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quarta-feira, 18 de abril de 2018

A vida interior


A vida interior

A vida interior de cada um tem luz, tem trevas, tem mistérios, sombras e espectros, tem verdades, compaixão e anjos.  É povoado de vários habitantes...  E em que o conhecimento ou o autoconhecimento pode nos auxiliar nesse sentido?  Em que conhecer a própria vida interior pode nos ajudar?
Ter uma rotina atribulada, ter planos urgentes, ter metas irrevogáveis é, a longo prazo, distanciar-se de sua própria vida interior.  Por que?  Porque demorar-se num ritmo de tempo íntimo consigo mesmo e amparar sua alma e espírito em uma casa que possa ser chamada de lar, é necessário.  Esse lar, que é tanto a sua mente quanto o seu corpo, o homem entendido integralmente e holisticamente como um todo, nos mostra o caminho para fazer de si próprio o seu guia interior.   O guia interior emerge desse modo, quando damos a ele um espaço de tempo para que possa existir.  Pessoas intelectuais teriam mais facilidade para contatar seu mundo interior?  Talvez.  Se você consegue demorar-se no seu interior ao menos algum tempo diariamente, este guia interior virá, seja você intelectual ou não, extrovertido ou introvertido, calado ou falante, calmo ou nervoso...
Desacelerar é criar tempo para a completude que vem da imperfeição, não da perfeição.  Reverenciar o que é ainda não perfeito é saber que perfeição absoluta não existe.  Nossas vidas foram, são e sempre serão um ciclo de mudanças, nunca perfeitamente completas, mas sempre em andamento.  Ou não estaríamos vivos.  Assim, conhecer e refletir sobre si mesmo pode trazer insights novos e que nunca teríamos se continuássemos na rotina acelerada com objetivos e metas a serem alcançadas num turbilhão; cuja obtenção – das metas – não irão nos satisfazer completamente em nenhum tempo futuro, como não o fizeram no passado e nem o fazem hoje.
Por isto, repito, é necessário conhecer o próprio mundo interior.  A atividade interior precisa ser percebida atentamente... Por que tenho tais e tais suscetibilidades?  Por que tenho tais e tais orgulhos?  O que será uma verdade para mim ou o que é apenas viagem do ego?
Estabelecer o autoconhecimento e saber quem é você e quem é a sua mente ou a sua alma é trazer para a sua vida uma nova dimensão de clareza.  Uma clareza que pode gerar compaixão consigo e com o outro, numa acolhida integral ao nosso real direcionamento, seja ele qual for.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (DivyamAnuragi)

Bibliografia consultada:

A luz dentro da escuridão . Zen, alma e vida espiritual . John Tarrant . Tradução: Claudia Martinelli Gama . Editora Rocco . Rio de Janeiro, 2002

Intimidade . Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros .Osho . Tradução: Henrique Amat Rêgo Monteiro . Editora Cultrix . São Paulo . 2001



Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/a-vida-interior-por-mauricio-duarte/

domingo, 4 de dezembro de 2016

Jornada ao interior

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor.




