terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Honestidade


Honestidade


Ser honesto parece que virou raridade na nossa política atual.  O cenário brasileiro apresenta casos, denúncias, delações, investigações e toda sorte de desconfianças sobre a ética e a conduta de autoridades. Mas ser honesto é mais profundo do que a sua relação com a política, que, aliás, nunca gozou de grandes níveis de honestidade em nenhum período da história nacional.
Ter a honestidade como norte significa, antes de tudo, ser honesto consigo mesmo.  Será que estou fazendo alguma atividade apenas por prestígio social e não porque realmente quero, desejo ou preciso fazer aquela atividade?  Estou quites com a minha consciência em relação a algo que fiz ou deixei de fazer?  Estou querendo agradar a outrem por estar fazendo determinada coisa e esquecendo das minhas próprias prioridades?  Estas perguntas são importantes e necessárias para que se tenha uma condição honesta de vida.
O interior nosso é rico.  Mesmo quem não cultiva seu interior frequentemente, pode descobrir riquezas inesperadas em seu guia interno.  Essa riqueza interior só pode vir a florescer plenamente quando somos honestos para com ela.  Desse modo, pretender cobrar de outros a honestidade que não temos conosco é perda de tempo.  Porque o inconsciente coletivo acaba sabendo de tudo o que ocorre, mais cedo ou mais tarde.  Até o que se passa apenas dentro das pessoas.  Há uma frase que diz: “Há quem tenha mais gênio do que todos os gênios; é toda gente.”Essa frase de Thomas Huxley, primeiro homem a cunhar o termo “agnóstico”, é verdadeira, haja vista que sempre ou quase sempre todos antecipem uma descoberta de gênio, em suas intuições, embora nenhum desses que tenham antecipado, puderam colocar em palavras, imagens ou qualquer outro tipo de linguagem aquilo que só o gênio pôde.
Sendo assim, ter honestidade é tarefa diária e também de cada momento do dia.  Porque estar fora do terreno da sinceridade consigo mesmo, nos é sugerido a todo instante.  O livre-arbítrio nos dá essa prerrogativa o tempo inteiro como seres humanos que somos.  É o que nos traz as falhas humanas – humano, demasiadamente humano – e o que nos torna únicos e especiais ao mesmo tempo.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/honestidade-por-mauricio-duarte/

