Eu, Mauricio Duarte, líder da Comissão de Eventos da AVL
(Academia Virtual de Letras António Aleixo) declaro aberto
o 3o. Sarau Festivo Virtual da AVL.
https://www.facebook.com/events/149523969090395/
Desde já, hoje (01 de fevereiro) é possivel publicar poemas aqui no nosso Sarau Festivo Virtual. Cada participante pode publicar até 05 (cinco) poemas. Como o dia efetivo do Sarau será domingo, no dia 4 de março, guarde pelo menos (1) um poema para o dia 04 de março quando todos estaremos juntos aqui.
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Que nossos versos atinjam as mentes, os corações e as almas
de todos aqueles que amam a paz, a dignidade e a justiça,
a liberdade, a virtude e a consciência.
Esperamos tornar o mundo melhor com nossas poesias
para que sempre se possa dizer:
“Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho.
Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos.”
(Sociedade dos poetas mortos - filme norte-americano do gênero drama, lançado em 1989 e estrelado por Robin Williams, Robert Sean Leonard e Ethan Hawke.)
O 3o. Sarau Festivo Virtual da AVL é aberto a todos e todas que
quiserem participar, sejam acadêmicos ou não!!!
Desde que gostem de poesia e queiram compartilhar
seus poemas, trovas, poesias e demais textos poéticos, sintam-se à vontade para participar conosco!!!
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O tema é livre!!!
Desde agora podem ser publicados poemas num máximo de 5 (cinco) poemas para cada participante!!! E no dia 04 de março de 2018 esperamos todos juntos no mesmo horário, de 18:00 às 21 hs!!!
Acolhemos qualquer tipo de poema, desde que não seja vulgar, obsceno demais ou com palavreado chulo demais...
Todos receberão certificados de participação!!!
Haverá premiação em 1o., 2o. e 3o. lugares, além de menções honrosas!!!
Bem vindo(a)s!!!
Semanas
atrás fiquei deveras surpresa, quando a Anitta foi eleita pela imprensa
nacional “A Mulher do Ano”. Confesso que fiquei até mais do que
surpresa, fiquei indignada.
Até
hoje, eu nunca tinha ouvido uma música inteira dela. Conhecia trechos
explorados em comerciais pela mídia. Digamos que a sonoridade e conteúdo
da sua música não me inspiram muito. Mas foi assistindo ao novo
videoclipe dela com seu hit “Vai malandra” que pude perceber meu erro.
Anita é sim a brasileira do ano. É possível notar imediatamente sua
genuína brasilidade nos versos da referida música: “Vai, vai malandra
(an an). Eta louca, tu brincando com o bumbum (an an). Vai malandra (an
an). Eta louca, tu brincando com o bumbum (an an). Tutudum (an an) ….
Desce rebola gostoso. Empina me olhando, eu te pego de jeito…Taca taca
taca…”.
Eu fui imperdoavelmente ingênua e injusta com a imprensa brasileira. O título é merecidamente dela.
Ela
poderia ser, por exemplo, a perfeita musa do STF. Certa feita, a
presidente da instituição, Carmen Lúcia, convidou Caetano Veloso para
cantar nosso hino em uma solenidade oficial. A partir de agora, a
convidada deveria ser ela. Porém, não para cantar nosso salmo
patriótico. E sim apresentar-se exatamente como no seu último vídeo,
fazendo as mesmas coreografias que fez em cima de uma laje na favela,
rodeada de corpos desnudos exibindo nosso orgulho nacional.
Ela
é uma espécie de sacerdotisa do glamour ao culto gramsciano da favela
(comunidade é um termo usado por artistas e intelectuais para tentar
conferir dignidade estética ao horror habitacional não enfrentado por
duas décadas e meia de governos de esquerda). Anitta é nossa musa do
teste ‘Pisa’ e de todos os outros índices da educação nacional. É também
a musa de um país que aceita um condenado da justiça ser candidato à
Presidência da República, mesmo depois de ter destruído a nação. Ela é
uma insígnia de boa parte da nossa riqueza vocabular musical – que hoje
se resume a grunhidos e repetições monossilábicas.
Ninguém
melhor do que ela para representar nossa cultura. O Brasil é hoje
Anitta. Anitta é o expoente cultural máximo daquilo que o nosso país
produziu nas últimas décadas.
Ela
retrata com exatidão o resumo das reflexões particulares sobre a
realidade, apresentada pelos nossos festejados filósofos desta geração.
Filósofos que igualam soldados espartanos – em batalha para defesa de
seus territórios – com os covardes terroristas islâmicos; que apresentam
frases baratas de botequim como o ápice do pensamento filosófico; que
cortejam uma ideologia pestífera para, de forma falaciosa, justificá-la
em cursos de autoajuda e de canalhice travestida de doutrina social.
A
música dela poderia ser usada como roteiro para o trabalho de todos
aqueles que repudiam o empenho do juiz Sérgio Moro e sua equipe.
Não,
eu não culpo a Anitta, ela estava no local certo e na hora exata.
Assim, aproveitou o bom momento. Não, eu não sou cínica a ponto de
reconhecer seus méritos artísticos como louváveis ou enriquecedores para
nosso paupérrimo e sofrido Brasil. Eu apenas luto para que o nosso
país seja bem mais do que aquilo que ela representa tão bem: a nossa
indigência cultural e a falência total como nação, e sem a menor
perspectiva de desenvolvimento.
