sábado, 24 de maio de 2014

A guerra perdida contra a pirataria | Carolina Pinho




A pirataria é um problema do nosso tempo. A indústria do
entretenimento, seja música, games, tv ou filmes, não sabe lidar com a
situação. Para piorar, qualquer computador conectado à internet é, em
potencial, uma ferramenta e um reprodutor de produtos piratas. Há tempos
li este artigo de Dan Misener
sobre a pirataria na indústria editorial e o medo que isso gera nas
editoras. Os pontos que ele levanta podem ser aplicados a toda a
indústria de entretenimento.





Misener afirma que existem três tipos de piratas: os que
apreciam burlar o sistema; os que não tem dinheiro para consumir e os
que não tem o produto disponível para a compra legal
. Destes
tipos o único que a indústria é incapaz de conquistar é o primeiro, os
dois restantes é uma questão de adaptação e entendimento dos tempos
atuais.





Vamos trazer o caso para a realidade brasileira. Os seriados chegam
aqui com meses ou até anos de atraso, depende se você assiste na tv
aberta ou fechada, isso faz com que seja impossível não saber spoiler.
Não precisa ser a pessoa mais conectada do mundo, na internet horas
depois de um episódio ir ao ar no seu país de origem spoilers começam a
pipocar no Facebook, Twitter ou Tumblr. E não só os fãs fazem isso.
Recentemente a série The Good Wife matou um de seus personagens
principais, a produção da série conseguiu esconder o fato de todos por
quase um ano, mas foi o episódio ir ao ar no EUA que na fan page oficial
deles tinha um texto dos produtores explicando a morte e o título dizia
quem morreu. Se você é um fã da série de outro país ou que simplesmente
não viu o episódio na sua primeira exibição, todo o choque com a morte
foi destruído. Os comentários as post são todos de revolta, não com a
morte do personagem, mas com o spoiler indevido em um canal oficial da
série.





Não é por suprema bondade que a HBO passa os episódios de Game of Thrones
simultaneamente em todo o mundo. Ela sabe que se não fizer isso vai
perder uma boa fatia de sua audiência. Mesmo com essa estratégia, Game of Thrones
bate recorde toda a semana de programa mais pirateado. A questão é que,
com uma conexão mais ou menos, qualquer um consegue baixar um episódio
em menos de um dia, e mesmo com esse atraso assistir, com legendas,
muito antes de passar na tv brasileira, fechada ou aberta. Esse é o
problema: a tecnologia e as comunidades de fãs transformaram a pirataria
em algo, fácil, rápido e eficiente. Algumas vezes, na maioria das
vezes, as legendas feitas por fãs são muito melhores do que as vistas na
tv. Isso quando há legendas na tv fechada. Cada vez mais canais dublam
as séries e os resultados são pavorosos (mas isso é tema para outro
post).





A indústria fonográfica está conseguindo começar a respirar com a
venda pelo iTunes e o entendimento de que as pessoas não compravam CDs
porque queriam todas as músicas e sim porque queriam só algumas. O
caminho que encontraram é a venda do que o consumidor quer com um preço
acessível. Estão conquistando os 2/3 dos piratas de que falei no começo
do texto.





Outra indústria que está no caminho certo é a de games. Ao criar a
ideia de diversão coletiva em jogos como WoW eles inibem a pirataria. De
que adianta ter uma chave pirata se você vai se divertir sozinho? As
duas soluções acabaram com a pirataria? Claro que não, mas deram
oxigênio para duas indústrias que estavam sufocando.





Livros e tv enfrentam um desafio extra. Em ambos os casos a
experiência que você tem num produto pirata é igual à original. A
internet deu a possibilidade de o espectador ter tudo na mão com alguns
cliques na melhor hora para o espectador e não mais na hora definida por
um canal. Essa mudança de comportamento fez com que a audiência nos EUA
seja medida levando em conta a audiência de uma semana depois da
exibição. Essa medição leva em conta as pessoas que gravam os programas
para assistir depois. É a realidade desta geração: tudo na mão e na hora
que quiserem. Não tem como voltar atrás.





Meu sonho de consumo é poder montar minha própria programação de tv,
onde figuram jornais nacionais, seriados ingleses e europeus, esportes
(só jogos selecionados) e um tanto de programas nostálgicos. Um tempo em
que eu tenha a possibilidade de ignorar as barreiras nacionais e
assistir, legalmente, tudo o que gosto, na hora que quero e sem ter que
esperar. Isso é mais ou menos possível hoje. Um monte de gente no mundo
faz, mas é completamente ilegal. Quando a indústria vai descobrir que é
melhor se juntar, satisfazer seus clientes e lucrar do que continuar
tentando lutar? A guerra está perdida há tempos.





