segunda-feira, 20 de junho de 2016

Protesto mudo



Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor: 
http://www.divulgaescritor.com/products/protesto-mudo-por-mauricio-duarte/

Protesto mudo

Toda vez que se sentir ultrajado, vilipendiado ou tolhido nos seus direitos como cidadão é justo protestar. Os direitos humanos existem para serem respeitados.  Mas há quem proteste contra os céus e contra Deus. Seria esse o melhor caminho para reencontrar o bom destino?
Afastar-se de toda espécie de espiritualidade, religião ou aspecto transcendente na sua vida também é um direito, reconhecido pela Constituição – como está tão na moda falar de Constituição, faço aqui esse adendo – e garantido pelo Estado.  Porém pode criar barreiras para a benção divina, acreditando ou não em Deus.  A benção divina, a bem-aventurança ou o desenvolvimento da consciência, como queiramos chamar a nossa sintonia fina com o Todo trazem inúmeros benefícios à nossa vida, independente de crermos ou não no Divino Espírito Santo, em Jesus Cristo ou em Deus Pai.  Porque estarmos abençoados é muito maior e muito mais amplo do que qualquer sacramento feito por um sacerdote, mesmo tendo esse sacerdote todas as benesses do celeste.
Cada pessoa, cada ser humano abriga dentro de si uma fagulha divina e por esse mínimo e pequeno brilho tem a capacidade de encontrar harmonia com o Universo e com o silêncio interior próprio de seu guardião do Céu.  O guia interior leva cada um a seu bom caminho de modo carinhoso, misericordioso e atento.  Sendo algo intrínseco à pessoa humana, o amor é nossa natureza e estamos nessa Terra para potencializar esse desígnio.
Não pense que protestar, afastando-se da espiritualidade irá afastar esse coração divino de si.  Antes terá mais chances para dizer que quer voltar ao convívio do Todo, porque as graças são abundantes e são abundantes para todos.  Inclusive abençoar é prerrogativa de qualquer ser humano.  Como nos tempos antigos, falava-se muito em versos e cantos naturalmente, também os agricultores abençoavam seus campos naturalmente.  Alguns resquícios dessa realidade, vemos nos poetas e cantadores populares e nos pais que abençoam seus filhos quando saem de casa ou quando vão dormir, por exemplo.
Além de tudo isso, perceba que ainda que não passe pela sua cabeça pedir, louvar ou conversar com um Ser superior, lembre-se que você mesmo é um deus, em última análise.  Em muitas culturas e tradições orientais, diz-se a palavra Namastê, significando: “O deus que habita em mim, saúda o deus que habita em você.”  Por fim, se não for possível deixar de protestar, pratique um protesto mudo e fique em silêncio.  Certamente ganhará muito em sobriedade, sabedoria e harmonia interior.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 24 de maio de 2016

Cerimônia de Premiação do 12o. Prêmio Nacional de Poesia - Cidade Ipatinga


Eu, Mauricio Duarte, no sábado, dia 21 de maio de 2016, na premiação de 2o. lugar no 12o. Prêmio Nacional de Poesia - Cidade Ipatinga no âmbito do 14o. Circuito de Literatura de 2015. Com trófeu e certificado recebidos das mãos do presidente do Clesi, Wellington Fred Martins. Não posso deixar de agradecer à autora Marilia Siqueira Lacerda que me recebeu tão bem na bonita cidade de Ipatinga onde trocamos muitas ideias. Um abraço grande, Marilia.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Uma boa noite de sono



Uma boa noite de sono

Afinal porque dormimos e sonhamos? O sono e os sonhos tem alguma função no nosso organismo?  Certamente que sim, isso já foi provado cientificamente.  Mas há algo além disso.
Sem o sono não repomos nossas energias e nem assimilamos as contradições do que aconteceu no dia.  O sono e os sonhos permitem que o cérebro e a mente mantenham “tudo em ordem” no nosso inconsciente e subconsciente.  Permitem que comecemos o dia com a mente fresca, nova e pronta para uma nova etapa.
Dormir e sonhar também criam expectativas e nos motivam para novos desafios, ampliando, ou até, esclarecendo anseios e vontades e, mesmo, resolvendo problemas com insights, por exemplo.
Alguns espiritualistas utilizam-se do onírico para viver a própria espiritualidade de modo pleno.  Essa artesania onírica lúcida eleva os sonhos à categoria de sonhos lúcidos, tomando esse tipo de sonho (lúcido) como ferramenta para interpretação espiritual e do conhecimento de si mesmo como um todo, holisticamente.
Segundo Stephen LaBerg, o sonho lúcido ocorre quando sonhamos enquanto sabemos que estamos sonhando.  Temos uma lembrança clara e nítida do que sonhamos.  Há registros no Egito Antigo dos primeiros relatos de sonhos lúcidos.  Hoje, alguns pesquisadores concordam em afirmar que o estudo dos sonhos lúcidos é uma proto-ciência que ainda  despontará como ciência reconhecida no futuro.
Esse conhecimento, como outros da mesma ordem, podem trazer inúmeros benefícios para qualquer um que pratique com cuidado e sabedoria.  Dormir e sonhar fazem parte de uma rotina saudável e que muito podem auxiliar na cura de doenças, na recuperação completa da saúde e na manutenção de um estado geral natural e de bom funcionamento do organismo.  Tenha uma boa noite de sono.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Quem está segurando quem?



