Postagens

Mostrando postagens com o rótulo coluna

A descoberta da espiritualidade

Imagem
A descoberta da espiritualidade Para mim, até os 13 anos de idade, mais ou menos, a espiritualidade, a verdadeira espiritualidade tinha a ver com os super-heróis das revistas de histórias em quadrinhos. O heroísmo, a abnegação e a determinação dos personagens principais, os super-heróis, era algo impressionante.  Na minha cabeça os santos da igreja e tudo que se relacionava à igreja era triste, enfadonho e sem brilho.  Tanto que numa de minhas leituras infantis do Apocalipse na Bíblia, lembrei imediatamente das figuras fantásticas das revistas e quando vislumbrei os dez chifres na Fera escarlate, os anjos, o Dragão, a Primitiva Serpentee tudo o mais do relato bíblico, me interessei mais pelas Escrituras.  Mas só pelo Apocalipse.  E durante pouco tempo. Porém, a verdade é que a real espiritualidade tem pouca relação com as cenas espetaculares, os dramas fantásticos e as peripécias aventurosas próprias dos super-heróis de HQ.  A espiritualidade é feita de pequenas coisas, p

Começa mais um ano

Imagem
Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor. Começa mais um ano Mais uma vez iniciamos um novo ano.  Nossas esperanças e anseios tornam-se realidades ou são esquecidos ao longo da caminhada.  Para quem está inserido em uma dinâmica de espiritualidade maior, é época de rememoração, resgate ou revalidação das expectativas e narrativas de vida. De que forma nossa jornada pode ressignificar os sonhos e ideais que foram deixados para trás e/ou transformaram-se em outras coisas, outras instâncias, outras dimensões?  É necessário ter em mente que nossos objetivos nem sempre se coadunam com o fluxo tempo-espaço do Universo.  O constante ir e vir de ideias, pensamentos, vontades e forças podedeixar nossa cabeça um tanto quanto perdida e desnorteada quando precisamos fazer um balanço de nossas existências.  O que Deus ou o Todo deseja para determinada situação é segredo que só Ele sabe.  Porque nenhum conhecimento erudito dá conta da sabedoria divina e dos desígnios cele

Entusiasmo

Imagem
Entusiasmo O ânimo ou o entusiasmo vêm em horas inadequadas? O “tesão”, o excitamento sexual ocorre quando não era para ocorrer?  Prova de saúde, de boa saúde e de vitalidade... Muitos não têm a motivação nem nas horas certas... De qualquer modo, seja o entusiasmo para o trabalho, o estudo ou o apetite sexual que não andam bem, é correto dizer que sem o ânimo não é possível realizar as atividades. A alimentação é ponto fundamental para alcançar uma nutrição adequada e que permita equilibrar a consciência com vontade de realizar sempre.  De acordo com a ayurveda, as pessoas podem se dividir em 3 naturezas psicofísicas; variando com relação à preponderância desses três humores biológicos: Vata, Pitta, Kapha.  Existem três tipos combinados: Vata-Kapha, Pitta-Kapha ou Vata-Pitta.  Cada tipo possui um conjunto de constituição física e, por conseguinte, sentem-se à vontade com determinados tipos de alimentos.  Um tipo Vata,ar, por exemplo, tem um tipo de predisposição que é diferen

Transcendência

Imagem
Transcendência A potencialidade infinita é nosso real Ser, nossa alma, nosso Eu Superior.  A alma de cada pessoa não é uma coisa. Ao contrário, é pura potencialidade.  E além disto, sua alma não pertence a você mais do que pertence a todos.  A alma é universal.  É o ponto que toca Deus.  É através da alma que se rasga o véu da matéria e se descobre o divino. Viver a possibilidade o tempo todo é o que indivíduos da aristocracia ou do high society fazem.  E eles o fazem porque podem, mas não só por isto.  Eles o fazem porque têm a firme decisão de viver amplamente as possibilidades infinitas de suas existências.  Gurus, místicos e iluminados também o fazem por ter esta decisão.  Apenas o foco – religioso ou material – muda.  Em essência, a decisão é a mesma.A corrupçãoé, a um só tempo, a degeneração e a eliminação dessa decisão.  Quando o corrompido ou o corruptor se vendem ou compram alguém, tomam a decisão de fechar todas as portas da legalidade e escolhem abrir todas as p

O ciclo cobiça, obtenção, perda e frustração

Imagem
O ciclo cobiça, obtenção, perda e frustração O que é o ciclo cobiça, obtenção, perda e frustração?  É uma bola de neve que tendemos a repetir ao longo da vida e que só aumenta se não tomarmos consciência da sua existência. É uma cegueira que nos torna vítimas de nossos desejos sem que possamos perceber o quanto estamos aprisionados sem perspectivas de mudar realmente nossas vidas. Primeiro, cobiça: Acreditamos cegamente que se sairmos de casa e morarmos em outro lugar, com a nossa namorada, seremos felizes.  Acreditamos que se virmos o último filme do Harrison Ford, seremos muito felizes.  Acreditamos que se nos deliciarmos com aquele sorvete do fast  food, estaremos contentes e felizes.  Nossa meta e objetivo nos deixam cegos e nos levam a cobiçar inconscientemente.  Tornamo-nos apegados às coisas. Segundo, obtenção: Todas as alegrias desaparecem depois que obtemos o que queríamos, percebemos que conseguir aquele apartamento, aquele filme ou aquele sorvete não nos preen

