Sociedade civil de artistas e literatos de São Gonçalo
Mostrando postagens com marcador Livro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Livro. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 1 de maio de 2020
ARTE-ENLEVO . Abordagem de Análise Estética e Filosófica
ARTE-ENLEVO
Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Novo lançamento do escritor, poeta, cronista, artista visual, ilustrador e designer gráfico Mauricio Duarte.
A arte-enlevo propõe uma abordagem de análise estética em que se transpasse o atributo de ser simplesmente arte da prática artística. A arte-enlevo transpassaria a condição de arte porque estaria em dinamicidade com expressões artísticas no êxtase, no enlevo. Propõe o elevar de mentes, consciências e espíritos tanto na pura crítica reflexiva, quanto no puro deleite de sensações e em âmbitos de maior apreciação estética plena.
Arte-enlevo é um livro com conceitos explanados sobre esta abordagem e com 26 análises de trabalhos artísticos de diferentes artistas visuais, designers, ilustradores e autores de quadrinhos. Todas os textos foram publicados em sua Coluna do Divulga Escritor.
Leia aqui: https://www.recantodasletras.com.br/e-livros-de-generos-diversos/6933619
sábado, 18 de abril de 2020
Schelling
Schelling
Com Fichte a realidade do objeto desapareceu. O Não-eu
apenas sendo a produção do eu. Aqui ele se diferencia de Kant, que
deixou sujeito e objeto como correlatos, um dando validade ao outro.
No mesmo ponto, Schelling se diferencia de Fichte. Os argumentos que
se desenvolveram para a existência do objeto não certamente
previram igualmente contra a existência do sujeito. Mas porque
deveríamos não acreditar na existência do mundo externo, ou porque
deveríamos duvidar da nossa própria existência? Depois de todas
as nossas razões, o fato ainda permanece: que nós não existimos, e
com nossa existência emerge face a face uma existência que não é
nossa. O Eu e o não-eu continuam afirmar o ser é nossa. O Eu e o
não-eu continuam afirmar o ser deles – o sujeito como validamento
do objeto, e o objeto como validamento do sujeito. Os dois são
reais, qual? Fichte diz que é o sujeito. Schelling diz que ambos
são reais, mas eles têm suas realidades na identidade dos dois. O
processo de pensamento nos revela não meramente um sujeito ou um
objeto, mas ambos como um – a mente pensante e a coisa pensada.
Nós não podemos separá-los, porque nós não podemos ter um sem o
outro. O Eu é então, evidentemente, um sujeito-objeto. É ua
possessão da mente em si mesma,e sua própria espontânea evolução
envolve o potencial no verdadeiro. Pensar é, então, idêntico como
o ser, porque não pode haver pensamento sem a coisa pensada e essa
coisa pensada não pode ser separada da mente pensante. Não pode
haver conhecimento sem uma coisa conhecida. Um conhecimento
verdadeiro, que, no entanto, só pode ser um conhecimento de si como
sujeito e do objeto – em outras palavras, um conhecer-se. O que é,
então, verdadeiro para o eu humano é igualmente verdadeiro para o
eu do universo – o absoluto ou fundamental Eu. Ele é, também,
uma mente conhecedora, idêntica com as coisas existem como
potencialidades e vem como verdadeira. Esse Eu, para usar a
expressão de Fichte, é uma absoluta atividade cujos movimentos são
representados para nós no tempo e no espaço. A atividade do finito
eu e o resultado do seu ser a tua como o Eu do universo. O espírito
do mundo é conhecido em si mesmo como sujeito e objeto em todo
indivíduo, tanto que em sua essência interna cada homem é real
everdadeiro; mas como sua forma e personalidade, ele é imaginário e
insubstancial.
Nós temos dito que Schelling, no ponto da realidade do
mundo externo se distingue de Fichte, ainda apenas para dar realidade
ao mundo externo da sua conexão necessário com o ideal. Isto pode
ser mantido, e, justificado, por que como ainda em seu ponto de
distinção a Fichte para a natureza, ele é totalmente deduzido da
essência do Eu. Os escritos primeiros de Schelling não nos mostram
uma rápida distinção de Fichte, mas um gradual desenvolvimento,
imperceptível, que se tornaria para ele mesmo, de uma doutrina do Eu
para uma filosofia da natureza. Nos últimos escritos, o ponto de
distinção é frequentemente mudado. Schelling sentiu que, entre
filósofos reais, a harmonia é maior do que a diferença. Em toda
nova forma que a expressão do seu próprio filósofo tomou, ele
identificava-a com alguma outra que o filósofo anterior a ele usava.
Tendo morrido sem dar ao mundo a exposição tão longamente esperada
que ele iria mostrar o acordo de todas as formas que a sua doutrina
assumiu, nós não temos alternativa a não ser seguí-los em seu
desenvolvimento histórico. Isto é dividido por Schwegler em cinco
períodos. No seu primeiro, Schelling concorda com Fichte. No
segundo, ele tinha avançado no reconhecimento de uma ciência da
natureza como distinta da ciência da mente. No terceiro, ele
concorda com Espinoza. No quarto, com Plotinus; e, no último de
todos, com Jacob Boehme, de quem ele coloca que não se envergonha de
beber na sua fonte.
I – Schelling concorda com Fichte. Ele discursa sobre
o Eu, e dele, deduz a natureza. Ele vê nos processos da natureza
correspondência com aqueles processos da mente. Como sentimento,
percepção e conhecimento são o resultado do antagonismo de duas
potências – o ilimitado e o limitado – que constituem a mente,
então importa que a produção de atração e repulsão. A essas
forças, sendo originais, está a matéria, não e algo grosseiro e
inerte. A força é o que nós podemos comparar à mente. O embate
que constitui a mente do ser precisamente do conflito dessas forças
opostas, que constiuem a matéria, nós precisamos olhar como uma
identidade alta para a união das duas. O mesmo absoluto é
manifestado no mundo externo como na mente. A natureza é a mente
visível, e a mente é a natureza invisível. No ponto crucial do
ser do Eu, o mundo interno vem antes. Ele é, então, seguido pelo
mundo externo, como sua cópia. A mente produz essa cópia nesse
caminho de auto-conhecimento. Na cópia os estágios mentais
sucessivos são visivelmente marcados. A vida orgânica sendo a
maior, em sua especial mente faz transcender a produção de si
mesmo. Cada planta margeia algum elemento da mente. Cada organismo é
uma interpretação da forma e da matéria. Como a mente, a
natureza, também, está para um propósito, e pressiona com isto,
fora disto. Toda a natureza procede de um centro, progredindo dentro
e fora para mais altos estágios. O prévio modo dessa atividade, o
elemento, por assim dizer, na sua existência, é o conflito de opor
forças. Esses são os que estão na mais alta unidade, e pegos
juntos, eles levam a ideia de um princípio organizado que faz do
universo um sistema; em outras palavras, a ideia de uma alma do
mundo. Embora a natureza e a mente sejam nada mais do que dois lados
do mesmo Absoluto, ainda a ciência de cada uma é uma ciência
distinta uma da outra por si mesma. Aqui Schelling progride para a
segunda forma da sua filosofia, onde ele distingue entre uma
filosofia da natureza e uma filosofia da mente.
II – A distinção, contudo, é apenas provisória e
para os propósitos da filosofia. O desenvolvimento da unidade
fundamental é até mantida à vista. Nós podemos começar com a
natureza, e traçar retrogradamente, o progresso da mente, ou nós
podemos começar com a mente e estudar o processo dela para o mundo
externo: Alguém nos dá a filosofia natural, que se refere a uma
explanação do ideal para o real, a outra, filosofia transcendental,
que procura explicar o real pelo ideal.
A natureza, que para alguns, significa morte, e se move
apenas por um poder externo a si mesmo, é para o filósofo
verdadeiro uma viva energia fundadora nela mesma. É a absoluta
Unidade manifestando a si mesma no lado fenomenal. É o movimento
entre a atividade produtora e o produto. Dizendo absolutamente é a
atividade infinita ou produtividade, mas seu ser sendo atrelado em
expressar a si mesmo, dá infinitos produtos. Esse produtos
individuais finitos são apenas fenomenais, abaixo de cada um dos
quais a natureza ela mesma avança. O individual é contrário à
natureza; ela deseja o Absoluto, e deseja expressar a si mesma em
constante esforço. Todos os diferentes como esses produtos finitos
são, natureza, ainda, deixa em tudo a impressão da sua unidade.
Nós podemos dividir e subdividir, mas apenas para retornar novamente
à original indentidade. Os poderes na natureza são distribuídos
em diferentes medidas a várias classes de seres, e a organização
de todas as coisas orgânicas é uma. A vida de uma planta é nada
menos do que o menor degrau da vida com que é vista pelo homem. No
mundo inorgânico parece que perdemos o traço dessa unidade. Mas
ainda nós achamos gradações e processos correspondentes às
gradações e energias da existência orgânica. Há um terceiro
princípio o meio que o orgânico e o inorgânico são novamente
unidos – alguma causa última com a qual eles são um, a parte da
qual um espírito comum de natureza, ambos, orgânico e inorgânico
tem mais uma vez sua origem e identidade.