Fiquei muito contente em receber o Certificado de 3o. lugar no Apogeu Poético, Tema Liberdade da Academia Virtual de Letras da qual faço parte.  É uma honra e um prazer.

Apogeu Poético
Tema: Liberdade
Modalidade: Moderno

Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18


Quem está segurando quem?

Você é livre, meu amigo...

Estão as amarras com você?
Estão realmente segurando
você e todos nós, com força?

Estão os problemas a nos
afligir de modo tão grande?
Estão e não nos deixam viver?

Você é livre, meu amigo...

Nós que estamos segurando
essas amarras e nós que as
prendemos, nosso esqueleto.

Nós que estamos nos prendendo
nesses problemas e não os
deixamos ir, morrendo sim.

Você é livre, meu amigo...

Estão as correntes nos pés?
Estão mesmo encarcerando
você, eu e nossos amigos?

Estão as mentiras prendendo?
Nossas almas presas em redes
de ilusão, aprisionamento?

Você é livre, meu amigo...

Nós que estamos agarrando
as correntes e não queremos
nos livrar delas, olhe e veja.

Nós que estamos amargurados
nessas mentiras e de modo
nenhum desejamos deixá-las.

Você é livre, meu amigo...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 5 de abril de 2016

Pintura abstrata



Pintura abstrata
guache s/ papel telado 240 g/m2
20 x 28 cm
2016
R$ 250,00
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 31 de março de 2016

3o. lugar no Apogeu Poético da AVL



Fiquei em 3o. lugar no Apogeu Poético de março de 2016 da Academia Virtual de Letras Antonio Aleixo da qual eu faço parte. Muito contente!
Academia Virtual de Letras
Apogeu Poético – Tema: Reflexão
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18
Máscaras
Tudo é máscara, homem!
Máscara rubra, do falso
e demagógico clamor
pelos mais necessitados...
Distorcido arremedo
de vontade poderosa,
mas sem força, sem caminho...
Máscara blue, muito azul
profundo, que busca a
verdade, inútil hoje.
Metas de justeza que
nunca chegam a contento,
naufragando, alto-mar...
Máscara amarelada,
escrúpulo diligente
que torna velhos, os jovens.
Insensatez travestida
de precaução, retirando
toda espontaneidade...
Tudo é máscara, homem!
Máscara violácea, ainda,
dos que se perdem por trás
de práticas aberrantes.
Góticos umbrais de umas
catedrais mortas a dizer
as mesmas e poucas frases...
Máscara verde, também,
de tantos que querem a
preservação, mas abusam.
Fazem escudo, balela
do discurso da Mãe Terra,
sugam dinheiro com Ongs...
Máscara branca da paz,
várias vezes enfocada,
tão pouco guardada dentro.
Pacíficos mares nunca
navegados e apenas
citados por hipócritas...
Tudo é máscara, homem!
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 29 de março de 2016

Poemas premiados



Fiquei em 2o. lugar no 12o. Prêmio Nacional de Poesia - Cidade Ipatinga no âmbito do 14o. Circuito de Literatura do Clube de Escritores de Ipatinga . 2015
Os poemas do grupo denominado Distúrbios são esses:


A espera
Longe, muito longe,
está minha espera.
E é Afrodite
que espero e que
me espera doutro
lado do espelho...
Não é Alice que
já foi embora anos
atrás, minha infância.
Porém, a filosofia
estética insiste
em se esconder...
A arte não é mais
do que investimento.
E não há fé entre
os habitantes da Lua,
esses miseráveis da
espera do longe...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)



A vida que não volta atrás
Vórtices em uníssono.
Cabeça de Saddam Hussein:
“a Mãe de todas as batalhas”,
com desenho do South Park...
Osama Bin Laden em vídeo
ameaçando o Ocidente,
as torres desabando por
controle remoto, não por aviões...
Vítimas da guerra suja,
refugiados em profusão.
O menino morto na praia.
Limites que não existem mais...
Rabi, cura-me, cura-me.
Cada um cuida do seu
rabinho, ninguém cuida da
vida que não volta atrás...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)



