segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Roteirista

Um escritor pode trabalhar em diversas atividades envolvendo a escrita e uma delas é com algo em que ele está muito habituado a fazer que é o roteiro. Mas o que afinal o roteiro profissional tem de diferente para o roteiro de um romance? O lado profissional.
O escritor quando é roteirista tem o ofício de escrever seguindo regras
terceirizadas, seguindo o rumo determinado pelo cliente, no caso, o produtor ou
diretor da peça ou do filme. O argumento fica estabelecido e o roteirista segue a sua parte, com a questão do enredo já programado, se atentando no tempo e limites da produção.
O escritor que trabalha como roteirista tem uma ótima lição de disciplina e
controle, podendo desenvolver e construir bons textos e diálogos na extensão que quiser.
Exercício: use uma sinopse alheia e faça um roteiro, sem descrições de ambiente.
Somente falas. Faça 4 laudas e depois meça o tempo na leitura. O tempo depende muito das linhas de cada diálogo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Adaptação Para Quadrinhos

Quando a palavra "história em quadrinhos" é lida ou pensada, temos o hábito de imediatamente associarmos aos personagens do Maurício de Sousa ou então qualquer outro personagem infantil ou super-herói. Porém para quem conhece bastante do assunto, sabe que este conceito está muito além disso.
As histórias em quadrinhos têm a importante missão de nos apresentar uma história sob uma ótica mais visual e menos textual. Uma história em quadrinhos pode ser infantil, adulta, séria, entre outras inúmeras formas em que podemos contar e adaptar. Tudo dependerá de como o autor definir.
As adaptações mais infantis podem ficar mais associadas ao estilo cartoon. Já as adaptações de aventura, ao estilo mais conhecido como as dos gibis americanos ou até mesmo os mangás. Alguns dramas podem ser desenhados no estilo europeu, sempre tentando subliminar as narrações através de desenhos e paisagens. Como havia dito antes, que um escritor esculpe a arte com as palavras, o efeito desta vez deve ser inverso.

Agora, se o livro for uma série e tiver personagens marcantes, você pode ir além e ramificar uma revista em quadrinhos própria para tal personagem, desenvolvendo uma arte paralela. Deixe o projeto fluir.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Adaptação Para Teatro

Toda, mas toda história pode ser adaptada para música, novela, desenho animado, história em quadrinhos e teatro.
Por quê? Porque todas eles são histórias. E histórias são adaptáveis. Tudo depende do nível de criatividade do autor.
Eu considero o teatro a melhor forma de expressão do ator. No palco, o ator está acompanhando a reação do público. Ele se desenvolve através das apresentações. Uma encenação nunca será exatamente igual à outra.
O livro em teatro irá se concentrar mais nas emoções e reações dos personagens. Visual, características, manias, personalidades, etc. já as cenas mais complexas, que exigiriam maior interação com cenários distintos, podem então ser descritos pelos personagens.
Se você também é ator e tem um bom relacionamento com uma companhia de teatro, invista nesta experiência. Apresente o seu livro e converse sobre a possibilidade de adaptação. Será algo marcante e biográfico.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Adaptação Para Cinema

Esta forma de adaptação funciona no mesmo esquema de uma adaptação teatral, com a diferença da mesma ser mais expressiva e a cinematográfica mais visual.
A adaptação cinematográfica do livro costuma focar nos aspectos estéticos, fotográficos e musicais de forma mais apoteótica possível. Outro detalhe é que nem sempre ele acaba se tornando fiel ao livro, porque ele acaba focando na visão pessoal de seus produtores e diretores. Por isso que muitas vezes um filme adaptado de livro decepciona tanto.
O filme adaptado de livro não pode ser comparado ao romance original. O filme é apenas uma ferramenta de franquia. Marketing puro, uma homenagem, seja como for. Existem filmes que pescam somente uma vaga ideia do que o livro queria passar. Isso explica o motivo para até mesmo autores se arrependerem de terem vendido os direitos do livro para tal adaptação.
A adaptação cinematográfica é importante para fazer o leitor se atentar à obra. Um filme pode ser mal-sucedido, mas o livro não. O livro sempre sobreviverá.

