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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Fantasmas




Academia Virtual de Letras António Aleixo
Patrono: Frei José de Santa Rita Durão
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39
Membro Vitalício


Fantasmas

Monólogo dos fantasmas:
à meia noite sempre vém;
me atormentam todos eles,
como que rindo de mim...

Velhos conhecidos de outros,
outros tempos, quando eu era,
eu era, eu era imortal, não era?
A era era imortal, não era, ãnh...?

Fantasmas, sim, zombeteiros,
com suas vozes estridentes
a troçar da desventura
minha e deste mundo inteiro...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Linha, ponto e plano

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Linha, ponto e plano

Linha: delimitação no espaço,
conjugando pontos bem juntos,
ao redor do branco da folha,
solidão só desse tracejar.

Ponto: um marco estabelecido
para iniciar ou para terminar,
neste centro de onde converge
o tudo e o nada, desvanecendo.

Plano: criação do que está à frente
ou do que está naquele fundo,
ilusão do bidimensional,
a nos trair hoje, sempre e sempre.

Linha, ponto e plano traçados,
o artista vislumbra o infinito,
margeando uma dor pela angústia,
criando tachismos ao bel prazer...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Nada e nada mesmo



Minha participação no Caderno Literário com os poemas preferidos de 2019 da Editora Pragmatha. Agradeço muito à amiga Sandra Veroneze.
Nada e nada mesmo
Nada do rico serve para o pobre não...
Nada.
Nada do pobre serve para o rico não...
Nada mesmo.
Há um abismo incomensurável e nada aí...
Nada.
Ao mesmo tempo um tudo e também um nada, é...
Nada mesmo.
Nada pode haver entre quem tem tudo e...
Nada.
Entre quem tem nada, o tudo é muito e o nada, é...
Nada mesmo.
Entre quem tem tudo, o nada é pouco, e quase é...
Nada.
Enfim, o tudo e o nada são dois lados desse...
Nada mesmo.
Mauricio Duarte
São Gonçalo / RJ
Poema publicado no Caderno Literário 79 da Editora Pragmatha. https://www.facebook.com/cadernoliterariopragmatha/

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Livro Vociferar em silêncio Poesia




Livro
Vociferar em silêncio
Poesia

Por: Mauricio Duarte

Vociferar em silêncio é uma viagem poética pelos universos de silêncios e de falas ao pé do ouvido. Falas que não são ouvidas em qualquer lugar a qualquer tempo, mas que são como que presságios de tempos trevosos que se aproximam ou de tempos de indiferença que já nos alcançam. 66 poemas com a liberdade do gesto que fazem calar ou gritar.
Categorias: História Alternativa, Fantasia, Aventura, Poesia, Literatura Nacional, Ficção

Palavras-chave: alma, corpo, espírito, místico, poema, poesia, silêncio, vociferar

Número de páginas: 80
Edição: 1(2018)
Formato: A4 (210x297)
Coloração: Preto e branco
Tipo de papel: Offset 75g

Estou vendendo a R$ 45,00 + FRETE dos correios

domingo, 15 de dezembro de 2019

Ascenção perceptiva

Ascenção perceptiva



O que é ascenção perceptiva?

Trata-se de como lidar com os portais dimensionais da percepção e suas consequências. De que modo atingir altos níveis de percepção sem uso de psicotrópicos. drogas, e/ou outros expedientes artificiais.
O uso de métodos naturais e de espiritualidade puramente meditativa ou de oração pura para fins perceptivos. A qualidade perceptiva obtida pela meditação e oração é diversa da qualidade perceptiva obtida com métodos de drogadição. Fato amplamente conhecido e difundido.

Esta constatação não tem nenhuma conotação de pessoalidade ou impessoalidade divinas. Deus pode estar presente tanto numa cristalização quanto numa incognoscibilidade. Esta é a minha percepção direta vinda do ato meditativo. Deus é pessoal e impessoal ao mesmo tempo.