No lado transcendental da filosofia concerne ao Eu, o
sujeito vigilante. Começando com a mente, nós devemos estabalecer
a validade e explanar o caráter das congnições mentais. O senso
comum dá ao mundo uma existência fora de nós mesmos. O primeiro
problema da filosofia transcendental é explicar esse pré-julgamento
do senso comum. Isto constitui uma filosofia teórica, a qual,
começando com o Eu, desenvolve a história da autoconsciência
através de seus diferentes estágios de sensações, abstração
intuitiva e vontade. Isto explica a origem do mundo externo na
intuição produtiva, e a existência do tempo e do espaço no fora e
no dentro da intuição.
Com o ato da vontade surge o segundo problema: como nós
podemos produzir um efeito frente ao mundo objetivo de acordo com as
representações que vem livremente conosco. A solução disto é a
filosofia prática. Aqui o Eu não está mais inconscientemente
vigiando, mas está conscientemente produzindo. O Absoluto é
revelado a si mesmo com auto determinação do espírito humano. No
esforço de resolver esses problemas, a filosofia transcendental acha
a si mesma engajada na solução de um problema ainda maior, que é,
a reconciliação do subjetivo e do objetivo. Isto pode apenas ser
feito no degrau em que a atividade por dentro com o mundo objetivo
seja produzida originalmente idêntica com a atividade que a
ultrapassa em si mesma na vontade. Essa identidade do consciente e
do incosciente na natureza é mostrada pela filosofia da arte. A
peculiaridade da natureza é que ela exibe a si mesma como nada menos
do que um mecanismo cego, e ainda mostrando isto no seu projeto
originário. Representa como uma identidade do seu objetivo cônscio
e a atividade inconsciente objetiva. Na natureza o Eu vigia sua mais
peculiar essência que consiste sozinha nessa identidade. Essa
contradição entre o cônscio e o inconsciente, que é
inconscientemente reconciliado na natureza, acha sua perfeita
reconciliação com o trabalho da arte. Nisto a inteligência acha
uma perfeita intuição em si mesma. O desconhecido, que
perfeitamente se harmoniza com o objetivo e com a atividade cônscia,
não é nada a mais do que o absoluto e a imutável identidade que
toda existência deve ser referida.
III – Na terceira parte Schelling tem avançado do
idealismo de Fichte, para o realismo ideal de Espinoza. O segundo
período é a história desse progresso. Agora o estágio é
alcançado e Schelling adota a definição de matéria de Espinoza,
como que expressando a si mesmo num Ser eterno e infinito. Ele
repete, também, com convicção acrescida de veemência esta
verdade, outro dos sentimentos de Espinoza, “quanto mais nós
conhecemos as coisas individuais, mais conhecemos Deus”; e para
aqueles que buscam a ciência do Eterno Eu-hood, ele diz: “Venha
para a física natural e veja ele aqui.” Isto pode, ele dizia,
satisfazer estes pretendentes a filosofia como Epicuro e seus
discípulos para estabelecer a matéria como simples átomos; mas
isto foi parcialmente intuido e parcialmente conhecido por homens
sábios da antiguidade, que a matéria tivesse outro lado do que o
lado aparente, e que a dualidade esteja nessa raiz. E desde que a
questão tem sido veiculada novamente em tempos modernos, foi
concluído que a dualidade era de um terceiro princípio, e que a
matéria representa um triplo conjunto em si mesmo, e idêntico em si
mesmo. O princípio fulgor da natureza nos ensinou o que o último
nos ensinou. A matéria não expressa nada mais, nada menos do que o
elo com o qual a razão, a eterna unidade do infinito com o finito.
Nas coisas visíveis nós reconhecemos a pura essência com a qual
não somos aptos a explicar, ainda que nós nunca vejamos a essência
por si mesmo, mas sempre e em todo lugar numa maravilhosa união com
a qual não se pode ser em si mesmo e, sim, explicar apenas pelo ser,
na sua essência. Isto que não pode ser uma essência por si mesmo
é chamada o finito ou a forma. Isto não é primeiro um ago pelo
infinito, vindo a ser, nem por essa vinda aparecendo ao infinito, mas
na identidade com o infinito. Eles sempre aparecem unidos. A
necessidade que faz deles um só é o elo ou cópula, com a qual deve
ser a si mesma o único real e verdadeiro Infinito.
Schelling repete essa ideia numa multitude de formas.
O Absoluto é a cópula do finito e do infinito, o ser do ideal e do
real, a identidade do sujeito e do objeto, a unidade da mente e da
matéria. O lado que é real, ou a natural, o outro lado é o ideal.
O símbolo do Absoluto é o magneto, onde o princípio do um,
constantemente manifesta em si mesmo dois pólos e, ainda, está no
âmago como sua identidade. Dividirndo o magneto, toda parte será um
sistema completo em si mesmo: dois pólos e um ponto de divergência.
Apenas como cada parte do magneto é o magneto inteiro em miniatura,
então também todo desenvolvimento individual na natureza é um
universo em miniatura; desde, no entanto, que a preponderância do
real seja a característica da natureza,o ideal, embora presente, é
deixado como se fosse a escravidão da matéria, a palavra margeando
para o açambarcar da realidade. Mas numa gradação sempre surgida
nos efeitos ideais do desancantamento dos membros dessa gradação de
novo açambarcamento o tipo – real, ideal, identificado, onde será
lembrado em cada um deses três, ambos os princípios estão
presentes, então o que os poderes ou potências na natureza
representa apenas suas particulares quantitativas diferenças.
Nós não precisamos seguir Schelling nos detalhes da
sua filosofia natural. É suficiente marcar o princípio com o qual
ele está graduando; a identidade do objeto com o sujeito. O ideal é
representado como sombra em si mesmo, além do real. As ideias são
produzidas e, de novo, são necessariamente produtivas. Elas são
relacionadas com cada uma como são relacionadas com a unidade
original.
O todo resulta da continuação da
subjetividade-objetividade, que, de acordo com uma das primeiras leis
da forma do absoluto, vai ao infinito é esta – que o todo do
universo absoluto com todas as hierarquias do ser é reduzida à
Unidade absoluta. Nela nada é verdadeiramente individual, e nada é
ainda, o que não é ideal absoluto, o espírito inteiro – pura
“natureza que produz.”
Os antigos diziam que Deus, que era o centro com o qual
era aqui, tinha uma circunferência em nenhum lugar. “Por outro
lado”, diz Schelling, “para definir o espaço, nós devemos dizer
que com uma circumferência em qualquer lugar meramente, e sem centro
em nenhum lugar, o espaço, tal como o vemois é mera forma de coisas
sem o elo, “Sua irrealidade, então, é evidente, o que mostra nada
mais do que desejo de poder, sua destituiçãodo ser. Nós não
podemos definir o espaço, porque não há nada nele para definir,
nem podemos dizer como foi criado, porque como podemos falar da
criação com aquilo que é não-ser? O elo como o um, mas
multiplicidades negativas, a multiplicidade como própria
subsistente, e, ao mesmo tempo, espaço negativo na forma desa
própria subsistência multiplicidade. Enquanto o elo do espaço
negativo como forma da multiplicidade própria-subsistente,ela também
se posiciona no tempo – a outra forma da finitude. O tempo é a
expressão do um na oposição do muitos. Seu centro está em todo
lugar, sua circumferência está em nenhum lugar. As coisas
temporais surgem, como eram, surgidas borbulhando do eterno, e são
posicionadas no tempo. No ser sem ser do tempo, o real é a eterna
cópula sem tempo que não pode ir além. Todo momento é uma
eternidade sem divisão. Se não vemos a eternidade no momento, não
podemos ver nada em nenhum lugar, e o momento em si mesmo não
poderia ser vazio. O universo está além de todo tempo e espaço. É
apenas a imaginação com a qual muda o infinito de todo grande que
não difere da última pequena e a de duração sem fim, não difere
de um momento. Nem o começo, nem o fim, mas ambos em uma só vez,
porque o tempo não é tempo nem espaço. A duração é pequena mas
a eternidade é menor ainda. A eternidade está em todo momento,
como a substância está também toda num ponto e no infinito. A
duração infinita, onde é conveniente, não pode criar eternidade,
nem pode a menor duração aniquilá-la.
IV- Na quarta parte a filosofia de Schelling está
aliada ao neo-platonismo. Ele tinha passado pelo I-hood de Fichte,
ao naturalismo ideal de Espinoza; e agora ele vem reconhecer em
Plotinus um degrau de absoluto conhecimento na mente em si mesma.
Nós dizemos que ele passou de Fitche a Espinoza, mas a transição
não foi um esforço violento. Não havia nenhuma barreira para ser
ultrapassada. O em-si-mesmo do Eu vem de todos os limites e em
oposição está o em-si-mesmo Absoluto. Espinoza, bem como
Schelling, reconheceu a intuição do intelecto com o último degrau
e certamente do conhecimento. A razão não tem apenas uma ideia de
Deus, mas é em si mesma, essa ideia. A identidade do sujeito e do
objeto, o conhecer e o conhecido é uma revelação imediata de Deus.
