segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a leitura e a escrita''

Para a educadora argentina, nas sociedades em que se valoriza a interação entre as pessoas e a cultura escrita, o processo de alfabetização é mais eficiente

Paola Gentile

ANA TEBEROSKY
ANA TEBEROSKY
Foto: Gustavo Lourenção

Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização. A Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emilia Ferreiro no final dos anos 1970, trouxe novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever. A pesquisa tirou a alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou para a psicologia. "Mostramos que a aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita", afirma. Para ela, os recursos tecnológicos da informática estão proporcionando novos aprendizados para quem inicia a escolarização, mas as práticas sociais, cada vez mais individualistas, não ajudam a formar uma comunidade alfabetizadora.

Doutora em psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas públicas. Em setembro, quando esteve no Brasil para participar do Congresso Saber 2005, ela deu a seguinte entrevista à ESCOLA.


De quem é a culpa quando uma criança não é alfabetizada?
Ana Teberosky
- A responsabilidade é de todo o sistema, não apenas do professor. Quando a escola acredita que a alfabetização se dá em etapas e primeiro ensina as letras e os sons e mais tarde induz à compreensão do texto, faz o processo errado. Se há separação entre ler e dar sentido, fica difícil depois para juntar os dois.

Como deve agir o professor especialista ao deparar com estudantes de 5ª a 8ª série não alfabetizados?
Ana Teberosky
- Todo educador precisa saber os motivos pelos quais a alfabetização não ocorre. Sou contra usar rótulos como alfabetizado e não-alfabetizado, leitor e não-leitor. Quando se trata de conhecimento, não existe o "tudo ou nada". Uma criança que tenha acabado as quatro primeiras séries, apesar de dominar os códigos da língua, pode ter dificuldade em compreender um texto e não estar habituada a estudar. Algumas apresentam resistência a tudo o que se refere à escola por motivos vários. Outras têm mesmo dificuldades e, por não saber superá-las ou não contar com alguém para ajudar, evitam contato com textos. Cada caso exige atenção e tratamento diferentes. A atitude positiva do professor tem impacto na alfabetização da turma?
Ana Teberosky - Acreditar que o aluno pode aprender é a melhor atitude de um professor para chegar a um resultado positivo em termos de alfabetização. A grande vantagem de trabalhar com os pequenos é ter a evolução natural a seu favor. Se não existe patologia, maus-tratos familiares ou algo parecido, eles são máquinas de aprender: processam rapidamente as informações, têm boa memória, estão sempre dispostos a receber novidades e se empolgam com elas. Um professor que não acha que o estudante seja capaz de aprender é semelhante a um pai que não compra uma bicicleta para o filho porque esse não sabe pedalar. Sem a bicicleta, vai ser mais difícil aprender!

Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. O que a senhora pensa disso?
Ana Teberosky - Para afirmar se a culpa é ou não de determinada maneira de ensinar, seria necessário ter um estudo aprofundado das práticas pedagógicas dos alfabetizadores em todo o país. Uma coisa é o que eles declaram fazer, outra é o que eles executam de fato. Quem afirma que uma forma de alfabetizar é melhor que a outra está apenas dando sua opinião pessoal já que não existe nenhuma pesquisa nessa linha. A dificuldade em alfabetizar no Brasil é histórica e já existia mesmo quando o método fônico estava na moda.

O bom desempenho de alguns países nas avaliações internacionais pode ser atribuído à utilização do método fônico?
Ana Teberosky
- Não dá para comparar um país com outro, porque não é somente a maneira de ensinar que muda. Outros fatores aliás, importantíssimos influenciam no processo de aquisição da escrita, como as características de cada idioma. É muito mais fácil alfabetizar em uma língua em que há correspondência entre o sistema gráfico e o sonoro ou naquelas em que as construções sintáticas são simples, por exemplo.

O método fônico e a psicogênese da língua escrita são incompatíveis?
Ana Teberosky - A psicogênese não é método, e sim uma teoria que explica o processo de aprendizagem da língua escrita. Nesse contexto, defendemos a integração de várias práticas pedagógicas. Mas o importante é que se leve em conta, além do código específico da escrita, a cultura e o ambiente letrados em que a criança se encontra antes e durante a alfabetização. Não dá para ela adquirir primeiro o código da língua e depois partir para a compreensão de variados textos. Nós acreditamos que ambos têm de ocorrer ao mesmo tempo, e aí está o diferencial da nossa proposta.

