domingo, 16 de junho de 2013

SAL Entrevista

Edson D'Car é brasileiro, nascido no Rio De janeiro e passou boa parte da vida em São Gonçalo, sua atual morada e local de trabalho. Desenhista profissional e autodidata, desenhou profissionalmente para vários jornais do país e ilustrou capas de cadernos para o mercado brasileiro e internacional. Muito criativo e com uma boa e talentosa equipe, Edson desenvolve a sua própria família de personagens, já trilhando o caminho das pedras artístico e demarcando o território no mercado de entretenimento. 

1- Obrigado pela oportunidade cedida, Edson. Onde você nasceu e onde mora atualmente?
Eu que agradeço Leo. Sou carioca, mas passei a maior parte de minha vida em São Gonçalo, Morei em Tribobó, Jardim Catarina, Itaúna e agora em Marambaia.

2- Qual sua formação, Edson?
Sou autodidata não cheguei a fazer cursos importantes ou escolas de belas artes, minha escola foram as bancas de jornais e meus professores foram Disney e Mauricio de Sousa (risos).

3- Como surgiu o gosto pelo desenho?
Sempre desenhei desde pequenininho, mas despertei mesmo em 1982. Quando dei por mim, já estava envolvido até o pescoço com o desenho.

4- Quem são os seus ídolos (autores) no desenho?
Como disse, Disney e Mauricio, mas depois vieram outros com John Buscema, Frank Miller e o maluco do  Greg Capullo (risos).

5- Como foi a sua infância? Do que mais gostava de brincar?
Nossa, eu brinquei de tudo que uma criança podia curtir na minha geração.
Carrinho de rolimã, bolinha de gude, futebol, pião enfim tudo, mesmo.

6- Quem eram os seus personagens e heróis preferidos?
Heróis...os de sempre, Homem Aranha, Super Homem e outros.

7- Qual fábula infantil mais se identifica?
Rapaz isso é difícil, existem muitas fábulas boas, eu curti várias. Cada uma tem sua magia especial.

8- Fale um pouco pra gente sobre o Chiclete e também sobre os coadjuvantes Dudu, Belinha, Beto Marreco e Peteca.
Faltou Jorjão e JJ (risos). Bem, o Chiclete na verdade é um boneco de pelúcia que ganha vida quando está com Dudu, ele tem um mistério nisso tudo. Todos os seus amigos chegaram até o Dudu de uma forma especial e todos menos Jorjão são bonecos. Cada personagem tem uma característica diferente que representa uma criança. Temos hiperativo, o atrapalhado, a bonitinha, aquele que não aceita o que é. Claro que Jorjão mostra aquele garoto valentão que tem em toda escola. O universo do Chiclete é muito grande, somente lendo sua origem é que dá pra descobrir.

9- Edson, você teve um cão parecido com o Chiclete? Qual o seu personagem cão preferido?
Não tive, foi inspiração mesmo. Gosto muito do Snoopy.

10- Emerson, Em que se inspirou para compor o visual do Chiclete? Por que o nome? Há algo no Chiclete ou no Dudu em que você se identifica?
O Chiclete já existia a anos eu só não tinha percebido isso antes. O nome dele seria Filé, mas na hora de escrever eu escrevi Chiclete, aí grudou. (risos)
Todos os personagens têm um pouco de mim, o Dudu é sonhador e criativo e o Chiclete um amigo incrível.

11- Acompanhando o primeiro livro infantil, vemos que ele tinha um traço diferente. Qual o motivo da notável mudança no visual do personagem?
Boa observação. Embora o primeiro livrinho dele tenha caído no gosto da criançada, eu resolvi trabalhar um universo mais comercial sem perder o foco principal que é o carisma da personagem. Coloquei ele mais jovem porque futuramente tenho planos com ele, é um fase que em breve acontecerá e todos entenderão.


12- O que você acha do quadrinho nacional? Há algum novo projeto para inserção dos seus personagens nesse mercado?
Quadrinho nacional, hoje se resume em Mauricio de Sousa. Por que falo isso? Infelizmente as editoras já não acreditam que possa ter um novo personagem nacional capaz de ficar ao lado da turma da Mônica. Isso vem prejudicando muitos artistas. Já me falaram em colocar pra vender revistas online, mas eu não acredito nisso ainda pois uma criança não vai comprar como faz nas bancas, ela tem que usar cartão e os país ganham chance de fugir dessa compra, nas bancas não (risos). Sobre projeto de lançar o Chiclete, eu tenho muita, mas ainda não defini isso.


13- O que você acha do mercado de animação no Brasil? Há projeto para o seu cãozinho Chiclete animado?
O mercado está aquecendo e melhorando muito, acredito que dará certo. Tenho um projeto completo pro Chiclete, mas esbarramos sempre na burocracia de sempre. Estou aguardando pra descobrir o caminho. Também tem uma coisa nisso, existem pessoas que sabem fazer animação, mas quando você tenta uma parceria e formar uma equipe todos só querem cobrar o mesmo que produtoras grandes e acabam ficando mesmo em “freelas” (free lancers). Não existe um objetivo de se formar uma equipe em algo que renda frutos, hoje a animação tem espaço é só produzir., vamos parar de estrelismo gente.

14- Você pretende ver seus personagens em produtos licenciados, assim como a Disney e Turma da Mônica?
Isso é sonho de todo artista.

15- Edson, Você tem algum ritual para se inspirar? Segue alguma disciplina para cumprir seus projetos pessoais artísticos?
Sim, tento dormir bem e sempre achar soluções pros problemas.


16- Você já teve algum momento de "vazio"? Como faz para superar?
Noooooossa! Muitos. É terrível isso. Paro tudo e vou ver televisão até voltar. (risos)

17- Há alguma novidade que possa compartilhar sobre o Chiclete?
Novas tiras estarão no ar em breve.