“Eu sei”, diz Schelling, “algo maior que a ciência. E se a
ciência tem apenas esses dois caminhos abertos antes do conhecimento
– via análise ou abstração, e que de derivação sintética,
então, nós negamos que toda ciência da Especulação do Absoluto é
tudo – que é um observador do que está em Deus. A ciência em si
mesma tem produzido apenas o que tão longe ela vai especulativamente
– o que é, apenas o que tão longe vai a contemplação de Deus
como ele é. Mas o tempo irá vir quando as ciências estarão mais
e mais próximas, e o conhecimento imediato terá lugar. O olho dos
mortais fecha apenas na maior ciência quando ela vai tão longe
quanto o homem vé, mas se abre o olho divino quando o observador
eterno agora vê nele.“ Mas o concordar com o observador de
Schelling e com o neo-platonismo não consiste meramente numa adoção
de um ponto de início na intuição intelectual. Ele tem, até
aqui, feito da filosofia natural, a ciência do divno, e tem mostrado
a identidade do ideal e do real. Mas o mundo externo ainda
apresentava uma dificuldade, a qual ele não podia ignorar. Esta
dificuldade se estabeleceria em quarto lugar como algo distinto do
Absoluto. Em verdade, ainda, as coisas finitas não tem realidade
neles mesmos; mas vindo de onde das suas existências irreais? Vindo
de onde tinha essa ciência do mundo sua origem? Não, certamente,
em qualquer realidade imparcial a isto vindo do Absoluto, mas numa
completa queda,fora e separada do Absoluto. Restarurà-la é tarefa
do tempo. A história recordada do progresso da reconciliação.
Deus é manifestado em si mesmo lá e, quando essa manifestação é
completa, então também será a restauração do mundo.
V – O elemento místico que aparecera tão
decidamente na quarta parte da filosofia de Schelling, fora ainda
mais desenvolvida e completamente, na quinta e última parte. Ele
expresamente abandona Espinoza pela companhia de Jacob Boehme. O
filósofo de Gorlitz, enquanto mantinha a fundamental união entre
Deus e a natureza, sempre tinha deixado definitivamente distinguido o
conceito entre estes. Schelling tinha feito o mesmo nas primeiras
formas da sua filosofia, mas o método de Boehme parecia reclinar-se
num maior definitivo teísmo, e ser livre às objeções que o
espinozismo tinha exposto.
Esse método foi reconhecido como um abissal Nada, no
qual Deus e a natureza tem seu começo eternamente. Schelling
chamava de “o degrau original”, ou até mesmo o “não-degrau”.
Isto não é meramente uma ideia, mas algo real e atual. Não é
meramente uma ideia, mas algo real e atual. Não é Deus em si mesmo
considerado verdadeiramente, mas apenas o degrau da sua existência.
É a natureza em Deus; uma essência inseparável dele, e ainda
assim, diferente. A relação é explanada analogicamente através
do poder da gravidade e da luz na natureza. O poder da gravidade vai
antes da luz e em seu degrau de escuridão eterna do ser, que não é
em si mesma verdade, e que desaparece na noite, enquanto a luz se
revela no outro caminho. Esse “degrau original” ou “não-degrau”
é uma indiferença absoluta. Agora a indiferença não é o produto
de opostos, nem é o que está implicitamente contido nele, mas uma
essência diferente de todas as oposições e na qual todas as
oposições se desfazem. Não é nada mais do que sua aniquilação,
e, no entanto, não tem predicado, mas é impredicável. O
“sem-degrau” vem antes de toda existência. Mas a sua
precedência não é uma no tempo. Não há lá nem o primeiro nem o
último. O um é nada sem o outro, então Deus é ambos, com o qual
existe; e de novo, o primeiro do degrau – desde que o degrau seja
como tal, possa ser, se Deus não existe.
Esse degrau da existência de Deus é a natureza em
Deus. É também descrito como o princípio não-inteligente em
Deus, não apenas como uma mera não-inteligência, mas porque é uma
potencialidade – o degrau e o começo do Deus existente – que é
de Deus como a sabedoria, ainda, como uma cega e incriada intuição,
e não uma consciência sábia. “Eu posiciono Deus”, diz
Schelling, “como o primeiro e o último, como Alfa e Ômega; mas
ele não é como Alfa o que ele é como Ômega. “No um ele é Deus
envolvido; no outro ele é Deus evoluído. Para a evolução da
Deidade não é necessárrio que Deus tenha antes sido um objeto, e
que o objeto tenha sido ele. Para alcançar a auto-consciência, o
Absoluto vem do seu envolvimento inconsciente, que é seu primeiro
estado. Ele vem fora por uma evolução necessária, a qual é a
revelação do si mesmo-criação. Como ainda ele é nada mais do
que parcialmente consciência, sua sabedoria é nada mais do que um
instinto cego. Ele é a condição da natureza – é Deus em puro
naturalismo. Ele então se torna pura e inteira divindade de quem
nós cultuamos – um Deus pessoal. Ele é o primeiro e o último.
Como Alfa, ele é Deus envolvido, como Ômega, ele é Deus evoluído.
A verdadeira religião reconcilia ambos no culto da maior
identidade, aquela que é em uma vez Alfa e Ômega.
Essa natureza em Deus é o elo que une naturalismo e
teísmo. Isto é a passagem de Schelling do espinozismo para o
reconhecimento da consciência pessoal de Deus. Sem esse elo lá
haveria o um de um lado de Deus sem a natureza; de outro lado, a
natureza sem Deus. Pode ser questionado se concernindo a perfeita, a
verdadeira, porque não é do início? A resposta é o que Deus náo
é meramente um ser, mas uma vida, e toda vida tem um destino, e está
sujeitado a sofrer e se tornar. Toda vida, sem distinção, vem e
surge da condição de evolução, vindo como se coloca sua próxima
condição, ela é morta e escura. Até então, isto é um com a
vida de Deus. A personalidade fica na união do um independente com
o um dependente nele, então, o que esses dois inteiramente
penetrados um com o outro e o um. Deus, através da união dele e o
ideal principio com o degrau independente, é a maior personalidade.
E desde que a unidade viva de ambos é o espírito, então, é Deus,
como o absoluto elo, o espírito é um senso eminente e absoluto.
Nós seguimos as cinco divisões da filosfia de
Schelling feita por Schwegler, mas na realidade as cinco divisões
podem ser reduzidas a duas – que com Schelling concordam com
Espinoza, e que com a qual, ele segue Boehme. Ele repudia o epíteto
“panteísta”, e fortemente expressa sua crença na personalidade
de Deus. Mas quem dentre Espinoza ou Boehme foi mais pantetísta, ou
qual deles mais acreditou na personalidade, está “entre as coisas
que desejamos saber.”
“O Deus do puro idealismo”, diz Schelling, “bem
como o Deus dopuro realismo é necesariamente impessoal. Este é o
Deus de Fichte e o de Espinoza, mas para mim Deus é a unidade viva
de todas as forças – a união do princípio ideal com si mesmo no
seio da sua própria dependência. Este é o espírito do senso
verdadeiro apenas.”
Na imortalidade do espírito, Schelling não difere em
nada de Espinoza. “O Eu”, ele diz, “com sua essência não
submete nem condições nem restrições. Sua primitiva forma é um
ser puro e eterno. Nòs não podemos dizer disto, que era ou que
será, nós só podemos dizer que é. Isto existe absolutamente. É
fora do tempo e além dele. A forma da sua intelectual intuição é
a eternidade. Agora desde que é eterna não tem duração, como
duração apenas relata ao objeto, como a eternidade propriamente
consiste em ter nada do que é feito no tempo.” Isto é a
eternidade que pertence a Deus, e, no entanto, pertence ao espírito
humano, que acha sua verdadeira vida em Deus – de quem a essência
é a essência de Deus, e como isto retorna à busca da sua vida,
isto perde sua individualidade, e conhece a si mesmo como um com o
Absoluto e o Eterno.
Quando Schelling deu ao mundo sua filosofia da
revelação, ele declarou que toda sua estrutura de filosofia era
apenas um poema, um “mero poema”. O público, como é dito,
nunca tomou por alguma coisa a mais, até incluindo o “último
desenvolvimento.”
Livre
Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam
Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 .
Transcendentalismo . Schelling
Visite
o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
Livro OS ARCANOS . romance
Livro OS ARCANOS . romance
Mauricio Antonio Veloso Duarte Anuragi
Mauricio Antonio Veloso Duarte Anuragi
Sinopse
Romance que narra um dia da vida do caminhante Nonato Cardoso dos Santos em Juazeiro do Norte na celebração de Nossa Senhora das Candeias. Nesse dia Nonato descobrirá que pode ser mais do que um devoto, pode alcançar a santidade. Por qual meios e por quais caminhos (acontecimentos sobrenaturais e visões) isso ocorrerá é o tema da aventura do viajante que deixou família com mulher e filho em Exu para viver a sua devoção por Jesus Cristo, Deus e o Espírito Santo.
Número de páginas 158
Edição 3 (2020)
Formato A5 (148x210)
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
Edição 3 (2020)
Formato A5 (148x210)
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
R$ 36,34 + correios
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
Nada e nada mesmo
Minha participação no Caderno Literário com os poemas preferidos de 2019 da Editora Pragmatha. Agradeço muito à amiga Sandra Veroneze.
Nada e nada mesmo
Nada do rico serve para o pobre não...
Nada.
Nada do pobre serve para o rico não...
Nada mesmo.
Há um abismo incomensurável e nada aí...
Nada.
Ao mesmo tempo um tudo e também um nada, é...
Nada mesmo.
Nada pode haver entre quem tem tudo e...
Nada.
Entre quem tem nada, o tudo é muito e o nada, é...
Nada mesmo.
