Sociedade civil de artistas e literatos de São Gonçalo
sábado, 22 de setembro de 2018
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
É a primavera.
Meu certificado de participação no Sarau da USCA com o poema: É a primavera.
É a primavera
É a primavera,
meu coração sorri.
meu coração sorri.
É tempo de flores,
crisálidas de
lagartas tornam-se
borboletas e,
em festa, voam.
crisálidas de
lagartas tornam-se
borboletas e,
em festa, voam.
É tempo de luz,
os raios de sol
são mais vivos e
brilhantes e o
céu limpo, anil.
os raios de sol
são mais vivos e
brilhantes e o
céu limpo, anil.
É tempo de graça,
revigorar o
espírito e
trazer, mais uma vez,
esperança, sim.
revigorar o
espírito e
trazer, mais uma vez,
esperança, sim.
É a primavera,
meu coração sorri.
meu coração sorri.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Minha participação no Tomo III da III Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea “Além da Terra, Além do Céu”
Minha participação no Tomo III da III Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea “Além da Terra, Além do Céu” com poema de minha autoria, Mauricio Duarte, "Vazio".
Vazio
Era dos signos-marcas
em todos espaços,
todos lugares, virtuais ou não.
Símbolos-identidades,
tremeluzindo e
piscando ininterruptamente...
em todos espaços,
todos lugares, virtuais ou não.
Símbolos-identidades,
tremeluzindo e
piscando ininterruptamente...
Sinergia dos logotipos
em profusão cabalística
a sorrir e deitar-se para
o sexo; vende-se o sexo,
qualquer um, não importa.
Ícones da luxúria onipresente...
em profusão cabalística
a sorrir e deitar-se para
o sexo; vende-se o sexo,
qualquer um, não importa.
Ícones da luxúria onipresente...
São os donos ilimitados
das ruas, shoopings, praças,
bares, avenidas, olhos, mentes.
Lembram-nos do grande
vazio existencial
que enchemos de nada...
das ruas, shoopings, praças,
bares, avenidas, olhos, mentes.
Lembram-nos do grande
vazio existencial
que enchemos de nada...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Booktrailer do livro:
https://bit.ly/2pmDLr3
https://bit.ly/2pmDLr3
JUVENTUDE!!!!!! E MUITO..... TRABALHO#ROFA.
Vídeo Entrevista com o Escritor Imortal da AGLAC: Rogério Araújo Rofa . https://youtu.be/at19qgRvsUY
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Paulo Coelho e As Valkirias
Paulo Coelho e As Valkirias
A obra de Paulo Coelho é um sucesso editorial, é um fenômeno editorial. Mas não é só isso. Sua obra é marcada por um estilo próprio que, mesmo quando contestado ou criticado, transpassa como água límpida e cristalina, tão simples como o sol de verão, banhando com seus raios quem aproveita o bem estar ao ar livre.
Sendo um dos 20 escritores mais lidos do mundo, juntamente com Gabriel García Márquez ou Umberto Eco, Paulo Coelho apresenta em sua literatura o que pode ser considerada por muitos, trivial. Porém numa leitura mais detalhada, é percebido que o seu charme new age que vem de encontro da sede de transcendência e de metafísica – e de lucidez – só poderia utilizar-se de uma linguagem simples, sintética e objetiva para efetivar esse tipo de abordagem estilística. A forma é o conteúdo e o conteúdo é a forma. Por que dizer esotérico e dizer hermético, é dizer difícil e complexo. Só pode ser soletrado pelo leitor médio contemporâneo junto com simplicidade e fluidez.
A saída fácil que alguns afirmam sobre a obra do autor, não se sustenta. Escrever sobre sentimentos humanos com um caldo de cultura new age e de espiritualidade profunda não é tarefa fácil. É para quem conhece e dialoga com os meandros da escrita em consonância com o sonho da conspiração mística e com a literatura atual ao mesmo tempo. É para quem sabe da importância de pesquisadores do esotérico e da contracultura como Alan Watts, Osho, Krishnamurti, Fritoj Capra, dentre outros pensadores e iluminados que revolucionaram nossa forma de sentir a vida no século XX e consequentemente nossas existências no atual século XXI.