Mauricio Antonio Veloso Duarte (Swami Divyam Anuragi)


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O romance literário Os Arcanos de Mauricio Duarte

Lançamento Versejar
De Mauricio Antonio Veloso Duarte Anuragi
O romance literário Os Arcanos
"Romance que narra um dia da vida do caminhante Nonato Cardoso dos Santos em Juazeiro do Norte na celebração de Nossa Senhora das Candeias. Nesse dia Nonato descobrirá que pode ser mais do que um devoto, pode alcançar a santidade. Por qual meios e por quais caminhos (acontecimentos sobrenaturais e visões) isso ocorrerá é o tema da aventura do viajante que deixou família com mulher e filho em Exu para viver a sua devoção por Jesus Cristo, Deus e o Espírito Santo."



Autor: Mauricio Duarte
Título: Os Arcanos
Páginas: 220
Formato: 14,8X21 com abas
Capa: Supremo Duos Brilho 250gr
Miolo: Preto e branco Pollen Soft 80gr
Acabamento: Brochura colado
Editora: Versejar
Isbn: 978-85-94275-94-3
Ano: 2019
Edição: 1º

terça-feira, 2 de julho de 2019

AVL em revista no. 2

 
 


AVL em revista no. 2 - IV Ano - julho de 2019


A nossa AVL em Revista chega a sua segunda edição. Está recheada de muito conteúdo literário e, claro, poético. São artigos e poemas em 43 páginas de puro deleite dos Acadêmicos da nossa AVL (Academia Virtual de Letras António Aleixo). Confira.

https://issuu.com/academiavirtualdeletrasavl/docs/revista_avl_2_-_julho_de_2019

sábado, 15 de junho de 2019

Aguardando

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39



Aguardando

Aguardo a chuva subir
para as nuvens, ou a fé
deixar de crêr em Deus,
para que eu possa sair
e ver o pôr do sol
pintar tudo de coral...

Aguardo a lagarta ir
para o casulo, ou a luz
se transformar em sombra,
para que eu possa sair
e ver a nossa noite,
em cantoria abrilhantar...

Aguardo o mar se tornar
areia, ou o carvão, diamante,
para que eu possa sair
e ver a aurora clarear
a existência dos filhos
da nossa resistência...

Aguardo o monte erodir,
ou o céu cair sobre nós,
para que eu possa sair
e ver o nosso dia,
para mim, para ti,
para, sim, todos nós...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Os Irmãos Grimm




CRÔNICA LITERÁRIA

por Profa. Léa Marques Guimarães (Lady Léa)

Eu adoro um conto infanto-juvenil, são histórias que fazem nossa imaginação sonhar e viajar por caminhos desconhecidos e insólitos. Dos autores antigos, destaco os irmãos Grimm, Jacob (1785-1863) e Wilhelm (1786-1859), que ficaram famosos por suas várias fábulas, histórias ou contos infanto-juvenís, tais como: Rapunzel, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, O pequeno polegar, Branca de Neve, Joãozinho e o pé de feijão; além de muitos outros.
Tanto Jacob quanto Wilhelm, com apenas um ano na diferença de idade, cursaram juntos a formação escolar até a Faculdade de Direito, mas deixaram a advocacia de lado para se dedicarem à literatura. Eles possuíam grande criatividade em suas narrativas, o que lhes granjearam cargos de professor na Universidade de Berlim, onde trabalharam até seus últimos dias.
Eles costumavam dizer que, apenas escreviam as histórias que escutavam dos camponeses, amigos e parentes. Eram bastante estudiosos e, por curiosidade pesquisavam textos antigos, realizados por religiosos nos mosteiros. Sua atenção se voltava não só para a história da Alemanha, mas acima de tudo para a oralidade das tradições populares.
Uma das histórias mais famosas da humanidade, Branca de Neve, foi passada para os irmãos Grimm por 2 amigas de sua família. A maior parte dos contos, aproximadamente 200, foram ditados por uma camponesa idosa chamada Dorotea Viehmman.
Aos poucos, os contos foram se popularizando ao redor do mundo, sendo reinventados em várias versões e conquistando povos de culturas e idiomas diferentes.
Porém, a maior importância dos irmãos Grimm para a literatura foi a coleta dos contos, que acabou impulsionando outros estudiosos a realizarem o mesmo processo em seus países. Na maioria dos textos dos irmãos, sempre são encontrados personagens como dragões, lobos, monstros, bruxas, entre outras criações folclóricas da população. Provavelmente, histórias trágicas que foram passadas pelo povo aos Grimm, acabaram sendo alteradas para ganharem finais felizes e se tornarem mais leves para a leitura de crianças e adolescentes.

