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A família Conceição e a história de uma Ferrovia

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Alex Wölbert* A relação de amor entre o senhor Antenor da Conceição e a Estrada de Ferro Maricá (EFM) começou cedo. Com apenas 22 anos, foi trabalhar como conservador de via permanente, contou com orgulho e nostalgia para nossa reportagem – os olhos marejados de lágrimas – sobre os bons tempos na ferrovia. Antenor da Conceição nos revela a história do menino que não tinha grandes aspirações de ser um médico ou engenheiro. Porém, seu maior sonho era de ser coveiro no funcionalismo público. A vida do jovem Antenor despontava em Saquarema, no ano de 1936, enquanto a da EFM já estava a pleno vapor: era responsável pelo transporte de grande quantidade de sal vindo da região dos lagos e, principalmente, da grande quantidade de laranja que fez do município de São Gonçalo um dos principais exportadores da fruta. A rede ferroviária também foi responsável pelo crescimento do núcleo urbano de

Jurubaíba é gonçalense?

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Alexandre Martins* Em grande “sacada” editorial, o jornal Extra descobriu o filão do município de São Gonçalo e criou um tablóide anexo a sua edição das quintas-feiras, o Extra São Gonçalo. À guisa da outra boa sacada dos jornais de bairro criados pelo seu irmão rico, o jornal O Globo (o Extra pertence às Organizações Globo) o “jornal das classes D e E” se surpreendeu com o esgote da tiragem inicial que continha o suplemento. Ponto para o jornalismo do Recôncavo da Guanabara que percebe que “São Gonçalo não é Niterói”. Mas o que poderia ser um golaço, teve pênalti: uma matéria elegia a Ilha de Jurubaíba como pertencente a São Gonçalo. Vou explicar a confusão. O nome do arquipélago das Jurubaíbas - contração do tupi yurú (boca, trago, bocado); bá, alt. de mbae (coisa, objeto) e ahyba (má, ruim, que não presta - ibá é "árvore") - seria algo como "boca da coisa má". Na gíria popular, "coisa-má" é o demônio, o capeta. Litera

Invasões Britânicas na Educação e Cultura Gonçalenses

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Zeca Pinheiro   Muito depois do futebol se tornar o esporte mais popular do mundo e a língua inglesa a mais falada no planeta, bem depois das teorias de Newton e Charles Darwin e pouco depois da televisão, do telefone, da penicilina, do motor elétrico, da locomotiva a vapor e do trem invadirem nosso dia a dia, mudando radicalmente nossos hábitos e costumes. Tornou-se comum a invasão de escolas de origem estrangeiras no final do século XIX e inicio do século XX em todo o território brasileiro Certamente devido à enxurrada de imigrantes de diversas nacionalidades em nosso país, São Gonçalo não podia ficar imune a esta presença, a primeira invasão no bom sentido é claro foi em 1908, na Chácara Paraiso numa área de 150.000 (cento e cinquenta mil metros quadrados) localizado na Venda da Cruz, onde há pouco tempo funcionou o 3º BI, foi instalado uma sucursal do Gymnasio Anglo-Brazileiro ou The Anglo-Brazilian School uma vez que a matriz havia sido criada em 1899 em São Paulo em

Os pisos de caquinhos vermelhos

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Alexandre Martins Em São Gonçalo, como na maioria das cidades do Sudeste brasileiro, há ainda vestígios de assoalhos e pisos de lajotas vermelhas em residências, quintais ou áreas de serviço, dispostas aleatóriamente ou formando desenhos geométricos. Por ter sido nossa cidade um campo de olarias e cerâmicas desde séculos passados, alguns podem pensar que a idéia é natural de nossa região, mas não é bem assim. A história vêm do estado de São Paulo, influenciando várias cidades do Brasil. Eis o artigo de um engenheiro sobre o assunto. O mistério do marketing das lajotas quebradas por Manoel Botelho * Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Vamos contar esse mistério.  Foi na década de 40 / 50 do século passado. Voltemos a esse tempo. A cidade de São Paulo era servida por duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era