Vejamos os seguintes trechos de As Valkírias de Paulo Coelho:
“[...]Toda tarde, antes que Vahalla viesse chamar Paulo para passear no deserto, ele e Chris praticavam a canalização, e conversavam com seus anjos. Embora o canal ainda não estivesse completamente aberto, sentiam a presença da proteção constante, do amor e da paz. Ouviam frases sem sentido, tinham algumas intuições, e muitas vezes a única sensação era de alegria – nada mais. Entretanto, sabiam que conversavam com anjos, e que os anjos estavam contentes[...].” (As Valkírias, pág 83)
“[...]Um dia chegará em que os que batem na porta verão ela se abrir; os que pedem, receberão; os que choram, serão consolados[...].” (As Valkírias, págs 236-237)
Segundo Gabriel Perissé, mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH – USP, “Paulo Coelho é amado em virtude do seu gnosticismo sincrético, seu esoterismo exotérico, seu catolicismo reencarnacionista, sua sensibilidade agudíssima para as demandas espirituais e psíquicas do nosso tempo, sua sabedoria tão despretensiosa [...]”
Numa frase atribuída ao escritor quando se referia a Jorge Luis Borges, o autor afirma em texto publicado pelo Jornal do Brasil em 27/07/1996, “o negócio é não complicar.”
Em suma, privilegiando o mistério, o sonho e o oculto, o autor surgiu como um paradigma, como um exemplo para quem busca respostas mais “elevadas” num contexto social desequilibrado, ao mesmo tempo individualista e massificante, tecnologicamente avançado e espiritualmente abandonado, pluralista, mas tacanho.
A simplicidade é a chave da literatura de Paulo Coelho, que preza tanto pela boa escrita quanto pela mensagem, pela essência do que está sendo dito, característica que é encontrada em raríssimas obras literárias hoje em dia.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
(Este texto foi originalmente publicado no Programa Meu Patrono Visto por Mim da Academia Virtual de Letras António Aleixo em 2016)
Referências:
Paulo Coelho - Fenômeno Editorial - site -https://www.hottopos.com/mirand4/suplem4/paulo.htm Gabriel Perissé - Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico
As Valkirias - livro - Paulo Coelho - Editora Rocco - Rio de Janeiro - 1995
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/paulo-coelho-e-as-valkirias-por-mauricio-duarte/
sábado, 8 de setembro de 2018
Poesia "Entre amigos" - 4o. Encontro: 16 de outubro de 2018
Poesia "Entre amigos"
4o. Encontro: 16 de outubro de 2018
Tema: Euclides da Cunha
Local: CREFCON
Rua Getúlio Vargas, 1.207 . Creche Carequinha
Barro Vermelho (em frente ao Banco Itaú)
Rua Getúlio Vargas, 1.207 . Creche Carequinha
Barro Vermelho (em frente ao Banco Itaú)
Apoio do CREFCON e PROLER
Organizado por: Janne Duarte e Fernando Félix
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Brida, O Monte Cinco e Paulo Coelho
Brida, O Monte Cinco e Paulo Coelho
Paulo Coelho tem mais de 35 milhões de livros vendidos, sendo um dos escritores mais lidos do mundo, além de ser também um dos que mais tem influência mundial. O escritor nasceu em 1947 na cidade do Rio de Janeiro, trabalhou como diretor e ator teatral e também desenvolveu trabalhos como compositor musical e jornalista.
Criou letras de canções para grandes artistas da música brasileira como Elis Regina e Rita Lee. Também teve importantes colaborações com Raul Seixas, participando de sucessos como “Eu nasci há dez mil anos atrás”, “Gita” e “Al Capone”, por exemplo.
Em 1982 editou seu primeiro livro, Arquivos do Inferno e em 1985, O Manual Prático do Vampirismo, ambos sem maiores repercussões, sendo que o último foi retirado das livrarias por ser “de má qualidade”, segundo suas próprias palavras.
Um ano depois realizou O Caminho de Santiago, experiência que descreveria no Diário de um mago. Em 1988 publica O Alquimista, o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos. Posteriormente escreveu Brida (1990), As Valkírias (1992), Às margens do Rio Piedra eu sentei e chorei (1994), Maktub (1994), O Monte Cinco (1996), Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika decide morrer (1998), O demônio e a Sra. Pym (2000), Onze minutos (2003), O Zahir (2005), dentre outros.
O autor foi traduzido em 62 línguas e foi publicado em mais de 150 países.