Como o processo de alfabetização deve ser avaliado?
Ana Teberosky - O professor deve se basear no momento inicial de aprendizagem de cada aluno, verificando o que ele conquistou em determinado período. Além do mais, a avaliação passa pela análise do próprio trabalho: o professor tem condições materiais e estruturais para ensinar? Ele criou um ambiente alfabetizador favorável à aprendizagem e necessidades de usar a língua escrita?

O que é um ambiente alfabetizador?
Ana Teberosky - É aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em papel , um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo momento esses escritos, que faz circular as idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora.

Nós vivemos em uma comunidade alfabetizadora?
Ana Teberosky
- Cada vez menos a sociedade auxilia a alfabetização por não promover situações públicas em que seja possível a circulação de escritos, debates, discussões e reuniões em que todos sintam necessidade e vontade de usar a palavra. O individualismo vai contra a formação de leitores e escritores. Há uma tese brasileira que mostra como os sindicatos, durante sua história, desenvolveram uma cultura alfabetizadora entre seus membros. Como os líderes tinham de convencer os filiados sobre determinadas teses, buscavam informações para embasar seus argumentos, levantavam questões e respondiam às apresentadas. Os sindicalizados, por seu lado, também precisavam ler documentos, participar de reuniões, colocar suas dúvidas e opiniões para decidir.

Quais atividades o professor alfabetizador deve realizar?
Ana Teberosky - Formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e ler para elas são estratégias fundamentais! É preciso compartilhar com a turma as características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as dúvidas. Se nos 200 dias letivos o professor das primeiras séries trabalhar um livro por semana, a classe terá tido contato com 35 ou 40 obras ao final de um ano.

É correto o professor escrever para os alunos quando eles ainda não estão alfabetizados?
Ana Teberosky - Sim. A atuação do escriba é um ponto bastante importante no processo de alfabetização. O estudante que dita para o professor já ouviu ou leu o texto, memorizou as principais informações que ele contém e com isso consegue elaborar uma linha de raciocínio. Ao ver o que disse escrito no quadro-negro, ele diferencia a linguagem escrita da falada, seleciona as melhores palavras e expressões, percebe a organização da escrita em linhas, a separação das palavras, o uso de outros símbolos, como os de pontuação. A criança vê o seu texto se concretizar.

O computador pode ajudar na alfabetização?
Ana Teberosky - O micro permite aprendizados interessantes. No teclado, por exemplo, estão todas as letras e símbolos que a língua oferece. Quando se ensina letra por letra, a criança acha que o alfabeto é infinito, porque aprende uma de cada vez. Com o teclado, ela tem noção de que as letras são poucas e finitas. Nas teclas elas são maiúsculas e, no monitor, minúsculas, o que obriga a realização de uma correspondência. Além disso, quando está no computador o estudante escreve com as duas mãos. Os recursos tecnológicos, no entanto, não substituem o texto manuscrito durante o processo de alfabetização, mas com certeza o complementam. Aqueles que acessam a internet lêem instruções ou notícias, escrevem e-mails e usam os mecanismos de busca. Ainda não sabemos quais serão as conseqüências cognitivas do uso do computador, mas com certeza ele exige muito da escrita e da leitura.

É possível alfabetizar em classes numerosas?
Ana Teberosky - Depende da quantidade de alunos. Em quatro horas de aula por dia com 40 crianças, é muito difícil e eu não saberia como fazer... Seria melhor se cada sala tivesse 20, 25. Em Barcelona, estamos experimentando os agrupamentos flexíveis, que misturam grupos de diferentes níveis, com 12 estudantes e com três ou quatro professores à disposição para orientação. Existem algumas possibilidades desde que haja contribuição da gestão pública.


Quer saber mais?
Contatos
Contextos de Alfabetização Inicial, Ana Teberosky e Marta Soler Gallart (orgs.), 175 págs., Ed. Artmed, tel. 0800 703-3444, 34 reais
Psicogênese da Língua Escrita, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, 300 págs., Ed. Artmed, 46 reais
Psicopedagogia da Língua Escrita, Ana Teberosky, 151 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 24,40 reais


fonte:Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a leitura e a escrita'' | Língua Portuguesa | Nova Escola