sábado, 8 de setembro de 2018

Poesia "Entre amigos" - 4o. Encontro: 16 de outubro de 2018


Poesia "Entre amigos"
4o. Encontro: 16 de outubro de 2018
Tema: Euclides da Cunha
Local: CREFCON
Rua Getúlio Vargas, 1.207 . Creche Carequinha
Barro Vermelho (em frente ao Banco Itaú)
Apoio do CREFCON e PROLER
Organizado por: Janne Duarte e Fernando Félix

quinta-feira, 7 de junho de 2018

São Bernardo e sua especificidade literária




São Bernardo e sua especificidade literária

A boa prosa não pode ser convertida em poesia.  Ela é romance, conto, crônica ou artigo e conta uma história, longa ou curta, explana uma ideia ou emite uma opinião.  Assim é com toda prosa de qualidade superior e assim é com São Bernardo por Graciliano Ramos.  O romance, um clássico do renomado autor, é uma crítica à situação sócio-política da época.  E por causa de sua linguagem – fora da linguagem poética – é excelente como história porque carrega opostos num mesmo contexto do enredo; ainda que, no entanto, não faça desses contrastes um cristal, um poliedro, conforme diz Domingos Carvalho da Silva em “Uma Teoria do Poema”, mas é “radial e aprofunda os seus pormenores em todas as direções”.
Ora Paulo Honório, fazendeiro personagem protagonista do romance, tenta convencer Madalena a casar-se com ele, elogiando seus conhecimentos acadêmicos e sua posição como professora, ora, anteriormente, tenta convencer Dona Glória a fazer com que a sobrinha dela, Madalena, abandonasse a carreira de professora por ser mal remunerada.  Esta multitudinária cosmogonia dos mundos interiores e exteriores, que se entrelaçam entre si, são todas partes da obra e demonstram a sua grande relevância.  A rudeza, a violência e a truculência de Paulo Honório também contrastam com a sensibilidade de Madalena, que depois, já casada com o proprietário de fazenda, acaba por suicidar-se, sufocada que estava com o relacionamento frustrante e aterrador, em muitos aspectos, com Paulo Honório.
O narrador-personagem, aliás, já no capítulo 1, se torna como que um símbolo da questão arte/linguagem, ao “esconder” o Graciliano Ramos-escritor e metamorfoseá-lo em narrador-personagem fazendeiro, que decide escrever um relato.  Tal forma de narrar vai se mantendo ao longo do romance, no qual diversas vezes, o personagem acusa Gondim – e outros colaboradores-personagens da escrita de Paulo Honório – de pernosticismo, de idiotia e de safadeza, por não terem suas colaborações escritas, aproximação com a linguagem oral, conforme salienta Godofredo de Oliveira Neto em posfácio do próprio livro.  Graciliano Ramos, ainda de acordo com anotação de Godofredo de Oliveira Neto, “não está procurando propriamente uma realidade oral”, mas aproximar a carga simbólica da escrita do simbolismo da oralidade.  “O essencial da história que o narrador tem na memória – ou na imaginação – não pode ser compartilhado. Aquela realidade (...) só poderá ser descrita pelo próprio Paulo Honório.”
Os conflitos internos do homem, ser humano contemporâneo de 1930, são tema dessa inegável fabulosa obra literária.  A miséria do personagem fica patente em todos os seus contornos e demonstrada como crítica da estrutura social da época – e, muito provavelmente, até hoje, de um modo ou de outro – com valor literário inestimável.  Vale a pena, sem dúvida, ler e reler, sempre, Graciliano Ramos em São Bernardo.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Referências bibliográficas:

São Bernardo . Graciliano Ramos  . Editora Best Bolso . Coleção Vira-Vira .  4ª. Edição  .  Rio de Janeiro . 2012

Uma Teoria do Poema . Domingos Carvalho da Silva . Editora Civilização Brasileira . 2ª. Edição . Rio de Janeiro . 1986


Leia mais em: https://www.divulgaescritor.com/products/sao-bernardo-e-sua-especificidade-literaria-por-mauricio-duarte/

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A aridez como verdade

A aridez como verdade

Em Graciliano Ramos sempre o menos é mais. Nos livros Angústia, Vidas Secas e São Bernardo o mínimo de metáforas e evocação de imagens transmite o máximo de sensações e emoções. O ascetismo do estilo revela o jeito rude do sertanejo, ou a insofismável crença no lucro do fazendeiro, ou o ódio e o rancor do homem do interior que se adapta à vida na cidade. Fabiano, de Vidas Secas, é, a um só tempo, bicho e homem. O narrador de São Bernardo não tem valores morais, é egoísta e materialista. Luís da Silva, de Angústia, é empurrado do interior para o movimento da cidade, deprimido e frustrado.
“Nunca pude sair de mim mesmo”, diz o autor em entrevista. Existem obras – literárias ou artísticas – que explicam o homem. No caso de Graciliano é o contrário que ocorre. O que de mistério poderia existir no homem, ficou reservado para seus romances. Homem que se retira para a cólera, solitário, fugidio. Nele se estabelece que na obra artística ou literária, só o ódio cria...
Sua concisão e rigidez foram tão longe em seus escritos, que se destacou do regionalismo. Foi além do modernismo também. Foi clássico sem rebuscamento e sem artificialismo. Pode existir enlevo nessa aridez? Só como pode existir transcendência no zen, fazendo uma comparação esdrúxula para muitos ouvidos... No zen o menos é mais e, como o próprio Buda dizia, ao ser perguntado se tinha ganho algo em meditar, colocava: “Não ganhei nada.  Mas deixe-me dizer o que eu perdi.” Perder a avidez, a raiva, o medo, a preguiça não é tarefa fácil e uma via negativa, como no budismo, é quase sempre, ato de intelectuais... Intelectuais como Graciliano e seu universo forte, violento, claro e verdadeiro, ao mesmo tempo.
Apreciar tamanha grandeza não é para todos... Mas pode ser para muitos... O que hoje em dia poder-se-ia chamar de minimalismo, não poderia estar mais distante do autor. Graciliano Ramos adotou o preto e branco, o monocromático em sua literatura – rica nessa própria contenção – mas não fez concessões à beleza estética do sofisticado. Ao contrário, sua desesperança e pobreza são feias, como é feia a realidade e a sua verdade. Apreciar tal nível de clareza não é para todos... Mas pode ser para muitos... A aridez da verdade não seduz, mas também não ilude e não engana.
Este ícone da literatura brasileira e mundial muito ainda tem a nos ensinar. Sobre a vida, sobre a morte e sobre tudo o que se tem em conta da sensibilidade e da falta dela. Necessidade tão premente nos nossos dias.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Referências bibliográficas:
A verdade e a mentira . Novos caminhos para a literatura . Léo Schlafman . Editora Civilização Brasileira . Rio de Janeiro . 1998
The Search . Talks on The Tem Bulls of Zen . Bhagwan Shree Rajneesh . Rajneesh Foundation . India . 1977
Nem água, nem lua . Bhagwan Shree Rajneesh fala sobre dez histórias zen . Bhagwan Shree Rajneesh . Editora Pensamento . São Paulo . 1975

quarta-feira, 14 de março de 2018

Revista AVL em Revista

Revista AVL em Revista - A revista digital da Academia Virtual de Letras António Aleixo.