Resumo da obra Brida de Paulo Coelho
Brida é um romance baseado numa história real que narra a aventura da jovem irlandesa Brida O´Fern. Com a idade de 21 anos conhece um mago e pede que ele lhe ajude a converter-se em bruxa. Para isso, a moça passará por inúmeros obstáculos que mudarão sua concepção de vida. A neófita inicia uma busca pelo sentido da sua vida, utilizando como veículo o uso da magia, ansiando por um melhor conhecimento sobre seus medos, anseios e inquietudes, reestruturando-se numa nova existência.
O gênero do tema de Brida é espiritualidade, já que é uma obra inspirada na magia e nos caminhos que Deus implantou no mundo para que só os valentes que queiram em verdade conhecer qual é a razão de sua existência e seu objetivo nela se arrisquem a descobrir.
Resumo da obra O Monte Cinco de Paulo Coelho
Livro inspirado em relato bíblico ( 1Reis 18: 8-24).
O Monte Cinco conta a história do profeta Elias a quem Deus ordena que abandone Israel. Em um mundo regido por superstições, conflitos religiosos e tradições arraigadas, o jovem profeta enfrentará uma avalanche de acontecimentos que o conduzirão a um encontro definitivo com o Pai Eterno.
História de esperança para o homem contemporâneo, o livro coloca questões como por exemplo: Até que ponto podemos determinar nosso destino? Encontrar a resposta, a nossa própria resposta a essa e a outras perguntas é o mote do romance.
Referências de pesquisa:
Brida, Paulo Coelho . Joan Cruz . República Dominicana . https://www.resumosetrabalhos.com.br/brida-paulo-coelho_2.html
Este texto foi publicado originalmente no Programa Meu Patrono Visto por Mim da Academia Virtual de Letras António Aleixo.
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/brida-o-monte-cinco-e-paulo-coelho-por-mauricio-duarte/
domingo, 2 de setembro de 2018
Berkeley
Berkeley
O idealismo do bispo Berkeley
terminou num tipo de panteísmo. O
primeiro estágio da sua filosofia era a negação da matéria em si mesma apartada
da mente percipiente. Locke tinha negado
as qualidades secundárias da matéria, mas ele acreditava numa substância que
era a realidade do mundo fenomenal. Para Berkeley, o fenomenal tem realidade
apenas como atividade da Mente eterna. A
criação não é o vir à existência de coisas que não existiam antes, mas apenas o
ser delas sendo percebido por outras inteligências abaixo do divino. “Eu não
nego”, ele diz, “a existência de coisas sensíveis que Moisés disse que foram
criadas por Deus. Elas existem de toda a
eternidade no intelecto divino e então se tornam perceptíveis da mesma maneira
e ordem como descritas no Gênese. Para
isto, eu tomo a criação como pertencendo a penas a coisas que dizem respeito a
espíritos finitos, onde não há nada novo para Deus.” (Carta à Lady
Percival). As coisas reveladas aos
sentidos são meramente fenomenais. Elas
não têm substância em si mesmas, mas dependem de Deus para sua permanência e
substancialidade. Foi mostrado (pelo
falecido Professor Fraser), que os pontos em comum da filosofia de Berkeley são
geralmente extraídos de seus primeiros livros quando o objeto era provar o
caráter fenomenal das coisas dos sentidos.
Nos seus últimos livros ele é mais engajado em mostrar que as coisas dos
sentidos são uma revelação do espírito.
Os trabalhos de Berkeley são todos escritos proximamente em defesa da
religião. Ele floresceu quando a
controvérsia do deísmo alcançou sua crise. Os deístas, ele trata como ateístas,
utilizando sua filosofia em defesa do teísmo.
Seu maior argumento é o de que as manifestações da mente pelo universo
mostram um Agente vivo tão claramente quanto os trabalhos de um homem mostram
uma mente humana. Essa é a mente com a
qual somos cognoscitivos. A criação não
pode ser separada da mente. Ela não
existe, mas como está conectada com a mente,
Deus fala ao homem por sinais sensíveis tão planejadamente como os homens falam uns com os outros e a mesma
evidência que nós temos da existência dos outros homens, nós temos da
existência de Deus.