Entre quem tem tudo, o nada é pouco, e quase é...
Nada.
Enfim, o tudo e o nada são dois lados desse...
Nada mesmo.
Nada.
Nada do pobre serve para o rico não...
Nada mesmo.
Há um abismo incomensurável e nada aí...
Nada.
Ao mesmo tempo um tudo e também um nada, é...
Nada mesmo.
Nada pode haver entre quem tem tudo e...
Nada.
Entre quem tem nada, o tudo é muito e o nada, é...
Nada mesmo.
Entre quem tem tudo, o nada é pouco, e quase é...
Nada.
Enfim, o tudo e o nada são dois lados desse...
Nada mesmo.
Mauricio Duarte
São Gonçalo / RJ
São Gonçalo / RJ
Poema publicado no Caderno Literário 79 da Editora Pragmatha. https://www.facebook.com/cadernoliterariopragmatha/
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Livro Arte-enlevo . Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Livro Arte-enlevo
Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Abordagem de Análise Estética e Filosófica
Por: Mauricio Duarte
A arte-enlevo propõe uma abordagem de análise estética em que se transpasse o atributo de ser simplesmente arte da prática artística. A arte-enlevo transpassaria a condição de arte porque estaria em dinamicidade com expressões artísticas no êxtase, no enlevo. Propõe o elevar de mentes, consciências e espíritos tanto na pura crítica reflexiva, quanto no puro deleite de sensações e em âmbitos de maior apreciação estética plena.
Arte-enlevo é um livro com conceitos explanados sobre esta abordagem e com 26 análises de trabalhos artísticos de diferentes artistas visuais, designers, ilustradores e autores de quadrinhos.
Categorias: Pintura, Design, Artes Gráficas, Filosofia, Artes e Entretenimento, Artes
Palavras-chave: análise, arte-enlevo, artes, design, estética, filosofia, ilustração, quadrinhos, visuais
Palavras-chave: análise, arte-enlevo, artes, design, estética, filosofia, ilustração, quadrinhos, visuais
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Livro Vociferar em silêncio Poesia
Livro
Vociferar em silêncio
Poesia
Por: Mauricio Duarte
Vociferar em silêncio é uma viagem poética pelos universos de silêncios e de falas ao pé do ouvido. Falas que não são ouvidas em qualquer lugar a qualquer tempo, mas que são como que presságios de tempos trevosos que se aproximam ou de tempos de indiferença que já nos alcançam. 66 poemas com a liberdade do gesto que fazem calar ou gritar.
Categorias: História Alternativa, Fantasia, Aventura, Poesia, Literatura Nacional, Ficção
Palavras-chave: alma, corpo, espírito, místico, poema, poesia, silêncio, vociferar
Número de páginas: 80
Edição: 1(2018)
Formato: A4 (210x297)
Coloração: Preto e branco
Tipo de papel: Offset 75g
Estou vendendo a R$ 45,00 + FRETE dos correios
Vociferar em silêncio é uma viagem poética pelos universos de silêncios e de falas ao pé do ouvido. Falas que não são ouvidas em qualquer lugar a qualquer tempo, mas que são como que presságios de tempos trevosos que se aproximam ou de tempos de indiferença que já nos alcançam. 66 poemas com a liberdade do gesto que fazem calar ou gritar.
Categorias: História Alternativa, Fantasia, Aventura, Poesia, Literatura Nacional, Ficção
Palavras-chave: alma, corpo, espírito, místico, poema, poesia, silêncio, vociferar
Número de páginas: 80
Edição: 1(2018)
Formato: A4 (210x297)
Coloração: Preto e branco
Tipo de papel: Offset 75g
Estou vendendo a R$ 45,00 + FRETE dos correios
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Anaxágoras
Texto com livre tradução do artista visual, escritor e acadêmico Mauricio Antonio Veloso Duarte Anuragi.
Anaxágoras
Para entender totalmente o desenvolvimento do sentimento teológico entre os gregos,é necessário registrar Anaxágoras, o grande pai de todas as teologias anti-panteísticas. O que os homens estão dizendo, hoje em dia, contra opanteísmo, foi dito com igual força por Anaxágoras e as partes mais vulneráveis da sua teologia são ainda defendidas pelos doutores da igreja como forma defendidas por esse velho grego. Ele não era um metafísico, mas um homem que acreditava nos seus sentidos e nunca tinha feito inquirições suficientes na natureza da razão para ser acometido por questões que tornaram perplexos Zeno e Parmênides. Porque ele deveria duvidar da realidade ou do mundo visível? Não estava tudo diante dos seus olhos? E por que ele deveria supor qualquer relação escondida entre a mente e a matéria? Não era a mente o princípio ativo e a matéria, a realidade passiva? Por que algum elemento material seria o primeiro ser e não a mente que estivesse regulando seu poder sob a matéria? Deus é mentee a matéria é alguma coisa arranjada por ele. Que teologia pode ser mais simples? No caminho de Anaxágoras não há questões de co-existência de um material finito e um infinito imaterial. Não concerne a ele, especulações aos atributos do tempo e do espaço. Porque deve um ser infinito diferir de um finito, exceto pelo fato de ser maior e por que, de outro modo, deve uma mente infinita ser diferente de uma mente finita? Deus fez o mundo como o homem fez uma máquina. Ele deu leis a isso e deixou as operações às leis, interferindo apenas quando necessita reparo. Na sua habitação, nas fronteiras do universo, ele contemplou o artefato e foi apresentado a ele como um homem é apresentado aos objetos que ele percebe pelos seus sentidos. Comparado com outros filósofosda escola Jônica, Aristóteles disse: “o filósofo de Clazomenae é como um homem sóbrio. Sócrates no entanto, não o estimava tanto assim. “Tendo um tempo, um dia” diz o filósofo, “leia um livro de Anaxágoras, que disse que a mente divina foi a causa de todas as coisas e desenhou todas as coisas em seus próprios níveis e classes, eu fui arrebatado de prazer. Eu percebi que nada é mais certo do que esse princípio de que a mente é a causa de todas as coisas.” Sócrates conseguiu os livros de Anaxágoras e começou a lê-los avidamente, mas ele parou quando viu suas esperanças desapontadas. “ O autor”, diz ele, “não faz uso da mente divina, mas coloca que a ordem e a beleza que permeiam o mundo são feitos por essa mente divina, o ar, o vento e outros agentes da natureza.”
Aristóteles, também, em um estudo foi menos encorajador a respeito de Anaxágoras e corrigiu suas próprias visões, ficando próximo de Parmênides. Em tempos que vieram depois, a teologia de Anaxágoras desenvolveu-se nas escolas de Demócrito e Epicuro, que dispensaram a hipótese de mundo fazedor ou deixaram-na descansar na sua casa distante, repousando no silêncio em dignidade e poupando o mundo da sua interferência.
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Anaxágoras
Visite o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/anaxagoras-por-mauricio-duarte/
domingo, 17 de novembro de 2019
"Fichte"
"Fichte"
"Poderia-se supor que a filosofia crítica de Kant fosse
onipotente para checar toda a gama de especulação concernente à
natureza do que É. Ele não deixou fixados os limites da mente
humana e ainda mostrou a impossibilidade de qualquer ciência ser
incondicionada? Ele também não mostrou a impossibilidade de
demonstrar a verdade, tanto como o idealismo quanto com o
materialismo? Em um caso, nós não temos meios de verificar por
experiência as ideias da mente e, em outro, não temos meios de
saber da existência de objetos independentes da mente sempre
presentes na sua cognição. Filosoficamente semelhante foram suas
últimas palavras. Materialismo e idealismo falharam pesadamente e a
verdade foi em cada um parcialmente conhecida. “Mas”, disse
Fichte, do lado do idealismo, “não é o nosso conhecimento do
sujeito grandemente maior do que o objeto e, muito mais prioritário
do que ele? Nós sabemos que temos um mundo interno, e apenas através
do meio dele é que podemos saber que há um mundo externo. A
existência do meu eu, minha consciência, é um fato primário. A
existência de qualquer coisa externa é apenas vista no espelho
deste eu. Sua existência, no entanto, é dependente e, pode apenas
ser aparente. O sujeito é a realidade manifesta; o degrau primitivo
do conhecimento; a verdadeira fundação da filosofia.”
