sábado, 25 de fevereiro de 2017

Sem título



sinto teu toque
sinto tua voz...
em mim; tê-la
é minha tua
vez, linha e
altivez, estou
contigo; todo
querer resume
minha... em nós...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Certificado de participação no Apogeu Poético Festivo em Homenagem ao Poeta António Aleixo

Meu certificado de participação no Apogeu Poético Festivo em Homenagem ao Poeta António Aleixo, Patrono da Academia Virtual de Letras (AVL).



Não Dês Esmola a Santinhos

“Não dês esmola a santinhos,
Se queres ser bom cidadão;
Dá antes aos pobrezinhos
Uma fatia de pão.”

Antonio Aleixo


Glosa

Não dês esmola a “santinhos”
porque de nada serve,
muitos dos religiosos
só querem fidelizar...

Fidelizar a grana toda!
Se queres ser bom cidadão;
larga desse proselitismo
e ajuda o pobre que te pede...

Fazem-se de mansinhos
para pôr só no bolso...
Dá antes aos pobrezinhos
já que eles, sim, precisam...

Desses padres, Deus não
vê a sombra nem pintada.
Mas não ignore quem pede
uma fatia de pão...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Pirataria pode aumentar venda de quadrinhos, diz estudo




Um estudo publicado pelo professor Tatsuo Tanaka, da Faculdade de Economia da
Keio University no Japão, revelou dados interessantes sobre os efeitos
da disponibilidade acesso gratuito sobre o mercado de quadrinhos.
Segundo o estudo, em alguns casos, o acesso a cópias gratuitas dos
quadrinhos pode aumentar a vendagem deles.


Tanaka estudou o efeito da disponibilidade online gratuita dos
mangás, quadrinhos tradicionais japoneses que são lançados de maneira
serial (uma vez por semana, por exemplo). Ao todo, o estudo (pdf)
contabilizou a vendagem de 3.360 volumes de 484 séries diferentes de
mangás ao longo de oito meses.


Esses números não foram incidentais: segundo o pesquisador, as
editoras japonesas de mangás pertencem a um grupo pró-restrição cultural
chamado CODA. Entre julho de 2015 e março de 2016, o CODA promoveu uma
campanha maciça de deleção de cópias digitais ilegais de quadrinhos.
Dessa maneira, a pesquisa pode facilmente comparar a vendagem dos mangás
antes e depois da medida restritiva.


Resultados


Segundo Tanaka, os resultados da comparação foram duplos: para os
mangás que ainda estavam sendo lançados, a disponibilidade de acesso
gratuito a eles pela internet causava uma diminuição das vendas. Por
outro lado, essa disponibilidade fazia com que a venda de mangás que já
haviam se encerrado aumentasse.


Isso poderia, segundo Tanaka, ser devido a um "efeito
publicidade" gerado pela disponibilidade digital dos mangás. Em outras
palavras, o fato de os mangás antigos estarem disponíveis na internet
acaba servindo como "propaganda" para os mangás que já se encerraram.
Nesse caso, o acesso aos quadrinhos acaba reavivando o interesse dos
leitores nele.


Implicações


Para o pesquisador, "um ponto importante que deve ser ressaltado é
a implicação política desse resultado desigual da pirataria. Se o
efeito da pirataria é desigual, desativar os sites piratas de maneira
indiscriminada não é a melhor solução". Isso porque, de acordo com seu
estudo, a "pirataria" pode ajudar a venda de quadrinhos que já se
encerraram.


Tanaka ressalta, no entanto, que não é possível dizer, de maneira
taxativa, se a disponibilidade de acesso gratuito aos mangás é boa ou
ruim para o mercado. Embora o ganho percentual que essa disponibilidade
dê aos quadrinhos antigos seja muito maior que a perda percentual que
ela dá aos quadrinhos novos, em números absolutos a situação é oposta.


Para dar um exemplo com números inventados: um mangá
antigo pode vender 150 cópias em vez de 100 caso esteja disponível
gratuitamente na internet. Por outro lado, um mangá novo pode vender 900
cópias em vez de 1000 caso esteja disponível. Embora o ganho percentual
no primeiro caso seja superior à perda percentual no segundo (+50%
contra - 10%), em números absolutos o ganho no primeiro caso é menor que
a perda no segundo caso.


Outras áreas


O pesquisador ainda diz que há motivos para acreditar que os
efeitos da "pirataria" sobre o mercado de mangás podem ser semelhantes
aos efeitos da "pirataria" em outros mercados. Um estudo citado por ele
revelou que a disponibilidade gratuita de música online diminuiu a
vendagem de discos de artistas populares, mas aumentou as vendas de
discos de artistas menores.


