chinês, o hebraico e o grego falados na Antiguidade. No mundo todo, o filólogo Lazarus Geiger descobriu que a palavra para a cor azul foi a “última”, depois do preto e do branco, do amarelo, do verde, a surgir em diversas línguas. Não por acaso, a civilização egípcia - a primeira a desenvolver uma forma de sintetizar o pigmento - foi a única da Antiguidade a ter uma palavra para “azul”.
Mesmo quando algumas técnicas para produzi-lo foram descobertas, o pigmento continuou sendo raro, e portanto caro, até a era industrial. A raridade explica a associação da cor à realeza e a divindades.

O primeiro azul

O “azul egípcio” foi a primeira cor produzida sinteticamente, por volta de 2.200 a.C., mais ou menos na mesma época em que as Pirâmides do Egito foram construídas. Para chegar a esse tom, os egípcios combinavam calcário, areia, e algum mineral que contivesse cobre, como a malaquita, um mineral verde. Em seguida, a solução era aquecida em uma temperatura entre 800 e 900ºC. O resultado era um vidro azul opaco, que podia ser esmagado e misturado a colas ou clara de ovo para originar uma cerâmica ou tinta mais duradoura.
O azul egípcio continuou popular ao longo do Império Romano, segundo o site “Artsy”. O processo de produção era complexo e podia dar errado facilmente, resultando em um pigmento esverdeado. À medida em que foram feitas descobertas de como sintetizar “novos azuis”, o método foi esquecido.
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Ânfora egípcia, utilizada entre 1380 e 1300 aC
 

Os que vieram depois: azul ultramarino

O azul ultramarino foi encontrado em um afresco budista do século 6, no atual Afeganistão. O corante era feito a partir da pedra semi-preciosa lápis-lazúli, de cor azul, obtida por meio da mineração da região, desde cerca de 6000 anos atrás. A pedra, no entanto, já era azul - não estavam, ainda, produzindo o pigmento artificialmente.
Cerca de 700 anos depois, esse tom de azul viajou até Veneza e se tornou a cor mais cobiçada da Europa medieval.  O custo do lápis-lazúli, nessa época, competia com o do ouro. Por isso, a cor ficava restrita a ornamentar representações de figuras religiosas, como a da Virgem Maria - o que faz sentido considerando que a Igreja Católica era a instituição mais abastada da época.
Há algumas lendas a respeito da relação entre pintores e o azul, a partir do Renascimento. Existe o mito de que Michelangelo teria deixado a pintura “O Sepultamento” (1500–01), na qual o corpo de Cristo é carregado até a tumba, inacabada porque não conseguiu levantar fundos suficientes para pintar de azul ultramarino as partes que faltavam.
Já Johannes Vermeer, autor da “Moça com Brinco de Pérola” (1665), usava tanto a cor que mergulhou sua família em dívidas.
Em 1824, uma instituição na França ofereceu uma recompensa para quem fabricasse uma versão sintética - e portanto mais barata, sem depender da mineração do lápis-lazúli - do pigmento. O prêmio ficou entre um alemão e um francês, e, talvez tendeciosamente, o nativo venceu e o pigmento recebeu o nome de “ultramarino francês”.
Foto: Johannes Vermeer/Wikimedia Commons
O alto custo da pedra Lápis-Lazúli, levou Johannes Vermeer a mergulhar em dívidas pelo uso recorrente do corante
 

Azul anil

Ao contrário do azul ultramarino, o índigo (ou azul anil, em português) é obtido de um pigmento natural, produto cuja importação era cobiçada por europeus e americanos nos séculos 17 e 18 e era usado principalmente para tingir tecidos, roupas, lãs e tapeçarias de luxo. Ele era obtido por meio de uma variedade de plantas de clima tropical, como a indigofera - havia plantações da Carolina do Sul à Índia.
Na segunda metade do século 19, o pigmento azul anim também passou a ser sintetizável, e substituiu em grande medida as plantações. É ele o pigmento usado nas calças jeans, e uma bactéria geneticamente desenvolvida para produzir a mesma reação química que extrai o pigmento das plantas pode mudar novamente sua síntese nos próximos anos, que tendem a ser dominados pelo “bio-indigo”.
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Corante utilizado em tecidos e tapeçarias dos séculos 17 e 18 oriundo de plantas tropicais
 

Azul da Prússia

Muito usado na “fase azul” de Pablo Picasso, pelo pintor e gravurista japonês Katsushika Hokusai e no rococó de Jean-Antoine Watteau, esse azul foi inventado em Berlim, na Alemanha, na primeira década do século 18, por acidente.
O pintor e produtor de pigmentos Johann Jacob Diesbach trabalhava em um pigmento vermelho quando, sem querer, um derivado de potássio entrou em contato com sangue animal. Uma reação química entre ambos deu origem ao que Diesbach batizou de “Berliner Blau”, conhecido como azul da Prússia.