A Revista AVL em Revista Ano III, nessa edição de número 1, vem trazendo textos, artigos, crônicas, contos, entrevistas e poemas dos seus acadêmicos num formato compacto de 30 páginas. Leiam e apreciem!!! Um por todos e todos pela poesia!!!

Link para acessar a revista: 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Índice-enlevo


Índice-enlevo
Um animal irracional, um cão, por exemplo, segue apenas seu focinho e reage ou vive experiências à medida que essas experiências chegam até sua esfera de percepção canina. Isto é, conforme citado por Chip Walter em seu livro “Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos”, memória indexical, termo usado por Terrence Deacon para explicar as reações de uma criatura irracional guiada por instintos. Essas reações são “um índice linear de experiências ou reações que entram por um lobo cerebral e saem pelo outro.”
Traçando um paralelo com esse índice, a memória indexical, pode-se afirmar que o índice-enlevo se vale da consciência do presente – passado e futuro não existem, um já se foi e o outro não chegou ainda – para gerar símbolos de espiritualidade elevada. O córtex pré-frontal, responsável pela priorização, protelação ou inibição de atitudes, atividades ou reações mentais e a memória operacional são a causa da simbolização e da organização da linguagem. Linguagem é o que nos torna humanos e o que nos diferencia de um cachorro, nossa capacidade de deliberar, priorizar, tomar uma decisão sobre o que fazer, em suma, nossa capacidade de pensar. O fato é que o cão – assim como os outros animais irracionais – está tão imerso na sua natureza canina, que não pode ter consciência do Self. Apenas nós, humanos, temos consciência do Self. Quando o Self é transcendido, redimido ou quando temos um vislumbre da centelha divina por meio de um satori, por exemplo, – satori que é necessário ser ignorado, caso contrário, há a possibilidade de um desencaminhamento espiritual – nosso Self se plasma com Deus, com Gaia, com o Todo, com o inconsciente coletivo ou com a egrégora da qual fazemos parte e temos uma expansão da consciência, uma consciência cósmica desperta.
Dessa forma, o índice-enlevo trabalha num nível de fluxo torrencial, sem vacilações. A mente-que-sabe, como diz o pajé indígena, sabe e não se pergunta porque sabe, simplesmente sabe. A fonte da água da vida é dada pelo divino abundantemente e gratuitamente para quem medita de modo profundo. Essa “linguagem cósmica” é compartilhada pelos homens e mulheres despertos e ignorada pela multidão. Uma verdade que é única e que faz parte de uma realidade única que pode coexistir em muitos universos num cosmos, mas que sempre é una e trina. Pai (Eterno Deus Celestial), Filho (Jesus Cristo) e Divino Espírito Santo (Espírito Paráclito) que são três e um, ao mesmo tempo.
O índice-enlevo surfa nessa onda espiritual através da leitura, escrita, memória, oralidade e catalogação de referências textuais que remetam ao aprofundamento ou elevação transcendendo a mera intelectualidade e/ou erudição. Um tipo de conhecimento espiritual que só pode ser indicado (indexado) e não posto em palavras totalmente e, às vezes, nem mesmo parcialmente posto em palavras.
O reflexo da Lua na água não é a Lua, assim como o dedo que indica a Lua também não é a Lua. É um índice. Um índice-enlevo, se assim permitirmos.
Mauricio Antonio Veloso Duarte (Swami Divyam Anuragi)
Referências bibliográficas:
Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos . Chip Walter . Editora Record . Rio de Janeiro . 2006
Bênção . a arte e a prática . David Spangler . Editora Rocco . Rio de Janeiro . 2004
O Dom da Sabedoria na Mente, Vida e Obra de Plinio Corrêa de Oliveira . Vítima Expiatória . Libreria Editrice Vaticana . São Paulo . 2016
Desvendando Mistérios . Chacras, Kundalini, os Sete Corpos e outros temas esotéricos . Osho . Editora Alaúde . São Paulo . 2006
Síntese do Budismo . Editora Brasil Seikyo . São Paulo . 2013
Teorias da Aprendizagem . O que o professor disse . Guy R. Lefrançois . Cengage Learning . São Paulo . 2016


