sábado, 17 de dezembro de 2016

Natal de esperança

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor . Natal de esperança .





Natal de esperança


                Todo Natal nos perguntamos quando o espírito natalino irá fazer valer o nascimento do Salvador, Jesus Cristo e, nos trazer a paz tão sonhada na nossa cidade, no nosso país, no nosso mundo.  Mas Deus sempre sabe o momento.  O tempo de Deus não é o nosso.
                Incognoscível é o Deus de Abrãao, de Isaac e de Jacó.  Seu nome, segundo crenças judaicas, é impronunciável.  Segundo São Dionísio, bispo de Atenas na igreja dos primeiros dias, Deus é tudo e é nada, é luz e é escuridão, é dia e é noite.  D´Ele nada podemos afirmar sem que tenhamos que refutar a premissa logo depois. Porque as palavras não dão conta.  O amor de Deus é infinito, bem como Sua misericórdia.  Seria pretensão humana das mais tolas, tentar compreender as razões divinas e perguntar por que não cessa a violência, a guerra, o mal, tudo enfim, que nos assola a humanidade há tanto tempo e de tão variadas formas ao longo da história como nós conhecemos.  Mas ainda assim, poder-se-ia questionar o porquê de tais acontecimentos terríveis sob a face da Terra.  Afinal, questionar é humano e só se goza plenamente do livre arbítrio quando se usa a filosofia adequadamente.  Portanto, poder-se-ia dizer, inclusive, que Deus não é justo.  O que escapa ao homem de ciência – ou de filosofia – é que Deus é lento para a cólera, que seus mandamentos são justos – embora nem sempre os aceitemos – que sua verdade é eterna e que Ele sempre cumpre suas promessas.  Só uma profissão de fé pode servir de base para essa confiança.  É disto que se trata: confiança.  O devoto confia na promessa divina e porque ele confia, ele é salvo.  Um salto de fé é o que nos pede Jesus.  “A casa está pegando fogo”.  Saia da casa.  Venha agora para o Sol, para o mar, para a viagem da sua vida.  Uma viagem da qual não será mais o mesmo, morrerá e renascerá como novo homem, como nova mulher.
                O espírito natalino é, a um só tempo, criador e instaurador de novo tempo na história humana, na qual podemos crer verdadeiramente na fonte do tesouro divino que se fez homem no meio de nós para nos salvar.  Por essa razão, é nosso dever e salvação dizer sempre: “Graças a Deus!” “Graças se dê em todo momento!”  Mesmo quando a situação ou o contexto não são positivos; Deus sempre sabe o momento. O tempo de Deus não é o nosso.
                Que o Natal possa trazer esperança no futuro para todos, sem exceção, os de pouca fé e os de muita fé, os de ciência e os de misticismo, os daqui e os de lá.  Feliz Natal! Paz e luz!

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O início e o fim

Leia a minha participação na 24a. edição da Revista Divulga Escritor, Revista Literária da Lusofonia. Com o texto O início e o fim. Página 46.

https://issuu.com/smc5/docs/divulga_escritor_revista_literaria__d2e995d3b5622b/46



