terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Níveis de realidade e níveis de percepção que se encontram: o “sagrado”


Níveis de realidade e níveis de percepção que se encontram: o “sagrado”




Todo o conhecimento científico clássico nos serviu durante muito tempo e foi a partir dele que chegamos em todas as descobertas atuais e todo o desenvolvimento tecnológico de hoje em dia.  Porém ele foi superado. Quer pela física quântica e seus correlatos como a Gnose de Princeton, quer pela Teoria da Complexidade e seus desdobramentos filosóficos, sócio-culturais e especificamente científicos.  É por isto que os níveis de realidade (objeto) e os níveis de percepção (sujeito) não podem mais prescindir da intersecção entre si mesmos: o território do “sagrado”, Deus ou a Força Maior, o Todo.  Níveis em descendência ou em ascendência que se encontram no ponto X.  O ponto X no diagrama de Gilbraz Aragão em “Do Trandisciplinar ao Transreligioso” em “A Teia do Conhecimento . Fé, ciência e transdisciplinaridade” . Editora Paulinas, página 136, sobre a transdisciplinaridade e o diálogo transreligioso, representa justamente esta questão que poderia ser facilmente utilizada em analogia para a Arte-enlevo. A arte-enlevo na qual, a arte e o artista ou a arte e o espectador se relacionariam com a intersecção entre ambos, o experienciar, a fruição que, quando frutífera, gera o enlevo e dinamiza o “sagrado”.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Além da Terra, Além do Céu . Vol. III da Editora Chiado

Poema selecionado na Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea - Além da Terra, Além do Céu . Vol. III da Editora Chiado:




Vazio

Era dos signos-marcas
em todos espaços,
todos lugares, virtuais ou não.
Símbolos-identidades,
tremeluzindo e
piscando ininterruptamente...

Sinergia dos logotipos
em profusão cabalística
a sorrir e deitar-se para
o sexo; vende-se o sexo,
qualquer um, não importa.
Ícones da luxúria onipresente...

São os donos ilimitados
das ruas, shoopings, praças,
bares, avenidas, olhos, mentes.
Lembram-nos do grande
vazio existencial
que enchemos de nada...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O mundo



Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



O mundo

O mundo é como um pião.
Gira, gira e não para...

Só para quando chega
a morte, aí não é mais pião,
ilusão; é só lembrança...

O mundo é como um peão.
Mais importante peça...

Mas não serve se deixar
a frente de batalha;
aí não é peão, é, sim, um rei...

O mundo é como um pão.
Alimento básico...

Só não é alimento para
os que partiram daqui;
aí não, o pão não alimenta...

O mundo é como um piau.
Peixe fluvial, de rio...

Só deixa de ser peixe,
quando pega o alto mar;
aí é baleia, imenso mundo...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Poema classificado no Prêmio Poesia Agora – Verão 2019

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Minha participação na Coletânea Contos e Poemas - Textos Anônimos da 5a. FLAL da Leia Livros



Recebi hoje o livro com a minha participação na Coletânea Contos e Poemas de Textos Anônimos da 5a. Edição da FLAL 2018 (Festival de Literatura e Artes Literárias) com o patrocínio da Divulga Escritor (Shirley Cavalcante) e da Leia Livros pela amiga escritora Nell Morato, organizadora da publicação.
O poema selecionado:

CIDADE-NOITE
Cidade morta-viva
em enorme dormida,
de arranha-céus frios todos,
cai encima da tal lua...
A noite é essa contumaz
convidada que não
pede passagem, só
adivinha nosso anseio...
Tranquilamente passa
por entre os dedos como
areia de uma praia longe,
perdida à madrugada...
Por mais que trafeguemos
pelas suas vielas dessas
arquiteturas podres,
não saberemos nunca...
Cidade, uma suntuosa
cadeia de ouro bem puro,
a que não se desprende
dessa função de zeitgeist...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Rosario Vidal Ferreño

Rosario Vidal Ferreño



Sensibilidade em camadas de artesania poética...  O estilo amplamente usado a serviço do gráfico-pictórico que transpassa em muito a representação... e chega na re(a)presentação do real de modo único, especial...
                Rosario Vidal Ferreño trabalha com fluidez e naturalidade; com suavidade e liberdade...  Sendo designer de moda como formação e profissão, a artista incorpora o universo da estética corporal, do fashion e do styling no seu trabalho artístico.  A persistência do tema dos retratos gráficos de moças de frente e de perfil nos mostra e nos demonstra sua combatividade no terreno incógnito da beleza e no terreno árido do sensível...  A beleza e o sensível são da ordem do efêmero e, ao mesmo tempo, da ordem do que permanece, senão na realidade, ao menos na memória da retina, cristalizada no momento...  A potência do momento é o que Rosario busca e, nessa busca, vale fechar os olhos para ver melhor.  Como, aliás, na sua marca registrada, sua identidade visual: o olho de mulher fechado, que revela por não ver o que há, mas o que está por trás, o que se esconde, o que potencializa o oculto...  Como num movimento interior que nunca cessa.
                O traço das suas peças remetem a Egon Schiele, as cores a Matisse e o tratamento geral da composição, talvez, a Miró.  Mas sua arte é singular, no sentido do sentimento do que se mostra e do que se esconde, num movimento de repercussão amplamente dinâmico do olho que transmite suas impressões da vida interior da mulher.  Sua arte está na mola propulsora do cotidiano feminino.
                A artista valoriza a natureza como aspecto primordial e entende a arte como coisa de nós, seres humanos, do que temos de melhor como seres humanos.  Daí as flores, paisagens e pássaros...  Natural da Galícia, Espanha, Rosi Vidal trabalha com a emoção como matéria-prima. A emoção da arte que se desdobra como vida, como estética, como força e vitalidade naturais.  Transformação do natural que revela o que se esconde... Pura exaltação do olhar...
Mauricio Duarte                                   