Ela
é, inquestionavelmente, a musa do Brasil que deu muito errado. Musa da
nossa sofrível educação e mentalidade. Mas antes que me chamem de
injusta, ou me entendam errado, o trabalho dela é honesto e não há nada
de ilegal em rebolar cantando algo popularesco! Seu ofício reflete
somente aquilo que se tornou nosso país culturalmente: aquela parte que
ela exibe com muita altivez, e que é sua marca registrada.
atrás fiquei deveras surpresa, quando a Anitta foi eleita pela imprensa
nacional “A Mulher do Ano”. Confesso que fiquei até mais do que
surpresa, fiquei indignada.
Até
hoje, eu nunca tinha ouvido uma música inteira dela. Conhecia trechos
explorados em comerciais pela mídia. Digamos que a sonoridade e conteúdo
da sua música não me inspiram muito. Mas foi assistindo ao novo
videoclipe dela com seu hit “Vai malandra” que pude perceber meu erro.
Anita é sim a brasileira do ano. É possível notar imediatamente sua
genuína brasilidade nos versos da referida música: “Vai, vai malandra
(an an). Eta louca, tu brincando com o bumbum (an an). Vai malandra (an
an). Eta louca, tu brincando com o bumbum (an an). Tutudum (an an) ….
Desce rebola gostoso. Empina me olhando, eu te pego de jeito…Taca taca
taca…”.
Eu fui imperdoavelmente ingênua e injusta com a imprensa brasileira. O título é merecidamente dela.
Ela
poderia ser, por exemplo, a perfeita musa do STF. Certa feita, a
presidente da instituição, Carmen Lúcia, convidou Caetano Veloso para
cantar nosso hino em uma solenidade oficial. A partir de agora, a
convidada deveria ser ela. Porém, não para cantar nosso salmo
patriótico. E sim apresentar-se exatamente como no seu último vídeo,
fazendo as mesmas coreografias que fez em cima de uma laje na favela,
rodeada de corpos desnudos exibindo nosso orgulho nacional.
Ela
é uma espécie de sacerdotisa do glamour ao culto gramsciano da favela
(comunidade é um termo usado por artistas e intelectuais para tentar
conferir dignidade estética ao horror habitacional não enfrentado por
duas décadas e meia de governos de esquerda). Anitta é nossa musa do
teste ‘Pisa’ e de todos os outros índices da educação nacional. É também
a musa de um país que aceita um condenado da justiça ser candidato à
Presidência da República, mesmo depois de ter destruído a nação. Ela é
uma insígnia de boa parte da nossa riqueza vocabular musical – que hoje
se resume a grunhidos e repetições monossilábicas.
Ninguém
melhor do que ela para representar nossa cultura. O Brasil é hoje
Anitta. Anitta é o expoente cultural máximo daquilo que o nosso país
produziu nas últimas décadas.
Ela
retrata com exatidão o resumo das reflexões particulares sobre a
realidade, apresentada pelos nossos festejados filósofos desta geração.
Filósofos que igualam soldados espartanos – em batalha para defesa de
seus territórios – com os covardes terroristas islâmicos; que apresentam
frases baratas de botequim como o ápice do pensamento filosófico; que
cortejam uma ideologia pestífera para, de forma falaciosa, justificá-la
em cursos de autoajuda e de canalhice travestida de doutrina social.
A
música dela poderia ser usada como roteiro para o trabalho de todos
aqueles que repudiam o empenho do juiz Sérgio Moro e sua equipe.
Não,
eu não culpo a Anitta, ela estava no local certo e na hora exata.
Assim, aproveitou o bom momento. Não, eu não sou cínica a ponto de
reconhecer seus méritos artísticos como louváveis ou enriquecedores para
nosso paupérrimo e sofrido Brasil. Eu apenas luto para que o nosso
país seja bem mais do que aquilo que ela representa tão bem: a nossa
indigência cultural e a falência total como nação, e sem a menor
perspectiva de desenvolvimento.
Ela
é, inquestionavelmente, a musa do Brasil que deu muito errado. Musa da
nossa sofrível educação e mentalidade. Mas antes que me chamem de
injusta, ou me entendam errado, o trabalho dela é honesto e não há nada
de ilegal em rebolar cantando algo popularesco! Seu ofício reflete
somente aquilo que se tornou nosso país culturalmente: aquela parte que
ela exibe com muita altivez, e que é sua marca registrada.
Ela
é, sim, – por indiscutível benemerência no atual contexto sociocultural
– a mulher do ano. E desconfio que poderá levar este título por mais
algum tempo. Somos reféns da nossa ignorância. Estamos conhecendo a
barbárie em todos os segmentos sociais e nela ficaremos sem termos
conhecido o que deveríamos chamar de cultura: uma atividade material ou
imaterial apta a produzir um estado psicológico de, no mínimo,
criatividade e bem-estar social.
Anitta
é a doutora Carmen Lúcia da Música Popular Brasileira; é a Fernanda
Montenegro dos nossos palcos farsescos. O seu sucesso artístico e seu
reconhecimento no cenário musical brasileiro coroam a nossa derrocada
civilizatória.
Talvez,
quem sabe, em um futuro próximo ela terá que dividir seu título com o
Pabllo Vittar. O que seria também honesto. Os dois representam o Brasil
da atualidade com a mais absoluta fidedignidade e transparência! Dois
brasileiros que revelam o corpo, a alma, e a essência do nosso país.