O início e o fim

Não existe fim nem começo na cosmogênese do universo.  Só há a continuidade eterna.  No ápice do início está, em semente, o germe do fim e no fundo do poço do final está guardada a pequenina luz de um novo amanhecer.
Tudo se move em ciclos cósmicos e são necessários vários ciclos cósmicos, verdadeiros milhões de kalpas, para que uma nova ronda de civilização tenha lugar em algum plano de existência.  A nossa civilização não é a primeira e nem será a última a florescer nessa realidade planetária.  Desse modo, podemos dizer, sob certo ponto de vista, que a evolução espiritual das nossas consciências é o nosso objetivo e que essa evolução não tem começo nem fim; é um devir que se quer eterno.  Grandes avatares, como Shakyamuni, o Buda, decidiram por esperar a evolução da humanidade inteira para só depois entrar no reino dos Céus.
Buracos negros, quasares, nebulosas, pulsares e supernovas demonstram o quanto é vasto e infinitamente perfeito o nosso universo.  Tal dança cósmica do eterno é uma prova de que não é possível a imobilidade.  Tudo está em constante mudança e o movimento é o único fator constante nessa alquimia universal; a própria mudança.  Por esse motivo, talvez, devêssemos lembrar que nossos problemas são, no máximo, preocupações passageiras e que nada, nada mesmo, irá continuar o mesmo para sempre.  Aliás, há um ditado que diz: “É preciso mudar muito para permanecer o mesmo.” Essa dicotomia da frase anterior corrobora com a nossa breve digressão sobre o início e o fim, haja vista que, é fato: as mudanças e os movimentos da nossa realidade natural levam a um estado geral de coisas harmônico e, embora multifacetada, multitudinária e pluridimensional, exibe em sua constante evolução uma dinâmica uma e sempre bela, boa e verdadeira.  Portanto, em suas grandes modificações, o universo permanece, num certo sentido, sempre no mesmo ritmo.  Quero dizer com isso que, saltos existem na natureza, mas a dinâmica geral, mesmo desses saltos, percorre uma trajetória já determinada, ainda que não sendo gradual.  Trocando em miúdos, tanto a iluminação pelo Yoga de Patanjali – gradual – quanto a iluminação pelo Tantra de Tilopa – em saltos – ocorrem e ambos obedecem a um ciclo natural de consciência ampliada.
Sendo assim, tenhamos pressa indo devagar e percorramos sinuosamente nosso caminho reto para sermos plenamente libertos de Maya.  O nosso lugar de direito no cosmos estará sempre nos aguardando, demore o tempo que demorar para nos lembrarmos dessa verdade.  Paz e luz.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

9o. Louvor Acadêmico na AVL

Fico muito feliz em receber meu 9o. Louvor Acadêmico na AVL (Academia Virtual de Letras).




"Em consonância com as atividades desenvolvidas ao longo do mês, são agraciados com louvores, os acadêmicos.
A AVL, tem a honra de congratular seus pares pelas atividades desenvolvidas em novembro do ano corrente."

Maria Ivoneide Juvino de Melo
Presidente
 

domingo, 4 de dezembro de 2016

Jornada ao interior

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor.




Jornada ao interior

 
“Não sou cristão, nem muçulmano, nem judeu, nem zoroastriano; não sou da terra nem dos céus, não sou corpo nem alma...”  Rumi
Acolhemos a presença da luz quando ela nos apresenta sua florescência, seu brilho que são divinas?  Estamos abertos ao Divino Espírito Santo quando Ele está próximo?  A porta para o caminho espiritual não é franqueada com facilidade e também depende de esforço pessoal e mérito pessoal.  Mas não quer dizer que Deus não venha quando não merecemos – se fosse assim Ele nunca viria, porque nunca merecemos efetivamente – mas significa que aproximar-se da Árvore da Vida se refere a uma experiência espiritual mais profunda.  Experiência que só pode ser alcançada quando estamos devidamente sintonizados com nosso guia interior.
Perfeição, harmonia e beleza formam nossa vida mesmo que não estejamos conscientes desses valores ou atributos, mesmo que não os queiramos e/ou os rejeitemos veementemente.  Por que?  Porque a fagulha divina está em todos nós.  O contrário desses ideais, grassa todo dia pelo planeta Terra, dirão alguns.  Morte, violência, crime, guerra, tudo enfim que os noticiários jogam na nossa cara todo dia.  Porém, há uma esperança no futuro que mostra sempre sua face equilibrada e sagrada quando nos voltamos para a espiritualidade sincera.  Isto ocorre por sermos legitimamente herdeiros da graça divina, aliás, como toda criação, toda a natureza.  No entanto, é uma moeda, tem duas faces: a positiva e a negativa.  Quando negamos uma destas faces, perdemos a moeda inteira, nosso tesouro.  Significa que com a meditação, por exemplo, exploramos nossos lados reprimidos e podemos conhecê-los profundamente e nos conhecer como seres plenos.  Tal ação é humana – demasiadamente humana dirão alguns novamente – mas não é negando nossa humanidade que iremos ascender espiritualmente.  Pelo contrário, aceitar os próprios defeitos – aceitar não é praticar más ações quando elas nos apetecem e sim compreender a dinâmica dessas forças em nosso interior – é parte considerável, substancial do processo de iluminação; sem o qual nada de verdadeiramente positivo em espiritualidade pode ser feito.
Esta espiritualidade desenvolvida não é cristã, budista, judia ou de qualquer outra denominação ou tradição.  Ela é divina, ela é universal e pode ser alcançada com práticas e hábitos como recitação, oração, mantra, meditação, yoga, dentre outras.  Também não é uma espiritualidade puramente inefável ou puramente transcendente.  Ela o é também.  Mas inclui nosso corpo, nosso cérebro e nossa mente com uma amplitude total, com aceitação total.  Luxúria “não é profana” quando realizada com amor, com compromisso, com cumplicidade e quando não somos reduzidos à prática do sexo somente.  Preguiça “não é profana” quando entendemos e compreendemos a sua inércia e tentamos sinceramente não cair nela quando ela surge.  Até o ódio “não é profano” quando é sentido com consciência e com discernimento para que não venhamos a ser dominados por ele novamente. Todas são facetas da nossa vida que, se não forem aceitas, explodirão de modo involuntário e inconsciente, mais cedo ou mais tarde.
Desse modo, estar preparado para o sagrado, é viver harmoniosamente com qualidades e defeitos, ciente que a vida circula por todos os lados, tanto nos ambientes do nosso espírito e alma que gostamos, quanto nos que não apreciamos.  Essa é a única verdadeira jornada ao interior.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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domingo, 27 de novembro de 2016