A guerra perdida contra a pirataria | Carolina Pinho

Os Enredos Paralelos


Nem toda história rende a ponto de se transformar em um romance pelo fato de não ter conteúdo o suficiente. Para isso, é necessário aprofundar mais na biografia e características de personagens. Os principais, os coadjuvantes e os vilões precisam ter uma aparição bem desenvolvida para que a história tenha sentido. Mas o autor deve se atentar para que tudo tenha sentido, para que não apareçam incoerências e motivos desnecessários para que o personagem exista na história. Como já havia informado sobre o conceito de literatura fantástica, se você criar um personagem bizarro, ele precisa ter motivo para existir naquela história. Literatura fantástica não é literatura ilógica.
Um dos segredos mais notáveis para tornar uma obra mais rica de informações e conteúdo é o enredo paralelo. É praticamente essencial para quem quer publicar um romance de mais de cem páginas.
Já notou como muitas novelas conseguem durar tanto tempo? Um período de oito meses, equivalem a 192 capítulos. Somando as 40 páginas diárias, dão um total de 7680 páginas! Algo em torno de 19 volumes de livros grossos de 400 páginas. O que faz uma história durar tanto? Vários núcleos de personagens e enredos paralelos coerentes com a história principal.
É como tecer uma trança. Algumas levam duas colunas de fios, outras três e outras quatro e adiante. Quanto mais definidas e organizadas, mais sustentáveis elas serão.
  
 Leo Vieira

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Resenha: "Histórias De Quilombolas", de Flávio Dos Santos Gomes


Histórias De Quilombolas, Flávio Dos Santos Gomes

 
Em "Histórias de quilombolas", Flávio dos Santos Gomes retrata o mundo interligado das senzalas e dos quilombos no Rio de Janeiro do século XIX. Resultado de pesquisa primorosa feita em arquivos policiais e judiciários, o livro descreve com detalhes as ligações dos quilombolas com grupos livres e com os cativos, mostrando como os fugitivos abalavam o equilíbrio das relações escravistas.


A primeira parte do livro conta como, no século XIX, os quilombos de Iguaçu, no recôncavo da Guanabara, resistiram à repressão das autoridades. Taberneiros, pequenos negociantes e escravos comerciavam com eles e os informavam sobre as expedições repressoras.


A segunda parte examina a "insurreição quilombola" de Manoel Congo, em Vassouras, em 1838, de que participaram cativos africanos e "crioulos" (nascidos no Brasil), trabalhadores, domésticos e lavradores - tanto homens como mulheres. 


O final reúne histórias dos anos 1870 e 1880 que mostram como a crise de legitimidade do escravismo potencializou o movimento de libertação dos escravos.

sábado, 17 de maio de 2014

Chiclete, a Animação Gonçalense que Chegou pra Grudar.

Chiclete é um cãozinho de pelúcia mágico que ganha habilidades especiais quando está junto de crianças que tenham imaginação. O personagens e seus amiguinhos foram publicados pela primeira vez em 2009 pelo gonçalense Edson D'Car e ganhou muita popularidade na internet e nas escolas. Os personagens já ilustraram tiras, jornais e até revistas em quadrinhos, sendo uma delas para campanha contra o mosquito da dengue.
Sempre visionário e fazendo um trabalho persistente e incansável, o seu criador, Edson D'Car agora investe em uma produção animada. A série segue com produção totalmente gonçalense, onde é desenhada, animada e gravada na cidade de São Gonçalo, no Estúdio João Caetano.
O desenho também conta com elenco da região, onde terão crianças de verdade nas vozes dos personagens infantis, para garantir mais naturalidade e identificação com o público infantil.



As Aventuras de Chiclete
Autor, produtor e diretor: Edson D'Car
Técnico de som: Ricardo Fortuna
Elenco:
Leo Vieira: Chiclete
João Victor Sanches: Dudu
Amanda Sanches: Duda
Paulo Martare: vozes adicionais
Aline Sanches: Narração, Mãe e Vendedora.




Leo Vieira



quinta-feira, 15 de maio de 2014

SALgunda Feira Literária

Escritores e poetas com livros publicados:

Devido ao sucesso da Feira de Livros de São Gonçalo, realizada de março a abril deste ano, na Praça Luiz Palmier, temos o prazer de convocar a todos para uma nova edição.
A 2ª Edição da Feira de Livros de São Gonçalo será na rua João Caetano esquina com Rua Yolanda Saad Abuzaid, no Alcântara. Uma iniciativa da Secretaria de Cultura de São Gonçalo, com apoio da SAL.
Os escritores e poetas gonçalenses tem um espaço especial para a venda de suas obras: uma banca especial para a produção literária de nossa cidade.