Contatos com a artista:


Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/rosario-vidal-ferreno-por-mauricio-duarte/

domingo, 13 de janeiro de 2019

Trio de amigos gonçalenses conta história da 2ª guerra mundial

  Professor e irmãos gêmeos produziram revista em quadrinhos
Enviado Direto da Redação
Por Rennan Rebello

Para muita gente, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) pode parecer algo restrito às aulas no colégio ou na universidade. Talvez por isso não tenha uma visão mais ampla sobre o assunto que, além de atrair pesquisadores de diversas partes do mundo, também envolve um mercado peculiar e específico sobre este capítulo da história. Mas, em São Gonçalo, cidade que enviou soldados para a batalha, o professor de Artes Visuais Antônio Junior, 51 anos, e os irmãos gêmeos e graduandos em História, Daniel e Danilo Mota, 21, produziram uma revista de história em quadrinhos intitulada “Smoking Snakes: Você sabe de onde eu venho?”, com QR-Codes (códigos lidos por aplicativos que dão acesso a materiais extras como vídeos). A principal finalidade da iniciativa é a educação histórica através da memória do município que, de certa maneira, contribuiu para o êxito das tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito armado.

A Rua Gaspar de Freitas, no bairro Mutondo, em São Gonçalo, ainda não é conhecida por sua história, no entanto não seria ousado dizer que em um futuro próximo será conhecida por três moradores que utilizam fatos históricos sobre a Segunda Guerra Mundial mesclando com a trajetória de ex-combatentes gonçalenses por meio da arte quadrinista. Apesar de serem de gerações distintas, o professor Antônio Junior e os gêmeos Daniel e Danilo Mota nutriam um laço de amizade na vizinhança, que tomou proporções no nível profissional.

“Conheço os meninos desde pequenos e já tinha amizade com a família deles, mas o que uniu de fato foi o assunto sobre a Segunda Guerra e o fato de, apesar de serem jovens, adoram coisas antigas. Além disso, eles também desenham assim como eu, e o projeto nasceu naturalmente. Criei o selo ‘Ôba’ (objeto de aprendizagem) através do qual lançamos a HQ “Smoking Snakes” no ano passado, escrita e desenhada por nós três. Foi literalmente um trabalho em grupo, que vem dando certo. Em eventos voltados neste sentido, os exemplares são bastante solicitados”, explica o professor que recentemente lançou em paralelo por seu selo mais uma revista do gênero, a “Smoking Snakes - relembrando os bravos”em formato mangá (quadrinho japonês).

À parte do projeto editorial, a paixão por este assunto fez com que os “irmãos da guerra” passassem a colecionar artigos originais, produzir roupas da época e se juntarem à Associação dos Ex-Combatentes de São Gonçalo, com sede no Patronato e conta com a direção do veterano Nelson Moreira Botelho, de 98 anos. Além dele, há suspeita de mais alguns vivos na cidade.

“Nosso avô, o Mota, que citamos na revista foi ex-combatente, mas ele não era de São Gonçalo, e no roteiro fizemos questão de citar combatentes daqui, como o senhor Oswaldo Mendes, que faleceu em 2016. Gostamos muito deste tema e fizemos questão de integrar a associação. Espero ajudar a manter, popularizar o assunto e encontrar outros ex-combatentes e pesquisar suas vidas”, disse Danilo que estuda História, na Faculdade de Formação de Professores (FFP/Uerj) e possui um arquivo em seu celular no qual consta o nome e informações específicas de quase todos os soldados brasileiros do Exército que lutaram na Itália, junto com o contingente militar oriundo dos Estados Unidos.

Outro objetivo que passa a ser em comum do trio é a promoção de um turismo ligado a este gênero, aproveitando o passado e a Praça dos Ex-Combatentes que, apesar de má conservada pelo poder público, tem artigos originais da Segunda Guerra, como um tanque de guerra, no entanto as peças estão vandalizadas e pichadas.