Morando em São Gonçalo você sabe como é

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   Matheus Graciano   (em 14/1/ 2014)   Há dois anos atrás, a agência de propaganda DM9 aportou no Rio. Para se lançar, traduziu e aplicou uma campanha que já acontecia em outros lugares do mundo: “Sim, eu sou.” Uma sentença afirmativa e poderosa pela sua simplicidade. No caso, as frases eram sobre o estilo de vida “carioca zona sul”. Traduzida para “Sim, eu sou carioca”, a campanha estourou no Facebook. Dias depois, uma usuária lançou o “Sim, eu sou niteroiense”, que também impactou os moradores da ex-capital fluminense. Olhando as duas páginas, não foi muito difícil chegar à conclusão óbvia: e por que não, São Gonçalo? Se você mora na cidade do Rio, sabe que nos últimos anos ficou muito mais fácil ser (ou dizer que é) carioca. As olimpíadas deram um gás nesse sentimento que vinha perecendo desde a inauguração de Brasília. Niterói também não ficou para trás. Depois do bom trabalho de marketing dos últimos governos, somado à sua inserção nas 1

Leonel Kaz responde à espantosa pergunta do ministro Aloizio Mercadante

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Ricardo Setti Museu é o lugar em que “a criança se educa, vivendo” como nos ensinou, desde 1929, o educador Anísio Teixeira, ao falar da escola (Ilustração: Cavalcante) Texto publicado originalmente a 14 de junho de 2013 A espantosa pergunta feita pelo ministro — da Educação! –, Aloizio Mercadante, durante visita, dias atrás, a um dos museus da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, mereceu uma educada e ilustrada resposta do jornalista, crítico de arte, gênio das artes gráficas e editor Leonel Kaz, curador de um dos mais interessantes e criativos museus do país, o Museu do Futebol, em São Paulo, e uma das pessoas mais cultas e inteligentes que conheço. Tomara que Mercadante aprenda algo. Confiram:   Artigo publicado no jornal O Globo O LUGAR DO MUSEU NA EDUCAÇÃO “O que o museu tem a ver com educação?” Essa pergunta do ministro da Educação, Aloízio Mercadante, na imprensa e repercutida na Coluna do Noblat (3/6) do Globo , merece algumas pondera

Mensagem de Ano Novo

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da esq.: Leo Vieira (Secretário), Décio Machado, Alexandre Martins (Presidente), Bruna Tavares (Conselheira), Denise Velasco. Neste ano de 2013, a nossa Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo teve seu trabalho divulgado e aumentado exponencialmente graças à ajuda de todos os seus associados que entenderam que juntos seremos mais e melhores em nosso desejo de propagar a Arte e a Cultura, levando o nome de nossa cidade de São Gonçalo a todos os cantos do Brasil e do Mundo. Nossos associados são homens e mulheres de Letras, de Pintura, de Gravura, de Escultura, de Cinema, de todas as manifestações da Arte Brasileira. São pessoas que amam nossa cidade de São Gonçalo e amam sua Cultura. São idealistas em suas obras e desejam a Cultura não somente para si, mas para todas as pessoas. Nossos sócios são imortais de Academias, empresários culturais, desenhistas, pintores, animadores culturais, pesquisadores, poetas, escritores... Com eles fazemos a SAL ser o “tempero da Cul

O Papai Noel, São Nicolau e a Coca-Cola

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Alexandre Martins* Odiado por alguns, amado por todos. Assim é o Papai Noel, o simpático velhinho que há mais de um século é o garoto propaganda do Natal, deixando a festa cristã mais agradável aos ateus e agnósticos. A figura de alguém que usa a caridade na época do nascimento do Cristo vêm das histórias contadas na Legenda Áurea 1 em especial as referentes à caridade escondida praticada por um bispo católico, são Nicolau de Mira. Quem foi Nicolau de Mira Nicolau de Mira, o original São Nicolau, cujo nome significa "protetor e defensor dos povos" foi tão popular na antiguidade que lhe consagraram no mundo mais de dois mil templos. Era invocado pelos fiéis nos perigos, nos naufrágios, nos incêndios e quando a situação econômica ficava difícil, conseguindo estes favores admiráveis por parte do santo. Por ter sido tão amigo da Infância, em sua festa dá-se presentes às crianças, e como em alemão se chama "São Nikolaus&q