A Feira terá início no dia 1º de junho e se encerrará no dia 1º de julho de 2014.

Contato e informações pelos telefones 27122000, 979234190 (Alexandre) / 98206-6252 (Leonardo).




Leo Vieira

quinta-feira, 8 de maio de 2014

SALgunda Feira de Livros de São Gonçalo


A banca de autores gonçalenses da SAL foi um sucesso e a oportunidade para participar voltou, agora em Alcântara.

Se você gonçalense tem obras publicadas, essa é a chance da SAL te ajudar a divulgar e vender.
E se você ainda não publicou, mas tem a obra finalizada, procure os serviços da SAL Editorial.
O que você não pode é mais uma vez ficar de fora. Não perca outra oportunidade de obter seu reconhecimento e integração com a cultura e literatura da cidade.

A SAL é o Tempero Cultural para tornar São Gonçalo ainda mais literário.

A 2ª Edição da Feira de Livros de São Gonçalo será na rua João Caetano, esquina com Rua Yolanda Saad Abuzaid, no Alcântara e terá início em 1º de junho.

Contato e informações pelos telefones 2712-2000, 97923-4190 (Alexandre) / 98206-6252 (Leonardo).



quarta-feira, 30 de abril de 2014

Coadjuvantes Especiais


Há uma frase muito explorada em exemplos de roteiros que é que "não existe piada ruim e sim, piada mal-contada". Realmente, isso é verdade. Todo o tipo de estereótipo já foi fartamente recontado e para não ocorrer um desgaste literário, o autor precisa ser o mais criativo possível, para não saturar a paciência do leitor.
Toda história tem um início, meio e fim sempre naquele ritmo alternado com clichês e previsibilidades. Há o herói, o vilão, a questão onde a trama irá girar, alguns contratempos necessários, uma dose de drama, romance, um pouco de cenas engraçadas e o final onde o bem vence o mal.
Mas o que poderia tornar a obra com um detalhe mais especial? Tudo. Mergulhe na pesquisa e explore os seus conhecimentos. Procure esquematizar menos os personagens e enriqueça suas biografias e árvores genealógicas.
Mas o detalhe especial do post de hoje são para os coadjuvantes. Se o livro fosse uma receita de bolo, Os componentes seriam os ingredientes essenciais e os coadjuvantes, os temperos especiais. A escolha do tempero certo que fará a iguaria marcante.
Os coadjuvantes tem a importante missão de não deixar o enredo previsível demais. Você pode até se atrever a mostrar uma típica história de amor, suspense ou qualquer outro gênero; mas se os personagens aliados do herói e do vilão forem biograficamente atraentes, sua obra terá um rumo fantástico, tornando todo o conteúdo irresistível.

Leo Vieira

domingo, 27 de abril de 2014

Sessão Anima-São de Abril


No dia 26 de abril, sábado, no Centro Cultural Joaquim Lavoura, houve mais uma edição da Sessão Anima-São, promovida e realizada pelo Estúdio Alexandre Martins e com o apoio da SAL (Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo).
O evento teve a abertura com a apresentação do secretário Leo Vieira sobre o evento e o seu realizador, Alexandre Martins, presidente da SAL e proprietário do estúdio que leva o seu nome, que há 22 anos realiza ilustrações, desenhos animados autorais e outros serviços artísticos.

O evento realizou a exibição de 4 curtas metragens de vários países, proporcionando admiração e comentários engraçados do público. Estiveram presente os integrantes do coral do Centro Cultural e o escritor e poeta gonçalense Carlos Passarelli.
No final da exibição, Alexandre Martins fez o encerramento e respondeu às perguntas da plateia.
Bruna Tavares (conselheira), Alexandre Martins (presidente) e Leo Vieira (secretário).



