terça-feira, 28 de junho de 2011

"Rock brasileiro evoluiu, mas as bandas hoje têm que se virar"

Tony Bellotto, dos Titãs, fala de música na web

Publicada em 28/06/2011 às 08h42m
Marina Cohen (marina.cohen@oglobo.com.br)

Tony Bellotto com os membros do Conselho Jovem da Megazine. Foto de divulgação/ Mariana Vianna RIO - Todo mundo conhece o Tony Bellotto guitarrista dos Titãs. Mas o roqueiro de 50 anos também é escritor - lançou sete livros, entre eles a trilogia do detetive Bellini, que virou filme - e apresentador do "Afinando a língua", que vai ao ar às terças-feiras, no canal Futura, às 22h. O Conselho Jovem aproveitou um intervalo nas gravações do programa para bater um papo com ele. Tony falou de música na internet e deu um recado aos iniciantes: "Tem que ir além da imitação e entender quem você é".
GABRIEL GORINI: Como você embarcou na vida dupla, de músico e escritor?
TONY BELLOTTO: Quando eu tinha 13 anos, já queria ter uma banda e também ser escritor. Aí, com 18, a música me pegou e deixei o sonho de ser autor de lado. Até que, já adulto, resolvi encarar de frente esse projeto da adolescência. Depois que escrevi o primeiro livro, "Bellini e a esfinge", a escrita passou a ser uma necessidade, assim como fazer música. São duas formas de expressão que convivem bem dentro de mim. É só uma questão de organização e disciplina.
JÉSSICA LOPES: Qual dos dois te dá mais prazer?
TONY: A música. É muito bom estar no palco e ver aquela canção que você compôs dentro de um quarto fazendo a multidão vibrar. Escrever dá outro tipo de satisfação: você sente uma euforia incrível no dia em que fecha uma história, mas é uma emoção solitária.
LAURA TARDIN: O Tony Bellotto que compõe é o mesmo que escreve romances?
TONY: O ato de criação é o mesmo: você tem uma inspiração e trabalha em cima dela. Se é um riff de guitarra, um romance ou um poema, isso vai ser definido depois. Agora, os processos são diferentes: a música só está pronta quando o resto da banda adiciona suas referências.
JÉSSICA MENDONÇA: Você traz a influência da literatura para a música?
TONY: Não diretamente, mas o ato de escrever me dá uma fluência na hora de fazer a letra de uma música. É que nem quando você malha para correr uma maratona.
Tony Bellotto. Foto de divulgação/ Mariana Vianna VINÍCIUS BARROZO: Você tem um lugar aonde vai para se inspirar?
TONY: O escritório, na minha casa, onde tenho meus livros, discos, guitarras... Lá começo a compor músicas, anoto ideias, escrevo crônicas etc.; Mas, quando estou empacado, gosto de correr ou nadar.
JÉSSICA LOPES: O detetive Bellini aparece em três livros. Como você o criou?
TONY: Foi inspirado em mim mesmo (risos). Coloco nele coisas que eu gostaria de dizer, mas tenho vergonha. Até o nome, Bellini, parece com Bellotto. Quando o criei, na adolescência, colocava o personagem para encarar histórias que eu vivi ou que gostaria de ter vivido. Só depois, quando retomei a escrita, transformei-o num detetive.
ROBERTA THOMAZ: O que a proximidade com a arte pode trazer de bom para o jovem?
TONY: A arte é fundamental não só na profissão. Ela te ensina a enxergar as situações de outra forma. Lendo, ouvindo música ou assistindo a um filme você escapa do cotidiano e vive experiências diversas. Nas peças de Shakespeare, por exemplo, ele explica nuances do comportamento humano, então você passa a entender melhor seus próprios sentimentos. Arte não só ajuda a gente a relaxar, como também a encarar a vida.
GABRIEL: Qual o papel da família na sua arte?
TONY: Ela dá um sentido a minha vida. Viajo muito por conta de shows, então dou valor aos momentos do cotidiano: acordar meus filhos, levá-los à escola... Esses momentos equilibram minha cabeça, porque se eu ficasse só na estrada me bateria um desespero.
JÉSSICA LOPES: O que você escuta em casa?
TONY: Cada vez ouço coisas mais antigas, como Rolling Stones, The Clash e meu mestre, Jimmy Hendrix. Das brasileiras, tenho escutado Pitty e Móveis Coloniais de Acaju.
" A crise da indústria de CDs fez com que a maioria dos grupos tenha que arcar com o investimento inicial "