sábado, 8 de junho de 2013

Personagens de Quadrinhos Gonçalenses

      São Gonçalo, além de sua literatura e seus escritores, também tem o seu reconhecimento através de seus personagens infantis e seus ilustradores.
      Edson D'Car é ilustrador e desenhista e junto com uma equipe própria, desenvolve tiras de quadrinhos do cãozinho Chiclete, um cão de pelúcia falante e muito esperto que ganha vida e interage com seu amigo Dudu sempre que os dois estão a sós. Chiclete também tem outros amiguinhos, como o coelho Peteca, a cadela Belinha, Beto Marreco e outros personagens que moram dentro de um livro mágico. Os personagens têm foco didático e já ilustraram até uma campanha virtual contra o mosquito da dengue.
      No mesmo segmento virtual também está Emerson Lopes, que além de desenhista, também é animador. Emerson é autor de Alfredo, um vampiro atrapalhado e muito galanteador, sempre cortejando alguma donzela. Mas mesmo com suas tentativas frustradas, nunca perde a pose e o otimismo. Alfredo tem como amigos e companheiros de balada o descolado Bro e a amável Joana. Suas tiras são desenhadas em alta qualidade e publicadas semanalmente pelo blog próprio do autor e pelas redes sociais.
      Também pela longa e paciente caminhada artística, o veterano desenhista e animador Alexandre Martins, há mais de três décadas desenha e publica as tiras do sapo Samuca, que também é astro em curtas-metragens, também produzidas pelo artista. Samuca é um sapo adulto com sua família (a namorada Samuela e um par de sobrinhos) e vários amigos, como o gorila Guiga, a ave Saíra, o professor Tibaldo, e muitos outros. Suas tiras são baseadas no cotidiano dos personagens e em suas profissões.
      Pesquisem e prestigiem nossos conterrâneos. Acompanhamos ilustrações, quadrinhos e desenhos animados. Em breve, podemos até ter a oportunidade de adquirir gibis impressos e brinquedos. Vamos apoiá-los!  
 

Leo Vieira é secretário da SAL e autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em 30 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.

terça-feira, 4 de junho de 2013

ANALISANDO O ORÇAMENTO DE EDITORAS E GRÁFICAS

Você terminou de escrever, revisar e registrar sua obra na Biblioteca Nacional e agora está pesquisando o orçamento nas editoras por demanda. Muitas responderão prontamente, oferecendo um bom serviço de diagramação, capa, ISBN, código de barras, ficha catalográfica, exposição e venda no site, porém, quando for pesquisar o orçamento, nunca deixe de comparar quanto ficará o valor do preço de custo do livro para você e para a editora. Existem editoras por demanda que oferecem um ótimo preço para produção, porém um livro com menos de 100 páginas fica à venda por  R$ 30,00. O barato acabou saindo caro para você e o leitor.
Uma boa dica é já se programar sobre o valor médio de um serviço gráfico: cada página 14x21 (papel Pólen Bold 90 gramas) impressa custa no máximo R$0,7 (sete centavos) e a capa com contracapa  (papel cartão supremo 250 gr/m2, plastificada) com orelhas e envernizada fica em torno de, no máximo, R$ 3 (três reais). O valor cai quando o lote vai aumentando a cada cento de exemplares.

Vamos desenhar os dois tipos de serviços: Se você já revisou, diagramou e fez arte da capa (com orelhas) da sua obra (de 100 páginas) e levar para uma gráfica, já organizado em PDF, 100 exemplares ficarão em torno de R$ 900 a R$ 1 mil (já incluindo o serviço de ISBN, ficha catalográfica e código de barras, que as gráficas também podem fazer para o cliente). Se você vender cada livro por R$20 (o que seria um valor justo para você e o leitor), a metade do lote já devolverá o seu investimento. O resto é lucro, ou capital de giro para os seus próximos lotes e lançamentos.

Agora, através de uma editora dessas, 50 livros (de 100 páginas) vendidos por um valor acima da média (R$ 30), lhe dará um retorno de apenas R$ 150 (elas pagam 10% de royalties).
A maior frustração comercial de um escritor é tentar explorar um mercado sem ter a mínima noção do que se está fazendo. Quanto mais ele terceirizar, mais caro o serviço ficará para todos.
A dica é: aprenda a fazer o que as editoras querem que você acredite que não pode e nem saberá aprender.
Você é melhor do que imagina ser.


Leo Vieira é autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em 30 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.

Um Gonçalense em Harvard


 
Uma das instituições mais importantes do mundo, a Universidade de Harvard (EUA) admite número recorde de brasileiros para os cursos de graduação no mesmo ano.