Com essa consciência, Fichte baseou sua filosofia, e
da sua dada existência do eu, ela recebeu sua primeira forma. Nós
pensamos nisto na nossa maior concepção de conhecimento. O que é
isto que pensa, não nos concerne. Da sua essência nós sabemos
pouco como pouco sabemos da substância do mundo. Também, nós não
devemos ser justificados em concluir que tal essência existe. Nós
não supomos sua existência; é suficiente tomar por si mesmo como
simples o fato de consciência. Isto é apenas percebido por nós
como uma atividade. É o ato de formar e representar imagens
internas. Nós devemos, no entanto, distinguir entre o ato e a
imagem – um é o processo do ato, a outra é o processo pelo qual
isto atua. Nesse modo o eu cria a si mesmo. Por isto agir torna-se
verdadeiramente sua potencialidade. E nesse ato do eu nós temos uma
dualidade em si mesma e o objeto que ela evoca. O eu, posicionando
sua própria existência, posiciona também o Não-eu. Estes dois
princípios permanecem na sua consciência opostos um ao outro – um
limitando e determinando o outro, pelo qual o eu é o Não-eu que não
é, em determinando a si mesmo, numa representação, faz então, com
a sua consciência o que a representação faz apenas uma modificação
de si mesma, e o eu e o não-eu são, de novo, unidos em uma e mesma
consciência. A fórmula é tese, antítese e síntese. Jacob
chamou esta filosofia de um “espinozismo invertido”. No lugar da
substância absoluta, Fichte substituiu o eu. Ele pensou nisso
evitando a teologia de Espinoza, mas a sua empresa foi vã. Ele
finalmente teve que ir além do eu, para quem não havia outro
caminho para alcançar o infinito. A consciência finita desapareceu
na consciência infinita. O eu achou nada mais do que seu próprio
reflexo. Ele sofejou um Deus, mas apenas acho a si mesmo – o eu
respondendo ao eu. Livre dos limites que produz para si mesmo, nosso
eu é o infinito eu do universo; no qual todo finito perde sua
existência, e no qual é envolvida em sua representação em todo
fenômeno variado no mundo externo. Isto é originalmente e
essencialmente mas uma consciência – que é o absoluto infinito
eu. Todo esforço para representar esse eu como concebível pelo
intelecto humano foi rejeitado por Fichte como antropomorfismo. A
suposição do Deus pessoal foi uma mera transferência dos limites
humanos e imperfeições do ser Divino; para quando nós descrevemos
a ele tais atributos como consciência, ou extra-mundana existência,
nós apenas fazemos ele finito, para com essas qualidades
necessariamente incluídas a ele, vincularmos a ideia da substância
extendida em tempo e espaço.
Deus não é substância. Os atributos descritos a ele
por Espinoza são responsáveis pela mesmas objeções coo foram
feitas no antropomorfismo comum. Se eles não fazem de Deus um homem,
eles o limitam. Elas o fazem corpóreo e substituem u substrato do
universo para a atividade divina. Nem nós escapamos desse resultado
chamando Deus de espírito. O que é espírito? Uma mera negação
do corpo, um termo com o qual definição positiva de Deus é
inteiramente inútil, a menos que por decepção da mente, nós
descrevessemos ao espírito com algumas das qualidades que constituem
o corpo. Pela mesma razão que nós negamos consciência a Deus,
personalidade e substancialidade, nós também negamos a ele
realidade; toda realidade sendo a nós somente finita. Deus não
pode ser adequadamente concebido, definido ou representado; por
concepções, definições e representações que são apenas
concernentes às coisas limitadas e determinadas. “Se”, diz
Fichte, “nós chamamos Deus de uma consciência, ele segue o que
conferimos aos limites da consciência humana a ele. Se nós nos
livramos desses limites de pensamento, permanece, desse modo, a nós
um conhecimento que é quase incompreensível e isto pode bem
descrever Deus que, por assim dizer, é, em senso puro, consciência,
inteligência, vida espiritual e atividade, salvo apenas que nós não
poderíamos fazer nenhumna noção de tais atributos, e, nesse
sentido, abstraríamos da definição aproximada, e que, também,
fora do estritamente considerado na acuracidade filosófica, para
qualquer concepção de Deidade, seria um ídolo.”
Deus é o eu infinito, claramente incompreensível. O
finito eu é apenas conhecido como uma atividade e semelhantemente
nós podemos conhecer Deus apenas por uma atividade. Nós estamos
constituídos numa ordem moral. Como eus finitos somos deveres e
destinos. Preenchendo todos eles nós realizamos nosso lugar na ordem
moral do universo. E essa ordem é a mais alta ideia de Deus que
podemos nos ater. Nós não precisamos de nenhum outro Deus, não
podemos compreender nenhum outro. Apenas por essa ordem moral vivendo
e trabalhando em nós, podemos perceber qualquer coisa divina. Deus
não é um ser ou uma existência, mas uma pura atividade – a vida
e a alma de uma ordem mundial transcendente, assim como para todo eu
pessoal ou inteligência finita não é um ser, mas uma pura
atividade em conformidade com o dever, como um membro da ordem
mundial transcendente.
Essa forma – a forma da moralidade – é a segunda
fase do desenvolvimento da filosofia de Fichte. Ela incorre, como
poderíamos esperar, numa investida do ateísmo. Jacob dissera que
isto era “o culto da mera universalidade”, e até Schelling
dissera “que ela solapava fora toda religião”. Fichte se
defendeu e, e seus últimos trabalhos, ao explicar seu significado
para não deixar nenhuma dúvida de sua fé em Deus. Jäsche
dissera, “A fé das religiões idealistas na ordem moral do mundo
está agora arruinada em um ponto crucial; para a fé das religiões
realistas numna inteligência independente, princípio de vida da
ordem mundial; e para o orgulho de autoestima da liberdade absoluta,
nós agora temos a humilhação e a submisjsão a uma vontade
absoluta.” Esses últimos escritos foram endereçados a uma
audiência popular. Uma fé mística teve lugar nas razões
metafísicas. O homem alcançou o conhecimento de Deus no puro
pensamento, que é o olho da alma. Por isto, ele percebe Deus,
afinal, o que é o puro pensamento senão a existência divina? Do
modo do ser de Deus nós não sabemos nada, nem precisamos saber.
“Nós não podemos vislumbrar a luz inacessível na qual ele está,
mas através das sombras que nos aparece sua presença, lá floresce
uma porção sem fim de vida, e amor, e beleza. Ele é a fonte da
nossa vida, o lar dos nossos espiritos, o Um Ser, o Eu Sou, para o
qual, a razão não tem ideia e a linguagem não tem nome.” Em
união consciente que é infinita, endereçada a ele como uma
“sublime e viva vontade”, Fichte exclama, “Eu devo bem mover
minha alma para ele, para então, eu não estar dividido. Essa voz
soa dentro de mim, e eu soo nela, como resposta, e todos os meus
pensamentos se forem nada além de bons de verdadeiros, estarão lá
também. Nesse incompreensível mundo, eu mesmo e o mundo nele em
que eu vivo, se tornam compreensíveis para mim. Todos esses
segredos da minha existência são expostos, abertos e, em perfeita
harmonia, surgem na minha alma. Eu escondo minha face antes e coloco
minha mão na minha boca. Como essa arte pareceu seu ser e eu nunca
soube, mais do que eu posso assumir esta natureza. Após milênios e
milênios de vidas espirituais que eu poderia compreender, pouco eu
agora o faço dessa forma. O conhecido, o selvagem e o profícuo,
onipresentemente para a razão finita, mas como eu agora e sempre
devo conceber do ser, essa arte não o faz.”
Deus sabe, quer e trabalha. Ele é algo mais do que um
princípio, assim como é alguma coisa mais do que uma pessoa. Ainda
que nossa mais alta concepção dele seja um princípio, como ordem
do mundo; e nossa mais convincente poroficiência da sua existência
é a realização do nosso lugar nessa ordem. Então nós nos
tornamos conscientes da nossa união num só com ele. Não podemos
nos tornar Deus, mas quando nos aniquilamos até a nossa raiz, Deus
sozinho resta, e é tudo em tudo. Nós falamos de nossa existência
como algo distinto de Deus, mas a nossa existência é apenas uma
negação da existência. Fora do ser de Deus, nosso ser é uma mera
sombra, que assumiu a forma e a aparência de ser. Isto, só, é a
realidade, que é bondade e verdade. Nossa maior concepção de ser
é idêntica com nossa maior concepção de bondade – um princípio
de razão. O que é a benção, senão buscar esta verdadeira vida?
O eterno em nós e ao redor de nós de todos os lados. Poderíamos
realizar essa presença, teríamos a sensação desse ser eterno no
nosso ser, para podermos ultrapassar o transitório e o aparente, e
alcançar com um amor infalível a verdade imutável e o eterno bem.
Deus é a bondade incessantemente ativa, na qual o homem sagrado
vive, faz e ama, Deus aparece em sua imediata e eficiente vida. Não
só no homem Deus aparece, mas e toda a natureza a alama purificada
do amor do transitório e irreal pode vê-lo imediatamente presente.
“Através disto”, diz Fichte, “que parece a mim como uma massa
morta, meu olho esconde essa vida eterna e movimento em toda veia de
sensibilidade e natureza espiritual e vê sua vida nascendo em cada
crescimento gradual, e até purificar a si mesmo numa expressão mais
espiritual. O universo é para mim nada mais do que um jogo
eternamente repetido; o monstro se formando apenas para levar a si
mesmo de novo antes. Tornou-se transformado antes de mim, e margeia
uma figura de vida espiritual; um constante progresso entre a
perfeição maior uma linha que vai ao inifinito. O sol nasce e
permanece. As estrelas descem e reaparecem, e todas as esferas
embalam sua dança circular, mas nunca retornam de novo como
desapareceram. E até na fonte de luz da vida em si mesma, há a
vida e o progresso. Toda hora que vem, toda manhã e toda tarde
descansa com novo acréscimo ao mundo. A v ida nova e o novo amor
descendem das esferas e circulam pela natureza como fantástico
círculo na Terra.”