Jornada ao interior

 
“Não sou cristão, nem muçulmano, nem judeu, nem zoroastriano; não sou da terra nem dos céus, não sou corpo nem alma...”  Rumi
Acolhemos a presença da luz quando ela nos apresenta sua florescência, seu brilho que são divinas?  Estamos abertos ao Divino Espírito Santo quando Ele está próximo?  A porta para o caminho espiritual não é franqueada com facilidade e também depende de esforço pessoal e mérito pessoal.  Mas não quer dizer que Deus não venha quando não merecemos – se fosse assim Ele nunca viria, porque nunca merecemos efetivamente – mas significa que aproximar-se da Árvore da Vida se refere a uma experiência espiritual mais profunda.  Experiência que só pode ser alcançada quando estamos devidamente sintonizados com nosso guia interior.
Perfeição, harmonia e beleza formam nossa vida mesmo que não estejamos conscientes desses valores ou atributos, mesmo que não os queiramos e/ou os rejeitemos veementemente.  Por que?  Porque a fagulha divina está em todos nós.  O contrário desses ideais, grassa todo dia pelo planeta Terra, dirão alguns.  Morte, violência, crime, guerra, tudo enfim que os noticiários jogam na nossa cara todo dia.  Porém, há uma esperança no futuro que mostra sempre sua face equilibrada e sagrada quando nos voltamos para a espiritualidade sincera.  Isto ocorre por sermos legitimamente herdeiros da graça divina, aliás, como toda criação, toda a natureza.  No entanto, é uma moeda, tem duas faces: a positiva e a negativa.  Quando negamos uma destas faces, perdemos a moeda inteira, nosso tesouro.  Significa que com a meditação, por exemplo, exploramos nossos lados reprimidos e podemos conhecê-los profundamente e nos conhecer como seres plenos.  Tal ação é humana – demasiadamente humana dirão alguns novamente – mas não é negando nossa humanidade que iremos ascender espiritualmente.  Pelo contrário, aceitar os próprios defeitos – aceitar não é praticar más ações quando elas nos apetecem e sim compreender a dinâmica dessas forças em nosso interior – é parte considerável, substancial do processo de iluminação; sem o qual nada de verdadeiramente positivo em espiritualidade pode ser feito.
Esta espiritualidade desenvolvida não é cristã, budista, judia ou de qualquer outra denominação ou tradição.  Ela é divina, ela é universal e pode ser alcançada com práticas e hábitos como recitação, oração, mantra, meditação, yoga, dentre outras.  Também não é uma espiritualidade puramente inefável ou puramente transcendente.  Ela o é também.  Mas inclui nosso corpo, nosso cérebro e nossa mente com uma amplitude total, com aceitação total.  Luxúria “não é profana” quando realizada com amor, com compromisso, com cumplicidade e quando não somos reduzidos à prática do sexo somente.  Preguiça “não é profana” quando entendemos e compreendemos a sua inércia e tentamos sinceramente não cair nela quando ela surge.  Até o ódio “não é profano” quando é sentido com consciência e com discernimento para que não venhamos a ser dominados por ele novamente. Todas são facetas da nossa vida que, se não forem aceitas, explodirão de modo involuntário e inconsciente, mais cedo ou mais tarde.
Desse modo, estar preparado para o sagrado, é viver harmoniosamente com qualidades e defeitos, ciente que a vida circula por todos os lados, tanto nos ambientes do nosso espírito e alma que gostamos, quanto nos que não apreciamos.  Essa é a única verdadeira jornada ao interior.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/jornada-ao-interior-por-mauricio-duarte/

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Contemplando o próprio interior

Visite a minha Coluna no Divulga Escritor e leia o novo texto: Contemplando o próprio interior:



Contemplando o próprio interior


Nos últimos períodos históricos da nossa civilização foram desenvolvidas tecnologias que exploram ao máximo o exterior do homem em todos os aspectos, instâncias e graus. Porém não ocorreu o desenvolvimento paralelo ou concomitante das nossas dimensões psíquicas, emocionais, valorativas e éticas, nosso interior foi deixado de lado.
O resultado disso não poderia ser outro senão a criação de monstros como o cientificismo ou a normose, por exemplo.  No primeiro caso, é hipervalorizado o papel da ciência, sendo que o saber científico é considerado superior a todas as outras formas de conhecimento humano e compreensão humana da realidade como a religião, a filosofia metafísica, dentre outras.  Já a normose nos faz ajustados às normas, conceitos e padrões que nos trazem dor, sofrimento e angústia e que continuamos a praticar simplesmente porque “todo mundo faz”.
Para enfrentar esses monstros é preciso olhar para dentro.  Cultivar um mundo interior pode ser uma via de ressignificação e de tornar mais pleno nosso cotidiano.  Ouvir o coração, ouvir a mente, ouvir a alma e o espírito, enfim, pode realizar verdadeiras maravilhas por quem passa por dificuldades, sejam essas materiais, de doença física, psicológicas ou existenciais.
Nesse sentido, a divindade que existe na nossa fagulha interior pode nos guiar através dos nossos instintos a um caminho, seguindo uma tradição católica, evangélica, hindu, taoísta, xamânica, sufi ou até seguindo seus próprios pensamentos se você for agnóstico ou ateu.
Projetar nos outros, na situação econômica, política ou social a nossa felicidade não é aceitável.  Nossa felicidade está nas nossas mãos.  Temos que desenvolver o poder de compreender, aprender e crescer, que é muito diferente de, simplesmente, envelhecer e morrer.  As qualidades espirituais precisam florescer para que os dotes únicos e inatos de cada indivíduo venham dar vazão à sua consciência cósmica.
Desse modo, criar vínculos com os nossos semelhantes será fácil e melhorado em 100% de qualidade.  Porque antes teremos criado a sabedoria de ouvir a nós mesmos no mundo interior e nos respeitarmos como seres humanos plenos, vivos e autoconscientes.  Praticar essa sapiência no mundo exterior será apenas uma continuidade da nossa decisão e vontade interior.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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