De fato, pesquisas diferentes conduzidas na Austrália e na Suécia
já mostraram que a disponibilidade gratuita de cultura pode aumentar a
quantia que as pessoas investem nesse setor. Esses estudos, que
avaliavam o impacto da "pirataria" sobre os gastos com cultura, revelou
que usuários que consumiam uma mistura de conteúdo legal e ilegal
gastavam mais com esse setor do que os que apenas consumiam conteúdo
legal. 




fonte: 

Olhar Digital

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

PF indicia 29 por rombo de R$ 30 milhões via Lei Rouanet


Ação
é decorrente da Operação Boca Livre, que desmontou corrupção em
projetos culturais; para PF, falta de fiscalização permitiu 'duas
décadas de desvios'





A Polícia Federal indiciou 29 investigados na Operação Boca Livre – apuração sobre desvios de recursos públicos estimados em R$ 30 milhões liberados pelo Tesouro via Lei Rouanet.
O relatório final do inquérito da PF atribui a dez empresas parcerias
com o esquema supostamente montado pelo Grupo Bellini Cultural, alvo
principal da investigação. Foram indiciados empresários, um advogado e
executivos de grandes companhias – laboratórios, montadora, farmacêutica
e até banca de advocacia –, por estelionato contra a União e associação
criminosa. Alguns foram enquadrados também em falsidade ideológica.


A Boca Livre foi deflagrada em 28 de junho. Ela precedeu a Operação Boca Livre S/A, que saiu às ruas
em outubro e fez buscas em 29 empresas – patrocinadoras que atuaram em
conjunto com o Grupo Bellini, “associando-se aos seus integrantes com o
fim exclusivo de desviar recursos”. A PF evitou um rombo ainda maior, de
mais R$ 58 milhões, com a identificação de projetos fraudados que
estavam em curso e que permitiriam ao Grupo Bellini captar recursos
nesse montante. O relatório final da primeira operação foi encaminhado
ao Ministério Público Federal (MPF).


A PF indiciou executivos ou funcionários das empresas:
Intermédica Notredame, KPMG, Lojas Cem, NYCOMED PHARMA (Takeda), Grupo
Colorado, Cecil S/A, Scania, Roldão, Demarest Advogados e Laboratório
Cristália. Os investigadores apontam ainda fragilidades do Ministério da Cultura (MinC)
na concessão e fiscalização de recursos públicos que bancaram projetos
culturais desde o início da vigência da Rouanet, em 1992, até 2013.


Durante longo período os patrocínios eram aprovados, mas não
passavam por auditorias, o que, segundo a PF, permitiu a ação de
fraudadores. O relatório final sugere abertura de ação por improbidade
administrativa para responsabilização de funcionários do MinC por “danos
ao erário e omissão”. No âmbito criminal, a PF se deparou com um
“extenso lapso temporal”, entre as fraudes e a comunicação formal à
corporação, prejudicando a identificação de funcionários do Ministério
que teriam alguma ligação com a organização investigada.


Fraudes aprimoradas

A PF só foi informada dos desvios em 2014 por meio de uma
nota técnica da Controladoria-Geral da União (CGU). “O que tudo indica é
que não existiu uma fiscalização efetiva, que permitiu essas duas
décadas de desvios de recursos da Lei Rouanet”, destaca a delegada
Melissa Maximino Pastor, que presidiu o inquérito. “Quando o Ministério
da Cultura deu início à fiscalização dos projetos, em 2012, a associação
criminosa começou a aprimorar as fraudes. A investigação demonstra isso
empiricamente. Quando se inicia a fiscalização do órgão que libera e
controla o recurso público as fraudes ganham sofisticação.”


Em 2013, o Ministério da Cultura emitiu uma Instrução
Normativa restringindo a quantidade de projetos por pessoas jurídicas e
pessoas físicas. Na ocasião, foram bloqueadas contas de três empresas do
Grupo Bellini. “O Grupo Bellini, que até então estava com as contas
bloqueadas, começa a se utilizar de mais empresas, em nome de
funcionários, por isso essa quantidade de indiciados.”


A PF identificou nove empresas que fizeram parceria com o
Bellini Cultural e outras três que auxiliavam o grupo nas fraudes, além
de diversas pessoas físicas. Essa “estrutura de papel” obteve junto ao
Ministério mais de uma centena de projetos. O relatório final da Boca
Livre foi encaminhado ao Ministério Público Federal. O inquérito foi
aberto no final de 2014 e seguiu para a Inteligência da PF em novembro
de 2015, quando as investigações começaram a ganhar fôlego.