Leo Vieira


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Download de Livros


Ultimamente tenho acompanhado algumas polêmicas envolvendo blogueiros e escritores por conta disso e com o tempo, cada vez mais está merecendo atenção. Muitos blogs não só estão aderindo como também estão incentivando que outros blogs utilizem da mesma política de compartilhar download de obras literárias. Isso não é nada legal...
Todos nós sabemos do trabalho que dá construir uma obra literária. E também sabemos do custo que é investir nos registros, revisão, artes, acabamento, até a sua obra se transformar em um livro impresso de qualidade. Então, imagine depois a frustração desse autor quando descobre que o livro foi pirateado, seja pelo e-book ou até mesmo escaneado? Isso não se faz...
Então, como escritor e também como blogueiro, peço a todos que levem a sério a ideologia literária, custe o que custar. Download de livros somente para obras que estejam em domínio público e/ou publicações acadêmicas sem fins lucrativos.
Não tem sentido, nem lógica, nem cabimento apoiar um escritor copiando o livro dele. Então, não faça uma coisa dessas.
Se você quer muito ler, mas não tem dinheiro ou interesse de gastar, participe de book tour, vá na biblioteca onde o livro está, peça emprestado de algum amigo, mas jamais faça download, nem mesmo incentive isso. Se você tem alternativa de copiar o e-book e/ou escanear, isso não lhe dá o direito de fazer tais atos desonestos.
Escritores e blogueiros que andam juntos no mesmo propósito somente terão a ganhar.


Leo Vieira

terça-feira, 22 de abril de 2014

Cabeça de artista funciona de forma diferente, diz estudo


FREDERICO GOULART E MARIA CLARA SERRA

O artista plástico Alexandre Cavalcanti conta que, conta que desde pequeno mostrou particular aptidão para as artes.
Foto: / Foto Guito Moreto
O artista plástico Alexandre Cavalcanti conta que, conta que desde pequeno mostrou particular aptidão para as artes. / Foto Guito Moreto 
 
RIO - Muita gente comum acha difícil entender cabeça de artista. Talvez essa característica seja até um pré-requisito para fazer daquele “espaço” uma fonte de ideias e criações. À luz da ciência, entretanto, a explicação parece ser menos romântica e mais técnica: o cérebro dos “virtuosos” é simplesmente diferente. Foi isso que diz ter provado um novo estudo publicado esta semana na revista científica “NeuroImage”.

O resultado foi alcançado por meio de uma técnica recente de digitalização do órgão chamada morfometria baseada em voxel (MBV). A varredura mostrou que os artistas apresentam maior presença de substância neural em uma área responsável pelo bom desempenho motor e pela comunicação visual, o chamado precuneus, que fica no lobo parietal. Isso reforça a crença de que o talento dessas pessoas pode ser inato.

— O precuneus está relacionado a uma série de funções potencialmente ligadas à criatividade e à capacidade de manipulação de imagens visuais — afirmou à “BBC News” a cientista chefe do trabalho, Rebecca Chamberlain, que disse ter realizado o trabalho para tentar descobrir se os artistas de fato veem o mundo de maneira diferente.

Maior aptidão motora

O participantes também foram estimulados a realizar tarefas de desenho. Por meio dessas atividades, a equipe estudou a relação entre o desempenho e o estado das massas cinza e branca do cérebro. Notou-se que os voluntários que apresentaram mais habilidade tinham essas substâncias em formas aumentadas no cerebelo e na área motora suplementar, duas regiões que estão envolvidas com o bom controle motor e com a realização de ações de rotina.

Os resultado do estudo, porém, não é capaz de cravar que os aspectos que influenciam em um determinado talento artístico são totalmente inatos ou se podem ser adquiridos. Na visão do neurocientista Jorge Moll, presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, exemplos de artistas que estão “fora da curva” apresentam forte relação das duas características.
— Qualquer habilidade de alta ordem, de alta complexidade, não pode ser explicada de modo simplista. Elas envolvem múltiplos sistemas cerebrais e cargas genéticas, mas também são fruto de muito treinamento — pondera.
O especialista também classificou o estudo como inovador, por usar a técnica de morfometria a fim de avaliar quantitativamente certas substâncias presentes no nosso cérebro.
— O trabalho não apresenta uma relação de causa e efeito, mas um aspecto correlacionador entre as características da estrutura cerebral e as habilidades. Os pesquisadores não descobriram, por exemplo, se essas características são fruto de alguma alteração ou se já acompanham as pessoas desde o nascimento.

Artista plástico e professor de arte no Colégio Bahiense, Alexandre Cavalcanti se formou em desenho industrial e fez mestrado em Belas Artes em Nova York. Ele conta que, em sua vida, desde pequeno mostrou particular aptidão para as artes:
— Nem me lembro de quando começou esse meu gosto. Só percebi que queria fazer da arte minha profissão quando, no vestibular, tive que decidir qual curso faria.
Hoje, Alexandre dá aulas de arte para crianças de 10 a 13 anos. Na sala, diz perceber claramente quando os pequenos demonstram talento para alguma habilidade.
— Podemos desenvolver alguma capacidade, mas dá para ver que alguns alunos têm mais aptidão, têm a mão mais solta. Mas também tem o lado criativo. Alguns são piores na habilidade, mas têm criatividade de sobra e podem compensar. Ou até mesmo seguir em outro caminho da arte que não o desenho — pondera.