Onde quer que seja, o homem se pergunta, o homem
poderia duvidar da vida e da imortalidade? Não foram claramente
reveladas à alma que ama a verdadeira vida? O ser passa por essas
fases, mas não se divide. Uma alma nega e reconhecendo as raízes
da cabeça de Deus pode ser perturbada pelas mudanças na natureza, e
pode ficar insansa pelos problemas das passagens do que sozinho
parece real. Mas não há morte em todo nascimento? Na morte, em si
mesma, visivelmente aparece a exaltação da vida. Não há princípio
destrutivo na natureza, porque há natureza entre sua liberdade e
inconclusa vida. Não é a morte que mata, mas a nova vida concebida
entre a morte que começa a desenvolver a si própria. Morte e
nascimento não são nada mais do que a luta da vida por si mesma,
para assumir uma maior gloriosa e conformada forma. “E a minha
morte”, disse Fichte, falando como aquele que participou dessa vida
abençoada e imutável vida, “Como pode ser algo mais do que o
nascimento, desde que eu não sou uma merja sombra ou reflexo da
vida, mas beira por mim a vida que é uma verdadeira, original, e
essencial. É impossível conceber que a natureza possa aniquilar
uma vida que não proveio dela: a natureza existe por mim, eu não
existo para ela.”
Fichte não professou derivar suas doutrinas do
cristianismo ainda que ele mantivesse uma completa identificação
entre elas e o cristianismo. Ele viveu essa vida na qual Cristo
viveu, e projetou sua inspiração da mesma fonte da verdade. Toda
verdade do homem é achada na luta lá, e Cristo, acima de todos,
porque ele é suprema mente verdade. O cristianismo então, não é
revelação externa, mas Deus falando e trabalhando na humanidade.
Por Cristianismo, no entanto, Fichte apenas quer dizer o que ele
chamou de Evangelho de João. Ele rejeitou São Paulo e seu movimento
com os professores silenciosos da doutrina cristã. Eles não eram
nada mais do que cristãos pela metade, e deixaram-se estar
intocados, os erros fundamentais do judaísmo e do heatenismo. São
João era o discípulo por quem tinha respeito pela razão. Ele
sozinho apelou a essa evidência que tinha peso com o filósofo – o
interno. “Se qualquer homem tiver a vontade de andar com ele, que
me vendeu, ele deve saber da doutrina se ela é de Deus ou não.”
O prefácio do Evangelho de São João não é para ser considerado
como um mero prelúdio especultativo para uma narrativa histórica,
mas é para ser tomada como a essência e o ponto inicial de todos os
discursos de Jesus. O sinal que João realiza nesse prefácio não é
sua doutrina própria, mas a de Jesus e, ainda, a do Espírito, a
maior raiz de toda doutrina de Jesus. E qual é a doutrina desse
prefácio? Seu sujeito é a criação. Precisamente aquela pela
qual o judaísmo e o heatenismo erraram. Composta para reconhecer a
absoluta unidade e a imutabilidade da natureza divina em e si mesma,
e os er cultuado para jogar fora a independência e a existência
real das coisas finitas, ela é feita para que a última proceda da
primeira por um ato de absoluto e arbitrário poder. Os livros
judaicos começam: “- No início Deus criou.” Não, diz São
João, em expressa contradição a isto. No início; com o mesmo
começo com o qual foi falado isto; o que é, originalmente e antes
de todo tempo, Deus não criou, porque nenhuma criação era
necessária, mas ela já estava lá. “No início, era o Verbo; e
todas as coisas feitas por ele.” No início era o Verbo; no texto
original do Logos, que deve ser traduzido por razão, ou como
poroximamente tem a mesma ideia expressa no livro chamado de “A
Sabedoria de Salomão” Sabedoria. João disse que o Verbo estava
no início, que o Verbo estava com Deus, que Deus, ele mesmo, era o
Verbo, que o Verbo estava no início com Deus.
Fichte pergunta “- Como foi possível para João ter
uma mais clara expressão da doutrina que nós temos ensinado em tais
palavras como a que se segue: - Além do surgir de Deus e do esconder
do ser em si mesmo, que nós somos hábeis em conceber isto em seu
pensamento, ele tem outra existência necessariamente surge através
do seu ser absoluto em si mesmo; e sua existência, que está apenas
por nós distinguida do seu ser, em si mesma e nele não distinguida
do seu ser, mas sua existência é originalmente antes todo o tempo,
e independentemente de todo tempo, com seu ser, inseparável do seu
ser, e si mesmo seu ser – o Verbo no início com Deus, Deus em si
mesmo o Verbo, e o Verbo em si mesmo Deus. Como foi possível para
ele colocar mais distintivamente e mais acuradamente o nível dessa
proposição, que em Deus e de Deus não há nada que surja ou
comece, mas nele é apenas o um que É; um presente eterno, e, o que
quer que tem existência deve ser originalmente com ele, e deve ser
ele em si mesmo? “Fora com o fantasma perplexo”, deve o
Evangelista ter adicionado com o que gostaria em múltiplas palavras.
“Fora com o fantasma perplexo de uma criação de Deus, de alguma
coisa que não é ele mesmo, e não está eternamente e
necessariamente em si mesmo; uma emanação com a qual ele não está
em si mesmo; uma emanação com a qual ele não está em si mesmo
presente, mas emana seu trabalho – uma expulsão e separação dele
que nos leva a um nada desolador, e o faz u8m senhor hostil e
arbitrário.”
A existência imediata de Deus é necessariamente
consciente – razão. Nisto, o mundo, e todas as coisas existem, ou
como João expressa, eles estão no Verbo. Eles são a expressão
espontânea de Deus mesmo. Esse Verbo ou consciência é o único
criador do mundo, e, por seus meios do princípio de separação
contêm em sua natureza mesma, o criador da principal e infinita
variedade de coisas do mundo. Esse Verbo manifesta, em si mesmo, uma
pessoa, sensibilidade, e, existência humnana; nomeada, nela em Jesus
de Nazaré, com o qual o Evangelista verdadeiramente disse, ele foi
“o Verbo feito vivo”. Nele e através dele, outros foram feitos
participantes da natureza divina. Seus discípulos foram o um com
ele como ele foi um com o Pai. Esse é o dogma característico do
cristianismo como um fenômeno do tempo; como um a forma temporária
da cultura religiosa do homem. Mas a verdade profunda que revela é a
unidade absoluta da existência humana com a divina. Cristo não
constituiu essa união, mas revela a nós que esse conhecimento
existe. Antes dele, isto era desconhecido e tudo que tem sido
conhecido pode descrever esse conhecimento dele. O filósofo pode,
ainda, descobrí-lo, mas isto é revelado a ele no cristianismo.
Todos os discursos de Cristo recordados por João estão cheios
disto. Nós devemos comer sua carne e beber seu sangue – que é,
para que nós sejamos transformados nele. Nós devemos viver sua
vida, não numa imitação meramente, mas numa repetição plena de
fé. Nós devemos amá-lo, o Verbo Eterno feito carne e sangue.
Para aqueles que repetem as característica de Cristo, ele reza que
serão um só, como “O Pai é em mim e eu sou neles também serão
um em nós.” Um em nós – todos nascidos do tudo, com seus mais
imediatos seguidores, e com todos aqueles que nasceram nos últimos
dias, e voltarão a estar juntos em uma busca comum, de toda a vida,
a cabeça de Deus. Então, o cristianismo, seu propósito obtido,
cai novamente na harmonia com a verdade absoluta, e mantem o que todo
homem deve chegar à unidade com Deus, e em sua própria
personalidade se tornar a divina existência no Verbo Eterno. “Nenhum
homem supõe a existência de coisas finitas; eles não têm
existência para ele. Apenas em união com Deus havia realidade. Como
o nada como entidade assumiu o semblante do ser, a dificuldade com a
qual procede a especulação, ele nunca se importou de inquirir. Ele
sabia a verdade em si mesma, ele sabia isto solenemente em sua
própria existência. Ele sabia que todas as coisas são fundadas em
Deus sozinho, e consequentemente o que em si próprio o ser procede
diretamente dele. Quando ele mostrou aos seus discípulos o caminho
da benção, ele disse a eles para serem como ele mesmo, porque ele
sabia que não havia nenhuma benção que não fosse sua própria
existência. Eles iriam com ele pela vida, e eles achariam por ser
nele como ele estava com o Pai, e sendo um com ele como ele era um
com o Pai.”
(Livre
tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt . 1884
por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) Transcendentalismo . Fichte)
Visite
o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos
. https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/home
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
O romance literário Os Arcanos de Mauricio Duarte
"Romance que narra um dia da vida do caminhante Nonato Cardoso dos Santos em Juazeiro do Norte na celebração de Nossa Senhora das Candeias. Nesse dia Nonato descobrirá que pode ser mais do que um devoto, pode alcançar a santidade. Por qual meios e por quais caminhos (acontecimentos sobrenaturais e visões) isso ocorrerá é o tema da aventura do viajante que deixou família com mulher e filho em Exu para viver a sua devoção por Jesus Cristo, Deus e o Espírito Santo."