Seis estudantes de diferentes partes do país foram aceitos para as turmas que iniciam as aulas em agosto deste ano e terminam em 2017.
 
Entre os que receberam a notícia da admissão recentemente estão: Larissa Maranhão, de 18 anos, de Maceió (AL); Taciana Pereira, 18, de Curitiba (PR); Renan Ferreirinha Carneiro, 19, de São Gonçalo (RJ) e Victória Jalowitzki de Quadros, de Porto Alegre (RS), os dois últimos alunos de colégios militares. Gabriel Guimarães, 19, de Vitória (ES), e Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, 17, de Lins (SP) já tiveram a resposta positiva anunciada anteriormente. Os admitidos precisam se matricular até o dia 1º de maio.

Para garantir uma cadeira em Harvard é preciso muito mais do que ser bom aluno. Nos Estados Unidos não existe vestibular, o processo ("application") reúne provas, cartas de recomendação, entrevista, redações e avaliação das atividades extracurriculares. Neste último quesito não faltou aos brasileiros boas histórias para contar e agradar o comitê de admissão.

Neste ano a Universidade de Harvard admitiu 2.029 estudantes de todo o mundo, o equivalente a 5,8% dos candidatos, ou seja, 35.023. Mais de 27% pretendem seguir na área de ciências sociais, 23% nas ciências biológicas, quase 18% nas humanidades, 15% em engenharia e ciência da computação, 9% nas ciências físicas, 7% em matemática, e o restante está indeciso, segundo a instituição.

A admissão não significa que os alunos estarão isentos das mensalidades. Por ano, o custo chega a ser de US$ 60 mil, cerca de R$ 120 mil. Paralelo ao processo de disputa da vaga, os candidatos precisam solicitar bolsas de estudo que podem até ser de 100%, mas é concedida segundo a condição socieconômica da família, e não por mérito do aluno. Harvard estima que cerca de 60% dos novos estudantes necessitem de alguma ajuda financeira para manter os estudos.

 
Renan Ferreirinha foi eleito coronel-aluno do
Colégio Militar do Rio de Janeiro (Foto:Arquivo pessoal)
 
Liderança no colégio

Renan Ferreirinha Carneiro nasceu em São Gonçalo e estudou por sete anos no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Lá, quando concluiu o ensino médio no ano passado, assumiu o posto de coronel-aluno cuja missão era de comandar o batalhão escolar composto por 2.000 estudantes. O cargo foi resultado de um histórico escolar impecável, entre outros critérios.

Renan não é filho de militares, a mãe é professora de matemática da rede municipal de São Gonçalo e o pai contador, mas entrou na escola em 2006 após ser aprovado em um concurso que fez incentivado por um tio que é militar. Para o estudante, as atividades de liderança no colégio o ajudaram a conquistar a tão sonhada vaga em Harvard. Ele também foi aceito em outras sete universidades importantes, como Brown, Columbia, Princeton e Yale.
Estudei sete anos em uma escola de ponta, me sinto na obrigação de retribuir isso para outros jovens para que tenham oportunidades similares ou até melhores"
Renan Ferreirinha, de 19 anos
“Me tornar coronel-aluno foi de grande importância, sempre que tinha uma atividade oficial representava o colégio. Também fui vice-presidente do prêmio e monitor. O colégio militar te oferece muitas oportunidades de atividades extracurriculares, une diversos fatores como ensino forte, espaço físico enorme, entre outros.”
Outro ponto positivo da candidatura de Renan foi o trabalho voluntário no Complexo Lins, Zona Norte do Rio. Na comunidade, ainda não pacificada, ele, o primo e uma amiga canadense dão aulas gratuitas de inglês para as crianças todos os sábados. A atividade está ligada ao grupo Solidariedade em Marcha (Somar) onde atua há mais de dois anos.

No futuro, Renan quer trabalhar com gestão pública e educação no Brasil. Para isso pretende estudar economia e ciências políticas. “Estudei sete anos em uma escola de ponta, me sinto na obrigação de retribuir isso para outros jovens para que tenham oportunidades similares ou até melhores. Acredito muito na minha geração,  gosto de uma frase que diz ‘nada deve parecer impossível de mudar’”.


 fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/04/harvard-admite-numero-recorde-de-estudantes-brasileiros-para-graduacao.html

sábado, 1 de junho de 2013

Escritor Gonçalense Imortal

O Secretário da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL) e Acadêmico da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC), o escritor Leo Vieira (penúltimo em pé, da esquerda pra direita) é o novo Acadêmico "Ao perpetuam" da cadeira número 6 (Luís de Camões) pela Academia Real de Artes, Música e Letras do Estado do Rio de Janeiro (ARAMLERJ).
À direita, a Medalha de Ordem do Mérito Membro Acadêmico Imortal.