‘Todos somos arteiros’

A designer e professora de desenho da PUC-Rio Marcela Carvalho acredita que as crianças sofrem uma hiperestimulação, o que pode prejudicar no desenvolvimento de suas habilidades para o futuro:
— Elas precisam da desopressão, do não estimulo, de um espaço de liberdade. A infância é criadora, todos são artistas. Então, o desenvolvimento da habilidade e do cérebro tem muito mais a ver com com o meio, o espaço onde se vai trabalhar aquilo. Não tem aquela expressão “esse menino está fazendo arte, é arteiro”? É isso mesmo. Todos nós somos.







Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/cabeca-de-artista-funciona-de-forma-diferente-diz-estudo-12233387#ixzz2zcuHHDgZ

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Identidade Literária


Quando conhecemos uma história, ficamos fascinados pela forma que foi contada. Isso depende muito do autor, principalmente se ela é original. No caso de uma recontagem, como uma fábula por exemplo, ficamos ainda mais deslumbrados com as características especiais do escritor. Um exemplo notável disso é a Disney, que sempre usa características especiais, como canções e enredos com mascotes e mensagens positivas, sempre apelando para a franquia de brinquedos, revistas e tendenciando as cenas de ação para os modelos de videogame.
No caso de identidades literárias, temos as fábulas, onde ganham várias recontagens, sejam elas no gênero infantil, humor (com paródias), e até mesmo adulto (com mais cenas de ação). Isso torna o autor até mais reconhecido.
Vejam como existem literaturas sobre vampiros, zumbis, anjos e outras figuras
fantásticas, folclóricas ou mitológicas. Cada um usa de seu conhecimento e
imaginação. Quanto mais criativo e menos estereotipado ele for, mais a obra se
tornará verossímil e especial aos seus leitores.
Nunca deixe de pesquisar e fazer diferente quando for apresentar uma nova história.
Sempre há algo que pode ser modificado. Cuidado para não seguir estereótipos já desgastados e muita atenção para algo não parecer plágio.


Leo Vieira

terça-feira, 8 de abril de 2014

A Roda Já Foi Inventada


Conhece essa expressão? Em que exatamente ela se aplica? Em praticamente tudo. A Roda, sem dúvidas, é a maior descoberta da humanidade, até mais do que o fogo. A Roda não é um invento. A Roda já existia há muito tempo. A Roda estava e ainda está em todo lugar. Tudo que desenhamos se inicia com proporções geométricas, mas nas formas circulares que ela ganha padronização. Se tudo o que desenhamos e criamos tem o formato de uma Roda, significa que de certa forma, nada é muito original, pois tem o movimento esférico como modelo.
Literariamente falando, o escritor é um reinventor de Rodas. Toda sinopse, enredo, argumento, personagens e roteiro, até esse conglomerado de textos se transformar em um livro é na verdade uma grande Roda. Mas é uma Roda muito especial. Todo romance tem início, meio e fim; além de personagens bons e maus; tramas que andam em um compasso, mantendo o ritmo até o desfecho, deixando o leitor satisfeito a ponto de querer saber mais sobre o autor e aguardar a próxima Roda. Essa é a Roda que o escritor precisa reinventar e assim como o formato, o seu trabalho precisa rodar e girar em um ciclo contínuo, sempre reinventando e aprimorando.
Não tenha medo de recriar. E não tenha pressa em adaptar as suas ideias. Um trabalho bem feito precisa de tempo e de aprofundamento. Pense, crie, desenvolva e a sua ótica será apreciada como uma grande redescoberta.


Leo Vieira

segunda-feira, 31 de março de 2014

Lições de Chesterton para quem deseja ser escritor

Rodrigo Gurgel


Chesterton é grande e grandioso. Seu texto empolga, contagia. Sua argumentação irônica faz explodir diante de nós os paradoxos do mundo que construímos — quanta loucura somos capazes de aceitar!

Ele pode também ser um bom professor, daqueles raros, cujas lições extrapolam o medíocre livro didático. Conselhos só aproveitáveis, entretanto, aos dispostos a ler e reler.

Acompanhem esta aula para quem deseja ser escritor. Os conselhos servem a todos, ainda que o tema se restrinja a histórias de detetives. Uma das melhores lições, por exemplo, é endereçada aos que “têm a estranha noção de que é tarefa deles confundir o leitor; e de que, contanto que o confundam, não importa se o desapontam” — prática que se tornou um vício na literatura contemporânea brasileira.



 
 
fonte: http://rodrigogurgel.blogspot.com.br/2014/03/licoes-de-chesterton-para-quem-deseja.html