Autor: Mauricio Duarte
Título: Os Arcanos
Páginas: 220
Formato: 14,8X21 com abas
Capa: Supremo Duos Brilho 250gr
Miolo: Preto e branco Pollen Soft 80gr
Acabamento: Brochura colado
Editora: Versejar
Isbn: 978-85-94275-94-3
Ano: 2019
Edição: 1º
Título: Os Arcanos
Páginas: 220
Formato: 14,8X21 com abas
Capa: Supremo Duos Brilho 250gr
Miolo: Preto e branco Pollen Soft 80gr
Acabamento: Brochura colado
Editora: Versejar
Isbn: 978-85-94275-94-3
Ano: 2019
Edição: 1º
terça-feira, 29 de outubro de 2019
O livro VOCIFERAR (em silêncio) . poesia no Google Livros
O livro VOCIFERAR (em silêncio) . poesia, de minha autoria, Mauricio Duarte, disponível para leitura no Google Livros. Confira aqui: https://books.google.com.br/books/about?id=wUa4DwAAQBAJ&redir_esc=y&hl=pt-BR&fbclid=IwAR24dvfmsiWtgH_E-AEHN_BuBWPTskST4ETT4dUUcAOOdc1MEkCb7656jLw
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
Heráclito
Heráclito
A escola eleática tentou terminar o dualismo entre o permanente e a mudança, dando realidade à mudança. Mas o fenomenal continua como dado pela experiência dos sentidos. Ainda há o Um e o muitos. A unidade da razão e multiplicidade do senso. Heráclito reconcilia os dois e mostra como ambos existem num perfeito monismo, o um no muitos e o muitos no um; sendo verdade nem o um nem o muitos, mas a união – o fluxo e o refluxo – o que está por vir. A doutrina de Heráclito geralmente é dita como obscura. Cudworth chama-o de um “filósofo confuso” e Sócrates, com ironia gentil, diz do seu livro concernente à natureza que o que ele entendeu dele é excelente e o que ele não tem dúvida que não entendeu, é igualmente bom. Trazendo-o como vindo depois de Parmênides e colocando-o com os mesmos problemas da Escola Eleática, nós podemos perguntar a ele a questão: “Oque é o universo?” “É ser ou não-ser?” e as respostas: “Não é nenhum dos dois, porque é ambos.” Tudo é e tudo não é; enquanto vem no ser, ainda, em seguida, cessa de ser. Da mesma onda, nós descendemos e logo não é a mesma onda. Nós somos e, ao mesmo tempo, não somos. Nós não podemos descender duas vezes na mesma onda, porque ela está sempre espalhando e coletando ela mesma de novo ou ainda, ao mesmo tempo, ela está fluindo para nós e fluindo de nós. A realidade do ser não é um regaço eterno, mas sim, uma mudança sem cessar. Heráclito não desfez-se dos sentidos, como os eleáticos, ele os trouxe para as buscas do conhecimento, levando-nos a experimentar os canais da inteligência universal e tornando-nos participantes da razão comum. Nós chegamos na verdade, em proporção do que nós participamos da razão. O que quer que seja particular como oposto do que é falso. “Inalando através do fôlego universal, que é a razão universal, nós nos tornamos cônscios. No dormir nós estamos inconscientes, mas despertos, nós nos tornamos de novo, inteligentes, enquanto que no dormir, quando os órgãos dos sentidos estão fechados, a mente é levada de todos as assuas simpatias com o que a circunda, a razão universal e a única conexão é o fôlego, como seja, uma raiz. Por essa separação a mente perde o poder de coleção. Contudo, ao despertar, a mente recoloca sua memória através dos sentidos como se resume sua inteligência. Como combustível quando levado junto ao fogo, é alterado e se torna inflamável, mas sendo removido de novo, se extingue assim como a porção do todo que viaja pelo nosso corpo, torna-se mais irracional quando separado dele, mas na restauração dessa conexão, através de muitos poros e enseadas, torna-se de novo similar ao todo.”
Essa doutrina como foi anunciada aqui, pode ser contrastada como o eleatismo que acha certeza apenas na razão pura, enquanto Heráclito encontra os sentidos para serem meios de comunicação entre a mente e a razão universal; ainda depois do contraste, a doutrina da unidade no ser é a mesma. Com um, a realidade é permanente, com o outro, está por vir. Em ambos os casos, o Um é o todo. Heráclito foi originalmente da escola iônica mas alguns dizem-no discípulo de Xenophanes. Aristóteles diz que ele botou fogo no primeiro princípio do mesmo modo que Tales jogou água e Anaximenes, ar. “O universo” diz Heráclito, “sempre foi, é e sempre será um fogo vivo, inalterável e, ao mesmo tempo, em conjunto com o poder do pensamento e do conhecimento.” A relação entre fogo e o que se tornará, nós não sabemos e podemos apenas conjecturar. Esteve Heráclito na Pérsia? Foi ele um operário do fogo? Ele aprendeu de Ormuzd, a fonte da luz – o todo do elemento que abarca todas as coisas num fluxo? E chamou ele, como os persas, com uma indiferenciada diferença, o símbolo do primeiro princípio da criação e de novo, o princípio ele mesmo? Por esse fogo, Heráclito ilustra a eterna transformação e a transposição do que vem a ser. Ele faz o substrato do movimento, a origem e a energia da existência. Na luta da luz e da escuridão, o universo desperta. “Luta” ele diz “que é a parente de todas as coisas” “ O um separando ele mesmo dele mesmo, une-se a ele mesmo e de novo.” Em outro lugar, ele diz: Unir o todo e o não-todo, o complementar e o não-complementar, o harmonioso e o discordante e então, nós teremos o um vindo do todo e o todo vindo do um.”
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Heráclito
Visite o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/home
Leia mais em: https://www.divulgaescritor.com/products/heraclito-por-mauricio-duarte/
A escola eleática tentou terminar o dualismo entre o permanente e a mudança, dando realidade à mudança. Mas o fenomenal continua como dado pela experiência dos sentidos. Ainda há o Um e o muitos. A unidade da razão e multiplicidade do senso. Heráclito reconcilia os dois e mostra como ambos existem num perfeito monismo, o um no muitos e o muitos no um; sendo verdade nem o um nem o muitos, mas a união – o fluxo e o refluxo – o que está por vir. A doutrina de Heráclito geralmente é dita como obscura. Cudworth chama-o de um “filósofo confuso” e Sócrates, com ironia gentil, diz do seu livro concernente à natureza que o que ele entendeu dele é excelente e o que ele não tem dúvida que não entendeu, é igualmente bom. Trazendo-o como vindo depois de Parmênides e colocando-o com os mesmos problemas da Escola Eleática, nós podemos perguntar a ele a questão: “Oque é o universo?” “É ser ou não-ser?” e as respostas: “Não é nenhum dos dois, porque é ambos.” Tudo é e tudo não é; enquanto vem no ser, ainda, em seguida, cessa de ser. Da mesma onda, nós descendemos e logo não é a mesma onda. Nós somos e, ao mesmo tempo, não somos. Nós não podemos descender duas vezes na mesma onda, porque ela está sempre espalhando e coletando ela mesma de novo ou ainda, ao mesmo tempo, ela está fluindo para nós e fluindo de nós. A realidade do ser não é um regaço eterno, mas sim, uma mudança sem cessar. Heráclito não desfez-se dos sentidos, como os eleáticos, ele os trouxe para as buscas do conhecimento, levando-nos a experimentar os canais da inteligência universal e tornando-nos participantes da razão comum. Nós chegamos na verdade, em proporção do que nós participamos da razão. O que quer que seja particular como oposto do que é falso. “Inalando através do fôlego universal, que é a razão universal, nós nos tornamos cônscios. No dormir nós estamos inconscientes, mas despertos, nós nos tornamos de novo, inteligentes, enquanto que no dormir, quando os órgãos dos sentidos estão fechados, a mente é levada de todos as assuas simpatias com o que a circunda, a razão universal e a única conexão é o fôlego, como seja, uma raiz. Por essa separação a mente perde o poder de coleção. Contudo, ao despertar, a mente recoloca sua memória através dos sentidos como se resume sua inteligência. Como combustível quando levado junto ao fogo, é alterado e se torna inflamável, mas sendo removido de novo, se extingue assim como a porção do todo que viaja pelo nosso corpo, torna-se mais irracional quando separado dele, mas na restauração dessa conexão, através de muitos poros e enseadas, torna-se de novo similar ao todo.”
Essa doutrina como foi anunciada aqui, pode ser contrastada como o eleatismo que acha certeza apenas na razão pura, enquanto Heráclito encontra os sentidos para serem meios de comunicação entre a mente e a razão universal; ainda depois do contraste, a doutrina da unidade no ser é a mesma. Com um, a realidade é permanente, com o outro, está por vir. Em ambos os casos, o Um é o todo. Heráclito foi originalmente da escola iônica mas alguns dizem-no discípulo de Xenophanes. Aristóteles diz que ele botou fogo no primeiro princípio do mesmo modo que Tales jogou água e Anaximenes, ar. “O universo” diz Heráclito, “sempre foi, é e sempre será um fogo vivo, inalterável e, ao mesmo tempo, em conjunto com o poder do pensamento e do conhecimento.” A relação entre fogo e o que se tornará, nós não sabemos e podemos apenas conjecturar. Esteve Heráclito na Pérsia? Foi ele um operário do fogo? Ele aprendeu de Ormuzd, a fonte da luz – o todo do elemento que abarca todas as coisas num fluxo? E chamou ele, como os persas, com uma indiferenciada diferença, o símbolo do primeiro princípio da criação e de novo, o princípio ele mesmo? Por esse fogo, Heráclito ilustra a eterna transformação e a transposição do que vem a ser. Ele faz o substrato do movimento, a origem e a energia da existência. Na luta da luz e da escuridão, o universo desperta. “Luta” ele diz “que é a parente de todas as coisas” “ O um separando ele mesmo dele mesmo, une-se a ele mesmo e de novo.” Em outro lugar, ele diz: Unir o todo e o não-todo, o complementar e o não-complementar, o harmonioso e o discordante e então, nós teremos o um vindo do todo e o todo vindo do um.”