18- Edson, qual conselho você daria para um ilustrador que pretende seguir na mesma carreira artística?
COOOOOOORRAAAAAAAAAA (risos)!  Brincadeira; disciplina, coragem e nunca espere retorno financeiro alto tão rápido. 

Quer conhecer mais sobre o trabalho artístico de Edson D'Car? Entre em contato com ele:

edsondcar@yahoo.com.br

Facebook: Chiclete DCar




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Salão Gonçalense de Desenho

Tema: Centenário do Prefeito Joaquim Lavoura

Regulamento

DA DENOMINAÇÃO E OBJETIVO
  1. O Salão Gonçalense de Desenho é uma mostra competitiva que visa marcar o espaço da região do Recôncavo da Guanabara , especialmente a cidade de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro, nas artes gráficas.
  2. Os concorrentes poderão apresentar obras nas categorias:
    1. charge;
    2. caricatura;
    3. tiras de quadrinhos ;
    4. cartum.
DO TEMA
  1. O Salão Gonçalense de Desenho tem como tema “Centenário do Prefeito Joaquim Lavoura”.
  2. O objetivo é promover, através de concurso, a reflexão sobre a vida, pessoa e obra do Prefeito Joaquim de Almeida Lavoura, prefeito da cidade de São Gonçalo por três mandatos.
DA ORGANIZAÇÃO
  1. O Salão Gonçalense de Desenho é organizado pela Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL).
  2. O Salão tem apoio da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade de São Gonçalo.
DOS PARTICIPANTES
  1. O Salão Gonçalense de Desenho é aberto aos artistas gráficos em geral, amadores ou profissionais, de nacionalidade brasileira ou estrangeira.
  2. Cada concorrente poderá enviar 1 (hum) trabalho em cada categoria.
    1. obras com mais de um autor receberão um único prêmio.
    2. é possível participação em outra obra coletiva em outra categoria.
  3. Após a inscrição, o candidato está ciente que é o único responsável pela veracidade dos dados e autoria das obras apresentados, respondendo cível e criminalmente caso seja comprovado, durante ou após o concurso, a falsidade dos dados ou de autoria das obras enviadas.
  4. Excluem-se de participação no concurso as pessoas diretamente ligadas à organização, produção e divulgação do Salão Gonçalense de Desenho.
DA INSCRIÇÃO
  1. As inscrições são gratuitas.
  2. Formulários para inscrição serão disponibilizados no sítio www.sociedadesal.org e na Secretaria de Turismo e Cultura de São Gonçalo.
    1. A inscrição poderá ser efetuada exclusivamente via sítio www.sociedadesal.org.
  3. O participante deverá preencher uma ficha de inscrição para cada obra.
  4. A organização não se responsabiliza por inscrição ou obras não recebidas por motivo de ordem técnica de computadores, congestionamento, falhas de comunicação, bem como qualquer outro fator que impossibilite o sucesso do envio.
  5. A inscrição implicará na aceitação deste regulamento, em todos os seus termos, incluindo o acatamento do resultado final do concurso e os itens referentes à destinação e uso dobras aceitas
  6. A lista completa dos aceitos será divulgada no sítio www.sociedadesal.org e na Secretaria de Cultura e Turismo de São Gonçalo
DO ENVIO
  1. Há duas formas de envio das obras para aceitação, juntamente com a ficha de inscrição:
    1. Pela Rede – usando o email contato@sociedadesal.org com o assunto “SGD-2013”
      1. Para melhor identificação das obras, solicita-se que o nome do arquivo deve ser o mesmo do nome do trabalho.
      2. Os formatos de envio dos desenhos são JPG, GIF e/ou PDF, devendo os arquivos ter, no máximo, 10 MB.
    2. Pelo Correio – As obras deverão ser enviadas em envelope endereçado a:
Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo
(Salão Gonçalense de Desenho 2013)
Rua Nilo Peçanha, 110/1102 – São Gonçalo, RJ, Brazil – 24445-360
DO PRAZO
  1. As inscrições e recepção das obras para o Salão Gonçalense de Desenho deverão ser feitas entre 13 de junho a 31 de Julho de 2013.
DOS DIREITOS E DEVERES
  1. Todos as obras inscritos no Salão Gonçalense de Desenho, premiados ou não, farão parte do Acervo da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo que exercerá, de forma irrestrita e exclusiva, o direito de propriedade, para utilização conforme o seu interesse, o que não acarretará, em nenhuma hipótese, indenização de qualquer natureza aos autores.
  2. Todos os classificados para o Salão terão direito a Certificado de Participação emitido pela SAL.
  3. A escolha das obras a serem utilizadas em veículos de propaganda serão de escolha da organização do Salão.
  4. Os premiados terão direito a comparecimento ao Salão, em evento especial e local adequado à Exposição, durante a vernissage.
  5. As obras premiadas deverão ser enviadas pessoalmente ou por emissário à SAL obedecendo o disposto no Capítulo 11 deste Regulamento
DO JÚRI
  1. O júri será formado por um número igual de membros, indicados pela Diretoria da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo.
DA SELEÇÃO
  1. Para seleção e premiação das obras serão obedecidos critérios de criatividade, originalidade e pertinência ao tema proposto, em avaliação que caberá ao Júri, cujas decisões deverão ser aceitas pelos participantes, sem possibilidade de impugnação.
  1. as obras enviadas passarão por duas etapas:
      1. Aceitação
      2. Premiação
DA EXPOSIÇÂO
  1. As obras selecionadas para o Salão Gonçalense de Desenho deverão ter moldura com gancho de suspensão a ser utilizada na exposição.
    1. É de iniciativa do autor a colocação da sua obra em moldura adequada, a saber: moldura branca com paspatu branco, usando algum material transparente incolor para proteção da obra (vidro, acetato, etc);
    2. As obras que não receberem moldura não poderão participar da Exposição, perdendo sua classificação;
    3. As obras que perderem a classificação pelos motivos acima darão vez a obras com menos pontos.
  1. A organização do Salão não se responsabiliza por danos ocorridos do manuseio ou transporte das obras.
  2. A exposição será montada pela equipe da Secretaria de Cultura de São Gonçalo
  3. A SAL não faz seguro de obras.