Leo Vieira é autor do livro "Alecognição" (Editora Lexia), aventura totalmente narrada na cidade de São Gonçalo e coordenador do "I Circuito Cultural Literário", feira literária para a cidade de São Gonçalo, com participação de municípios vizinhos no Rio de Janeiro, Academias de Letras e editoras nacionais e internacionais.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Livros Gonçalenses

A cidade de São Gonçalo, o segundo maior colégio eleitoral do Estado do Rio de Janeiro e município com mais de 1 milhão de habitantes também é conhecido pelos seus escritores e pelas suas obras literárias, que estão ganhando espaço e reconhecimento no mercado editorial. A função das obras são focar no histórico
cultural e também no turismo na cidade, além de apresentar um romance de qualidade
ambientado na biografia do local.
Na busca recente de publicações, encontramos obras dos escritores da cidade, que também se preocuparam em ressaltar detalhes do mapa e pontos turísticos gonçalenses.

Maria Nelma  Carvalho Braga, professora aposentada, membro da SAL e secretária acadêmica na AGLAC também reuniu anos de pesquisa e publicou em 2006 "O Munícipio de São Gonçalo e sua história", que é um importante livro de referências e curiosidades sobre a formação e desenvolvimento da cidade de São Gonçalo. O livro foi amplamente divulgado na cidade e até base de consulta por várias escolas gonçalenses.

Décio Machado é escritor e além de sua militância na cidade (é o fundador da União Cultural Gonçalense, do projeto cultural "Nós Temos a Força", criou o Relógio de Sol de São Gonçalo [o único do mundo], foi superintendente da FASG, é membro da SAL e acadêmico na AGLAC) publicou seis livros. O mais conhecido deles, que também é narrado na cidade é "O Revisor", que conta a história de um revisor de livros que confundia a ficção do livro com a vida real. O livro teve boa repercussão na cidade
e contou com a presença de políticos ilustres em seu lançamento.

Leo Vieira é ator e escritor gonçalense e é colaborador em vários projetos e atividades na cidade. É secretário da SAL; acadêmico e administrador do acervo virtual da AGLAC; delegado cultural adjunto pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA); coordenador do "I Circuito Cultural Literário" (Bienal em São Gonçalo), entre outros projetos em desenvolvimento. Publicou no final de 2011 o livro "Alecognição", uma ficção de aventura e suspense que se tornou o primeiro romance de São Gonçalo a ser distribuído nacionalmente. O livro narra um longo pesadelo vivido por um menino,
atravessando traumas e tragédias, passando por vários pontos conhecidos da cidade.
A obra é premiada e proporcionou a aceitação do escritor em mais de 30 academias de letras, associações e sindicatos literários. Está em fase de lançamento outros títulos também narrados na cidade, a tradução em outros idiomas e o lançamento em outros países.


Conhecemos muitos escritores da cidade, mas também queremos saber mais sobre os outros livros que falam de São Gonçalo. Caso conheçam, compartilhem conosco. Nosso objetivo é tornar São Gonçalo uma cidade cada vez mais literária e reconhecida culturalmente.

sábado, 25 de maio de 2013

Biografia: Décio Machado- Escritor Associado

Nascido em 1960, em São Gonçalo (RJ), é administrador de empresas formado pela UFF;
Escritor romancista e artista plástico;
Foi o primeiro coordenador de Ação Cultural da Secretaria Estadual de Educação- SEE/RJ
Fundador da União Cultural Gonçalense;
Fundador do projeto cultural "Nós Temos a Força";
Criador do Relógio de Sol de São Gonçalo (o único no mundo!);
Superintendente da Fundação de Artes e Letras de São Gonçalo;
Membro da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL);
Acadêmico patrono da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC).

Autor dos livros:
Zé Malleta,
Adaflor,
Passarinho Passará,
O Revisor,

O Capitão da Luz.