O desenvolvimento da filosofia de
Berkeley num tipo de panteísmo tomou uma forma excêntrica. Ele escreveu um tratado no qual as virtudes
do alcatrão-água são colocadas, onde ele imaginou ter encontrado um remédio
para todas as doenças com as quais o frescor humano e acometido. O espírito ácido, ou a alma vegetal, que é
extraída do alcatrão pela ajuda da água tinha propriedades que ele acreditava
serem alguma coisa divinas. A luz do
fogo invisível ou também a luz com a qual ela foi acesa, ele chamava de o
espírito vital do universo. Quando
Berkeley escreveu seu tratado ele tinha estudado os antigos filósofos e a
filosofia das religiões antigas, que na sua forma panteísta, ele defendia como
não ateístas, bem como ele reconhecia uma mente ou espírito presidindo e
governando o todo do plano das coisas. O
fogo invisível ou o fogo extraído do alcatrão foi, de algum modo, conectado à
razão universal que pervardiu todas as coisas.
Foi pela alma do mundo, como colocada por pitagóricos e plantonistas,
mas especialmente por neo-platonistas, cujas especulações místicas, Berkeley,
em seu tratado, manifestou crescente simpatia.
Como reconhecido como sempre presente, por trás de todo fenômeno, tanto
quanto o que nós chamamos de leis da natureza, elas são o trabalho imediato do
Agente divino, que em sua própria verdadeira causa, é causa dos tão assim
chamados efeitos no mundo físico.
Livre tradução do livro Pantheism and
Christianity de John Hunt . 1884 . Capítulo XII . Idealismo moderno . Berkeley
Visite o meu site Pantheism and
Christianity e leia todos os textos traduzidos: https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Manual do Guerreiro da Luz de Paulo Coelho
Texto de minha autoria, Mauricio Duarte, sobre o livro Manual do Guerreiro da Luz de Paulo Coelho em Participação Especial na Revista Divulga Escritor no.36 (páginas 107 e 108) . https://issuu.com/smc5/docs/36_divulga_escritor_revista_literar/107
sábado, 18 de agosto de 2018
Paulo Coelho
Leia o novo texto de minha autoria da Coluna do Divulga Escritor . https://www.divulgaescritor.com/products/paulo-coelho-por-mauricio-duarte/
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
UM JEITO: SIMPLES, DE SER#FÁTIMA CORREA DANIEL.
Vídeo Entrevista com a Escritora Imortal da AGLAC: Fátima Correa Daniel . https://youtu.be/pqkDyrkpZDU
domingo, 12 de agosto de 2018
Malebranche
Malebranche
Para
Malebranche a diferença entre ele mesmo e Espinoza parecia infinita. E
externamente isso era verdadeiro. Espinoza era um judeu, excomungado da
sinagoga; Malenbranche um padre cristão. Um foi educado na Cabala, o outro
transitava nos escritos de Santo Agostinho.
Mas grande como eram as diferenças externas, julgamentos imparciais
simplesmente reconectaram esses dois professores de teologias análogas.
Descartes, como nós temos visto, admitia dois tipos de substância – a criada e
a incriada – mas na realidade a última era apenas substância real. Espinoza viu essa inconsistência e fez das
substâncias criadas acidentes ou modos da incriada. Mas essas substâncias criadas são
evidentemente de dois tipos – a espiritual e a material. Elas podem ser reduzidas a uma, ou são, na
sua essência, inteiramente distintas?
Descartes tinha a última opinião.
Espinoza sustentava a primeira.
Disto resultou sua crença na unidade original do pensamento e da
substância extendida; de Deus como pensamento e da substância extensão. Malebranche gostaria de manter o nível
cartesiano, que elas eram substâncias distintas, e, ao mesmo tempo, remover o
dualismo cartesiano. Ele fez isto
supondo que elas se distinguiriam em si mesmas, ainda achando-se unidas em
Deus. Como todas as coisas existem
espiritualmente e idealmente na mente divina, Deus é, como foi, o maior
significado entre o Eu e o mundo externo – “Nós vemos todas as coisas em Deus.”
Malebranche, como um cartesiano, começou com o pensamento. Nós somos algo que pensa; nós temos ideias.