DOS PRÊMIOS
  1. O Prêmio Geral será a inclusão na lista de até 20 (vinte) obras que serão expostas ao público em evento especial.
    1. O Primeiro, Segundo e Terceiro Colocados receberão um troféu especial do evento, marcando sua colocação;
    2. Todos os escolhidos para a Exposição receberão certificados especiais com chancela da SAL.
  2. A premiação será decidida pelo cálculo de médias das notas atribuídas pelos membros do júri.
DO CRONOGRAMA
  1. Inscrição e envio: 12 de junho a 31 de julho.
  2. Classificação para o Salão: 20 de agosto
  3. Adaptação para a Exposição (colocação de molduras): 20 a 28 de agosto
  4. Premiação: 21 de setembro
  5. Exposição: Setembro e Outubro
DOS CASOS OMISSOS
  1. Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela entidade organizadora, sendo as suas decisões soberanas, irrecorríveis e irrevogáveis.


Diretoria da SAL
São Gonçalo, Quinta-feira, 13 de Junho de 2013





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Salão Gonçalense de Desenho

Ficha de Inscrição



Nome completo:….......................................... .................................................................................................................................................
Nome artístico:
................................................................................................................................................

Título da Obra: ….....................................................................................................................
Endereço:
............................................................................................................................................................
Telefones: casa........................................comercial...........................................celular........................
endereço eletrônico (e-mail) :
.....................................................................................................................................................
Nacionalidade:................................................Naturalidade:............................................................
Nascimento:................................................estado civil:........................................................
graduação: ........................................................................................................................................
profissão: ...........................................................................................................................................
obs:....................................................................................................................................................
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Gonçalense ? [  ] sim [   ] não

Participa de alguma sociedade cultural, social, religiosa, etc. ? Qual (ou quais) ?

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.............................................................................................................................................................
[   ]  declaro que li e aceito o Regulamento do Salão Gonçalense de Desenho 2013:


....................................................................................................
assinatura
Data:................................................

terça-feira, 11 de junho de 2013

SAL Entrevista

Alexandre Martins, é brasileiro, nascido em São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro.
Graduado pela Escola de Belas Artes da UFRJ, é, desde 1992, proprietário do Estúdio Alexandre Martins, produzindo desenhos-animados para o Brasil e Exterior.
Animador, escritor, designer, especialista em Arte Sacra, programador visual, consultor de Leis de Incentivo, webdesigner (Joomla), cineclubista e quadrinista.
Membro da ASIFA – Associação Internacional de Cineastas de Animação.
Fundador e presidente da SAL – Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo.
1- Obrigado pela oportunidade cedida, Alexandre. Onde você nasceu e onde mora atualmente?
Agradeço a você, Leo, a oportunidade de mostrar um pouco de minha vida para nossos amigos e fãs de nosso trabalho. Nasci e ainda moro na mesma casa, em São Gonçalo, RJ. Sou "gonçalense da gema"!

2- Qual sua formação, Alexandre?
Leo, sou bacharel em Artes pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Meu curso, de Gravura, foi criado por decreto do Rei D. João VI no século XIX. É o mais antigo curso de Nível Superior do Brasil, junto com Pintura e Escultura. Além disso, tenho alguns Cursos de Extensão Acadêmica e participei de vários outros para aprimorar e atualizar minha formação. Fui ainda frequentador das aulas de Mestrado em Artes Visuais na minha Escola.

3- Como surgiu o gosto pelo desenho?
Quando nasci (risos). Minha mãe dizia que eu já rabiscava as paredes de casa quando usava fraldas! Só sei que era o melhor da minha turma nas aulas de desenho artístico na escola, aos 4 anos de idade...

4- Quem são os seus ídolos (autores) no desenho?
Ih! São vários! Mas posso elencar alguns, como Frank Frazetta, Alphonse Mucha, John Buscema, Moebius... Nos quadrinhos há Carl Barks que desenhou o Pato Donald por vários anos (os Anos de Ouro), sou fã de carteirinha do Super-Pato...

5- Como foi a sua infância? Do que mais gostava de brincar?
Desenho, claro! Não era uma criança reclusa, mas preferia desenhar a tarde toda a jogar bola todo o dia (a mesa de mármore ficava manchada de tinta). Além disso, o conteúdo da televisão da época era muito melhor do que temos hoje e os filmes eram muitas vezes inspiração para meus personagens e suas histórias. 

6- Quem eram os seus personagens e heróis preferidos?
O Topo Gigio (famoso nos anos 1960 e 1970) o Super-Pato (alter-ego do Pato Donald), as séries animadas de Herculóides, Johnny Quest, Space Ghost... Havia os seriados de ficção científica "Espaço 1999" (que revi atualmente) e os programas do Capitão Aza, bem como o programa Clube do Mickey (uma das poucas vezes que viamos os desenhos clássicos da Disney no Brasil). Até hoje sou fã do Pelezinho, do Maurício de Souza...

7- Qual fábula infantil mais se identifica?
Para quem, como eu, leu toda a obra do "Sítio do Picapau Amarelo" de Monteiro Lobato, essa é uma pergunta difícil. Monteiro Lobato me mostrou um Brasil sertanejo bem de acordo com minha infância em São Gonçalo. A identificação foi imediata. Não sei para as crianças que moram em apartamentos, mas para minha infância Lobato falava a nossa língua. Quando foi transmitida a série pela televisão nos anos 1970 foi ótimo para todos nós. A partir de Lobato comecei a ler toda a literatura fantástica brasileira, os contos, lendas, mitos, etc. Sugiro isso para todos: deixem as telas e procurem os livros.