Artes visuais


Artes visuais

Escrever sobre artes visuais é como tentar descrever uma sessão de meditação profunda.  Na verdade, é indescritível...  É preciso experimentar... As palavras são boas para o mundo objetivo, pragmático, direto que parece ser nosso destino no mundo dos negócios e das relações de trabalho, cuja utilização da tecnologia e da ciência sempre quiseram construir ou estiveram a serviço no projeto civilizatório.  Os poetas, músicos e compositores – e eu me incluo aqui, como poeta – irão imediatamente protestar.  A linguagem poética, no entanto, trabalha, em geral, na margem, quase como um desvio da linguagem da escrita ou da oralidade.  E é daí, talvez, que venha a sua maior força: a subjetividade, a dubiedade, o contexto fora de contexto que diz tudo com tão pouco, apenas... palavras... Ou chega ao âmago do sentimento, apenas com... palavras...
As palavras, porém, já foram símbolos, antes de serem palavras.  Desde a escrita de Biblos, cidade fenícia de onde veio o alfabeto daquele povo comerciante e navegador inspirado nos hieróglifos egípcios – e diferente deles bem como diferente da escrita cuneiforme dos sumérios – até o internetês dos KKKKK e dos rsrsrsrs ou dos vc e dos bj, tudo passa pela visualização.  E essa visualização tem a sua maior prova, talvez, no alfabeto hebraico, inspirado no crepitar das chamas do fogo.  A palavra é fogo.  A imagem pode ser fogo também?
A imagem talvez não, mas o símbolo sim.  Não à toa os praticantes de oração centrante  pedem a Deus para que os livre “das armadilhas dos sentidos” e os liberte “de símbolos e de palavras”, antes do período de silêncio, segundo a oração do padre Meninger.
O símbolo é uma imagem elaborada para ter e deter pregnância visual.  No design gráfico é fundamental para identidades visuais, acompanhando logotipos e formando identidades visuais corporativas de empresas, instituições, organismos, governos entre outras possibilidades.  A imagem é direta e eficaz quando atua paralelamente ao símbolo correlacionando ou remetendo ou “parafraseando” visualmente uma imagem conhecida, que se tornou símbolo, com o passar do tempo ou pela exaustão de divulgação, falando em artes visuais mais propriamente.  Como os livros falam, no final das contas, de outros livros, assim, muitas vezes, as imagens falam de símbolos, imagens célebres.  As imagens revisitam ou reconfiguram símbolos que sempre estiveram presentes no imaginário coletivo, disponíveis para serem “usadas” esperando apenas a mão do artista visual para aflorarem novamente no universo de todos.
As artes visuais, gravura, escultura, pintura, ilustração, desenho, história em quadrinhos, animação gráfica, computação gráfica, dentre outras, podem nos fazer vislumbrar novas concepções de antigas “ideias” visuais, novas releituras de símbolos que nos levam ao arcabouço ou repertório visual em nossas mentes por anos de exibição da cultura de massa, da cultura erudita, do mid-cult ou do cult.
Cabe a cada um conservar ou descartar “peças” desse arcabouço ou repertório visual na mente e renová-lo ou alimentá-lo sempre que nos apetecer vislumbrar universos que só um criador verdadeiro, um artista visual real poderia fazer.  E, em tempos de softwares de manipulação de imagem cada vez mais acessíveis, quem sabe se arriscar num do it yourself e libertar o criador que existe em todos, potencial ou hipoteticamente.  Paz e luz.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Índice-enlevo


Índice-enlevo
Um animal irracional, um cão, por exemplo, segue apenas seu focinho e reage ou vive experiências à medida que essas experiências chegam até sua esfera de percepção canina. Isto é, conforme citado por Chip Walter em seu livro “Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos”, memória indexical, termo usado por Terrence Deacon para explicar as reações de uma criatura irracional guiada por instintos. Essas reações são “um índice linear de experiências ou reações que entram por um lobo cerebral e saem pelo outro.”
Traçando um paralelo com esse índice, a memória indexical, pode-se afirmar que o índice-enlevo se vale da consciência do presente – passado e futuro não existem, um já se foi e o outro não chegou ainda – para gerar símbolos de espiritualidade elevada. O córtex pré-frontal, responsável pela priorização, protelação ou inibição de atitudes, atividades ou reações mentais e a memória operacional são a causa da simbolização e da organização da linguagem. Linguagem é o que nos torna humanos e o que nos diferencia de um cachorro, nossa capacidade de deliberar, priorizar, tomar uma decisão sobre o que fazer, em suma, nossa capacidade de pensar. O fato é que o cão – assim como os outros animais irracionais – está tão imerso na sua natureza canina, que não pode ter consciência do Self. Apenas nós, humanos, temos consciência do Self. Quando o Self é transcendido, redimido ou quando temos um vislumbre da centelha divina por meio de um satori, por exemplo, – satori que é necessário ser ignorado, caso contrário, há a possibilidade de um desencaminhamento espiritual – nosso Self se plasma com Deus, com Gaia, com o Todo, com o inconsciente coletivo ou com a egrégora da qual fazemos parte e temos uma expansão da consciência, uma consciência cósmica desperta.
Dessa forma, o índice-enlevo trabalha num nível de fluxo torrencial, sem vacilações. A mente-que-sabe, como diz o pajé indígena, sabe e não se pergunta porque sabe, simplesmente sabe. A fonte da água da vida é dada pelo divino abundantemente e gratuitamente para quem medita de modo profundo. Essa “linguagem cósmica” é compartilhada pelos homens e mulheres despertos e ignorada pela multidão. Uma verdade que é única e que faz parte de uma realidade única que pode coexistir em muitos universos num cosmos, mas que sempre é una e trina. Pai (Eterno Deus Celestial), Filho (Jesus Cristo) e Divino Espírito Santo (Espírito Paráclito) que são três e um, ao mesmo tempo.
O índice-enlevo surfa nessa onda espiritual através da leitura, escrita, memória, oralidade e catalogação de referências textuais que remetam ao aprofundamento ou elevação transcendendo a mera intelectualidade e/ou erudição. Um tipo de conhecimento espiritual que só pode ser indicado (indexado) e não posto em palavras totalmente e, às vezes, nem mesmo parcialmente posto em palavras.
O reflexo da Lua na água não é a Lua, assim como o dedo que indica a Lua também não é a Lua. É um índice. Um índice-enlevo, se assim permitirmos.
Mauricio Antonio Veloso Duarte (Swami Divyam Anuragi)
Referências bibliográficas:
Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos . Chip Walter . Editora Record . Rio de Janeiro . 2006
Bênção . a arte e a prática . David Spangler . Editora Rocco . Rio de Janeiro . 2004
O Dom da Sabedoria na Mente, Vida e Obra de Plinio Corrêa de Oliveira . Vítima Expiatória . Libreria Editrice Vaticana . São Paulo . 2016
Desvendando Mistérios . Chacras, Kundalini, os Sete Corpos e outros temas esotéricos . Osho . Editora Alaúde . São Paulo . 2006
Síntese do Budismo . Editora Brasil Seikyo . São Paulo . 2013
Teorias da Aprendizagem . O que o professor disse . Guy R. Lefrançois . Cengage Learning . São Paulo . 2016