Paulo Caldas

Imagem
Paulo Caldas Até que ponto o real é real mesmo ou é apenas um espelho de sonho no qual a verdade é um ponto de vista?  A ambiguidade dos nossos anseios nos trazem inquietações filosóficas e espirituais porque são dúplices e tríplices ou as inquietações filosóficas e espirituais nos trazem anseios ambíguos porque são dúplices e tríplices?  Paulo Caldas, exímio artesão das artes plásticas, propõe uma “flecha mensagem” que nos atinge no peito, no coração... Como em René Magritte, para quem as ambiguidades de um quadro seu “vêm da sua natureza profundamente introspectiva e são a resposta de um pensativo observador para a vida superficial ao redor de si”, nas palavras de Edmond Swinglehurst, Paulo Caldas pensa o mundo filosófica e espiritualmente, tanto quanto ideológica e socialmente.  Suas influências, segundo suas próprias palavras, vêm mais do que leu e do que ouviu do que propriamente do que viu.  As leituras de Richard Bach (Fernão Capelo Gaivota, Longe é um lugar que não

Portinari

Imagem
Portinari Candido Torquato Portinari nasceu numa fazenda de café, próximo de Brodowski, interior de São Paulo, em 1903. Tendo pouco estudo e não completando nem o ensino primário, aos 14 anos de idade foi recrutado como ajudante por uma trupe de pintores e escultores italianos que realizavam restauração de igrejas e que passavam pela região de Brodowski.  Aos 15, deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes.  Recebe vários elogios de professores e da própria imprensa e aos 20 anos de idade já participa de muitas exposições, sendo destaque em vários jornais.  Interessa-se pelo modernismo e a partir da vitória da medalha de ouro no Salão da ENBA, com uma tela deliberadamente acadêmica e tradicional, parte para Paris e tem contato com artistas como Van Dongen e Othon Freisz, além de conhecer Maria Martinelli, com quem passaria toda a sua vida. De volta ao Brasil, em 1931, muda completamente a estética da sua obra, valorizando as cor

Carlos Scliar

Imagem
Carlos Scliar O máximo do sintético num cubismo revisitado com carga gráfica pessoal e intransferível...  Assim vejo o trabalho artístico de Carlos Scliar; pintor, gravador, desenhista, ilustrador, designer gráfico, cenógrafo e roteirista.  Scliar nasceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul em 1920 e recebeu as primeiras aulas de arte com o pintor austríaco Gustav Epstein em 1934.  Um ano depois, defrontou-se com o dilema de todos os artistas plásticos da época: conformar-se com a arte das academias ou iniciar sua própria leitura do modernismo.  Escolheu o último e logo assumiu posição de contestação aos acadêmicos, juntamente com artistas do grupo Santa Helena. Ao longo de sua carreira brilhante, burilou sua poética visual com amplas perspectivas e possibilidades, sempre visando uma inovação.  Suas colagens em relevo enceradas s/tela demonstram o seu grande viés de pesquisa pictórica e gráfica, consubstanciado em peças de arte que retratam coisas simples.  Um copo numa mesa

José A. Kuesta

Imagem
José A. Kuesta Toda a herança mágica, mística, mitológica e histórica do Egito Antigo fascinam nosso artista mestre José A. Kuesta.  Mais do que isto, todo esse legado egípcio antigo é representado, transformado e reconfigurado.  Numa releitura de seus símbolos em criação totalmente original e afinada com o zeitgeist, esse nosso caldo cultural diversificado e abrangente contemporâneo, José A. Kuesta nos mostra o que de mistério, expressividade e criatividade pode advir desta abordagem. O abstracionismo do artista é de uma singularidade sem igual e é realizado de forma completamente atual, como já disse.  Isto se dá, a partir de cores e manchas, colagens, grafismos, traços, carimbos, num amálgama de elementos gráfico-visuais e pictóricos, cuja influência pode ser encontrada em vários lugares.  Paul Klee, o expressionismo abstrato e a própria história do Egito Antigo são algumas destas influências que também ganham maior corpo quando da sua aproximação com a tendência da art

Pai Eterno, eterno pai

Imagem
Pai Eterno, eterno pai Mesmo que o mundo diga que não, mesmo que os tempos sejam moucos, sei que meu pai sempre será o pai; Pai, que eterno, não deixa de sê-lo se ninguém acredita mais nele... O trabalho e o valor do trabalho, mesmo quando nos tiram este mesmo trabalho... Seis dias para criar o mundo, descanso no sétimo dia... Descanso?  Qual? Só há o amanhã se há a labuta hoje. De tudo o que meu pai me ensinou, o valor do trabalho é o que fica para mim... Sempre... Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) Feliz Dia dos Pais, meu pai, João Duarte Pinheiro!!! Leia mais:  http://www.divulgaescritor.com/products/pai-eterno-eterno-pai-por-mauricio-duarte/