8- Fale um pouco pra gente sobre o Samuca e também sobre os coadjuvantes Samuela, Saíra, Guiga e professor Tibaldo.
Mas não é Samuela, é Samira! (risos) É a amiga-namorada-vizinha do Samuca. Eles vivem em Brejo Alegre e são praticamente vizinhos de todos. As semelhanças entre os dois são tantas que dizem que parecem irmãos. O Saíra é um pássaro brasileiro, com vocação de esportista-marombador-radical. Esporte é com ele. O Guiga é um gorila tranquilão, pacato, que se torna bom amigo quando precisamos de uma força. o Professor Tibaldo é outro pássaro (um "papa-mosca real") que é formado em várias áreas do conhecimento. Dizem que ele coleciona diplomas. Mas é o cérebro da cidade. Vocação nata para o ensino e pedagogia.

9- Alexandre, você já teve alguma experiência pessoal com sapos? Em quem se inspirou? Qual o seu personagem sapo preferido?
O Samuca foi inspirado não num sapo real mas num sapo de pano e areia. Ninguém sabia disso até agora, mas era um sapinho que eu tinha quando criança que seria utilizado como peso-de-papel mas se tornou meu mascote. Os personagens-sapos que gosto são os da antiga série animada "Cobra Azul" dos Estúdios Depatie-Freleng. O Sapo Kako do antigo programa "Vila Sésamo" ("Sesame Street", nos EUA) era muito legal também. Dos sapos atuais prefiro o Samuca! (risos)

10- Por que o nome Samuel/Samuca? Há alguma característica nele em que você se identifica?
Inicialmente chamava-se Samuel, mas por sugestão de Dona Lourdes (fundadora da Intercontinental Press - representante do Garfield e do Snoopy no Brasil) ficou Samuca. Até ficou melhor, pois muitos perguntavam se ele era judeu, pelo nome. Sabe, gosto do seu tino por aventura: ele topa tudo, não tem medo de nada. Não quer dizer que não se dê mal, mas ele "dá a volta por cima" e acho isso uma lição para todos.

11- Mesmo existindo outros personagens sapos (Caco/Kermit [Muppets, de Jim Henson], Froggy (games), Naveen (A Princesa e o Sapo [Disney]), Sapo Xulé [Tec Toy], além dos casais sapos de pelúcia, também muito carismáticos, você acha que sempre vai existir repulsa aos sapos pelas mulheres?
Acho que as mulheres hoje em dia nem sabem o que é um sapo! (risos) Vejo a sociedade de hoje muito urbana. Se entrar um sapo em uma casa, acho que elas colocam num vidro e tentam admirá-lo, pois não veem natureza por perto...(risos) Mas nada disso: a arte é fazer de um animal um bichinho fofo que possamos te-lo como mascote, como amigo. É fantasia.

12- O que você acha do quadrinho nacional?
Vejo o pessoal de minha idade um tanto atônito com as novas tecnologias (nem tão novas assim, pois nem se usam mais disquetes) e ainda procurando um local entre o clássico, o papel-e-lápis e as "nuvens de informação e dados". Quanto aos novos desenhistas nada sabem do clássico e querem fazer uma pichação na Internet. É como os pichadores que sujam os muros porque não sabem grafitar mas querem fazer presença. Se os jovens aprendessem as técnicas clássicas do desenho e fizessem divulgação na "nuvem" seria ótimo para todos. Mas há grandes desenhistas que entenderam isso, "coroas" e "guris", que fazem do quadrinho nacional uma arte mundial.

13- As tiras do Samuca são publicadas e divulgadas virtualmente e ele também já estrelou algumas de suas produções autorais. Há algum novo projeto para inserção dos seus personagens no mercado de quadrinhos?
Pensamos em livros ilustrados com histórias do Samuca para deleite dos seus fãs. Já houve pedidos nesse sentido. Dependendo da história será ou uma história com ilustrações ou quadrinhos mesmo. Este ano ainda teremos novidades do Sapo.

14- Alexandre, sabemos que você também é animador. Quantos curtas metragens autorais já produziu? Quais os que mais gostou de participar?
Ih, deixei de contar! Mas nossos fãs merecem uma retrospectiva. Está em nossos planos para breve um DVD com a produção do Estúdio Martins nestes últimos anos. Gostei muito de um trabalho que fizemos para uma campanha do Canal Futura (canal 18, UHF, são Gonçalo e região) que se entitulava "São Gonçalo Pra Frente". Consistia de animações de curta duração dando lições de cidadania tendo ao fundo cenários de nossa cidade. Foi a primeira produção audiovisual da região a usar cenários gonçalenses. Foi bem divertido.

15- Você faz alguma pesquisa para compor os movimentos e trejeitos de seus personagens?
Leo, o verdadeiro artista é na verdade um grande observador. Os atores observam o mundo e as pessoas a sua volta e guardam em suas memórias. Daí para fazer uma caracterização de personagem é um pulo. O animador é o mesmo: em todo seu personagem tem algo que ele viu ou vivenciou em sua vida cotidiana. Não precisa fazer pesquisa: a nossa vida já é um grande referencial. Quem não viu alguém correndo atrasado para o ônibus e pensou que fosse uma gazela? (risos)

16- O que você acha do mercado de animação no Brasil? Você pensa em uma série animada para o Samuca?
O mercado brasileiro é imenso. É do tamanho de nosso Brasil: continental. Com a transmissão via rede, mais e mais pessoas buscam conteúdo. Hoje temos uma grande falta de conteúdo. Mas conteúdo "com conteúdo", perdoe-me a redundância. Sei de muitos humoristas que "fugiram" para a Internet pois não tinham espaço nas redes de TV. Há canais populares no Youtube de humoristas brasileiros que tem mais visualizações que muitos programas da televisão, aberta ou fechada. E tudo ao alcance até de celulares. O problema está na falta de mão-de-obra qualificada. Imagine isso: antigamente o problema era falta de dinheiro e excesso de profissionais e e hoje em dia há dinheiro mas falta gente. Um paradoxo. O Samuca por enquanto tem somente filmes autorais, mas a diversidade de canais de mídia em locais de visualização como o Youtube, Vimeo e outros facilita a produção de pequenos esquetes. Assinem o canal do Estúdio no Youtube e fiquem antenados!