A Polícia Federal afirma que o Ministério da Cultura foi
avisado das irregularidades, envolvendo projetos do Grupo Bellini e
servidores da pasta, três anos antes dos investigadores receberem a
denúncia. “Um rastreamento preliminar revelou indícios de adulteração de
documentos, projetos extremamente similares, um projeto igualzinho ao
outro, um dos dois não aconteceu”, relata Melissa.


Cantores famosos

“A falta de fiscalização permitiu a continuidade delitiva
até a deflagração da operação, em junho de 2016”, afirma a delegada
federal, que revela ter descoberto, também, uma “lei invisível do
mercado cultural”, sob a qual produtoras teriam de oferecer ou aceitar
exigências ilícitas de grandes empresas para garantir o aporte no
projeto cultural. Ela ressalta que as empresas já possuem uma grande
vantagem, que é a vinculação de um projeto cultural à sua marca sem
custos – uma vez que, para as que tem um lucro real de até 4%, o
dinheiro utilizado no patrocínio é abatido do imposto de renda.


Entre essas contrapartidas, segundo a PF, indiciados do
núcleo central do Grupo Bellini contaram que empresas exigiam
contrapartidas como, por exemplo, festas de final de ano com cantores
famosos, em troca de apoio aos projetos. “A disputa era tão acirrada
entre os produtores culturais que se não atendessem às solicitações não
iriam conseguir aporte em nenhum projeto cultural”, assinala a delegada.
“A investigações confirmaram isso. As grandes empresas tiveram
inclusive a coragem de formalizar contratos de patrocínio com objetos
ilícitos.”



fonte:

PF indicia 29 por rombo de R$ 30 milhões via Lei Rouanet | VEJA.com

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Leia o livro OS ARCANOS de minha autoria gratuitamente em e-book

Visite o Leia Livros e leia o livro OS ARCANOS de minha autoria gratuitamente em e-book . http://www.leia-livros.com/leitura-os-arcanos


Cartas fora do baralho...

Novo texto na minha Coluna do Divulga Escritor: 
Cartas fora do baralho...



Cartas fora do baralho...


Povos inteiros... nações... são cartas fora do baralho... Luto por aqueles que nada são e nada serão é pouco...  Se os governantes são o reflexo de um “imaginário espelho” espiritual de um povo, do que aquele povo produziu de “melhor” naquele período de tempo... estamos mundialmente em péssima situação...
                Não vou citar nomes nem citar a situação brasileira, mas, o que se espera do povo americano a partir de 2017?  E do povo russo? Governado por ditadores, autoritários, arrogantes e irascíveis, o povo não tem sorte melhor do que seus governantes... Durante a Guerra Fria, que muitos esotéricos ligados de uma forma ou de outra à Conspiração Cósmica ou Conspiração Aquariana, assinalam como tendo sido a verdadeira Terceira Guerra Mundial, foi assim.  E agora, mesmo sendo a vida interior individual, totalmente individualizada e o caminho espiritual realizado somente de cada um com Deus, separadamente e individualmente... também é assim.  O destino de um povo que possui autodeterminação é compartilhado por todos e com todos e, também, o povo que não possui autodeterminação, da mesma forma, compartilha por todos e com todos, esse destino.  Essa sorte pode não ser em todos, porque justamente o componente único, singular de cada pessoa humana prevalece e preponderantemente é o que ocorre em cada um, em cada ser humano, em seu diálogo concreto com Deus.  Graças a Deus é assim. 
Mas não pensemos que seja possível nos desvincular totalmente do povo ao qual pertencemos ou ao qual convivemos mais proximamente...  Povos inteiros são cartas fora do baralho... Não quero citar nomes e nem citar a situação do Brasil, como já disse, que de maldade já estamos cheios... Digo apenas que... povos inteiros são cartas fora do baralho... Que baralho?  O baralho do “jogo cósmico” dos eleitos e dos condenados...  O “jogo” segundo os gnósticos da negociação do próprio karma com os senhores do karma ou o arrependimento necessário à conversão que passa por oração e práticas espirituais como a meditação, seja qual for a nossa tradição espiritual ou religiosa. 
Talvez a palavra “jogo”, “cartas” e “baralho” não sejam apropriadas para essa designação, mas são apenas parte de uma figura de linguagem, não importa. O importante é que reflitamos sobre isso e entremos no “jogo” antes que seja tarde demais. Paz e luz.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/cartas-fora-do-baralho-por-mauricio-duarte/

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Louvor na AVL

Meu 10o. Louvor na AVL!!! Estou muito contente!!!


