domingo, 21 de outubro de 2018

19o. Certificado de Louvor Poético na AVL



É com grande prazer e honra que venho divulgar meu 19o. Certificado de Louvor Poético na AVL. Um grande abraço.

Antes da vitória vem a tentação. E quanto maior os louros a conquistar, maior a tentação a que é preciso resistir.

Stephen King.

AVL se congratula ao parabenizar seus membros que com dedicação esmerada coroa com mais um certificado o sucesso da confraria!

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Artes visuais


Artes visuais


Escrever sobre artes visuais é como tentar descrever uma sessão de meditação profunda.  Na verdade, é indescritível...  É preciso experimentar... As palavras são boas para o mundo objetivo, pragmático, direto que parece ser nosso destino no mundo dos negócios e das relações de trabalho, cuja utilização da tecnologia e da ciência sempre quiseram construir ou estiveram a serviço no projeto civilizatório.  Os poetas, músicos e compositores – e eu me incluo aqui, como poeta – irão imediatamente protestar.  A linguagem poética, no entanto, trabalha, em geral, na margem, quase como um desvio da linguagem da escrita ou da oralidade.  E é daí, talvez, que venha a sua maior força: a subjetividade, a dubiedade, o contexto fora de contexto que diz tudo com tão pouco, apenas... palavras... Ou chega ao âmago do sentimento, apenas com... palavras...
As palavras, porém, já foram símbolos, antes de serem palavras.  Desde a escrita de Biblos, cidade fenícia de onde veio o alfabeto daquele povo comerciante e navegador inspirado nos hieróglifos egípcios – e diferente deles bem como diferente da escrita cuneiforme dos sumérios – até o internetês dos KKKKK e dos rsrsrsrs ou dos vc e dos bj, tudo passa pela visualização.  E essa visualização tem a sua maior prova, talvez, no alfabeto hebraico, inspirado no crepitar das chamas do fogo.  A palavra é fogo.  A imagem pode ser fogo também?
A imagem talvez não, mas o símbolo sim.  Não à toa os praticantes de oração centrante  pedem a Deus para que os livre “das armadilhas dos sentidos” e os liberte “de símbolos e de palavras”, antes do período de silêncio, segundo a oração do padre Meninger.
O símbolo é uma imagem elaborada para ter e deter pregnância visual.  No design gráfico é fundamental para identidades visuais, acompanhando logotipos e formando identidades visuais corporativas de empresas, instituições, organismos, governos entre outras possibilidades.  A imagem é direta e eficaz quando atua paralelamente ao símbolo correlacionando ou remetendo ou “parafraseando” visualmente uma imagem conhecida, que se tornou símbolo, com o passar do tempo ou pela exaustão de divulgação, falando em artes visuais mais propriamente.  Como os livros falam, no final das contas, de outros livros, assim, muitas vezes, as imagens falam de símbolos, imagens célebres.  As imagens revisitam ou reconfiguram símbolos que sempre estiveram presentes no imaginário coletivo, disponíveis para serem “usadas” esperando apenas a mão do artista visual para aflorarem novamente no universo de todos.
As artes visuais, gravura, escultura, pintura, ilustração, desenho, história em quadrinhos, animação gráfica, computação gráfica, dentre outras, podem nos fazer vislumbrar novas concepções de antigas “ideias” visuais, novas releituras de símbolos que nos levam ao arcabouço ou repertório visual em nossas mentes por anos de exibição da cultura de massa, da cultura erudita, do mid-cult ou do cult.
Cabe a cada um conservar ou descartar “peças” desse arcabouço ou repertório visual na mente e renová-lo ou alimentá-lo sempre que nos apetecer vislumbrar universos que só um criador verdadeiro, um artista visual real poderia fazer.  E, em tempos de softwares de manipulação de imagem cada vez mais acessíveis, quem sabe se arriscar num do it yourself e libertar o criador que existe em todos, potencial ou hipoteticamente.  Paz e luz.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/artes-visuais-por-mauricio-duarte/?fbclid=IwAR22VtQRgjVtOc7j8su0eti6pvSLFugwL1gDkjK50xQfmUm6K2oXaKcyuK8

domingo, 30 de setembro de 2018

Respirando Poesia . Bartira Mendes . 2o. Vídeo . O mês das crianças e a ...