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Chegamos as 100 curtidas na página Índice-enlevo

Chegamos as 100 curtidas na página Índice-enlevo do Facebook. Agradeço a todos e todas amigos e amigas que nos prestigiaram com sua presença e atenção. Abraços. Paz e luz.

https://www.facebook.com/indiceenlevo/


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Índice-enlevo




Índice-enlevo



Pesquisa, leitura e escrita tendo como base um elenco dos livros de leitura frequente no enlevo espiritual. Sinal e índice de trabalho docente em artes literárias com análise espiritualista.



O Índice-enlevo não é literatura de propaganda nem literatura panfletária. No entanto, apresenta um viés de exploração filosófico que, se não é açambarcante, em termos totalizantes, é, ao menos, realizado em primeira instância, a partir desse pensamento: dos “porquês”, dos “comos”, dos “ondes” e dos “quandos” no terreno da apreciação que suscita realidades ou que possa suscitar realidades questionadoras e de impulso ao elevar de apreciações antes ocultas e/ou ausentes do rol de percepções do homem e da mulher contemporâneos.
Por exemplo, porque não buscar compreender, literariamente:
. O conceito de virgindade como sendo o olhar do ato amoroso (sexual) como a primeira vez e não como a ausência de prática amorosa (sexual).
. O conceito de alma-mundo como experienciar do planeta Terra do qual fazemos parte inextricavelmente.
. O conceito de honra, dignidade e valores como sendo inerentes aos seres humanos e não como “adendos” que nos são negados, muitas vezes, no mundo contemporâneo.
. O conceito de beleza, bondade e verdade como poética da vida e não como ideais que nada significam – ou significam muito pouco – para o cidadão médio e mesmo para muitas elites.
Os exemplos citados são considerações pessoais minhas e podem, logicamente e subjetivamente, variar conforme a individualidade de cada escritor.
Tais conhecimentos ou considerações ciclicamente desaparecem ou reaparecem das percepções humanas de tempos em tempos e podem ser mais facilmente ou mais dificilmente acessadas por estéticas literárias, artísticas e culturais, por pensamentos filosóficos e morais ao longo das épocas. O índice-enlevo propõe a permanência de temas, estilos ou tendências de atitudes “fora de moda” ou “fora de contexto” no arsenal estético literário e artístico, independente da classificação ou denominação da vertente utilizada, mesmo se tais atitudes e/ou pensamentos não forem diretamente ou claramente identificáveis em determinada obra literária ou de arte.

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O índice-enlevo pode suscitar realidades no terreno do maravilhoso, sem ser ou tornar-se, propriamente, literatura do maravilhoso, sendo mais voltada a uma experiência estética que, generalizante ou generalista, por natureza, não se atêm a uma independência ou subjetividade própria, inerentes. Ao contrário, pode se juntar e/ou se plasmar com outras tendências – desde o anti-design, na comunicação visual até o neoísmo na experimentação artística e cultural; desde o expressionismo abstrato até a literatura fantástica – sem deixar de apresentar ou demonstrar sua preocupação maior em elevar mentes, consciências e espíritos. Sendo esta característica presente como a mola propulsora ou a pedra de toque do processo criativo ou ainda, o alvo a ser alcançado no resultado final da sua prática e teoria. Em qualquer desses momentos o índice-enlevo propõe não o materialismo ou o espiritualismo, mas, em essência, um ponto de contato entre o planejamento (projeto), prática (práxis) e teoria (conceito) no qual a arte possa ser plenamente vivenciada numa apreciação rica e elevada – necessariamente rica em desdobramentos e elevada em apreciação – que possa torna-la próxima do mid-cult, do cult, do erudito e da pop art, sem ser ou tornar-se, totalmente, qualquer uma dessas classificações.

Mauricio Duarte (Swami Divyam Anuragi)

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Lançamento: portal e-cêntrica . 25 de outubro .

Lançamento: portal e-cêntrica . 25 de outubro .