ATIVIDADE ACADÊMICA REGISTRADA ATÉ 31 DE JANEIRO 2017. LOUVORES ATRIBUÍDOS NESTE MÊS DE JANEIRO, EM FUNÇÃO DAS PONTUAÇÕES ACUMULADAS.
10º.LOUVOR- MAURICIO DUARTE

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Certificado e Medalha da AVL

Meu certificado como Membro Permanente da Academia Virtual de Letras António Aleixo com o Patrono Paulo Coelho na Cadeira 18, junto com medalha.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

2o. Sarau Virtual da AVL



O Sarau Virtual é aberto a todos e todas que
quiserem participar, sejam acadêmicos ou não!!!
Desde que gostem de poesia e queiram compartilhar
seus poemas, trovas, poesias e demais textos poéticos, sintam-se à vontade para participar conosco!!!

O tema é livre!!!

Desde agora podem ser publicados poemas num máximo de 5 (cinco) poemas para cada participante!!! E no dia 05 de março esperamos todos juntos no mesmo horário, de 18:00 às 21 hs!!!

Haverá premiação em 1o., 2o. e 3o. lugares, além de menções honrosas!!!

Bem vindo(a)s!!!

https://www.facebook.com/events/391443327876984/

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Gratidão pela vida

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18




Apogeu poético
Modalidade: Moderno
Tema: Gratidão

Gratidão pela vida

Pedras n´água do rio
são como falsos desvios;
trazem alguns caminhos,
mas não impedem, assim,
o fluxo do tal rio...

Também esses que perdem
gratidão pela vida;
trazem deles caminhos,
mas não impedem, assim,
o fluxo maior da vida...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A misteriosa geração de escritores que não querem ler





Muitos autores estreantes passam cada vez mais tempo escrevendo e publicando do que na exploração de um livro novo



 


Antes de continuar, é preciso esclarecer – a leitura literária não é
obrigatória. Defende-se o direito de todo cidadão ter acesso a livros,
sobretudo livros de qualidade. A partir daí, se a pessoa vai se
transformar numa leitora ou não, é escolha dela. O hábito de ler não
torna um indivíduo necessariamente mais sensível e desenvolto do que
alguém que prefira outras coisas. Todavia, é de se pensar que a leitura
literária é obrigatória em duas ocasiões: quando você é um estudante/
profissional de Letras ou quando é escritor.



O primeiro caso é simples. Não faz sentido escolher uma carreira que
trabalha com a Literatura sem gostar do contato com ela. No entanto, é
impressionante a quantidade de pessoas que acreditam que podem escrever
um romance (ou mesmo uma trilogia) sem sequer lerem quatro livros por
ano.

Se um estudante de Letras precisa ter certo entendimento de conceitos
e recursos literários, o mesmo vale para o escritor. Ele trabalha com a
criação de pequenos mundos, e precisa ser muito consciente durante esse
processo.



É claro que não necessita de doutorado em Estudos Literários, mas o
escritor deve ter o domínio do seu ofício: como construir o enredo, como
imprimir ritmo à narrativa, como desenvolver os personagens, organizar o
processo criativo. Sem falar dos quesitos mais básicos, entre eles
coesão textual, ortografia e estilo do autor.



Acontece que a melhor maneira de se familiarizar com esses aspectos
tão caros à escrita é justamente ler. E ler textos bem construídos, que
tenham algo a ensinar em termos de “fazer literário”.

Como os maiores autores dos séculos XIX e XX escreviam tão bem, mesmo
sem cursos de escrita criativa? Porque eles liam, trocavam material
entre si, estavam sempre aprendendo a fazer Literatura com a própria
Literatura. Ao perceber como um autor trabalha determinados aspectos da
narrativa, o escritor pode levar esse know-how para sua própria
produção.

Já que escrevo, é comum que eu leia a mesma página várias vezes, faça
anotações, analise como a história se desenrola. A leitura não é apenas
lazer ou uma atividade que me põe para pensar/sentir. Ela é também
inspiração. Aprendizagem.



Mesmo que tudo isso pareça básico, uma piada circula entre os
editores: “Se todo mundo que diz que quer ser escritor lesse o tanto que
precisava para escrever, os problemas do mercado editorial brasileiro
acabavam”. E é verdade.



Aposto que você conhece muita gente que sonha em ter um livro
publicado, mas não seria surpresa se essas mesmas pessoas lessem muito
pouco ou tivessem uma experiência literária um tanto limitada (ler um
único gênero/autor, apenas narrativas previsíveis ou pouco trabalhadas,
etc).