Para outubro, o mês da criança, o nosso Canal Respirando Poesia disserta brevemente sobre um tipo muito particular de poesia, a poesia para criança, que promove o imaginário e a sensibilidade na infância. Possibilitando que o jovem leitor adquira valores e crie o gosto pela literatura e pela cultura, a poesia para criança é o foco deste vídeo, brilhantemente conduzido pela poetisa Bartira Mendes.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Farsa da sociedade do espetáculo


Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Farsa da sociedade do espetáculo

De tantos redemoinhos
ao redor de um círculo,
em torno de si próprio,
é esta sociedade,
gotas de conta-gotas
das pieguices, outras tais
comiserações e
ah, a vida cotidiana.

Criações dos marqueteiros
a luzir o estrelato
quinze minutos, fama
morango com chantilly,
fama sorvete se
desnudando de novo
e de novo, no sabor
do sorver do tal ódio.

Máscaras de fantoches,
olhando em volta antes
que esse pano do palco
desça e acabe com todo
espetáculo, farsa
rememorada sempre,
olhos, ouvidos dos
que não enxergam nem ouvem.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Poder




Poder

Para que poder?
Que farás com
o poder, ora?

Poder pra viver
dirá a maioria, é;
poder pra mandar,
dirão alguns, ter
tudo, tudo olhar
e possuir sempre...

Para que poder?
Que farás com
o poder, ora?

Poder para fazer
dirá a maioria, é;
poder pelo, oh,
poder, dirão
alguns, ávidos
por poder, pois...

Para que poder?
Que farás com
o poder, ora?

Poder para o real
dirá a maioria, é;
o poder total
dirão alguns em
delírio total,
loucos por poder...

Para que poder?
Que farás com
o poder, ora?

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Certificado de Homenagem à Olga Palmier Teles pelos 125 anos do falecido intelectual, Luiz Palmier



Certificado de Homenagem à Olga Palmier Teles pelos 125 anos do falecido intelectual, Luiz Palmier, em reconhecimento pela vida e obra de seu pai, conferido em 21/09/2018 por ocasião da Solenidade de 44 anos da AGLAC (Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências).

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

É a primavera.



Meu certificado de participação no Sarau da USCA com o poema: É a primavera.
É a primavera
É a primavera,
meu coração sorri.
É tempo de flores,
crisálidas de
lagartas tornam-se
borboletas e,
em festa, voam.
É tempo de luz,
os raios de sol
são mais vivos e
brilhantes e o
céu limpo, anil.
É tempo de graça,
revigorar o
espírito e
trazer, mais uma vez,
esperança, sim.
É a primavera,
meu coração sorri.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Minha participação no Tomo III da III Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea “Além da Terra, Além do Céu”

Minha participação no Tomo III da III Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea “Além da Terra, Além do Céu” com poema de minha autoria, Mauricio Duarte, "Vazio".


Vazio
Era dos signos-marcas
em todos espaços,
todos lugares, virtuais ou não.
Símbolos-identidades,
tremeluzindo e
piscando ininterruptamente...
Sinergia dos logotipos
em profusão cabalística
a sorrir e deitar-se para
o sexo; vende-se o sexo,
qualquer um, não importa.
Ícones da luxúria onipresente...
São os donos ilimitados
das ruas, shoopings, praças,
bares, avenidas, olhos, mentes.
Lembram-nos do grande
vazio existencial
que enchemos de nada...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Booktrailer do livro: 
https://bit.ly/2pmDLr3

JUVENTUDE!!!!!! E MUITO..... TRABALHO#ROFA.