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Série Distúrbio








Distúrbio, Distúrbio 2, Distúrbio 3, Distúrbio 4, Distúrbio 5, Distúrbio 6
nanquim e colagem s/ papel couché e cartão triplex
21 x 29,7 cm
2018
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Exposição de arte coletiva: coletiva EIXO 2018 – 3ª edição


Exposição de arte coletiva: coletiva EIXO 2018 – 3ª edição


Eu, Mauricio Duarte, participarei da exposição coletiva EIXO 2018 com lançamento em 3 de março. https://www.facebook.com/events/1176488139153602/


Exposição de arte coletiva: coletiva EIXO 2018 – 3ª edição

Lançamento: 3 de março, sábado, das 13h às 18h.
Local: Fábrica Bhering - Endereço: Rua Orestes, 28 – 4º andar – Santo Cristo, Rio de Janeiro
Apoio: Fábrica Bhering, Cevaderia e Skyline.
Visitação gratuita

Mais informações: eixoarte@gmail.com

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Chegamos as 100 curtidas na página Índice-enlevo

Chegamos as 100 curtidas na página Índice-enlevo do Facebook. Agradeço a todos e todas amigos e amigas que nos prestigiaram com sua presença e atenção. Abraços. Paz e luz.

https://www.facebook.com/indiceenlevo/


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Pensamentos: a energia sutil