Uma caricatura não é uma pintura e tão pouco pode ser comparado a uma. A caricatura, ou então o desenho artístico, ou qualquer outro meio de expressão que identifique o original somente tem a intenção de homenagear o modelo dentro do seu limite. O filme adaptado sempre será uma homenagem à ideia original.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Brindes de Livros

Assim como em um filme, ou em um seriado de ação ou até mesmo desenho animado, todos eles precisam ter um apelo comercial para sustentar o seu propósito publicitário. Produções cinematográficas são um catálogo ambulante de modismos e campanhas. Através deles são inseridos marcas, roupas, produtos, brinquedos, alimentos, entre outras coisas. E junto com eles, também são vendidos produtos com temática dessas produções. Assistimos uma cena de ação em um filme e logo podemos ter essa mesma experiência no game do mesmo. Ou então poder levar pra casa aquela adorável criaturinha do desenho em forma de pelúcia ou até em miniatura de vinil.
Isso tudo porque é necessário ter retorno. E todos sabemos que a porcentagem de direito autoral é muito baixa.
Os brindes temáticos de livros são uma forma de tornar a obra mais apresentável. Uma réplica do colar que a personagem usa, o logotipo do livro estampado na camisa, um chaveiro no formato da miniatura do livro, adesivos, etc.

Pesquise empresas ou artesãos que podem confeccionar esses itens e invista em uma edição limitada. E não se esqueça de tirar fotos com todos os itens junto com o livro.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os Quarenta Anos da AGLAC

No dia 18 de setembro, foi comemorado no ICBEU os 40 anos da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC). A cerimônia contou com a presença dos acadêmicos e personalidades ilustres da cidade. Tivemos apresentações, novidades, declamações de poemas com fundo musical, além do buffet especial no encerramento.
Leo Vieira, secretário da SAL e Acadêmico Patrono da Cadeira 26 esteve presente.


Para coroar a cerimônia com bons momentos, o evento contou com novidades, onde o vereador Diego Sampaio, filho do fundador e primeiro presidente da AGLAC, o Acadêmico Oton Sampaio, anumciou que foram aprovadas três leis de incentivo aos escritores gonçalenses. As escolas da cidade deverão adotar literatura escrita por gonçalenses; as livrarias gonçalenses deverão expor as obras gonçalenses de forma especial (vitrine e display próprios); e a cidade custeará a semana do autor gonçalense, onde os escritores deverão fazer circuito de apresentações nas escolas com o apoio da Prefeitura.


Leo Vieira

domingo, 31 de agosto de 2014

Pesquise Antes de Escrever

Sempre falo que escrever é coisa séria. Não importa que seja uma ficção ou um estudo acadêmico, mas o escritor precisa fazer o leitor viajar nas palavras. As obras bem trabalhadas são marcantes e permanecem na imaginação dos leitores.
Para isso, o escritor precisa ter uma rotinha de pesquisas, análises, comparações, até ter estrutura para realizar uma boa história e contá-la da melhor forma possível.
Tudo funciona como uma receita de bolo. Tudo é baseado com ingredientes, porém alguns deles são melhores e a combinação podem resultar em uma iguaria apetitosa.
Uma história bem preparada vai provocar "apetite literário". Desenvolva a personalidade dos personagens, faça boas descrições dos cenários, revele curiosidades sobre o local, enfim, faça a obra se tornar uma verdadeira viagem.
E quando for se aventurar em um novo texto, procure tornar o romance o mais distinto possível. Os leitores gostam de surpresas.


domingo, 24 de agosto de 2014

Digerindo Livros Difíceis e Chatos


Todos nós já passamos por isso, principalmente na época escolar. Quantas vezes não tivemos que ler um livro chato, enfadonho e indigesto somente por se tratar de uma imposição de tarefa? Nem sempre estamos preparados para isso.
Acontece também que nós precisamos desenvolver o nosso senso crítico e também de interpretação. E isso se aprende somente em literaturas mais difíceis, como as que nos são recomendadas desde a época da escola. E o aprendizado é uma verdadeira pinça para desatar os nós do aprendizado obscuro.
A partir do momento em que nos entregamos a um livro chato, temos dois dilemas: um é tentar decifrar o que o autor quer nos contar com aquilo. O outro é como que iremos conhecer o autor.
Cada autor tem a sua forma de contar a sua história. É desta forma que um autor se consagra, seja qual obra for. Isso faz uma grande diferença. As histórias complexas nos estimulam no senso crítico e de aprendizado, e desta forma, aprendemos a andar junto com o raciocínio do escritor.
Eu já comentei certa vez de que não existe piada ruim e sim piada mal contada. No caso dos livros também. Existem livros difíceis, mas se você se desenvolver, irá descobrir coisas preciosas que jamais poderia imaginar que encontraria em uma leitura cansativa.