O gongo da transcendência
Enquanto dobra o
Cabo da Boa Esperança,
o velho torna-se o 
jovem; sua é a alma
do mundo, não há
mais nada a perder.
Exemplo das inquietudes
de Loki, o deus da
mentira; a vida passa
com suas meias verdades
que nos trazem memórias
e apagam tudo de ruim.
Quanto mais distante,
mais bonito fica na
saudade de quem já
experimentou, a ferro
e fogo, todas as
mortes em vida.
O velho e o jovem
são e não são, estão
e não estão, sendo esse
o gongo da transcendência
que o Oriente tanto
preza e a gente despreza.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)



Quando
Quando Galilei Galileu
foi condenado pela
audácia de pensar,
pôneis azuis e unicórnios brancos
não trotavam livres nas florestas...
Quando Joana D´Arc
foi queimada viva
na fogueira do poder,
as cabeças de elfos não
carregavam coroas douradas...
Quando Edward Snowden
é um exilado na Rússia, 
não há nem sombra de
valquírias que possam
fazer valer guerreiros na morte...
Quando Ahmed Mohamed
é algemado e preso
por levar um relógio digital
para a escola, nos EUA,
não há mais magia de alquimistas...
Quando nem silfos do ar,
nem ondinas do mar
se atrevem a dar as caras;
os poucos gnomos da terra e
salamandras do fogo já se foram...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)



Vontades
Vestígios de ancestrais
são achados em algum lugar.
Os da Atlântida 
nunca são encontrados...
Especialmente hoje
estive taciturno,
mas não me pergunte porque...
Aquarelas são tão
bonitas quando
só insinuam...
Municípios arborizados
poderiam fazer parte
das cidades lunares...
Tudo isso são desejos
ou simples ansiedades,
que vem e vão, sem nexo...
Mas eu acredito que
minhas vontades serão
descartadas sim.
Ad infinitum...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 1 de março de 2016

Página renovada no nosso Catálogo Online de Arte

Catálogo Online da Nossa Galeria de Arte - Página de Mauricio Duarte: Visite a minha página renovada no nosso Catálogo Online de Arte: seu espaço para apreciação e aquisição de arte. Novas peças de arte. Obrigado. Bem vindo(a).


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Contemplando o próprio interior

Visite a minha Coluna no Divulga Escritor e leia o novo texto: Contemplando o próprio interior:



Contemplando o próprio interior


Nos últimos períodos históricos da nossa civilização foram desenvolvidas tecnologias que exploram ao máximo o exterior do homem em todos os aspectos, instâncias e graus. Porém não ocorreu o desenvolvimento paralelo ou concomitante das nossas dimensões psíquicas, emocionais, valorativas e éticas, nosso interior foi deixado de lado.
O resultado disso não poderia ser outro senão a criação de monstros como o cientificismo ou a normose, por exemplo.  No primeiro caso, é hipervalorizado o papel da ciência, sendo que o saber científico é considerado superior a todas as outras formas de conhecimento humano e compreensão humana da realidade como a religião, a filosofia metafísica, dentre outras.  Já a normose nos faz ajustados às normas, conceitos e padrões que nos trazem dor, sofrimento e angústia e que continuamos a praticar simplesmente porque “todo mundo faz”.
Para enfrentar esses monstros é preciso olhar para dentro.  Cultivar um mundo interior pode ser uma via de ressignificação e de tornar mais pleno nosso cotidiano.  Ouvir o coração, ouvir a mente, ouvir a alma e o espírito, enfim, pode realizar verdadeiras maravilhas por quem passa por dificuldades, sejam essas materiais, de doença física, psicológicas ou existenciais.
Nesse sentido, a divindade que existe na nossa fagulha interior pode nos guiar através dos nossos instintos a um caminho, seguindo uma tradição católica, evangélica, hindu, taoísta, xamânica, sufi ou até seguindo seus próprios pensamentos se você for agnóstico ou ateu.
Projetar nos outros, na situação econômica, política ou social a nossa felicidade não é aceitável.  Nossa felicidade está nas nossas mãos.  Temos que desenvolver o poder de compreender, aprender e crescer, que é muito diferente de, simplesmente, envelhecer e morrer.  As qualidades espirituais precisam florescer para que os dotes únicos e inatos de cada indivíduo venham dar vazão à sua consciência cósmica.
Desse modo, criar vínculos com os nossos semelhantes será fácil e melhorado em 100% de qualidade.  Porque antes teremos criado a sabedoria de ouvir a nós mesmos no mundo interior e nos respeitarmos como seres humanos plenos, vivos e autoconscientes.  Praticar essa sapiência no mundo exterior será apenas uma continuidade da nossa decisão e vontade interior.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/contemplando-o-proprio-interior-por-mauricio-duarte/