Pensamentos: a energia sutil


Pensamentos podem influenciar o mundo físico?  Não indiretamente, a partir de imaginação, pesquisa e projetos, mas de forma direta, simples e determinada?  Muitos esforços científicos são realizados hoje em dia que mostram essas possibilidades... Tais pesquisas são tão necessárias quanto perigosas.  É preciso estar atento ao que se está produzindo em estudo da mente, de moro rigoroso.
Na Rússia chegou-se a conclusão que a telepatia pode ser real.Fayadev, cientista daquele país conseguiu transmitir pensamentos a uma pessoa a mais de mil quilômetros de distância, sem emprego de equipamento nenhum.  Estando o receptor aberto é possível.  Se a mente de um (transmissor) e de outro (receptor) estiverem esperando uma mensagem, a comunicação é possível, como se fosse um rádio.  Ondas de pensamento podem ser captadas de pessoa para pessoa não importando a distância entre elas?
Resultados de jogos de dados em Monte Carlo poderiam ser considerados adulterações físicas dos dados; porém não é esse o caso.  Porque muitas pessoas em Monte Carlo não podem ser derrotadas em jogos de dados.  Elas sempre sabem o número do resultado...  Descobriu-se que a sugestão mental de um número poderia gerar aquele resultado.  E por mais que se trocassem os dados sempre ocorria o resultado certo para aquelas pessoas, mesmo que elas estivessem com os olhos vendados.  Ondas de pensamento podem alterar um resultado físico?
A verdade é que pensamentos são energia, energia sutil, mas energia.  E como tal, são físicos também. Uma forma muito sutil de fisicalidade, de matéria.  A ciência tem avançado com relação às pesquisas do quarto corpo.  São sete corpos existentes e a mente pertence ao quarto corpo.  A mente, as ondas mentais, no futuro, poderão ser utilizadas até para mover montanhas...  Tudo pode ser real, nesse sentido, porque é só uma questão de proporção. Se um pensamento pode viajar mil quilômetros ou alterar o resultado de um jogo de dados, pode fazer qualquer coisa...
A física quântica descobriu que nossos corpos físicos não são tão físicos assim.  São apenas energia se movendo em alta velocidade, falando de modo grosseiro.  Desse modo, quando um ventilador está rodando não podemos ver suas lâminas separadamente, vemos um círculo girando.  A mesma coisa se dá com um corpo, com uma parede, com uma árvore, com qualquer coisa física, ou com o que aos nossos olhos é uma coisa física.  Quando energia gira em alta velocidade ela se assemelha a matéria.
Ondas de pensamento podem criar mundos ilimitados, infinitos com o auxílio da realidade virtual, por exemplo.  As pesquisas e experimentos que avançam nesse campo precisam ser monitoradas e avaliadas continuamente para que não se tenha a formação de monstros da antiética e da imoralidade, do cientificismo louco que pode produzir distopias totalitárias de exclusão, exploração e/ou escravidão do ser humano.  Paz e luz.

Referências:
Desvendando mistérios . Chacras, Kundalini, os Sete Corpos e outros temas esotéricos . Osho . Editora Alaúde . São Paulo . 2006

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

3o. Sarau Festivo Virtual da AVL

Eu, Mauricio Duarte, líder da Comissão de Eventos da AVL
(Academia Virtual de Letras António Aleixo) declaro aberto
o 3o. Sarau Festivo Virtual da AVL.



https://www.facebook.com/events/149523969090395/

Desde já, hoje (01 de fevereiro) é possivel publicar poemas aqui no nosso Sarau Festivo Virtual. Cada participante pode publicar até 05 (cinco) poemas. Como o dia efetivo do Sarau será domingo, no dia 4 de março, guarde pelo menos (1) um poema para o dia 04 de março quando todos estaremos juntos aqui.

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Que nossos versos atinjam as mentes, os corações e as almas
de todos aqueles que amam a paz, a dignidade e a justiça,
a liberdade, a virtude e a consciência.
Esperamos tornar o mundo melhor com nossas poesias
para que sempre se possa dizer:

“Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho.
Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos.”

(Sociedade dos poetas mortos - filme norte-americano do gênero drama, lançado em 1989 e estrelado por Robin Williams, Robert Sean Leonard e Ethan Hawke.)

O 3o. Sarau Festivo Virtual da AVL é aberto a todos e todas que
quiserem participar, sejam acadêmicos ou não!!!
Desde que gostem de poesia e queiram compartilhar
seus poemas, trovas, poesias e demais textos poéticos, sintam-se à vontade para participar conosco!!!

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O tema é livre!!!

Desde agora podem ser publicados poemas num máximo de 5 (cinco) poemas para cada participante!!! E no dia 04 de março de 2018 esperamos todos juntos no mesmo horário, de 18:00 às 21 hs!!!

Acolhemos qualquer tipo de poema, desde que não seja vulgar, obsceno demais ou com palavreado chulo demais...