Não que o hábito da leitura necessariamente transforme alguém em
escritor. É possível ser um ávido leitor sem ter vocação para a escrita
criativa. Mas é impossível ser um bom escritor sem ler. Cria-se até um
paradoxo: como o autor espera que as pessoas leiam e comprem seus livros
se ele mesmo não lê nem fomenta o mercado pelo qual mais deveria se
interessar? Como sabe que está sendo original, se não tem base para
comparação?



É visível que muitos autores têm investido em cursos de “aprenda a
consolidar uma carreira literária”. Isto é ótimo. O problema é que,
quando você lê os textos da pessoa, eles são mal escritos, pouco
desenvolvidos, repletos de clichês e até com erros de ortografia.



Do que adianta aprender a promover sua imagem e engajar leitores se o
principal – ou seja, a produção literária do autor – é fraca? É até
mais danoso, porque ele vai se divulgar por meio de textos ruins. Isso
afasta não apenas leitores, mas também oportunidades.



Talvez essa situação venha da crença de que a escrita é um dom que,
justamente por sê-lo, não deve ser estimulada além de si mesma. Algumas
pessoas de fato possuem uma inclinação maior para a criação literária
que, nas circunstâncias ideais, pode ser desenvolvida à excelência, mas
também entre essas circunstâncias ideais estão o acesso a livros, a
leitura crítica, o aprimoramento constante da própria escrita. E, acima
de tudo, qualquer um tem a capacidade de escrever melhor do que já
escreve.

E qual é a maior aliada desse processo? A leitura. De livros,
quadrinhos, artigos, matérias e ensaios capazes de inspirar. Nesse
universo das letras, uma coisa é certa: por trás de um único texto estão
muitos e muitos livros. Antes de ser escritor, é preciso, sobretudo,
ser leitor.





fonte:

A misteriosa geração de escritores que não querem ler

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Simbologias

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor . http://www.divulgaescritor.com/products/simbologias-por-mauricio-duarte/




Simbologias


O símbolo é diferente do signo que, por sua vez, difere do índice, bem como este último difere do símbolo.  Também há diferenças entre o emblema e o símbolo.  A Bíblia é um emblema, de acordo com Helena Petrovna Blavatsky.
A cruz ansata é o símbolo da vida eterna, assim como o uroborus, ou a serpente que engole a própria cauda, num círculo, é o símbolo do infinito.
Os símbolos do passado parecem tão distantes e herméticos que nem se assemelham a algo terreno, muitas vezes.  De que servem a simbologia e seus múltiplos aspectos divinos e profanos para nós, habitantes do planeta Terra em nossa época atual?
A história religiosa e esotérica dos povos da Antiguidade era entranhada nos símbolos.  Nada havia relatado diretamente em palavras claramente porque temia-se que os acontecimentos narrados pudessem ser “evocados” no outro momento, o momento da narração.  Talvez, ou muito provavelmente, eles tivessem razão.  Meras curiosidades como o fato do círculo representar, muitas vezes, o Universo, o todo do Universo, podem ser considerados banais, hoje em dia, mas não era assim em outros tempos.
A cruz é, embora seja hoje considerada eminentemente cristã, um dos símbolos mais antigos já elaborados, ou até, o símbolo mais antigo já elaborado.  Segundo o místico Osho, a cruz representa o encontro de duas dimensões: a terrena, representada pela linha horizontal; e a divina, representada pela linha vertical.  A consciência do homem terreno se move de A para B, de B para C, e assim por diante, horizontalmente.  A consciência do homem divino, Jesus, se move de A para A1, de A1 para A2 de A2 para A3 e assim por diante, em profundidade ou em altura, verticalmente.  A cruz é o símbolo desse encontro entre o homem terreno e o homem divino.
Muitos outros símbolos foram elaborados em épocas remotas e continuam a serem cultuados e/ou utilizados em ordens místicas, sociedades secretas ou fraternidades doutrinárias; bem como por instituições religiosas exotéricas.  O que fica para nós é que o símbolo tem o seu valor implícito e pode abrigar, acolher, representar, significar determinado conceito, conhecimento, sapiência que “não pode”, “não deve” ou “não precisa” ser passado claramente em linguagem de prosa facilmente legível ou decifrável por todos.
Esperemos que as simbologias de nossas respectivas tradições espirituais e/ou religiosas possam nos trazer êxtase espiritual e sagrado, juntamente com sabedoria e providência divinas.  Sendo que nenhum símbolo existe ou se mantém durante muito tempo arbitrariamente. É de bom tom que os respeitemos devidamente.  E o maior respeito de todos possíveis é o conhecimento deles.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/simbologias-por-mauricio-duarte/