Minha participação na FLAL - Primavera


Minha participação na FLAL - Primavera
Coletânea Prêmio FLAL - Concurso de Contos e Poesias.



É A PRIMAVERA 

É a primavera,
Meu coração sorri.

É tempo de flores,
É tempo de flores,
Crisálidas de
Lagartas tornam-se
Borboletas e,
Em festa, voam.

É tempo de luz,
Os raios de sol
São mais vivos e
Brilhantes e o
Céu limpo, anil.

É tempo de graça,
Revigorar o
Espírito e
Trazer, mais uma vez,
Esperança, sim. 

É a primavera,
Meu coração sorri.

00W43 // MAURÍCIO ANTONIO VELOSO DUARTE 4º LUGAR

Aqui embaixo você encontra o e-book com todos os poemas. 
O poema de minha autoria É a primavera está na página 90:
http://files.comunidades.net/mosqueteirasliterarias/COLETANEA_FLAL_PRIMAVERA.pdf

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Unificação e integridade do ser humano

Unificação e integridade do ser humano



 

Por que a fragmentação é moeda corrente da nossa atualidade? Por que razão tendemos a seccionar – não só nosso conhecimento, o que pode ser útil até certo ponto – toda nossa vida em partes ou em partes de partes? Por que nossa agenda cheia não para de nos dar ordens e parece que temos a sensação de precisar agendar até a hora de ir no banheiro?
O sentido desse problema é que não damos a devida atenção a exercícios espirituais – como a meditação e a oração – que nos possibilitariam a criação de uma consciência original. Como disse, essa consciência é original, sempre esteve conosco e, portanto, trata-se antes de reconhecimento do que de conhecimento.  Reconhecer-se é tarefa árdua e complexa.  Mas Deus nos deu uma ferramenta muito útil que, no entanto, pouco usamos: o outro.  Se nos reconhecêssemos no outro, saberíamos que a mesma fonte de luz que nos banha, banha o outro também.  E não é só isso, nossos semelhantes são nossos espelhos também, muitas vezes.  Quando estamos conectados com a graça divina, o Divino Espírito Santo, um sem número de vezes dizemos coisas que servem para aquela determinada pessoa, naquela determinada situação e naquele tempo determinado cuja sincronia é perfeita e também ouvimos das pessoas que encontramos coisas perfeitamente ajustadas à nossa pessoa, à nossa situação e ao nosso momento no tempo. 
Por vezes, tal sincronia ocorre mesmo quando não estamos em sintonia com o divino. A inteireza tão ansiada por quem já conhece o caminho espiritual pode ser ansiada – e efetivamente o é – por quem não conhece ou não pratica o caminho.  Qual a diferença?  A diferença é que quem está no caminho espiritual verdadeiro não só anseia, não apenas clama por essa inteireza unitiva eterna, porém o faz através de palavras, através de gestos e através de atitudes de paz.  A paz é a pedra de toque do homem de boa vontade.  Nada é feito pelo homem dessa natureza sem ter-se a paz como referência e, é claro, muito menos, fazer algo pela plenitude na vida sem estar utilizando aquela determinada palavra, ação ou atitude de paz, sem ter-se a paz como estímulo e dinâmica desde o começo, passando pelo meio, até o fim.
Em suma, uma existência de unidade pressupõe intuição mística, pressupõe ascese espiritual e pressupõe esforço em práticas sagradas.  Contudo, pressupõe, sobretudo, reconciliação, diálogo e perdão; em última análise, paz, compromisso com a paz.
Que saibamos fomentar a cultura da paz, conforme nos diz a própria igreja católica apostólica romana, que saibamos fomentar a cultura do bom relacionamento entre pessoas, nações, povos e religiões é de fundamental importância para alcançarmos a plenitude, a unificação e a integridade do ser humano em todos os aspectos, instâncias e níveis.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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Pequena homenagem ao poeta António Aleixo de Portugal