Biografia: Bruna Tavares- Conselheira da SAL


Nascida em São Gonçalo (RJ), é Bacharel e Mestranda em Letras Latinas (UFRJ) com Pós-Graduação em Pedagogia (UERJ) e Pedagogia Empresarial (Faculdade S. Bento, RJ).
É membro-fundador da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo desde 2004.

É professora e poetisa, organizando o seu primeiro livro.

Biografia: Alexandre Martins- Presidente da SAL


Nascido em 1967, em São Gonçalo (RJ), é Bacharel em Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é escritor, pesquisador e articulista.
Fundou o estúdio que leva seu nome em 1992, em sua cidade natal, e desde a época produz desenhos animados autorais que participaram de Festivais e Mostras de Animação. Seus projetos são animação, ilustração, marketing
É professor de cursos livres de desenho animado e ilustração nas dependências do seu próprio estúdio, que também formou e capacitou muitos jovens da cidade as artes audiovisuais por mais de vinte anos e muitos hoje são profissionais na área.
Foi o idealizador e incentivador de uma Associação Nacional de Cineastas de Animação e é o criador e mantenedor da primeira lista de contato entre os profissionais de animação na Internet.

Títulos:
Amigo do Batalhão (2003)
outorgado pelo Comando do 17º Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, por sua atuação em projetos comunitários e sociais na Ilha do Governador (Rio, RJ).

Moção de Aplauso (2007)
Entregue em cerimônia própria pela Câmara de Vereadores de São Gonçalo (RJ) pela atuação de seu estúdio na cidade e na região do Recôncavo da Guanabara.

Medalha Evadyr Molina (2009)
Outorgada pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Gonçalo, por sua atuação no campo das Artes fluminenses.

Outros méritos:
Conselheiro de Cultura (2009), Vice-presidente do Conselho na gestão 2009-2011 e Presidente em 2012-2013.
Membro-artista (correspondente) da Academia Marial de Aparecida (SP, 1989);
Membro da Associação Internacional de Cinema de Animação – ASIFA (Noruega, 1992);
Presidente-fundador da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (RJ, 2004);
Co-fundador da Seção São Gonçalo da União Brasileira de Trovadores (2009);
Artista filiado à AUTVIS - Associação Brasileira dos Direitos dos Autores Visuais (2011);

 É produtor fonográfico filiado a ABRAMUS – Associação Brasileira de Música e Arte (2011).

terça-feira, 21 de maio de 2013

Saiba como atuam as editoras golpistas:


     Você que terminou seu livro e está engajado em avaliar o orçamento de uma boa editora por demanda, somente deve se preocupar com as editoras golpistas, que são muitas que aparecem sorrateiramente em busca de captura dos ingênuos clientes.

Desconfie dos serviços literários quando:
- A editora diz ser estrangeira e abrindo filial no Brasil;
- A editora não apresentar nenhum histórico referencial;
- A editora não ter site próprio;
- A editora ter somente página no Facebook;
- A editora fazer insistentes propostas editoriais, após o primeiro contato do
cliente;
- A editora propor lançamento editorial estrangeiro e outros projetos embrionários e prováveis;
- A editora propor pagamento à vista, com suposto desconto.


O que acontecerá quando você cair na arapuca dessa editora:
- A comunicação entre a editora e o cliente cairá instantaneamente;
- Se o cliente fizer contato, a editora alegará um monte de desculpas prontas, como viagens, agenda lotada e até problemas familiares;
- A promessa do livro ser levado para o exterior não será cumprida, é claro, e será alegado que houve problemas pessoais com o agente literário estrangeiro;
- Em muitas situações, serão entregues apenas 10% do lote dos livros. A editora alegará que o restante ficarão com eles para distribuição em livrarias, o que não acontece nem mesmo a impressão, tão pouco a distribuição;
- Enquanto você questiona com a editora, ela vai te "cozinhando" com mais promessas de vendas e projetos, e vai conseguindo mais clientes ingênuos que caem nas promessas porque veem a quantidades de títulos que a editora publica de seus lesados clientes;
- Se a casa cair para a editora, é muito simples. Ela desativa o site e desaparece temporariamente (“férias e estruturação comercial”, segundo a própria editora). Depois ela retorna com outro nome, novo site, novos serviços, mas o sistema de golpe será o mesmo.