O azul assinado: IKB

A partir de 1957, o artista francês Yves Klein passou a trabalhar quase exclusivamente com a cor azul. Klein pintava telas monocromáticas, objetos do cotidiano e moldes de esculturas de azul ultramarino e realizava performances com a cor .
Em colaboração com um comerciante de tintas parisiense, Klein criou um ultramarino de acabamento fosco, e patenteou em 1960 o método de produzir o pigmento sob o nome de International Klein Blue, ou “IKB”.
As pinturas monocromáticas de Klein eram gestos “parricidas”, como define o crítico e historiador da arte Yve-Alain Bois, uma espécie de violência contra a linhagem artística.  Nesse sentido, criar seu próprio azul e pintar quase somente com ele pode ser visto como mais do que mera excentricidade. O azul de Klein potencializa e ao mesmo tempo resume a importância da cor na História da Arte.
Foto: Yves Klein/Wikimedia Commons
'IKB 191', pintura monocromática em azul IKB feita por Yves Klein em 1962
 

O ‘último’ azul: YInMn

Descoberto em 2009 também por acidente, como o azul da Prússia, o azul YInMn é intenso e brilhante. Ele foi sintetizado na Universidade do Oregon , quando Mas Subramanian, e sua equipe do Departamento de Química, faziam experiências com materiais em potencial para aparelhos eletrônicos.
O azul mais novo é tão vibrante quanto estável e não desbota mesmo em contato com óleo e água, segundo Subramanian. Ele entrou no mercado em 2016.


ESTAVA ERRADO: Na primeira versão deste texto, a legenda da foto do quadro “A Moça com Brinco de Pérola” afirmava que o pintor Johannes Vermeer endividou-se na Idade Média, quando na verdade foi  na passagem para a Idade Moderna, no século 17.