Tudo funciona como uma arte de escavar um terreno acidentado em busca de joias brutas, porém preciosas com a devida lapidação. Então prepare a mente e decifre. É hora de turbinar a sua imaginação.

domingo, 17 de agosto de 2014

Ouvindo Música na Leitura e na Escrita


Muitos apreciam essa prática, mas honestamente não recomendo. O cérebro precisa estar mais atento para absorver as informações, além de digerir o conteúdo, fazendo a montagem e esboços do ambiente em que a leitura está lhe conduzindo. Uma mente ocupada em diversas tarefas nem sempre vai lhe proporcionar uma boa viagem literária. É claro que tudo isso é uma opinião pessoal.
Já notou que muitas vezes o motorista diminui ou desliga o som enquanto está querendo ler as placas na estrada durante a viagem? Sem contar também que ficamos mais dispersos em conversar em uma festa com o som ligado.
Nem sempre eu tenho o luxo de escrever com silêncio ambiente. Às vezes surgem ideias e eu tenho que desenvolvê-las com som alto dos vizinhos, ou então com a barulheira rotineira de casa ou do trabalho. Mas ainda assim, há uma grande diferença do que quando estou trabalhando pela madrugada.
Se ainda assim você não resiste em ter que escrever ou ler com música, experimente então com músicas mais suaves e/ou instrumentais. Evite músicas altas e/ou cantadas porque irão tirar a sua atenção.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SAL no Circuito Literário



No dia 9 de agosto de 2014, a SAL - Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo - participou e apoiou o Circuito Literário 2014 do grupo Recicla Leitores, realizado no Colégio Azevedo Lima, no bairro Paraíso, em São Gonçalo (RJ).

O evento teve participação de membros da SAL e uma banca de livros foi montada pela nossa Sociedade para a venda de obras de nossos autores associados.

A produção esteve nas mãos de Aline Lucas (Recicla Leitores) e Leo Vieira (SAL).

Um sucesso segundo os produtores!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Tira Teima Literário



Esse popular sistema que flagra as ações duvidosas de jogadores de futebol e também dos cavalos na corrida também se aplica na literatura. Isso porque quando escrevemos, nem sempre vamos acompanhar o andamento da história somente pela ótica do narrador. Existem diversos personagens que estão em ação contínua paralela com o protagonista. Neste caso, o autor deve ter atenção para não deixar um determinado personagem no vácuo. Existem situações em que um personagem simplesmente "dorme no ponto" e depois no momento decisivo ele aparece do nada. Isso é incoerência literária.
Quando for tirar o personagem de cena, o autor deve deixar subentendido o que ocorreu fora de cena, seja como for. Os personagens inseridos devem estar em harmonia como se fossem uma engrenagem. Isso deixa a história tão interessante e sustentável quanto um enredo paralelo.
Como treino, antes de escrever, desenvolva os enredos paralelos separadamente. Depois, organize os argumentos, frisando em alguns personagens. E nunca deixe de revisar.


quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mapas


Depois de fazer o argumento e desenvolver pontos onde a trama se desenvolve, temos que nos atentar nos detalhes dos cenários, para que possamos escrever sem nos prender em uma provável pegadinha literária. Tome sempre muito cuidado para não se emaranhar em um deslize na descrição dos locais. Muitos leitores fazem "tira-teima" literário para detectar incoerências. E se eles forem críticos literários, podem avaliar negativamente isso.
Não se deixe levar no "vamos ver no que dá". Escrever um livro é coisa séria. E o mapa faz parte do enredo.
Se você ainda não escolheu o mapa definido para onde irá acontecer a sua história, você então irá precisar desenvolvê-lo. A primeira forma é o rascunho, que seria simplesmente o desenho.
Depois, com os pontos soltos do mapa (norte, sul, leste, oeste) você agora precisa preencher essas áreas vagas, assim como um colono irá desbravar uma terra virgem.
Observe o que você está fazendo. Uma história de sucesso dependeu de um grande esforço acadêmico. Você está escrevendo para atrair bons leitores.
Rotas também são muito importantes, principalmente se você for usá-las. Não faça um personagem fugir para um local do nada. Já pensou você descrever uma rota e futuramente o personagem passar por ela? É algo fantástico fazer o leitor ser cúmplice disso.
Tudo isso deve estar em constante ação na trama, como se fosse um compasso. Não perca o ritmo quando começar a narrar por ela.
As rotas de fuga são necessárias para cenas de confronto. Se o enredo pedir isso, desenvolva antes no mapa.
Se você usar pelo menos uma parte do que está ressaltado neste texto, o embalo de sua história está garantido. Mãos à obra.