JÉSSICA MENDONÇA: Qual a diferença entre o cenário do rock atual e o de 30 anos atrás, quando você começou?
TONY: O rock brasileiro evoluiu, ficou mais profissional e também mais rico. Quando fuço na internet, vejo que as bandas estão com uma variedade enorme de influências. Por um lado, a internet ajudou a divulgar grupos de todo o país. Não é mais preciso se mudar para o Rio ou São Paulo. Por outro lado, a crise da indústria de CDs fez com que a maioria dos grupos tenha que arcar com o investimento inicial. Antes, você ganhava dinheiro para gravar o primeiro álbum com calma e podia se dedicar exclusivamente a isso. Hoje, com o esquema independente, as bandas têm que se virar.
O GLOBO: Que conselho você dá a uma banda iniciante?
TONY: Para se destacar é preciso achar seu jeito de tocar e compor. Tem muito cara por aí que faz o solo de guitarra igualzinho ao do Slash, mas o que importa é fazer um solo com a sua marca. E, para encontrar aquilo que só você tem a dizer, é preciso trabalhar. Ir além da imitação e entender quem você é e como expressar isso na música.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/mat/2011/06/27/tony-bellotto-dos-titas-fala-de-musica-na-web-rock-brasileiro-evoluiu-mas-as-bandas-hoje-tem-que-se-virar-924776712.asp#ixzz1QatHZ0Zr
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Festival Anima-São 2011

Anima-São - Festival Internacional de Animação de São Gonçalo


Em sua edição 2011, o Anima-São é o Festival de Cinema de Animação da cidade de São Gonçalo. Vários
artistas exibirão seus trabalhos nos dois dias de exibições: 17 e 18 de junho.

Em parceria com a Universo, Secretaria de Cultura e Turismo de São Gonçalo, com o Canal Futura
e patrocínio do Sistema Elite de Ensino, o Estúdio Alexandre Martins é o realizador do maior Festival da
região.

No dia 17, no Campus São Gonçalo da Universidade Salgado de Oliveira - Universo - serão
exibidos filmes inéditos e também filmes premiados em várias Sessões. Os gonçalenses terão uma sessão somente de produções da cidade, a Sessão Papagoiaba.

Nas palestras, nomes como Marão (ganhador do Festival AnimaMundi 2010), Levi Luz (da série
Dogmons) e Stil (criador dos personagens do Xou da Xuxa).

O dia será também de oficinas para que se aprenda as técnicas de Animação em papel, Pixilation e
Storyboard.

O dia 17 começará às 9 horas e as oficinas às 11 horas, com encerramento ás 17 horas.

No dia 18 será na Lona Cultural do Jardim Catarina, aonde serão exibidos filmes especiais e premiados, além de uma palestra do cartunista gonçalense Ikenga, que dará autógrafos para todos, a partir das 17 horas.

Todo o evento tem entrada franca.

twitter do Anima-São: @AnimaSaoFest

blog do Anima-São: animasaofestival.blogspot.com


Informações e contato sobre o Festival:
Estúdio Alexandre Martins - 26055250 / 27122000
contato@estudiomartins.com.br

quinta-feira, 31 de março de 2011

Forum de Cultura de São Gonçalo 2010 - 2011

A morte Veio Jantar

Na ultima terça-feira na livraria Gutenberg do shopping boulevard de são Gonçalo,foi lançado o Livro "A morte Veio Jantar",com noite de Autografo com a escritora Ana Cristina.


Escritora Ana Cristina Lima,ela é Gonçalense!Parabéns,pelo lançamento do livro "A morte Veio Jantar".


Alexandre Martins(presidente da Sal)E Ana Cristina Lima

terça-feira, 8 de março de 2011

Rafael Zulu - "sou totalmente gonça"

zulu

Entrevista no Jornal "O Dia"

Rafael Zulu,nascido em São Gonçalo.



O DIA — Como esse personagem tão peculiar chegou até você?

Rafael Zulu — Estávamos terminando de gravar ‘Caras e Bocas’ e o Jorginho (Fernando, diretor) já tinha a ideia do remake. Ele generosamente me avisou que ia rolar um personagem gay e sugeriu que era a minha cara, mas que teria que passar pela fase dos testes. Eu disse: “Mas é só isso que eu quero, ter a oportunidade de fazer o teste. Acabou que três meses antes de começar a gravar a novela, ele derrubou a seleção e me convidou.

— Mas como assim ele sugeriu que o Adriano, um assistente de moda e gay, era a sua cara?