Pequena homenagem ao poeta António Aleixo de Portugal:




"Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista,
ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!"

António Aleixo


Glosa:

Ser artista é uma honra!
Crer no maravilhoso
do mundo, numa ronda,
alguém que é poderoso!


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Gaia somos nós, nós somos Gaia

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor: Gaia somos nós, nós somos Gaia.




Gaia somos nós, nós somos Gaia


O planeta somos nós, a natureza somos nós, o cosmos somos nós.  Fazemos parte dessa quantidade incomensurável de matéria orgânica e inorgânica que se espalha pelo universo conhecido e desconhecido, com formas de vida e de não-vida que nem mesmo ousamos sonhar.  Mas por que essa emoção, essa impressão, tão presente hoje em dia, de desconexão, de vazio existencial e de separação com o Todo?
Nossa cultura urbana e cosmopolita conseguiu muitas coisas, dentre elas, democratizar uma sensação de descompasso com a natureza e com a existência de um modo geral com especial eficiência.  As raízes que deveríamos cultivar são esquecidas em prol de uma vida vazia que se resume a qual o próximo bem de consumo irei comprar ou onde vou passar o próximo final de semana.  Esse fato demonstra o quanto um tipo de indústria cultural avançou tão fortemente no sentido de criar necessidades supérfluas que nos impedem de experimentar uma completude para que haja sempre o desejo de consumo.
Mas somos mais do que meros consumidores, somos mais do que meros joguetes da mídia e do sistema.  Quando essa sensação de que há algo além, de que há algo que está inacessível surge – e ela sempre surge – aparecem também os desvios de comportamento, aparecem as diversas formas de violência, aparecem, em última análise, as guerras e todo o aparato do status quo que alimenta esse processo se move novamente: a indústria bélica, os sistemas repressores, como a polícia, a penitenciária, o hospital psiquiátrico, entre outros.
Gaia, no entanto, é a nossa casa e, como um caramujo ou uma tartaruga, nós carregamos essa casa e ela é inseparável das nossas vidas. Compreender, profundamente, essa realidade é transformar-se.  Porque a célula primeira que deu origem a toda vida  no universo ainda pulsa no sangue que é bombeado pelos nossos corações.  Uma história da linhagem desde o primeiro ser vivo unicelular até o último bebê recém-nascido é perfeitamente possível.  E indo até ainda mais longe, até a “mineralidade” da matéria, carregada pelos átomos primeiros e chegando até a Fonte Maior.
Nesse ponto, o leitor pode imaginar que eu esteja, francamente, a favor de um panteísmo, tão valorizado pela cultura atual em termos filosóficos e, até, às vezes, espirituais, ou de um relativismo quântico tão em voga na física atual.  Embora eu não negue que tais concepções são válidas, num certo sentido, minha meta é outra.  Minha meta é fazer perceber que o espírito da terra está em nós e nós nele, é fazer perceber que cada vez que sentimos a natureza em nossos corpos – ela efetivamente está – criamos um campo com um novo futuro, com inenarráveis possibilidades positivas e com infinitas probabilidades positivas para nós mesmos e para a humanidade como um todo.
Experimentar completude é possível e necessário.  Da próxima vez que estiver na praia, observe o mar, as ondas do mar, sinta o vento no seu rosto, caminhe pela areia, mergulhe e faça seu corpo perceber que faz parte de tudo que é natural.
A qualidade corpórea de nossas existências é diretamente afetada pela sabedoria e pelo poder da terra que podemos sentir ou não.  Desse modo, estar próximo da natureza é uma necessidade e uma chave para a plenitude seja qual for a nossa crença, fé ou filosofia. Afinal, Gaia somos nós, nós somos Gaia.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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domingo, 23 de outubro de 2016