17- Você pretende ver seus personagens em produtos licenciados, assim como a Disney e Turma da Mônica?
Licenciar seu personagem é o sonho de todo animador ou desenhista desde que Walt Disney fez Mickeys de pelúcia nos anos 1930. Maurício de Souza construiu seu império a partir do licenciamento do elefante Jotalhão para uma massa de tomate. Nossos personagens estão disponíveis para um licenciamento. Nada há de mal nisso. A arte é feita para embelezar ainda mais o Mundo.

18- Você tem algum ritual para se inspirar? Segue alguma disciplina para cumprir seus projetos pessoais artísticos?
Minha inspiração vem até dormindo! (risos) Faz-me falta um caderno de desenho ao lado todo o tempo. Anoto tudo e desenho tudo que posso e penso. Já levei para casa toalhas de papel de restaurante com desenhos de idéias minhas que fiz enquanto jantava. A minha disciplina é a máxima "nem um dia sem uma linha", frase do escritor romano Plínio, que por sua vez dizia que era a disciplina do pintor Apeles.

19- Você já teve algum momento de "vazio"? Como faz para superar?
Já, sim. Foi nos primeiros tempos do Estúdio. Nenhuma idéia vinha! Nada mesmo! Superei com a ajuda de Deus mesmo. Foi uma graça divina: de repente voltei a desenhar qualquer coisa, as imagens vinham, as idéias começaram a brotar de todo o lado e continua até hoje, graças a Deus.

20- Há alguma novidade que possa compartilhar sobre o Samuca?
Uai! Já falei tantas! (risos) mas recomendo que acompanhem nosso Twitter, nossas páginas (no Facebook e nossa oficial) e assinem nosso boletim, o "Casa de Sapo". Assim não tem como não estar atento à novidades...

21- Alexandre, você também é professor de desenho e também já discipulou muitos animadores em suas produções animadas. Qual conselho você daria para um ilustrador que pretende seguir na mesma carreira artística?
Humildade e trabalho. Humildade para saber que sempre há os que sabem mais do que ele e outros que tem mais experiência. Devemos sempre aprender, mesmo com os erros dos outros. Humildade significa saber quem somos e qual nosso lugar no mundo. Trabalho porque, segundo o inventor Tomas Edison, "um gênio se faz com 1% de inspiração e 99% de transpiração". Obrigado, Leo, pela oportunidade de falar com todos os amantes do desenho e da arte. O Sapo Samuca manda um abraço!



Quer conhecer mais sobre o trabalho artístico de Alexandre Martins? Entre em contato com ele:



Facebook: Estúdio Alexandre Martins


                                                                                                                        Entrevista por Leo Vieira

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a leitura e a escrita''

Para a educadora argentina, nas sociedades em que se valoriza a interação entre as pessoas e a cultura escrita, o processo de alfabetização é mais eficiente

Paola Gentile

ANA TEBEROSKY
ANA TEBEROSKY
Foto: Gustavo Lourenção

Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização. A Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emilia Ferreiro no final dos anos 1970, trouxe novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever. A pesquisa tirou a alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou para a psicologia. "Mostramos que a aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita", afirma. Para ela, os recursos tecnológicos da informática estão proporcionando novos aprendizados para quem inicia a escolarização, mas as práticas sociais, cada vez mais individualistas, não ajudam a formar uma comunidade alfabetizadora.

Doutora em psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas públicas. Em setembro, quando esteve no Brasil para participar do Congresso Saber 2005, ela deu a seguinte entrevista à ESCOLA.


De quem é a culpa quando uma criança não é alfabetizada?
Ana Teberosky
- A responsabilidade é de todo o sistema, não apenas do professor. Quando a escola acredita que a alfabetização se dá em etapas e primeiro ensina as letras e os sons e mais tarde induz à compreensão do texto, faz o processo errado. Se há separação entre ler e dar sentido, fica difícil depois para juntar os dois.

Como deve agir o professor especialista ao deparar com estudantes de 5ª a 8ª série não alfabetizados?
Ana Teberosky
- Todo educador precisa saber os motivos pelos quais a alfabetização não ocorre. Sou contra usar rótulos como alfabetizado e não-alfabetizado, leitor e não-leitor. Quando se trata de conhecimento, não existe o "tudo ou nada". Uma criança que tenha acabado as quatro primeiras séries, apesar de dominar os códigos da língua, pode ter dificuldade em compreender um texto e não estar habituada a estudar. Algumas apresentam resistência a tudo o que se refere à escola por motivos vários. Outras têm mesmo dificuldades e, por não saber superá-las ou não contar com alguém para ajudar, evitam contato com textos. Cada caso exige atenção e tratamento diferentes. A atitude positiva do professor tem impacto na alfabetização da turma?
Ana Teberosky - Acreditar que o aluno pode aprender é a melhor atitude de um professor para chegar a um resultado positivo em termos de alfabetização. A grande vantagem de trabalhar com os pequenos é ter a evolução natural a seu favor. Se não existe patologia, maus-tratos familiares ou algo parecido, eles são máquinas de aprender: processam rapidamente as informações, têm boa memória, estão sempre dispostos a receber novidades e se empolgam com elas. Um professor que não acha que o estudante seja capaz de aprender é semelhante a um pai que não compra uma bicicleta para o filho porque esse não sabe pedalar. Sem a bicicleta, vai ser mais difícil aprender!

Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. O que a senhora pensa disso?
Ana Teberosky - Para afirmar se a culpa é ou não de determinada maneira de ensinar, seria necessário ter um estudo aprofundado das práticas pedagógicas dos alfabetizadores em todo o país. Uma coisa é o que eles declaram fazer, outra é o que eles executam de fato. Quem afirma que uma forma de alfabetizar é melhor que a outra está apenas dando sua opinião pessoal já que não existe nenhuma pesquisa nessa linha. A dificuldade em alfabetizar no Brasil é histórica e já existia mesmo quando o método fônico estava na moda.

