quarta-feira, 27 de maio de 2015

Capa do livro referente ao Prêmio Cultural Feiticeiro das Letras

 

Capa do livro referente ao 9o. lugar como Neófito da Ordem no Prêmio Cultural Feiticeiro das Letras de 2014 com o poema Celebração ao Norte de minha autoria.

Celebração ao norte

Última sexta-feira do mês.
Na Lua cheia de Ishtar,
abre o círculo mágico,
riscado de giz a revelar...

Ishtar, deusa mãe, a Isis.
Irmã de Shamash, é igual.
E filha do deus Sin, lunar.
É protetora do ritual.

Março, após o equinócio,
início das plantações, campos.
Magia evoca guardiões,
a todos os animais mansos,

pelo poder do homem em si,
por todo ato de vontade,
a obra realizar-se-á
na volúpia ou castidade.

O altar é preparado, sim.
Com esmero, velas, faca,
cabo, pentagrama, cálice,
a lâmina curva, a vara.

No círculo todos recitam
palavras de força, de poder.
Especial momento, algum
dos adeptos pode querer

de seus desejos, anseios
realizados em mim,
agradecidos aos deuses,
fecha-se o círculo enfim.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 21 de maio de 2015

XLV CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA Y NARRATIVA “Palabras sin fronteras 2015”



Três poemas de minha autoria que receberam Menção Honrosa no XLV CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA Y NARRATIVA “Palabras sin fronteras 2015” do El INSTITUTO CULTURAL LATINOAMERICANO na Argentina.

Los caminos del poeta

Caminos torcidos
son aquellos en los que
pasa el poeta.
Ir deformación
a su paso.


No hay alegrías,
no hay consuelos,
ni dolores
o commiserations.
Sólo aceptación.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Mañana de ayer

Yo vi los papeles ayer y releí.
La noticia parecía ser
lo mismo hace dos siglos.

¿O son dos milenios
en el futuro?...

De hecho, las noticias
son siempre las mismas, siempre...
Lo que varía es la brecha entre una y outra.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Desiertos de mi alma

El viaje astral en mi mente
campos grandes visitados, los bosques,
lagos, ríos y océanos.

Monos, loros, jaguares,
mil aves, insectos de todo tipo,
pescados, ostras y aguamarinas.

Todo esto lo vio y oyó,
con experiencia, tocado y sentido.
Todo este esplendor de la existencia.

Hasta que llegué a un punto
donde todo era desierto,
no había vida, nada.

Le pregunté a mi ángel de la guarda:
¿Qué pasó con este lugar?
Y su respuesta fue:

Aquí es donde el hombre vivia.
El lugar de la inconsciencia humana
y su futuro, no muy lejos...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Novo Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni



Recebi ontem o Diploma, a Carteirinha e a Medalha de Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni. Estou muito honrado e muito feliz.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

sábado, 16 de maio de 2015

Passa o negro, passa a história



Certificado de participação no Concurso A Matriz da Palavra - O Negro em Prosa e Verso da editora Litteris.

Eu, Mauricio Duarte, participo com o poema Passa o negro, passa a história:

Passa o negro, passa a história

Passa o negro, passa a história.
Na cultura, na música, na sociedade,
o seu legado é imenso e de verdade.

“De um povo, fomos heróis.”
E, da vida, são artistas, poetas,
jornalistas, médicos, professoras,
cientistas, juízes, policiais.
Em tudo e em todos está o negro.

Passa o negro, passa a história.
Na trajetória do povo brasileiro,
está inserido seu nome guerreiro.

“De um povo, fomos heróis.”
E, da vida, são padres, enfermeiras,
carteiros, escritores, vendedoras,
dentistas, pugilistas, soldados.
São tudo e todos nesse verde do Brasil.

Passa o negro, passa a história.
A luta o ensinou a ser forte,
a conquistar a liberdade,
a não temer a morte.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Rico Lins e o design de fronteira



Rico Lins e o design de fronteira


Todas as tendências visuais multiculturais do nosso tempo, todas as questões estéticas da pop arte e todo o rescaldo pós-moderno vindo do surrealismo e do dada mesclam-se e amalgamam-se no design de Rico Lins. Seria melhor dizer nas imagens desse artista gráfico, já que Rico é muito mais um homem de imagens do que de design, como revela em entrevistas:
“Na Bauhaus, o design dialogava com a arte, moda, dança, fotografia, arquitetura, poesia – dialogava com a sociedade.” Esse diálogo é constante na obra do designer que cruza idéias, num processo criativo que gira em torno no binômio da liberdade e do limite.
No mundo contemporâneo, o design se articula entre tecnologia, mercado e cultura e, é assim, que Rico empreende seus projetos gráficos. Como quando foi contratado para realizar o cartaz do filme Bananas is my bussiness, um documentário ficcional sobre Carmem Miranda, o grande mito pop brasileiro. O designer utilizou a imagem da boca de uma foto de Carmem Miranda e a imagem de bananas de uma capa de disco feita por Andy Warhol, para a banda Velvet Underground, no lugar dos olhos. Com o todo o resto da foto rebaixado em 5%, visível, mas quase ausente, o conceito do cartaz estava perfeito, a saber, um foco, uma visão da vida de Carmem Miranda.
Ou quando foi procurado pela revista Kultur Revolution para projetar suas capas. Rico trabalha com a revista há 27 anos. No início eram apenas capas diferentes para uma revista de esquerda. Mas tornar-se-iam cult com o passar do tempo. O artista gráfico experimenta bastante nessas capas e o público da revista está preparado para essas viagens; logo, a parceria foi um sucesso. Numa capa enfocando artigo sobre inteligência artificial, onde a inteligência parece ir da cabeça para os dedos da mão, vemos uma mão estilizada em cinza com vários vetores geométricos em torno dela e com o destaque para a ponta dos dedos, num fundo rosa. Numa outra capa vemos abordagem de um artigo contra o Fast Knowledge, a cultura rápida e descartável. Nelas vemos a imagem de um cérebro marrom com vários talheres brancos (garfos, facas e colheres) enfiados no cérebro sobre um fundo negro. E na pega dos talheres em branco, as informações sobre a revista, como título, reportagem, número e data. Rico tem uma relação muito boa com os produtores da revista, assinando capas como ilustrador, como designer ou como diretor de arte nas diversas versões da revista para os mercados asiático, europeu e latino-americano, por exemplo.
O designer não é carreirista e não gosta de galgar postos cada vez maiores como prova de sua excelência, por que, embora seu trabalho seja realmente excelente, para o pensador visual, a perfeição é péssima e o design inclusivo e a liberdade criativa fazem parte do seu cardápio profissional. Criação e especialização nem sempre se sentam à mesma mesa e é por isso que Rico Lins estabeleceu-se no mercado com uma gama hiper-variada de criatividade em projetos de design os mais diversos.
Segundo suas palavras, a cerca de uma lei da física, “o atrito gera energia”. E é por essa máxima que o artista permeia toda a sua produção, dialogando com arte, teatro, música, televisão, cinema, todo o arsenal cultural, enfim, mergulhando e nadando com muito sucesso, nas imagens como um verdadeiro designer de fronteira.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


http://www.divulgaescritor.com/products/mauricio-duarte-colunista/