— Não era porque o Adriano é gay, mas porque ele achava que eu ia fazer bem. Ele achou que seria interessante e contraditório ter um negão, grandão, que nem é o caso, totalmente gay e de um jeito afetado, extravagante.

— Se inspirou em alguém?

— Bom, segundo o Jorginho, o Adriano foi inspirado no crítico de moda norte-americano Andre Leon. O jeito extravagante tirei de Jorge Lafon, que é bem do meu perfil, extremamente escandaloso, bagaceiro, mas chic, como uma girafa desengonçada, mas elegante. O Clodovil também foi outro cara que pesquisei, muito fino e muito gay.


— Acha que há preconceito por ele ser negro e gay?

— O Adriano é tão bem resolvido, profissionalmente e sexualmente, que o preconceito é o que menos importa para ele. Se ele perceber algum comentário dessa natureza, ele vai olhar e dizer: “Meu Deus, de que mundo essa pessoa saiu?”

— Mas você se incomoda?

— Não tenho escutado ti-ti-ti na rua. Eu, como negro, acho ótimo juntar esses temas (homossexualidade e racismo) delicados e levar para a casa das famílias brasileiras.

— André Gonçalves chegou a ser agredido nas ruas, na época em que viveu o Sandrinho, de ‘A Próxima Vítima’, em 1995. Teve algum receio de aceitar o personagem?

— Acho que pode haver, sim, violência contra um ator nos dias de hoje. O Jackson Antunes, que fez um marido agressivo em ‘A Favorita’ e batia na personagem da Lilia Cabral, não foi agredido? Alguns amigos recomendam para eu ter cuidado na rua. Embora o Adriano esteja numa novela das sete, mais leve e divertida, algumas pessoas se envolvem com o personagem.

— Como profissional, já sentiu um olhar preconceituoso por ser negro?

— Não, nunca deixei de fazer um trabalho em função disso. Acho que está vinculado com uma boa postura. Sou como todo mundo, entro num restaurante, me sento, como e pago como todos. Não percebo esse olhar medíocre do preconceito. Sou muito bem resolvido.

— Toparia dar o primeiro beijo gay da TV brasileira?

— Certo, mas acho que não vai acontecer com o Adriano. É uma novela das sete. Mas não estou nessa profissão para brincar. Não teria problema algum em beijar um homem se estivesse no propósito do trabalho. Assim como beijar uma mulher tem que fazer sentido.


— E ensaio sensual?

— Nunca fiz, não tenho nada contra, mas uma coisa não combina com a outra. Não deixa de ser um trabalho artístico, só que não combina comigo.

— Como se vira com o assédio?

— Aumentou significativamente com a chegada do Adriano na minha vida, mas as cantadas são bem leves. Me viro bem. E acho ótimo o carinho do público, o retorno.

— Aumentou por ele ser gay?

— Acho que sim. A mulher que se interessa por um gay, quer, na verdade, provar que um dia um gay se interessou por ela, mesmo na condição dele. Ele vai sair, dormir com ela quem sabe, e voltar para o companheiro. O fato de o Adriano ser dúbio permite esse interesse nele. Ele já foi visto pegando a Thaísa (Fernanda Souza) e a Help (Beth Gofman). Tem muita gente desconfiando que ele não é gay.

— O assédio ajuda ou atrapalha nessa fase solteira?

— Terminei um namoro de três anos e meio, estou solto há cinco meses, naquela fase que quero me curtir. Não tenho a menor pretensão em encontrar alguém agora. Por hora, o assédio não tem ajudado, mas não atrapalha.

— O que mudou na sua vida com a fama?

— Nada. Moro no mesmo lugar em São Gonçalo, na mesma casa, tenho os mesmos amigos. Eu me divido um pouco em dias de gravações muito aceleradas entre Barra e São Gonçalo, mas costumo dizer que sou totalmente gonça.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Faixa de Abbey Road vira PATRIMÔNIO inglês

um exemplo para São Gonçalo...

Travessia imortalizada na capa do Abbey Road, álbum de 1969, a faixa para pedestres localizada bem em frente ao estúdio onde os Beatles gravaram algumas de suas músicas mais famosas, ganhou um título oficial. Tornou-se patrimônio histórico,

John Penrose, ministro do turismo no Reino Unido, afirmou que “a faixa não é um castelo ou uma catedral”, mas graças aos Beatles “ela também tem o direito de ser vista como parte do nosso patrimônio". O local continua sendo um dos pontos mais visitados pelos turistas.

in BRASILTURIS JORNAL - Informativo da Indústria Turística Brasileira

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

campanha de frases ateístas nos ônibus

Peritos brasileiros rechaçaram campanha de frases ateístas nos ônibus às vésperas do Natal