O que você deve fazer ao presenciar ou se descobrir vítima do golpe:
- Reúna todas as provas e contatos e denuncie na Delegacia Virtual de sua cidade, para que a página da editora seja investigada;
- Se você foi lesado, faça um registro da queixa da editora e do responsável na
Delegacia mais próxima;
- Compartilhe as informações de denúncia na sua lista de e-mail. Não poste
abertamente em redes sociais, pois isso pode virar contra você, como crime de
difamação.


     Não seja conivente dos erros alheios. Se você não denuncia, você também é cúmplice. Vamos lutar por um mundo literário mais honesto.
     E nunca deixe de pesquisar o histórico de qualquer profissional ou empresa que se interessar em lhe prestar serviços literários.


Leo Vieira é secretário da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL) e autor do livro "Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em 30 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Como Desenvolver Personagens Infantis

Uma das grandes tarefas do escritor sem dúvida é saber manipular e desenvolver o rumo de cada personagem. Em toda obra, se identifica o perfil do escritor através de sua narrativa. Porém um outro detalhe deixa a sua obra mais especial quando ele sabe dosar muito bem a diferença em apresentar o comportamento de cada personagem. Principalmente quando ele é distinto dos personagens centrais.
Sabemos que o escritor somente terá que contar com as palavras para construir, lapidar e ilustrar os acontecimentos. Mais ainda quando o personagem tem inocência, manias, defeitos, trejeitos e a ingenuidade resumida na pouca idade. Mas como fazer isso, sem precisar explicar que o personagem é uma criança?
O maior exemplo está ao nosso redor. Sempre há uma criança por perto. Observe, preste atenção e procure tirar o máximo de aprendizado através das ações delas.
Tire um momento para observar como brincam as crianças no playground do seu condomínio, ou então como se comportam os seus sobrinhos ou filhos dos amigos.
Maurício de Sousa passou a observar (com uma prancheta e um lápis nas mãos) uma de suas filhas, que vivia invocada, andando de vestido curto e arrastando um enorme coelho recheado de palha. Nascia a Mônica, que há 50 anos lhe rende fama e bons lucros no mercado de entretenimento, no Brasil e em dezenas de países. Roberto Bolaños também observava os gestos desajeitados e inocentes de suas filhas um pouco antes de adaptar em seus personagens. Inclusive, os choros de Chaves, Quico, Chiquinha e Seu Madruga vieram de suas filhas. 
Quando escrevi "Alecognição" (Editora Lexia) precisava ressaltar pontos notáveis da infância, além de adptar a linguagem ideal, apesar do personagem Galileo ser um menino muito esperto. A memória é o melhor banco de dados pessoal do mundo. Refugie-se em seus pensamentos e vasculhe suas preciosas lembranças da infância e dose muito bem em seus pequenos personagens.

Leo Vieira é membro e secretário da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL), autor do livro "Alecognição" (Editora Lexia) e mais 30 livros, ainda em fase de publicação. Escritor acadêmico em outras 29 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.

COMO AGIR NO MOMENTO DE ÓCIO?

Nos momentos de escrita e desenvolvimento de roteiro, é muito comum dar uma "pane" na criatividade e simplesmente não conseguir mais desenvolver uma linha sequer daquele livro que você estava desenvolvendo e escrevendo. É horrível quando isso acontece, até porque quando a mente esfria, nem sempre você consegue pegar o gancho pra manter a aventura no mesmo ritmo e compasso. O que fazer então nesses momentos?
Antes de tudo, o escritor deve saber que a escrita é um hábito e não um hobby. Se você ainda vê o ofício de escritor como um mero divertimento, então NEM CONTINUE A LER ESSA POSTAGEM. Um escritor é um profissional e não deve trabalhar apenas nos momentos de "inspiração". Um escritor deve escrever em todas as situações haja o que houver.
Se um atleta fica preguiçoso para praticar a sua atividade física, a musculatura tende a se atrofiar. Da mesma forma, a mente de um escritor que diminui o seu compromisso pessoal de escrever.
Reserve um momento do dia para escrever. Durante as suas outras atividades, leve no bolso um bloquinho de papel ou caderneta com caneta ou lapisera e faça anotações e/ou desenhos sempre que houver um surto criativo. O personagem Nasalvo (um fantoche azul, manipulado por um demônio frio e calculista no livro "Alecognição") surgiu quando eu vi uma mochila azul com um fecho branco, parecendo um nariz grande
e bulboso. A mochila estava jogava próximo ao púlpito da igreja que congrego, até que uma criança pequena veio e vestiu as costas com ela. Como eu também tive fantoche na infância, começou a germinar uma analogia do fantoche que manipulava mentes. E tudo começou por conta da imagem de uma mochila.
Depois de fazer as breves anotações, nomes e desenhos, repasse os hieróglifos para o computador, assim que estiver em casa. Depois, no seu momento habitual, organize as ideias e comece a pensar e a desenvolver. Pense, crie, use a imaginação, só não fique parado e esperando o roteiro cair do céu. Os livros não nascem prontos.
Faça um banco de dados a parte para cada personagem. Uma biografia fictícia é importante para que você não deixe falhas gritantes em alguns aspectos, ou simplesmente deixar um personagem no "vácuo" da história ou até mesmo fazendo ele se perder no enredo e acabar sobrando e ficando desnecessário. J.K. Rowling criava até árvore genealógica para os seus personagens em Harry Potter; Nora Roberts desenvolvia seus roteiros construindo antes o histórico fictício de cada um deles. Daí, quem tivesse um estilo de vida mais interessante, virava o protagonista do livro. Escrever é uma diversão e o desafio é uma aventura.