Fonte:  https://www.nexojornal.com.br

domingo, 29 de dezembro de 2019

Sete artes cognitivo-ontológicas




Sete artes cognitivo-ontológicas


À semelhança de uma Esteganografia, tenciono realizar uma analogia com As Sete Artes Liberais – o Trivium e o Quadrivium – tão utilizados na Idade Média, para criar um método de abordagem em análise estética e filosófica (basicamente) que englobe um Enlevo Perceptivo (arte-enlevo, interface-enlevo, índice-enlevo e espiritualidade-enlevo) e uma Ascenção Perceptiva (Pedagogia-ascenção, Filosofia-ascenção e Teologia-ascenção).
A Esteganografia é um método que assegura a transmissão segura de dados digitais na rede (web) ou numa intranet, a partir de algoritmo com a linguagem de programação Phyton. Uma Análise de Similaridade Estrutural de Imagens Esteganografadas com Python revela que uma imagem (foto, ilustração, gráfico) e sua versão esteganografada são extremamente similares e demonstram níveis de eficiência para a segurança (e para se obter uma cópia exata da imagem) muito grandes. Os aspectos gráficos das imagens são melhor considerados nessa técnica e é desconsiderado o uso de métodos mais sofisticados de criptografia.
Segurança e exatidão, confiança e similaridade... Por que usar essa analogia? Porque o mundo hodierno relega Deus a um papel de mero Criador que abandonou sua criação, indiferente – quando muito – ou de invenção da igreja para dominar, para explorar e escravizar a massa – em grande parte – e trata os desígnios divinos com escárnio, ironia e aversão.
Na Idade Média (quando foram criadas as Universidades, a despeito de tudo que se possa dizer a respeito da “Época das Trevas”) utilizava-se o Trivium e o Quadrivium. A imagem que se tinha do conhecimento humano – cognitivo-ontológico – era muito mais amplo, muito mais abrangente, muito mais complexo, muito mais humano e... muito mais real, ou ao menos, muito mais próximo do real. Mas como? E nossos progressos científicos? Nossas conquistas? Nossas tecnologias? Perguntariam muitos ou a maioria das pessoas... Nossas conquistas tecnocientíficas, de direitos humanos, culturais e artísticas, bem como em vários outros níveis e áreas não nos tornaram mais humanos, mais irmãos, mais reais. Pelo contrário, a adoção desse modelo de separação, de dissecação dos conhecimentos em partes cada vez menores, cada vez mais específicas nos permite sim analisar tudo, mas perdemos a síntese, perdemos o pensamento complexo, conforme coloca Edgar Morin e outros pesquisadores.
A arte tem como premissa um pensamento englobado em várias áreas – até por isto, o termo usado desde astronomia até música, desde matemática até gramática em tempos antigos – e embora hoje em dia não se fale mais em “arte” no lugar de ciência, a arte, hoje reconhecida como contemporânea, atua e considera um amplo espectro de áreas do conhecimento humano.
Enfim, as sete artes cognitivo-ontológicas (conforme as chamo) possuem uma similaridade com as sete artes liberais por tratarem do pensamento de forma holística, de forma inteira – e não dissecada – e, principalmente por considerarem Deus e o tempo de Deus, num tempo em que se esqueceu do Pai Eterno, do Divino Filho, Jesus Cristo e do Divino Espírito Santo. Um tempo em que uma análise de filosofia axiológica (de valores) é confundida com moralismo ou fanatismo religioso, por exemplo.
A imagem do homem contemporâneo de si mesmo é dúbia, subjetiva e débil. Não queremos com isto dizer que o homem de outros tempos era melhor, mas hoje, dispomos de uma tecnologia nunca antes utilizada. Com este nível de tecnologia, o nível de nossa consciência precisa estar acima, ou um pouco acima, desse nível tecnológico ou seremos engolidos por nossas próprias criações, seremos usados e manipulados pelas coisas e não usaremos ou manipularemos as coisas. Será – ou já é? – a coisificação do homem e da mulher, a coisificação da humanidade.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Referências:
Análise de Similaridade Estrutural de Imagens Esteganografadas com Python
Ewerton da Silva Farias
Geoflly Adonias
Carlos Regis
Similaridade Estrutural e Graph Matching
Pedro Henrique Pamplona Savarese 
https://www.cos.ufrj.br/…/slides/Pedro-Similaridade-estrutu…
Os setes saberes necessários à educação do futuro
Edgar Morin e UNESCO
Introdução ao Pensamento Complexo
Edgar Morin

domingo, 27 de outubro de 2019

Exposição de Arte Figurativo Abstrato no dia 26/10/2019, sábado, em Camboinhas, Niterói - RJ - Universo das Artes - Buana Lima

Eu, Mauricio Duarte, participei da Exposição de Arte Figurativo Abstrato no dia 26/10/2019, sábado, em Camboinhas, Niterói - RJ, com as peças Trajetórias e Organismo. Um Evento fantástico. Parabéns a toda equipe do Universo das Artes, Buana Lima e amigos.


































sábado, 19 de outubro de 2019

A que se refere a Arte-enlevo?

A que se refere a Arte-enlevo?



A ARTE-ENLEVO explora e congrega, numa aglutinação, quatro tipos de abordagens filosóficas: Estética (obviamente, a arte relaciona-se ao belo e ao feio), a Axiológica (relação direta com valores dentro do meu pensamento), Epistemológica (porque interdisciplinar e de forma científica, ainda que considerando “ciências antigas”) e Ontológica (relação com a metafísica, a essência das coisas).

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Visite o site Conspiração de Consciência e Arte-enlevo . https://sites.google.com/site/conspiracaodeconsciencia/home

domingo, 9 de junho de 2019

domingo, 26 de maio de 2019

sexta-feira, 19 de abril de 2019

segunda-feira, 8 de abril de 2019

As peças expostas na EIXO 2019 por mim estão todas à venda no site Displate

Recentemente passei a participar do site Displate que disponibiliza posters de prints em metal com peças de artes visuais.

As peças expostas na EIXO 2019 por mim estão todas lá à venda em diversos tamanhos.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)