PAPIROS




PAPIROS

Passei a página
Passei o tempo
Virei a essência
Do pensamento
Soltei PAPIROS
Na criação
O meu carbono
Virou canção

Papel crepom
Papel couchê
Suga borrão
O meu saber

Pois a minha caneta
Ninguém traduz
Ela se liberta
Com os riscos azuis

Onde o meu sulfite
FAZ log-log
Na cor de mel
LETRAS mortas
Não me incomodem
Pois só confio
No meu papel.

DÉCIO MACHADO


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