Como nós temos essas ideias? Algumas são imediatas, mas outras são ideias de
coisas materiais. As últimas nos podemos
ter também vindas dos objetos em si próprios, vindas da alma que tem o poder de
produzi-las, ou vindas de Deus que as produz em nós, que ele tem feito, também
na criação, ou podem vir todo o tempo que nós pensamos em qualquer objeto; ou
nós podemos conceber a alma como tendo em si mesma todas as perfeições com as
quais nós descobrimos nos objetos externos, ou por último, como unidades com um
Ser todo-perfeito, que compreende em si mesmo todas as perfeições dos seres
criados. Malebranche examina cada um
destes cinco caminhos de entendimento dos objetos externos, para achar objeções
a todos, com exceção do último. Seus argumentos para isto estão baseados nas
doutrinas das ideias neoplatônicas. “É
absolutamente necessário”, ele diz, “para Deus ter em si mesmo todas as ideias de
tudo o que os seres que ele criou tem, desde que todavia ele não poderia as ter
produzido, e ele vê todas elas considerando-as todas da sua perfeição com a
qual elas foram relatadas.” Deus e a alma humana são supostamente tão unidas
que Deus pode ser chamado de o “lugar” das almas, como extensão do lugar dos
corpos. Espinoza não poderia ter
expressado isto tão bem, nem poderia ter quisto isto expresso melhor. O atributo principal do corpóreo é a
extensão. Nele os corpos têm seu ser e
essência. E como os corpos são constituídos em extensão, como são almas
constituídas em Deus. “É a palavra
divina sozinha que nos ilumina pelas ideias que estão nele, para as quais não
há duas ou mais sabedorias, duas ou mais razões universais. A verdade é imutável, necessária, eterna; o mesmo
em tempo e em eternidade, o mesmo no céu e no inferno. A palavra eterna fala a mesma linguagem para
todas as nações.” Esse falarem nós da razão universal é a revelação verdadeira
de Deus. É a única maneira de nós
possuirmos algum conhecimento das coisas externas. “Ver o mundo inteligível, é o bastante para
consultar a razão que contem essas ideias, ou essas essências inteligíveis,
eternas e necessárias com as quais se faz todas as mentes razoáveis e unidas à
razão. Mas para ver o mundo material, ou
ainda para determinar que esse mundo existe – porque esse mundo é invisível em
sim mesmo – é necessário que Deus deva revelar isto a nós, porque não podemos
perceber seus arranjos em que sua escolha nessa razão foi necessária.”
As ideias das
coisas materiais nós vemos em Deus, mas as coisas espirituais nós vemos
imediatamente em Deus sem o intermédio das ideias. No espiritual, interno ou ideal mundo nós
estamos face a face com a verdade e a razão.
Lá nós vemos não ideias, mas realidades.
Lá nós conhecemos o infinito, não através da ideia dele, mas
imediatamente e através dele que nós temos nosso conhecimento de todas as
coisas finitas. Nele o material existe
espiritualmente. Antes o mundo foi criado por Deus e sozinho existia. Para produzir o mundo ele deve ter tido
ideias do mundo e tudo que é nisto. E
essas ideias devem ter sido idênticas em si mesmas aos objetos externos. Deus eternamente sustenta sua ideias. Essa é a sua conversão com a palavra
eterna. Isto é Deus como Ser, dando a si
mesmo Deus, como pensamento – o Pai dando todas as coisas ao Filho. A palavra divina brilha em suas almas. Por ela nós vemos me Deus algumas das ideias
em si mesmas, mas um espírito criado que não é visto em todas as coisas em si
mesmas, porque ela não contem todas as coisas em si mesmas. Isto vê nelas em Deus, nas quais elas
existem. Quando, por ocasião, nós vemos
um quadrado, nós não vemos meramente a ideia mental em nós, mas o quadrado em
si mesmo, que é externo a nós. Deus em
si mesmo é a causa imediata da sua visão divina. Ele nos instrui no seu conhecimento com a
naturalidade com a qual os homens ingratos a chamam de natureza. Ele mostra isto em nós. Ele é a luz do mundo e o pai da luz e do
conhecimento. Santo Agostinho diz que
“nós vemos Deus na vida pelo conhecimento que nós temos das eternas verdades.
Verdade é incriada, imutável, eterna, sobre todas as coisas. Ela é verdade em si mesma. Ela faz as criaturas mais perfeitas; e todos
os espíritos naturalmente vêm para conhecê-la.