O bom desempenho de alguns países nas avaliações internacionais pode ser atribuído à utilização do método fônico?
Ana Teberosky
- Não dá para comparar um país com outro, porque não é somente a maneira de ensinar que muda. Outros fatores aliás, importantíssimos influenciam no processo de aquisição da escrita, como as características de cada idioma. É muito mais fácil alfabetizar em uma língua em que há correspondência entre o sistema gráfico e o sonoro ou naquelas em que as construções sintáticas são simples, por exemplo.

O método fônico e a psicogênese da língua escrita são incompatíveis?
Ana Teberosky - A psicogênese não é método, e sim uma teoria que explica o processo de aprendizagem da língua escrita. Nesse contexto, defendemos a integração de várias práticas pedagógicas. Mas o importante é que se leve em conta, além do código específico da escrita, a cultura e o ambiente letrados em que a criança se encontra antes e durante a alfabetização. Não dá para ela adquirir primeiro o código da língua e depois partir para a compreensão de variados textos. Nós acreditamos que ambos têm de ocorrer ao mesmo tempo, e aí está o diferencial da nossa proposta.

Como o processo de alfabetização deve ser avaliado?
Ana Teberosky - O professor deve se basear no momento inicial de aprendizagem de cada aluno, verificando o que ele conquistou em determinado período. Além do mais, a avaliação passa pela análise do próprio trabalho: o professor tem condições materiais e estruturais para ensinar? Ele criou um ambiente alfabetizador favorável à aprendizagem e necessidades de usar a língua escrita?

O que é um ambiente alfabetizador?
Ana Teberosky - É aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em papel , um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo momento esses escritos, que faz circular as idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora.

Nós vivemos em uma comunidade alfabetizadora?
Ana Teberosky
- Cada vez menos a sociedade auxilia a alfabetização por não promover situações públicas em que seja possível a circulação de escritos, debates, discussões e reuniões em que todos sintam necessidade e vontade de usar a palavra. O individualismo vai contra a formação de leitores e escritores. Há uma tese brasileira que mostra como os sindicatos, durante sua história, desenvolveram uma cultura alfabetizadora entre seus membros. Como os líderes tinham de convencer os filiados sobre determinadas teses, buscavam informações para embasar seus argumentos, levantavam questões e respondiam às apresentadas. Os sindicalizados, por seu lado, também precisavam ler documentos, participar de reuniões, colocar suas dúvidas e opiniões para decidir.

Quais atividades o professor alfabetizador deve realizar?
Ana Teberosky - Formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e ler para elas são estratégias fundamentais! É preciso compartilhar com a turma as características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as dúvidas. Se nos 200 dias letivos o professor das primeiras séries trabalhar um livro por semana, a classe terá tido contato com 35 ou 40 obras ao final de um ano.

É correto o professor escrever para os alunos quando eles ainda não estão alfabetizados?
Ana Teberosky - Sim. A atuação do escriba é um ponto bastante importante no processo de alfabetização. O estudante que dita para o professor já ouviu ou leu o texto, memorizou as principais informações que ele contém e com isso consegue elaborar uma linha de raciocínio. Ao ver o que disse escrito no quadro-negro, ele diferencia a linguagem escrita da falada, seleciona as melhores palavras e expressões, percebe a organização da escrita em linhas, a separação das palavras, o uso de outros símbolos, como os de pontuação. A criança vê o seu texto se concretizar.

O computador pode ajudar na alfabetização?
Ana Teberosky - O micro permite aprendizados interessantes. No teclado, por exemplo, estão todas as letras e símbolos que a língua oferece. Quando se ensina letra por letra, a criança acha que o alfabeto é infinito, porque aprende uma de cada vez. Com o teclado, ela tem noção de que as letras são poucas e finitas. Nas teclas elas são maiúsculas e, no monitor, minúsculas, o que obriga a realização de uma correspondência. Além disso, quando está no computador o estudante escreve com as duas mãos. Os recursos tecnológicos, no entanto, não substituem o texto manuscrito durante o processo de alfabetização, mas com certeza o complementam. Aqueles que acessam a internet lêem instruções ou notícias, escrevem e-mails e usam os mecanismos de busca. Ainda não sabemos quais serão as conseqüências cognitivas do uso do computador, mas com certeza ele exige muito da escrita e da leitura.

É possível alfabetizar em classes numerosas?
Ana Teberosky - Depende da quantidade de alunos. Em quatro horas de aula por dia com 40 crianças, é muito difícil e eu não saberia como fazer... Seria melhor se cada sala tivesse 20, 25. Em Barcelona, estamos experimentando os agrupamentos flexíveis, que misturam grupos de diferentes níveis, com 12 estudantes e com três ou quatro professores à disposição para orientação. Existem algumas possibilidades desde que haja contribuição da gestão pública.


Quer saber mais?
Contatos
Contextos de Alfabetização Inicial, Ana Teberosky e Marta Soler Gallart (orgs.), 175 págs., Ed. Artmed, tel. 0800 703-3444, 34 reais
Psicogênese da Língua Escrita, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, 300 págs., Ed. Artmed, 46 reais
Psicopedagogia da Língua Escrita, Ana Teberosky, 151 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 24,40 reais


fonte:Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a leitura e a escrita'' | Língua Portuguesa | Nova Escola