“É uma pena vermos essas relíquias neste estado, pois além de serem originais, poderiam servir como turismo com passeios guiados e local para palestras e aulas ao ar-livre. Estamos diante de algo histórico mas infelizmente a maioria não tem este conhecimento, e o nosso intuito é a difusão da informação. Queremos também desmitificar que este tema militar é coisa de ‘reacionário’ ou de adeptos da ‘direita’. Isso não tem nada a ver, isso é história, inclusive os combatentes tinham diversas visões políticas, inclusive de esquerda”, comentou Danilo, que faz sua graduação em História, no campus da UFF em Campos dos Goytacazes onde seu avô nasceu.

Aos interessados em adquirir um exemplar do quadrinho basta entrar em contato com o grupo através do perfil no Instagram: @smokingsnakeshq ou pela página no Facebook: Smoking Snakes.

João Barone, uma inspiração

O rock ‘n’roll também fez sua homenagem aos ex-combatentes através da banda de heavy metal sueca Sabaton ao citar os militares da FEB, na música “Smoking Snakes”. O que inspirou os pesquisadores de São Gonçalo em batizar a ação quadrinista com o mesmo título. E, em solo brasileiro, o baterista João Barone, dos Paralamas do Sucesso, que também pesquisa o tema e lançou o livro “1942 - o Brasil e sua guerra quase desconhecida” (2016), inspira Daniel, também é baterista e tem um exemplar autografado da publicação, na música como no estudo do assunto.

“João Barone é um dos maiores bateristas da América Latina e não é à toa que é reverenciado. Toco desde os 14 anos e não tem como não tê-lo como influência. Por coincidência, ainda temos o interesse em comum sobre o Brasil na Segunda Guerra. Já o presenteamos com um exemplar da nossa revista. Foi um dia inesquecível”, contou Daniel, o “João Barone gonçalense”, que toca aos sábados à noite com sua banda de rock Thecybeis e composta somente por irmãos, incluindo Danilo (que é baixista), no Australian Pub, no bairro Mutondo, onde reside desde a infância.

Atuação do Brasil ‘in loco’ no conflito
Após um acordo entre os governos brasileiro e americano em 1944, o então presidente Getúlio Vargas enviou tropas da Força Expedicionária Brasileira (fundada em 1943), para guerrear ao lado dos países aliados contra as forças do eixo composta pela (Alemanha nazista, Itália fascista e Império do Japão).

Os brasileiros estiveram nos campos de batalhas em solo italiano ao lado dos norte-americanos e foram bem sucedidos. Mas antes do sucesso na missão, havia uma descrença da população brasileira sobre a ida da FEB à Segunda Guerra, e era comum escutar na época a expressão “Só se a cobra fumar”, que tinha um sentido pejorativo de descrença e ironia. A partir disso, e como resposta aos compatriotas, os combatentes nacionais passaram a se intitular como “Cobras fumantes”, o que acabou fazendo com que os militares dos Estados Unidos passassem a se referir ao pelotão verde e amarelo na versão inglesa do termo, ou seja, “Smoking Snakes”.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Respirando Poesia - 3o. Vídeo - Entrevista: Mauricio Duarte





O Nosso Canal Respirando Poesia entrevista o Artista Visual, Escritor e Acadêmico da AGLAC, Mauricio Duarte. Acompanhe a trajetória do autor neste Vídeo brilhantemente apresentado pela Poetisa Bartira Mendes.



https://www.youtube.com/watch?v=ZdvKaM8jKzY

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Exortação ao ano que inicia


Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Exortação ao ano que inicia

À confraternização!

Que os homens sejam os templos,
Divino Espírito Santo,
Cristo Jesus; boa vontade
para uma vida abundante...

À confraternização!

Que as famílias sejam todas
unidas na nossa fé,
em congraçamento de amor,
com liberdade e respeito...

À confraternização!

Que os povos sejam irmãos,
numa fraternidade una;
plena de vitalidade
seja a busca desta paz...

À confraternização!

Que as culturas sejam estas
culturas da paz que são
necessárias e que nossa
comunhão seja deste amor...

À confraternização!

Que as religiões sejam estes
religares de Deus Pai,
todos, universalmente,
criando o bem coletivo...

À confraternização!

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Ano Novo


Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Ano Novo

Um ano termina,
outro ano começa.

Desilusões e anseios,
sonhos e fraquezas,
lutas e abandonos,
carinhos e dores,
movimento e inércia...

Um ano termina,
outro ano começa.

As cores e os cinzas,
os fortes e os fracos,
a garoa e o pé d´água,
a boa sorte e o mau azar,
o azul e o vermelho...

Um ano termina,
outro ano começa.

Amor e desamor,
espera e chegada,
pobreza e abundância,
vivência e mortalha,
risada e tristeza...

Um ano termina,
outro ano começa.

O silêncio e o ruído,
a mata e a cidade,
o gritar e o calar,
o escutar e o falar,
o ser e o transcender...

Um ano termina,
outro ano começa.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)