sábado, 22 de outubro de 2016

Caminhada espiritual



Caminhada espiritual


Por que negligenciamos tantas vezes nossa caminhada espiritual?  Temos uma caminhada espiritual?  Por que tantas vezes deixamos de lado nossos exercícios espirituais e/ou religiosos?  Nossas obrigações e compromissos materiais não raramente merecem maiores e melhores observações e devotamento de nossa parte invariavelmente.  Por que isso acontece?
A letargia para as coisas de Deus parece imperar um sem número de vezes na vida de grande número de pessoas, senão na vida da maioria delas.  Vivemos um período de conquistas materiais, tecnológicas, científicas e práticas de enorme monta e de enormes níveis ou graus.  Essas possibilidades e fatos nos trazem ganhos e muitas comodidades em nosso cotidiano, porém levam à preguiça para as questões da espiritualidade.  Amar a Deus acima de todas as coisas parece distante, abstrato e sem significado.  Mas não é!  O Senhor nos exorta a estar em comunhão com Ele sempre, em todos os momentos das nossas existências.  E, no entanto, reservamos tão pouco tempo para o Pai Eterno que tanto nos amou, nos ama e nos amará para toda a eternidade.  A natureza nos sorri todo dia, com uma manhã ensolarada, com um céu azul, com pássaros e grama verde; demonstrando que o cosmos nos convida à sintonia com o universo em uma harmonia que nunca cessa de clamar pela nossa adesão.  Contudo, continuamos a nos fechar em condomínios, em residências atrás de muros e em escritórios, longe de uma vida natural.  Esse, talvez, seja um dos motivos da nossa procrastinação para com as coisas de Deus.  Não damos atenção à meditação, aos mantras, à limpeza dos chakras, à oração, à leitura orante da Bíblia porque nossas energias estão distantes das energias naturais, distantes do contato com a terra, por exemplo.
Mas não é só isso.  Ao contrário do que se pensa, dar atenção à própria espiritualidade não é um fardo.  É uma benção.  E como tal, atrai positividades em todas as áreas da nossa vida.  Essa benção é fundamental, não é só importante, é fundamental.  Porque hoje lidamos com uma tecnologia muito avançada na maior parte do tempo.  E, como é preciso saber – você pode confirmar isso meditando por um período e voltando às suas atividades depois –  quanto maior a sua consciência, maior a sua desenvoltura com a tecnologia.  Na verdade, o nível da sua consciência tem que ser um pouco maior do que o nível da tecnologia que você usa.  Só assim, é possível estabelecer vínculos com a divindade, com o divino, que possam harmonizar suas ações com o fluxo constante universal e desse modo, trabalhar, exercer suas atividades, produzir em alta escala e em alta performance como a ciência e a tecnologia nos permitem hoje em dia.
Portanto, viver plenamente todo dia e acompanhar a competitividade do mercado atual em nossas carreiras profissionais é algo justo e bom, mas fazer isso em detrimento da nossa vida interior e da nossa espiritualidade, só trará frustrações, cansaços e, talvez até, perdas emocionais, psicológicas, pessoais e físicas. Também “aproveitar a vida” de forma desregrada, social e sexualmente com bebidas, fumo, drogas e festas ou mesmo com diversão – que é salutar e saudável, mas não é suficiente – não pode criar condições para um equilíbrio harmonioso do ser humano, quando se esquece do componente espiritual.
O ritmo ininterrupto do nosso cotidiano tem que ser alinhado com o devido cuidado com a vida espiritual seja qual for a corrente ou tradição a que nos aferramos quando se trata de fé. Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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domingo, 16 de outubro de 2016

Doce melodia



Doce melodia

Doce melodia inunda meus ouvidos
Caminho um caminhar de viajante
Me detenho quando vejo você,
Minha tão sublime amada, linda,
Dentro das entranhas da Baleia; Jonas
Não faria melhor, doce canto de
Baleias, tais seres celestiais, do mar...
O mar ainda pode abrigá-los.

Até quando?


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)