Sobre nós
A circulação da produção gráfica e literária independente é um dos maiores desafios para autores/autoras, coletivos criativos e pequenas editoras, em todo o mundo.
Quando escolhemos trabalhar de maneira alternativa, deixamos de apoiar práticas do mercado formal, optamos pelos caminhos da inovação.
Não existe uma fórmula de sucesso, um modelo de reinvenção sistêmica, no entanto, referências diversas e ferramentas já estão disponíveis. De forma geral, elas se orientam pelo conceito de rede para traçar estratégias de ação.
A e-cêntrica é uma dessas iniciativas.
Sob a coordenação da Casa da Cultura Digital (GO) e com o apoio da Lei Goyazes, a e-cêntrica propõe a conexão entre agentes estratégicos (autores/autoras, coletivos criativos e pequenas editoras), em todo o Brasil, para a construção coletiva de alternativas para a difusão e comercialização da produção gráfica e literária de todas as regiões do País.
Ao mesmo tempo, esta ação se propõe a colaborar com iniciativas que buscam amenizar a invisibilidade histórica da produção gráfica e literária das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do território nacional, sem a exclusão do trabalho que é feito no sudeste e no sul.
Também interessa à e-cêntrica apoiar o fortalecimento e a ampliação da visibilidade do trabalho da mulher, cis e trans, no mercado editorial, em todo o mundo.
Consequentemente, ações de estímulo à leitura têm nosso apoio incondicional.

Mapeamento
O mapeamento é a primeira etapa de trabalhos da e-cêntrica, iniciativa que busca alternativas para a circulação da produção gráfica e literária independente no Brasil.
A coleta de dados continua, mas cumpriu sua primeira etapa no primeiro semestre de 2017. Agora colocamos à sua disposição informação que nos foi encaminhada de todas as regiões do País.
Tem poeta de Roraima, ilustrador do Piauí, romancista de Goiás, editora do Espírito Santo. E muito mais! Porque livros lindos, zines, HQs, revistas, jornais de arte, prints diversos estão sendo produzidos em todo lugar e podem chegar até você.
A Casa da Cultura Digital e apoiadores deste projeto desejam que esta pesquisa estimule a articulação de redes produtivas e ofereça subsídios para a produção artística e intelectual, que dialoga com as economias exponenciais: criativa, colaborativa, compartilhada e multimoedas.
Conheça agora a síntese de dados coletados na primeira fase do mapeamento e quem são as autoras/autores, coletivos criativos e nanoeditoras que já integram esta rede.
Para não ficar de fora, apresente-se.

Quem idealizou esta iniciativa?
A e-cêntrica é uma iniciativa da Casa da Cultura Digital, idealizada pela escritora e editora Larissa Mundim, fundadora da ONG e criadora da Nega Lilu Editora.
Apoio: Lei Goyazes.

Por que participar do mapeamento de produção gráfica e literária independente?
Para traçar estratégias que verdadeiramente impactem no mercado gráfico e literário, é necessário conhecer o potencial desta cadeia produtiva.
Quem são os agentes estratégicos no mercado editorial independente?
O que está sendo produzido de maneira qualifica em todas as regiões do Brasil?
Por onde circula esta produção?
Como ampliar a comercialização do produto?
Quais são as iniciativas inovadoras que colaboram para rotas alternativas de distribuição?
Respostas a questões como estas vão nos ajudar a esboçar o cenário de atuação da e-cêntrica.
Se você ainda não integra este mapeamento, vem!