sábado, 8 de junho de 2013

Personagens de Quadrinhos Gonçalenses

      São Gonçalo, além de sua literatura e seus escritores, também tem o seu reconhecimento através de seus personagens infantis e seus ilustradores.
      Edson D'Car é ilustrador e desenhista e junto com uma equipe própria, desenvolve tiras de quadrinhos do cãozinho Chiclete, um cão de pelúcia falante e muito esperto que ganha vida e interage com seu amigo Dudu sempre que os dois estão a sós. Chiclete também tem outros amiguinhos, como o coelho Peteca, a cadela Belinha, Beto Marreco e outros personagens que moram dentro de um livro mágico. Os personagens têm foco didático e já ilustraram até uma campanha virtual contra o mosquito da dengue.
      No mesmo segmento virtual também está Emerson Lopes, que além de desenhista, também é animador. Emerson é autor de Alfredo, um vampiro atrapalhado e muito galanteador, sempre cortejando alguma donzela. Mas mesmo com suas tentativas frustradas, nunca perde a pose e o otimismo. Alfredo tem como amigos e companheiros de balada o descolado Bro e a amável Joana. Suas tiras são desenhadas em alta qualidade e publicadas semanalmente pelo blog próprio do autor e pelas redes sociais.
      Também pela longa e paciente caminhada artística, o veterano desenhista e animador Alexandre Martins, há mais de três décadas desenha e publica as tiras do sapo Samuca, que também é astro em curtas-metragens, também produzidas pelo artista. Samuca é um sapo adulto com sua família (a namorada Samuela e um par de sobrinhos) e vários amigos, como o gorila Guiga, a ave Saíra, o professor Tibaldo, e muitos outros. Suas tiras são baseadas no cotidiano dos personagens e em suas profissões.
      Pesquisem e prestigiem nossos conterrâneos. Acompanhamos ilustrações, quadrinhos e desenhos animados. Em breve, podemos até ter a oportunidade de adquirir gibis impressos e brinquedos. Vamos apoiá-los!  
 

Leo Vieira é secretário da SAL e autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em 30 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.

terça-feira, 4 de junho de 2013

ANALISANDO O ORÇAMENTO DE EDITORAS E GRÁFICAS

Você terminou de escrever, revisar e registrar sua obra na Biblioteca Nacional e agora está pesquisando o orçamento nas editoras por demanda. Muitas responderão prontamente, oferecendo um bom serviço de diagramação, capa, ISBN, código de barras, ficha catalográfica, exposição e venda no site, porém, quando for pesquisar o orçamento, nunca deixe de comparar quanto ficará o valor do preço de custo do livro para você e para a editora. Existem editoras por demanda que oferecem um ótimo preço para produção, porém um livro com menos de 100 páginas fica à venda por  R$ 30,00. O barato acabou saindo caro para você e o leitor.
Uma boa dica é já se programar sobre o valor médio de um serviço gráfico: cada página 14x21 (papel Pólen Bold 90 gramas) impressa custa no máximo R$0,7 (sete centavos) e a capa com contracapa  (papel cartão supremo 250 gr/m2, plastificada) com orelhas e envernizada fica em torno de, no máximo, R$ 3 (três reais). O valor cai quando o lote vai aumentando a cada cento de exemplares.

Vamos desenhar os dois tipos de serviços: Se você já revisou, diagramou e fez arte da capa (com orelhas) da sua obra (de 100 páginas) e levar para uma gráfica, já organizado em PDF, 100 exemplares ficarão em torno de R$ 900 a R$ 1 mil (já incluindo o serviço de ISBN, ficha catalográfica e código de barras, que as gráficas também podem fazer para o cliente). Se você vender cada livro por R$20 (o que seria um valor justo para você e o leitor), a metade do lote já devolverá o seu investimento. O resto é lucro, ou capital de giro para os seus próximos lotes e lançamentos.

Agora, através de uma editora dessas, 50 livros (de 100 páginas) vendidos por um valor acima da média (R$ 30), lhe dará um retorno de apenas R$ 150 (elas pagam 10% de royalties).
A maior frustração comercial de um escritor é tentar explorar um mercado sem ter a mínima noção do que se está fazendo. Quanto mais ele terceirizar, mais caro o serviço ficará para todos.
A dica é: aprenda a fazer o que as editoras querem que você acredite que não pode e nem saberá aprender.
Você é melhor do que imagina ser.


Leo Vieira é autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em 30 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.

Um Gonçalense em Harvard


 
Uma das instituições mais importantes do mundo, a Universidade de Harvard (EUA) admite número recorde de brasileiros para os cursos de graduação no mesmo ano.

Seis estudantes de diferentes partes do país foram aceitos para as turmas que iniciam as aulas em agosto deste ano e terminam em 2017.
 
Entre os que receberam a notícia da admissão recentemente estão: Larissa Maranhão, de 18 anos, de Maceió (AL); Taciana Pereira, 18, de Curitiba (PR); Renan Ferreirinha Carneiro, 19, de São Gonçalo (RJ) e Victória Jalowitzki de Quadros, de Porto Alegre (RS), os dois últimos alunos de colégios militares. Gabriel Guimarães, 19, de Vitória (ES), e Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, 17, de Lins (SP) já tiveram a resposta positiva anunciada anteriormente. Os admitidos precisam se matricular até o dia 1º de maio.

Para garantir uma cadeira em Harvard é preciso muito mais do que ser bom aluno. Nos Estados Unidos não existe vestibular, o processo ("application") reúne provas, cartas de recomendação, entrevista, redações e avaliação das atividades extracurriculares. Neste último quesito não faltou aos brasileiros boas histórias para contar e agradar o comitê de admissão.

Neste ano a Universidade de Harvard admitiu 2.029 estudantes de todo o mundo, o equivalente a 5,8% dos candidatos, ou seja, 35.023. Mais de 27% pretendem seguir na área de ciências sociais, 23% nas ciências biológicas, quase 18% nas humanidades, 15% em engenharia e ciência da computação, 9% nas ciências físicas, 7% em matemática, e o restante está indeciso, segundo a instituição.

A admissão não significa que os alunos estarão isentos das mensalidades. Por ano, o custo chega a ser de US$ 60 mil, cerca de R$ 120 mil. Paralelo ao processo de disputa da vaga, os candidatos precisam solicitar bolsas de estudo que podem até ser de 100%, mas é concedida segundo a condição socieconômica da família, e não por mérito do aluno. Harvard estima que cerca de 60% dos novos estudantes necessitem de alguma ajuda financeira para manter os estudos.