Todos receberão certificados de participação!!!

Haverá premiação em 1o., 2o. e 3o. lugares, além de menções honrosas!!!


Bem vindo(a)s!!!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

7.981 visualizações

7.981 visualizações desse poema: O Meditar do Artista Gráfico. 4o. lugar!!! Muito bom!!!

Academia Virtual de Letras Patrono: Paulo Coelho Acadêmico: Mauricio Duarte Cadeira: 18 O meditar do artista gráfico Por cima de todo styling, brochura, litografia, texto, está o pensamento gráfico, mas além, há essa pulsação, essa vibração do sentido; cujo sentimento não é só lettering, carimbo, offset, computação gráfica, xerox. É muito mais revelação, fotos das almas dos designers... Dentro de toda tipografia, publicação, xilogravura, está o intuito composicional, mas além, há a liberação, aquela criação de um sentido; cujo sentimento não é só grafismo, imagem, pigmento, luz, fotografia, exposição. É muito mais transpiração, um exercício imagético... Bem abaixo de todo cartaz, mural, folder, grafite, marca, está o imaginário cultural, mas além, há o esforço de ver, perceber o que há por trás; cujo sentimento não é só cor, linha, essa mancha gráfica, jornal, revista, silk-screen. É muito mais a transcendência, meditar do artista gráfico... Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Índice-enlevo




Índice-enlevo



Pesquisa, leitura e escrita tendo como base um elenco dos livros de leitura frequente no enlevo espiritual. Sinal e índice de trabalho docente em artes literárias com análise espiritualista.



O Índice-enlevo não é literatura de propaganda nem literatura panfletária. No entanto, apresenta um viés de exploração filosófico que, se não é açambarcante, em termos totalizantes, é, ao menos, realizado em primeira instância, a partir desse pensamento: dos “porquês”, dos “comos”, dos “ondes” e dos “quandos” no terreno da apreciação que suscita realidades ou que possa suscitar realidades questionadoras e de impulso ao elevar de apreciações antes ocultas e/ou ausentes do rol de percepções do homem e da mulher contemporâneos.
Por exemplo, porque não buscar compreender, literariamente:
. O conceito de virgindade como sendo o olhar do ato amoroso (sexual) como a primeira vez e não como a ausência de prática amorosa (sexual).
. O conceito de alma-mundo como experienciar do planeta Terra do qual fazemos parte inextricavelmente.
. O conceito de honra, dignidade e valores como sendo inerentes aos seres humanos e não como “adendos” que nos são negados, muitas vezes, no mundo contemporâneo.
. O conceito de beleza, bondade e verdade como poética da vida e não como ideais que nada significam – ou significam muito pouco – para o cidadão médio e mesmo para muitas elites.
Os exemplos citados são considerações pessoais minhas e podem, logicamente e subjetivamente, variar conforme a individualidade de cada escritor.
Tais conhecimentos ou considerações ciclicamente desaparecem ou reaparecem das percepções humanas de tempos em tempos e podem ser mais facilmente ou mais dificilmente acessadas por estéticas literárias, artísticas e culturais, por pensamentos filosóficos e morais ao longo das épocas. O índice-enlevo propõe a permanência de temas, estilos ou tendências de atitudes “fora de moda” ou “fora de contexto” no arsenal estético literário e artístico, independente da classificação ou denominação da vertente utilizada, mesmo se tais atitudes e/ou pensamentos não forem diretamente ou claramente identificáveis em determinada obra literária ou de arte.