Nada a não ser Deus pode ter a perfeição da verdade; embora, a verdade
seja Deus. Quando nós vemos algumas verdades eternas e imutáveis, nós vemos
Deus.” Depois de citar Santo Agostinho, Malebranche
acrescenta, “Essas são as razões de Santo Agostinho, as nossas diferem um pouco
delas. Nós vemos Deus quando nós vemos as verdades eternas, não que elas sejam
Deus, mas porque as ideias com as quais essas verdades dependem estão em Deus –
talvez Agostinho conceba o mesmo significado nelas” Começando do pensamento, Malebranche, como
Descartes e Espinoza, encontrou a ideia de infinito como a primeira e a mais
clara das nossas ideias. “Isto”, ele
disse, “é a melhor, a mais bonita, a mais exaltada, a mais audível prova da
existência de Deus.” Essa é a ideia do
Ser universal, que inclui em si mesma todos os seres. A mente humana pode conhecer o infinito,
embora não possa compreendê-lo. Nós
concebemos primeiro o infinito e então nós restringimos a ideia para fazê-la
finita, não embora, que essa ideia represente o infinito Ser, tão longe quanto possa, essa ideia representa
algo determinado, mas através da nossa visão podem as trevas serem finitas, nós
possamos ver e conhecer Deus como infinito.
Ele é idêntico ao Ser universal.
Nós chamamos ele de Espírito, mas isto não declara o que ele é, mas o
que ele não é. Ele não é matéria. Ele está muito além do espírito, como o
espírito está além da matéria. O amis
alto atributo que nós podemos conhecer disto pode pertencer ao ser que é
pensamento ou mente, e embora nós chamemos Deus de Espírito, ele é o Ser
perfeito infinitamente. Como nós demos a
ele um corpo humano, devemos dar a ele pensamentos humanos. Sua mente não é como a nossa. Podemos
comparar com a nossa porque a mente é o mais perfeito atributo com o qual nós
conhecemos qualquer coisa. Como ele
inclui a si mesmo nas perfeições do Espírito sem ser como um espírito, como nós
concebemos espíritos seu nome é AQUELE QUE É.
Ele é o ser sem limitação; todos os seres; sendo infinitos e
universais. E como nós temos essa ideia
distinta de Deus como ser, nós temos outra ideia de extensão. É impossível fazer face à ideia das nossas
mentes, para que a extensão infinita pertença ao ser, ou, ao menos, as nossas
ideias de ser. Malebranche não faz da
extensão um dos atributos de Deus, mas outorga que tenha feito, depois do que
ele tem dito do ser e da extensão. Ele
mantem que a ideia de extensão é eterna e imutável; comum a todas as mentes, a
anjos – sim, a Deus, ele próprio – que é o ser verdadeiro e idêntico à matéria.
Nós não precisamos projetar quaisquer inferências das doutrinas de
Malebranche. É suficiente presentemente
mostrar o paralelismo entre suas visões em Deus, ser, espírito e matéria, com
as de Espinoza. Como nossas almas estão unidas a Deus, e vemos todas as coisas em Deus, nossos
corpos têm esta essência em extensão.
Entre as substâncias, matéria e espírito, não há necessária
relação. As modalidades do nosso corpo
não podem ser nossas próprias forças a forçarem essa mudança da mente e, ainda,
as modalidades do cérebro estão uniformemente em conexão com os sentimentos das
nossas almas, porque o Autor do nosso ser tem determinado isto.
E essa ação
imediata de Deus não é limitada a mente do homem. Ela é a mesma em toda natureza. Deus não tem dado a sua criação, causas
secundárias; o que nós chamamos assim, são nada mais, nada menos do que
ocasiões para Deus, que é a causa universal, executar seus decretos como ele expressa
em vontade que devem ser executados. É
verdade que as Escrituras em alguns lugares descrevem eventos com causas
secundárias, como no livro de Gênese, quando é dito: “E a terra foi feita”; mas
isso é dito impropriamente. Na maior
parte das Escrituras Deus fala como ator imediato. Ele comanda as crianças de Israel para honrar
a ele como a única causa, tanto do bem quanto do mal, recompensa e punição. “Há
algum mal na cidade?” diz o profeta Amós, “e o Senhor não o fez?” Os trabalhos da natureza são trabalhos
imediatos de Deus. Ele forma todas as
coisas. Ele deu vida e soprou vida em
todas as coisas. Ele causou a grama
crescer da terra e a herva para servir o ao homem, que pode trazer comida da
terra. Deus nunca deixou seu mundo. Ele
está presente nele agora assim como no primeiro momento da criação – de fato, a
criação nunca cessa. A mesma vontade, o
mesmo poder, e a mesma presença que
requeriu a criação do mundo, é requerida a todos momento para preservá-lo. O que nós chamamos de leis da natureza são
nada mais do que expressões da vontade de Deus.
Ele trabalha por leis, mas o trabalho não é, todavia, menos imediato ou
menos dependente da sua vontade e poder.