 
Renan Ferreirinha foi eleito coronel-aluno do
Colégio Militar do Rio de Janeiro (Foto:Arquivo pessoal)
 
Liderança no colégio

Renan Ferreirinha Carneiro nasceu em São Gonçalo e estudou por sete anos no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Lá, quando concluiu o ensino médio no ano passado, assumiu o posto de coronel-aluno cuja missão era de comandar o batalhão escolar composto por 2.000 estudantes. O cargo foi resultado de um histórico escolar impecável, entre outros critérios.

Renan não é filho de militares, a mãe é professora de matemática da rede municipal de São Gonçalo e o pai contador, mas entrou na escola em 2006 após ser aprovado em um concurso que fez incentivado por um tio que é militar. Para o estudante, as atividades de liderança no colégio o ajudaram a conquistar a tão sonhada vaga em Harvard. Ele também foi aceito em outras sete universidades importantes, como Brown, Columbia, Princeton e Yale.
Estudei sete anos em uma escola de ponta, me sinto na obrigação de retribuir isso para outros jovens para que tenham oportunidades similares ou até melhores"
Renan Ferreirinha, de 19 anos
“Me tornar coronel-aluno foi de grande importância, sempre que tinha uma atividade oficial representava o colégio. Também fui vice-presidente do prêmio e monitor. O colégio militar te oferece muitas oportunidades de atividades extracurriculares, une diversos fatores como ensino forte, espaço físico enorme, entre outros.”
Outro ponto positivo da candidatura de Renan foi o trabalho voluntário no Complexo Lins, Zona Norte do Rio. Na comunidade, ainda não pacificada, ele, o primo e uma amiga canadense dão aulas gratuitas de inglês para as crianças todos os sábados. A atividade está ligada ao grupo Solidariedade em Marcha (Somar) onde atua há mais de dois anos.

No futuro, Renan quer trabalhar com gestão pública e educação no Brasil. Para isso pretende estudar economia e ciências políticas. “Estudei sete anos em uma escola de ponta, me sinto na obrigação de retribuir isso para outros jovens para que tenham oportunidades similares ou até melhores. Acredito muito na minha geração,  gosto de uma frase que diz ‘nada deve parecer impossível de mudar’”.


 fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/04/harvard-admite-numero-recorde-de-estudantes-brasileiros-para-graduacao.html

sábado, 1 de junho de 2013

Escritor Gonçalense Imortal

O Secretário da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL) e Acadêmico da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC), o escritor Leo Vieira (penúltimo em pé, da esquerda pra direita) é o novo Acadêmico "Ao perpetuam" da cadeira número 6 (Luís de Camões) pela Academia Real de Artes, Música e Letras do Estado do Rio de Janeiro (ARAMLERJ).
À direita, a Medalha de Ordem do Mérito Membro Acadêmico Imortal.

Leo Vieira é autor do livro "Alecognição" (Editora Lexia), aventura totalmente narrada na cidade de São Gonçalo e coordenador do "I Circuito Cultural Literário", feira literária para a cidade de São Gonçalo, com participação de municípios vizinhos no Rio de Janeiro, Academias de Letras e editoras nacionais e internacionais.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Livros Gonçalenses

A cidade de São Gonçalo, o segundo maior colégio eleitoral do Estado do Rio de Janeiro e município com mais de 1 milhão de habitantes também é conhecido pelos seus escritores e pelas suas obras literárias, que estão ganhando espaço e reconhecimento no mercado editorial. A função das obras são focar no histórico
cultural e também no turismo na cidade, além de apresentar um romance de qualidade
ambientado na biografia do local.
Na busca recente de publicações, encontramos obras dos escritores da cidade, que também se preocuparam em ressaltar detalhes do mapa e pontos turísticos gonçalenses.

Maria Nelma  Carvalho Braga, professora aposentada, membro da SAL e secretária acadêmica na AGLAC também reuniu anos de pesquisa e publicou em 2006 "O Munícipio de São Gonçalo e sua história", que é um importante livro de referências e curiosidades sobre a formação e desenvolvimento da cidade de São Gonçalo. O livro foi amplamente divulgado na cidade e até base de consulta por várias escolas gonçalenses.

Décio Machado é escritor e além de sua militância na cidade (é o fundador da União Cultural Gonçalense, do projeto cultural "Nós Temos a Força", criou o Relógio de Sol de São Gonçalo [o único do mundo], foi superintendente da FASG, é membro da SAL e acadêmico na AGLAC) publicou seis livros. O mais conhecido deles, que também é narrado na cidade é "O Revisor", que conta a história de um revisor de livros que confundia a ficção do livro com a vida real. O livro teve boa repercussão na cidade
e contou com a presença de políticos ilustres em seu lançamento.

Leo Vieira é ator e escritor gonçalense e é colaborador em vários projetos e atividades na cidade. É secretário da SAL; acadêmico e administrador do acervo virtual da AGLAC; delegado cultural adjunto pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA); coordenador do "I Circuito Cultural Literário" (Bienal em São Gonçalo), entre outros projetos em desenvolvimento. Publicou no final de 2011 o livro "Alecognição", uma ficção de aventura e suspense que se tornou o primeiro romance de São Gonçalo a ser distribuído nacionalmente. O livro narra um longo pesadelo vivido por um menino,
atravessando traumas e tragédias, passando por vários pontos conhecidos da cidade.
A obra é premiada e proporcionou a aceitação do escritor em mais de 30 academias de letras, associações e sindicatos literários. Está em fase de lançamento outros títulos também narrados na cidade, a tradução em outros idiomas e o lançamento em outros países.


Conhecemos muitos escritores da cidade, mas também queremos saber mais sobre os outros livros que falam de São Gonçalo. Caso conheçam, compartilhem conosco. Nosso objetivo é tornar São Gonçalo uma cidade cada vez mais literária e reconhecida culturalmente.