Visuális com enfoque no trabalho artístico de Cau Muniz

Imagem
Visite minha Coluna na Sinestesia, Visuális com enfoque no trabalho artístico de Cau Muniz . https://www.revistasinestesia.net/cau-muniz-visualis

Marcos Paulo Alfa

Imagem
Marcos Paulo Alfa Qual o limite da identidade?  A identidade pós-pós-moderna – pós-tudo – que nos arranca dos nossos lugares comuns e nos leva para encararmos nossa própria identidade – ou pseudo-identidade – em camadas e todas falsas – diriam alguns... Marcos Paulo Alfa tem a medida exata disto e tira partido deste fato em seu trabalho de graffiti nos muros da cidade bruta, bruta cidade... As suas criaturas do graffiti podem ser aparentemente “fofas” e “engraçadas”, “pop” e “ideológicas”, “expressivas” e “frágeis”... Porém, em sua maioria, senão na totalidade, permanecem inclassificáveis.  Desde o elefante azul ciclópico de um olho só – ou são dois olhos? – que parece uma figurinha de desenho animado ou de HQ infantil; nada tem de infantil, e altamente gráfico; até o ursinho de pelúcia skatista e grafiteiro com requintes de 3D em luzes e sombras, misturado ao alto tratamento gráfico elétrico.   Passando pelo garoto azul com a TV na cabeça aberta, com o canal que para a su

Alegrias e Dores

Imagem
Alegrias e Dores Evitar ou fugir das dores e valorizar ou exaltar as alegrias não é ser hedonista; é natural, é humano.  Desde que não exageremos.  Mas não podemos esquecer que, o contrário, valorizar e exaltar as dores e evitar ou fugir das alegrias é fanatismo e/ou masoquismo.  Os dois extremos são negativos... Mortificar a carne para a beatificação do espirito foi, durante muito tempo, valorizado pela sociedade que não tinha a laicidade como norte do cotidiano.  Desde meados da Idade Média num ápice, nesse sentido, até mais ou menos a Revolução Industrial quando essa valorização decaiu.  Hoje temos o hedonista como exemplo; as sensações de prazer em todos os lugares são os objetivos maiores de grande parte das pessoas.  O pêndulo foi para o outro lado.  Somos permissivos em excesso segundo muitos religiosos e, segundo alguns iluminados somos também “frágeis em demasia” ou até “patifes”, não aguentamos sequer 5 minutos de silêncio para meditação.  Nossa cabeça começa a

Vivendo a partir de impressões

Imagem
Visite minha Coluna no Divulga Escritor e leia o novo texto: Vivendo a partir de impressões - http://www.divulgaescritor.com/products/vivendo-a-partir-de-impressoes-por-mauricio-duarte/

Rosario Vidal Ferreño na Coluna Visuális do Portal Sinestesia

Imagem
Rosario Vidal Ferreño Visite o Portal Sinestesia! Em Visualis, eu, o colunista Mauricio Duarte, apresento Rosario Vidal, designer de moda como formação e profissão, que incorpora o universo da estética corporal, do fashion e do styling no seu trabalho artístico. Leia mais! https://www.revistasinestesia.net/visualis-rosariovidal Rosario Vidal Ferreño                   Sensibilidade em camadas de artesania poética...  O estilo amplamente usado a serviço do gráfico-pictórico que transpassa em muito a representação... e chega na re(a)presentação do real de modo único, especial...            Rosario Vidal Ferreño trabalha com fluidez e naturalidade; com suavidade e liberdade...  Sendo designer de moda como formação e profissão, a artista incorpora o universo da estética corporal, do fashion e do styling no seu trabalho artístico.  A persistência do tema dos retratos gráficos de moças de frente e de perfil nos mostra e nos demonstra sua combatividade no terre

O poder criativo e criador da arte

Imagem
O poder criativo e criador da arte O mundo precisa de arte!  O mundo precisa de arte... O mundo precisa de arte?  A sentença pode ser dita destas três formas, a afirmativa, a subjetiva e a interrogativa ao mesmo tempo e, nas suas três formas, suscitar inquietações igualmente válidas e relevantes para o nosso mundo na atualidade. Por que se dá esse fenômeno?  Porque a modernidade líquida como dizia Bauman, repleta de “massacres e assassinatos recíprocos, do tipo hoje visto entre sunitas e xiitas no Iraque (...)visto ontem mesmo entre sérvios, croatas, bósnios e muçulmanos do Kosovo (...) um ciclo aparentemente interminável de retaliações assassinas, (...)” não quer sensibilidade, não quer poética, não quer suavidade...  À edição original inglesa de 2008 do livro A Arte da Vida do filósofo Zygmunt Bauman podemos acrescentar todos os horrores da guerra da Síria com massacres entre rebeldes e governo ditatorial quase que ininterruptos hoje em dia.  O terror do Estado Islâmico