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O índice-enlevo pode suscitar realidades no terreno do maravilhoso, sem ser ou tornar-se, propriamente, literatura do maravilhoso, sendo mais voltada a uma experiência estética que, generalizante ou generalista, por natureza, não se atêm a uma independência ou subjetividade própria, inerentes. Ao contrário, pode se juntar e/ou se plasmar com outras tendências – desde o anti-design, na comunicação visual até o neoísmo na experimentação artística e cultural; desde o expressionismo abstrato até a literatura fantástica – sem deixar de apresentar ou demonstrar sua preocupação maior em elevar mentes, consciências e espíritos. Sendo esta característica presente como a mola propulsora ou a pedra de toque do processo criativo ou ainda, o alvo a ser alcançado no resultado final da sua prática e teoria. Em qualquer desses momentos o índice-enlevo propõe não o materialismo ou o espiritualismo, mas, em essência, um ponto de contato entre o planejamento (projeto), prática (práxis) e teoria (conceito) no qual a arte possa ser plenamente vivenciada numa apreciação rica e elevada – necessariamente rica em desdobramentos e elevada em apreciação – que possa torna-la próxima do mid-cult, do cult, do erudito e da pop art, sem ser ou tornar-se, totalmente, qualquer uma dessas classificações.

Mauricio Duarte (Swami Divyam Anuragi)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A descoberta da espiritualidade

A descoberta da espiritualidade



Para mim, até os 13 anos de idade, mais ou menos, a espiritualidade, a verdadeira espiritualidade tinha a ver com os super-heróis das revistas de histórias em quadrinhos. O heroísmo, a abnegação e a determinação dos personagens principais, os super-heróis, era algo impressionante.  Na minha cabeça os santos da igreja e tudo que se relacionava à igreja era triste, enfadonho e sem brilho.  Tanto que numa de minhas leituras infantis do Apocalipse na Bíblia, lembrei imediatamente das figuras fantásticas das revistas e quando vislumbrei os dez chifres na Fera escarlate, os anjos, o Dragão, a Primitiva Serpentee tudo o mais do relato bíblico, me interessei mais pelas Escrituras.  Mas só pelo Apocalipse.  E durante pouco tempo.
Porém, a verdade é que a real espiritualidade tem pouca relação com as cenas espetaculares, os dramas fantásticos e as peripécias aventurosas próprias dos super-heróis de HQ.  A espiritualidade é feita de pequenas coisas, pequenos gestos, pequenas atitudes e com perseverança, com dignidade e com sinceridade.  Jesus Cristo tem menos a ver com seus milagres do que com sua compaixão, sua diligência e sua sabedoria divinas.  Viver uma vida espiritualmente rica é descobri-la – e será muito melhor descobrir na juventude – em seu coração e guardar esse tesouro no seu coração para a vida inteira.  É saber que “o pouco com Deus é muito, mas o muito sem Deus é nada.”Portanto, fazer pouco, mas fazer sempre, todos os dias é o segredo para andar nos caminhos do Pai Celeste.
Crer que a bem-aventurança pode fazer a diferença na vida é ter a certeza de que a fé cura e cura totalmente se nossa fé for total, apesar de pequena.  Afinal, como a semente de mostarda que é tão minúscula e dá origem a uma árvore tão grande e majestosa, também o mesmo ocorre quando o novo homem surge em nós; nossa vida muda completamente,estamos em Deus e somos renovados em harmonia com o Universo.
Humanamente, é preciso estabelecer relações com Deus. Ele é um amigo que nunca nos abandona.  Para uma criança, ele se parece com... um super-herói... Sim, é verdade.  Com a diferença que Ele existe, embora a mídia, o governo e o sistema todo, enfim,pareçam estar realmente esforçando-se para que ninguém se lembre disto.
Desse modo, não vejo mal nenhum em ter super-heróis como ídolos.  São muito bons exemplos até certo ponto.  Mas, é preciso saber que a nobreza de espírito ou a santidade são superiores ao heroísmo ou ao sacrifício por ideais.  Embora nem todo herói seja santo, todo santo é um herói, a seu modo.  Todo iluminado também tem um pouco de mártir e se sacrifica por motivos corretos, espiritualmente falando.  Que possamos reconhecer a verdadeira aventura de descobrir a espiritualidade em nossas vidas.  E saibamos cultivá-la e compartilhá-la a cada dia.  Paz e luz.
Mauricio Duarte (DivyamAnuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/a-descoberta-da-espiritualidade-por-mauricio-duarte/