Por que apoiar a produção gráfica e literária do norte, nordeste e centro-oeste e apoiar o fortalecimento da produção da mulher no mercado editorial? Sexo masculino, branco e residente nas regiões Sudeste e Sul. Este é o perfil da maioria dos autores literários publicados por editoras brasileiras influentes, segundo pesquisa realizada pela professora da Universidade de Brasília, Regina Dalcastagnè.
Um cenário assim evidencia prejuízos à identidade sociocultural de um país que tem a diversidade como uma de suas maiores riquezas − tanto pela ausência representativa de escritoras no circuito literário mais prestigiado, quanto pela limitação da produção considerada relevante, pelo mercado, ao território geográfico onde estão as maiores editoras, distribuidoras e livrarias. A professora pesquisou o comportamento de três grandes editoras brasileiras (Record, Companhia das Letras e Rocco), observando características de obras eleitas para publicação, ao longo de 15 anos. Regina Dalcastagnè incluiu 165 escritoras e escritores no corpus de sua pesquisa e, neste universo investigativo, chamou a atenção o fato de que 72,7% dos livros publicados têm homens como autores. Ainda mais crítica que a baixa presença feminina entre autores publicados é a homogeneidade racial: 93,9% dos autores e autoras estudados são brancos, 3,6% não tiveram a cor identificada e os “não brancos” somam 2,4 pontos percentuais. Entre tantas outras nuances, a pesquisa informa também que 70% dos escritores e escritoras pesquisados nasceram e residem em estados do Sudeste e do Sul do Brasil. A região Norte estava representada por apenas dois escritores (1,2%), ambos do estado do Amazonas. E a região Centro-Oeste, com sete (4,2%), todos do Distrito Federal. Os 4,8% restantes era autores e autoras residentes no nordeste brasileiro.
Os dados estão disponíveis no livro “Literatura brasileira contemporânea: um território contestado” (Editora Horizonte, 2012).

Ainda posso integrar o mapeamento?
Sim. Todas e todos são bem-vindos. O mapeamento segue aberto. No entanto, a prioridade de publicação de informações é de quem se apresentou, ainda no primeiro semestre de 2017, quando a fase 1 da pesquisa foi concluída.
Dados coletados posteriormente serão inseridos, gradativamente.

Quem pode participar?
Autoras e autores independentes, coletivos criativos e pequenas editoras brasileiras.

Quais são os primeiros resultados deste trabalho?
O mapeamento é o primeiro serviço prestado pela e-cêntrica. Por meio do banco de dados que está sendo construído e disponibilizado aqui, curadores, leitores, pesquisadores, publishers poderão localizar autoras e autores, coletivos criativos, bem como pequenas editoras e profissionais autônomos (ilustradores, designers, fotógrafos, editores, revisores, erc) atuantes de forma independente, em todas as regiões brasileiras.
Para estimular a articulação entre os integrantes desta rede, a e-cêntrica lança, ainda em 2017, o número zero da revista eletrônica malunga.
Iniciativa da Casa da Cultura Digital, lançada pelo Selo Ç3, a malunga é uma que visa buscar alternativas de circulação da produção gráfica e literária independente no Brasil.
Quais são os rumos futuros desta iniciativa?
Apesar de ter seus objetivos traçados, os rumos desta rede não estão definidos, são imprevisíveis e serão determinados pela observação do movimento coletivo.

Coordenação Geral: Larissa Mundim

https://www.facebook.com/events/814558138716886/

Mais info:
www.facebook.com/e-centrica
em breve: www.e-centrica.com.br

terça-feira, 6 de junho de 2017

O conceito de Conan, o bárbaro


O conceito de Conan, o bárbaro

O conceito, a essência, o segredo, a tônica ou a mensagem que está por trás das narrativas de Conan, o bárbaro é algo muito peculiar e muito singular desta história. O que quer que queiramos ver, essa sensação nos toca profundamente porque exige muito de nós, sem no entanto, nos tolher em nada. Assume nossa herança biológica, nossos instintos primitivos, nossa força, nossa alma de um modo completo e total. Conan é um bárbaro, mas também é rei. Conan é mais civilizado do que todos os civilizados, mais honrado do que todos os civilizados, mais justo do que todos os civilizados. Ele não precisa da civilização; a civilização é que precisa dele.
 Na sua inteireza como ser humano prova que o indivíduo pode fazer a diferença quando acredita em si mesmo sem usar um falso verniz dito civilizatório, – que de valor real pouco ou nada possue – mas antes, usa dos instintos da sua força e da sua alma do seu próprio interior.