Vídeo Entrevista com o Escritor Imortal da AGLAC: Rogério Araújo Rofa . https://youtu.be/at19qgRvsUY

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Paulo Coelho e As Valkirias


Paulo Coelho e As Valkirias


A obra de Paulo Coelho é um sucesso editorial, é um fenômeno editorial. Mas não é só isso. Sua obra é marcada por um estilo próprio que, mesmo quando contestado ou criticado, transpassa como água límpida e cristalina, tão simples como o sol de verão, banhando com seus raios quem aproveita o bem estar ao ar livre.
Sendo um dos 20 escritores mais lidos do mundo, juntamente com Gabriel García Márquez ou Umberto Eco, Paulo Coelho apresenta em sua literatura o que pode ser considerada por muitos, trivial. Porém numa leitura mais detalhada, é percebido que o seu charme new age que vem de encontro da sede de transcendência e de metafísica – e de lucidez – só poderia utilizar-se de uma linguagem simples, sintética e objetiva para efetivar esse tipo de abordagem estilística. A forma é o conteúdo e o conteúdo é a forma. Por que dizer esotérico e dizer hermético, é dizer difícil e complexo. Só pode ser soletrado pelo leitor médio contemporâneo junto com simplicidade e fluidez.
A saída fácil que alguns afirmam sobre a obra do autor, não se sustenta. Escrever sobre sentimentos humanos com um caldo de cultura new age e de espiritualidade profunda não é tarefa fácil. É para quem conhece e dialoga com os meandros da escrita em consonância com o sonho da conspiração mística e com a literatura atual ao mesmo tempo. É para quem sabe da importância de pesquisadores do esotérico e da contracultura como Alan Watts, Osho, Krishnamurti, Fritoj Capra, dentre outros pensadores e iluminados que revolucionaram nossa forma de sentir a vida no século XX e consequentemente nossas existências no atual século XXI.
Vejamos os seguintes trechos de As Valkírias de Paulo Coelho:
“[...]Toda tarde, antes que Vahalla viesse chamar Paulo para passear no deserto, ele e Chris praticavam a canalização, e conversavam com seus anjos. Embora o canal ainda não estivesse completamente aberto, sentiam a presença da proteção constante, do amor e da paz. Ouviam frases sem sentido, tinham algumas intuições, e muitas vezes a única sensação era de alegria – nada mais. Entretanto, sabiam que conversavam com anjos, e que os anjos estavam contentes[...].” (As Valkírias, pág 83)
“[...]Um dia chegará em que os que batem na porta verão ela se abrir; os que pedem, receberão; os que choram, serão consolados[...].” (As Valkírias, págs 236-237)
Segundo Gabriel Perissé, mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH – USP, “Paulo Coelho é amado em virtude do seu gnosticismo sincrético, seu esoterismo exotérico, seu catolicismo reencarnacionista, sua sensibilidade agudíssima para as demandas espirituais e psíquicas do nosso tempo, sua sabedoria tão despretensiosa [...]”
Numa frase atribuída ao escritor quando se referia a Jorge Luis Borges, o autor afirma em texto publicado pelo Jornal do Brasil em 27/07/1996, “o negócio é não complicar.”
Em suma, privilegiando o mistério, o sonho e o oculto, o autor surgiu como um paradigma, como um exemplo para quem busca respostas mais “elevadas” num contexto social desequilibrado, ao mesmo tempo individualista e massificante, tecnologicamente avançado e espiritualmente abandonado, pluralista, mas tacanho.
A simplicidade é a chave da literatura de Paulo Coelho, que preza tanto pela boa escrita quanto pela mensagem, pela essência do que está sendo dito, característica que é encontrada em raríssimas obras literárias hoje em dia.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

(Este texto foi originalmente publicado no Programa Meu Patrono Visto por Mim da Academia Virtual de Letras António Aleixo em 2016)

Referências:

Paulo Coelho - Fenômeno Editorial - site -https://www.hottopos.com/mirand4/suplem4/paulo.htm Gabriel Perissé - Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico

As Valkirias - livro - Paulo Coelho - Editora Rocco - Rio de Janeiro - 1995


Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/paulo-coelho-e-as-valkirias-por-mauricio-duarte/