Pra fechar, vou deixar uma dica com um desafio para vocês: Hoje eu assisti na televisão a matéria de um motoboy que perdeu tempo demais numa fila de banco e acabou processando o banco. Isso dá um livro? Claro que sim!
Construa uma biografia para ele (idade, história, emprego, família, hábitos, propósitos, etc), desenvolva a apresentação do enredo (indo para o trabalho, aparece o encargo de ir ao banco para pagar conta da empresa; ou então, ele aproveita o intervalo do almoço para pagar uma conta, mas perde a hora e isso lhe
causa uma sanção disciplinar), crie e conflito do livro (ele fica constrangido e é prejudicado no emprego por conta do atraso e isso é refletido na vida pessoal. Ele fica transtornado e com mania de que sempre está atrasado). Foque mais no desespero do personagem até vir a decisão. Não deixe de desenvolver o ápice do conflito, que seria os empecilhos judiciais. O banco tentando negociar, intimidar, entre outras coisas. Para deixar o livro mais visceral e atraente, coloque sub-enredos, como a esposa com um problema paralelo ou então um personagem com apelo humorístico. Está vendo? A história já está interessante e nem mesmo começou a ser escrita. Se ninguém desenvolver e publicar essa dica esse ano, eu escreverei então, ok?


Leo Vieira é membro e secretário da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL), autor do livro "Alecognição" (Editora Lexia) e mais 30 livros, ainda em fase de publicação. Escritor acadêmico em outras 29 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.

COMO FAZER UM BOM LANÇAMENTO DE LIVROS?

Não se precisa de muito requinte na hora de lançar o seu tão sonhado, planejado e querido livro. Muitos pensam em festas faraônicas, com aspecto de cerimônia finíssima, mas um lançamento de livro pode ser prático e agradável a todos, com grandes resultados.
Reserve entre 20 e 30 exemplares de livros. Não leve estoque grande, porque nem sempre se vende tudo de uma vez. Leve o suficiente para que você não precise de carro para o transporte. No máximo, um carrinho de feira.
Não alugue salão de festa. Senão o custo pode sair mais caro do que o resultado das vendas e lhe causar decepção e frustração. Também numnca se pode achar que você vai vender o suficiente para lançar mais um livro em seguida. Pense na reposição do investimento. O resto é bônus. Um escritor, assim como qualquer outro profissional  deve sempre aprender a caminhar um quilômetro extra.
Reserve um espaço em uma pizzaria ou churrascaria, com os convidados que confirmaram presença. Em alguns casos, o estabelecimento até presenteia com uma pizza de cortesia quando o local enche. Além de ser uma forma de popularizar mais o local.
Aproveite a festa e faça as dedicatórias nos livros. A festa será animada. Sorria e tire muitas fotos. Isso atrairá outros compradores de última hora, como frequentadores que nem sequer sabiam do evento e estavam em mesas distantes. Se você investiu R$ 1 mil no livro e vendeu 30 exemplares por R$ 30, cada um, você praticamente pagou o custo de investimento. Não tenha pressa e saiba que em um futuro lançamento, você poderá vender muito mais.


Leo Vieira é membro e secretário da Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo (SAL), autor do livro "Alecognição" (Editora Lexia) e mais 30 livros, ainda em fase de publicação. Escritor acadêmico em outras 29 Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas cidades e Doutor em Teologia e Literatura.