Malebranche
nos lembra Espinoza quando ele discursa sobre suas paixões. A mente humana tem duas relações
essencialmente diferentes – uma de Deus, e a outra do corpo. Isto não é uma comparação sem sentido, como
nós poderíamos concluir do que tem sido dito do nosso ver todas as coisas em
Deus. A união da alma com Deus não é
menos do que a união da alma com o corpo.
Por essa união com a divina palavra, sabedoria ou verdade, nós temos a
faculdade do pensamento. Por nossa união
com o material, nós temos as percepções dos sentidos. Quando o corpo é a causa dos nossos
pensamentos nós apenas imaginamos; mas quando a alma age por si mesmo, em
outras palavras, quando Deus age nisto, nós entendemos. As paixões não são em si mesmas más. Elas são as impressões do Autor da natureza
que inclina a nós o amor ao corpo e a qualquer coisa que seja útil para a sua
preservação. Enquanto nossa união com o
corpo seja uma punição pelo pecado, ou um presente da natureza, nós não podemos
determinar. Mas nós estamos certos disto, que antes do seu pecado o homem não
foi um escravo das suas paixões., Ele
tinha uma maestria sobre elas. Mas agora
a natureza está corrompida. O corpo, ao
contrário da representação que ele quer da alma, age com violência, vem como
tirano e transforma isto do amor e do serviço de Deus. Redenção não pode ser nada mais do que uma restauração
do homem à dominação da alma sobre o corpo, para isto tem Deus reinado entre
ele.
Mas essa
questão das paixões envolve um a inquirição a mais – o que é o pecado? Se Deus
trabalha em qualquer coisa que é real nas emoções da mente, e no que é real nas
sensações das paixões, é ele o Autor do pecado?
Malebranche dá uma velha resposta, ao colocar que o pecado não é nada
real. Deus continuamente impele o homem
ao bem, mas o homem para, ele espera;
esse é o seu pecado. Ele não segue a liderança de Deus, ele não faz nada e esse
nada é pecado. Se seguíssemos
Malebranche simplesmente como um filósofo, como poderíamos vê-lo como um padre
da igreja católica apostólica romana, reconciliando suas especulações com as Escrituras, e os
decretos dessas reconciliações? Ele não
tenta os reconciliar ou se ele o fez foi apenas parcialmente. Onde a igreja não falou que a razão é livre,
mas como ela prescreve, quaisquer que fossem as nossas conclusões da razão, nós
tivemos que submeter às decisões da igreja. Nós não temos evidência da
existência de um mundo externo, mas nós recebemos da autoridade da igreja. Nossa razão não pode ser confiada nos
mistérios da fé. Eles estão além dos
limites das nossas faculdades. A encarnação, a Trindade, a transformação do pão
e vinho na Eucaristia no corpo e sangue reais de Cristo, quem pode entender? É bem um exercício da nossa razão que subjaz
questões pressupondo que possam ser tomadas não há razão para que o autor de
todas as heresias deva à igreja? Ainda
Malebranche usou sua razão, para depois todo homem não possa ajudar usando sua
razão, até sendo ele um padre na igreja católica apostólica romana. Malebranche tinha uma grande teoria –
proveitosa como a de Jacob Boehme – de que todas as coisas foram feitas para a
igreja redimida. Esse mundo é finito e
imperfeito, mas em Jesus Cristo ele se torna perfeito, e de infinito
valor. Jesus Cristo é o começo de todos
os caminhos de Deus – o primeiro nascido entre os muitos que tiveram o sopro
divino. Deus ama o mundo apenas por
causa de Jesus Cristo. Até Deus ter tido
essa vontade, o pecado não existia no mundo e, ainda, Cristo, a eterna palavra,
deveria se unir ao universo e fez isto proveitosamente em Deus. Cristo teve um interesse no homem,
independente tanto do pecado quanto da redenção. Deus vislumbrou antecipadamente a existência
do pecado. Ele decretou dar a Jesus
Cristo um corpo para ser vítima com a qual ele iria oferecer para o necessário
de que todo padre precisaria oferecer.
Deus através do corpo do seu Filho assim como quando formado que foi
Adão, deu a todos um corpo que nós vamos sacrificar, como Cristo sacrificou seu
corpo.
Livre tradução do livro
Pantheism and Christianity de John Hunt . 1884 . Capítulo XII . Moderno
Idealismo . Malebranche
Visite o site
Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/
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