.- Peritos brasileiros advertiram recentemente que a “campanha dos ônibus ateus” seria desmoralizante para a fé e contrária à constituição, além de assinalar que não existe descriminação aos ateus no Brasil. A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) pretendeu lançar a iniciativa, na qual se colocaria nos veículos públicos frases como: "A fé não dá respostas. Só impede perguntas" ou "Somos todos ateus com os deuses dos outros", além de imagens ofensivas à fé em Deus. A iniciativa era parte da campanha "Diga não ao preconceito contra ateus". A propaganda não chegou a ser realizada porque as empresas de mídia acabaram desistindo alegando impedimentos da legislação.   

Segundo a informação fornecida pelo portal Canção Nova Notícias, as peças publicitárias contêm insinuações polêmicas e preconceituosas que são inconstitucionais, de acordo com o renomado jurista Ives Gandra Martins. Segundo ele, o inciso 4º do artigo 3º da Constituição – que proíbe qualquer tipo de discriminação – seria ferido por essa iniciativa que teria lugar nas cidades de Salvador, Porto Alegre e São Paulo.

"Não pode ser permitida e, se for, deve ser retirada, pois é inconstitucional. Além do mais, não busca fazer qualquer tipo de defesa do ateísmo ou agnosticismo, mas agredir abertamente os valores religiosos, desmoralizando e descaracterizando a fé como caminho de valores", afirma Granda.

De acordo com a Atea, a campanha seria "mais um passo dado pela entidade para o reconhecimento dos descrentes na sociedade como cidadãos plenos e dignos", conforme indica em seu website.

Segundo o Prof. Felipe Aquino, apresentador e blogger da Canção Nova, “a mensagem da campanha que traz Hitler como crente e Charles Chapin como ateu, e dizendo que “religião não imprime caráter”, não é verdadeira. A fé católica imprime caráter. Hitler estava a anos luz de distância de ser cristão como querem alguns. O nazismo matou cerca de 2000 padres. O ditador nazista queria assassinar o papa Pio XII. Portanto, usar Hitler como exemplo de “crente” não é coerente. Por outro lado Stalin, Lenin, e outros comunistas russos ateus condenaram cerca de cem milhões à morte. A fé católica imprime caráter, seriedade, honradez, honestidade, pureza e santidade, mesmo que nem todos os católicos dêem prova disso”.

“Por isso, e por outras coisas, nos parece vazia a argumentação da campanha. Além do mais, Deus não é um mito, e nem um “delírio” como quer o Dr. Richard Dawkins. O Natal não é um mito. Deus é uma realidade. Sem Ele não existiria o universo e cada um de nós. O ateísmo jamais poderá explicar isso. O senhor “Acaso” não existe. Tudo o que existe fora do nada é parte de um plano”, sustentou o Prof. Aquino.

Para o Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer – cidade originalmente incluída no projeto –, é sempre necessário ressaltar o respeito pelo outro, sem agressões.
"Não existe situação de discriminação e perseguição contra esse grupo na sociedade. Parece-me que se está buscando criar um problema que objetivamente não existe, importando idéias de outros lugares", disse o cardeal em declaração reunidas pelo Canção Nova Notícias.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Elaboração do Plano Municipl de Cultura

Caros trabalhadores da Cultura Gonçalense

Vimos informar que terminamos na 4ª feira passada (24/11) o nosso ciclo de Encontros Setoriais para a Elaboração do Plano Municipl de Cultura. Os encontros foram elaborados pelo Conselho em parceria com a Secretaria/FASG priorizando uma construção coletiva e abrangente. Foram 5 encontros por todos os distritos do Município que envolveram 16 setores de arte e cultura. Finalizada esta primeira etapa, faremos no dia 10 de dezembro um plenária com os universitários no mini auditório da UERJ/FFP, a partir das 17 horas. Esta plenária tem por objetivo envolver a academia nos assuntos culturais do município por entendermos ser este um ambiente de grande difusão e criação cultural.

No dia 11 finalizaremos os trabalhos com o Fórum para a Elaboração do Plano Municipal de Cutura, a partir das 8 horas na UERJ/FFP onde apresentaremos a minuta do projeto de lei que instiruirá o Sistema Municipal de Cultura que envolve Plano, Conselho e Fundo.

Esperamos com essa iniciativa, criar um novo modelo de gestão pública das políticas de cultura no município, com a participação de todos os segmentos sociais atuantes no meio cultural.

Contamos com a sua participação nesta construção.