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Heráclito
Visite o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/home
Leia mais em: https://www.divulgaescritor.com/products/heraclito-por-mauricio-duarte/
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
A Escola Eleática
Os primeiros metafísicos entre os gregos foram os da escola Eleática. Eles foram os primeiros a duvidar da realidade da matéria e sentirem a dificuldade de distinguir entre conhecimento e ser, pensamento e existência. Os jônicos evidentemente assumiram a realidade do fenomenal. Os pitagóricos tomaram a realidade da mente ou do pensamento como a substância da matéria. Os eleáticos eliminaram a dualidade, concernindo a identidade do pensamento e da existência. A transição de Pitágoras para a Escola Eleática foi fácil. A realidade do fenomenal é, em algum senso, admitida, mas estamos sem um certo critério de conhecimento da sua existência. A razão nos mostra o Um e isso deve ser absoluto e eterno. Xenophanes, o fundador do eleaticismo não nega, a escassamente talvez duvidada, realidade da matéria. Ele viu a contradição entre o veredicto da razão e os ensinamentos da experiência. O Um resolve toda a existência em uma unidade – uma essência eterna, impenetrável e imutável – enquanto os sentidos proclamaram a existência do agregado. A realidade de ambos, ele admite, não seria nem entendido e nem explicado através do modo da reconciliação. “Levantando seus olhos até a imensidade do céu” diz Aristóteles, “Xenophanes declarou que o Um é Deus.” Mas ele perguntou se o Um é Deus, o que dizer dos deuses de Homer e Hesiod? Se Deus é um ser infinito, qual a base para descrever a ele as ações tolas dos homens; o quão idiota é, supor que ele é como eles mesmos, que tem a sua voz, a sua forma e a sua figura. Se uma ovelha ou um leão estão ligados a Deus, eles estão ligados a ele como eles mesmos. Se ele tem mãos e dedos como os nossos, eles darão a ele uma imagem e uma forma como a dele próprio. Mas isso é Deus apenas finitamente considerado, Deus descrito como foi criado pela mente. Ele que é Deus deve ser um ser não criado por nós. Ele não é nada finito. Ele é o infinito; não o infinito como uma abstração, por isso, seria como o finito podendo ser apenas uma forma das nossas mentes. Ele é o ser infinito, independente de todos os nossos pensamentos e de todas asnossas concepções de finito ou infinitude. Diferente dos homens em forma exterior; diferente também, em mente e pensamento. Ele é sem partes ou órgãos, mas ele é todo sinal, todo ouvidos e todo inteligência. Ele é pré-eminentemente ser e o único ser verdadeiro. O que quer que realmente exista, ele é ele mesmo e ele é tudo o que existe de imutável e eterno. Nada pode vir do nada. O que quer que seja deve vir dele. O produzido é, então, idêntico com o que ele produz. Se não, alguma coisa veio surgindo que não está na causa que surgiu. Isso é absurdo e além domais, diz Xenophanes, tudo o que é realmente o ser é Deus. Ele é um etodas as coisas. Parmenides não tira os olhos da imensidade do céu paraver o Um. Ele não acredita nas representações dos sentidos. Tudo oque é meramente aparência, ilusão, tornar-se, fica a parte, ser e não-ser, mudança de lugar e vicissitude de circunstância – tudo o que os homens geralmente põe como realidade, são meros nomes. O que quer que seja, não pode ser nada produzido. Ele não pode estar em partes e em partes produzido. Se há um ser uma vez ou ainda há de ser, então não é. Uma existência que venha a ser ou que se torna, que implica uma pré-existência de não-existência leva embora toda a ideia de ser, então, esse ser deve ter existido sempre ou nunca. Os sentidos revelam o agregado, mas isso é só decepção. Através do puro ser em nós, estaremos idênticos a esse ser. Isso é o oposto do agregado e do mutável que, inclusive não existe e, além do mais, não pode ser objeto do pensamento. Todas as coisas que realmente existem são um e essa existência é sem mudanças. Ela pervarde todo o espaço. Esse um não é o agregado coletado como revelado pelos sentidos, mas o substrato que é a fundação e a realidade de toda aparente existência. Parmenides não chama isso de Deus. Sua filosofia é uma ciência do ser e do saber. Ele rejeita a existência do muitos: enquanto ele é compelido a considerar como existente de algum modo. Existe na representação sensualística. Todos os homens percebem como existente. Parmenides deve, de qualquer modo, fazer um esforço para explicar como o mundo do fenomenal tem sua aparente existência. Ser e não-ser colocam-se como estivessem um contra o outro a despeito do filósofo. Ele nega que o último seja alguma coisa e ele tem que tratá-lo como se fosse alguma coisa. Deve haver um primeiro Um na multitude dos seres. Todas as coisas que participam subsistem em outras que participam nele. Então, há um progresso entre ser do qual não pode ser participado. Isso é a mais profunda unidade ou simplesmente o ser é um ou muitos; mas na ordem dos seres essa multitude é oculta e caracterizada pela natureza do Um. Desde que ocorre uma mônada primeira em todo lugar da multitude, nós temos que pôr em suspenso todos os seres vindos da própria mônada. Nas almas, a mônada das almas é estabelecida numa ordem mais antiga do que a multitude das almas e sobre isso, todas elas são como um centro, convergindo, almas divinas em primeiro lugar, seus atendentes depois e, após, seus co-atendentes como diz Sócrates no Phaedrus. Além disso,a mônada de todos os seres é primeira a todos os seres e Parmênides chama-a de o Um.
Zeno e Melissus anularam essa ligeira dualidade entre o Um e o agregado. Eles o fizeram, mostrando que nenhum conhecimento poderia ser derivado dos sentidos; que a própria concepção de ser do agregado não poderia existir e, além disso, a crença na sua existência foi contraditória e absurda. Zeno manteve a não-existência do fenomenal. Seu argumento foi que, dividindo a matéria, nós temos que pensar num estágio em que a divisibilidade seja possível, onde o sujeito da divisão torna-se um ponto matemático, que não tem existência real e todas as experiências encontradas sejam contraditórias, onde nenhuma realidade objetiva possa ser deduzida daquilo. O único modo decerteza no conhecimento é estabelecer as conclusões da razão pura e explicar o fenomenal como uma mera ilusão dos sentidos.
“Nós não podemos” diz Melissus “determinar a quantidade do que quer que seja sem tomar como garantida a sua existência.” “Mas isso que é real, não pode ser finito, tem que ser infinito, não em espaço mas em tempo.” Isso acontece todo o tempo e sempre será assim. A multiplicidade das coisas mutáveis que os sentidos revelam, pode ser apenas uma decepção. A aparência está em nós: a realidade está em nenhum lugar. Se as coisas aparentes realmente existem, elas não podem mudar. Um o quê ainda se mantém, o que na realidade do ser que quer que seja representado aos nossos sentidos ou o que quer que as condições subjetivas e circunstâncias da representação sejam.
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . A Escola Eleática
Visite o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/a-escola-eleatica-por-mauricio-duarte/
terça-feira, 3 de setembro de 2019
"Os pitagóricos"
"Os pitagóricos"
"Os jônicos começaram a sua busca pela verdade do Universo a partir da natureza externa. Os pitagóricos começaram com a matemática. Eradeclarado que tudo é um algo, um infinito, eles não podiam explicar mais aprofundadamente. Pitágoras disse que é simplesmente o um. O queele quis dizer não é fácil de determinar. Na Pérsia, ele pode ter aprendido a respeito do um sem nome que criou Ormuzd e Ahriman. Não foi uma mônada criando uma deidade? Não foi o um então o que se tornou o pai do mundo e o dois a mãe? O que pode ser a essência de todas as coisas a não ser os números? Tudo não veio da unidade original? Como o número um é o fundador das operações básicas da aritmética e da geometria, assim o Divino um, a alma universal, é a fundação do mundo. O Universo é um reflexo do divino. É uma aritmética viva, uma geometria realizada. Por causa de sua beleza, harmonia e ordem na última instância,ele é chamado de cosmos. Mas a mônada de Pitágoras era uma mente ou simplesmente alguma coisa fora de tudo que estava envolvido? Se a mônada não é oprincípio ativo, ele é idêntico ao caos e sua deidade está contida no começo dopoder ativo que causa o desenvolvimento harmonioso do mundo para surgir do caos. Nessa suposição, a doutrina pitagórica da divindade tem um lugar não maior do que o da evolução ou emanação do caos, uma substância original daqual procedeu a alma-mundo divina. Mas, se é, como Tememan pensa, amônada pitagórica foi o princípio ativo, o Ser divino, e o produtor, não o produtodo material; enquanto que a matéria é apenas Deus colocado de um lado e sujeito a ele. Essa última foi a verdadeira doutrina pitagórica, provavelmente da sua colocação por fragmentos de Philolaus, um antigo filósofo da escola de Pitágoras. A essência das coisas é dada como surge em dois grandes elementos – o limite ou limitado e o ilimitado. Philolaus mostra que isso tem lugar pela oposição do um e do muitos. O um é a unidade do muitos e o muitos é, como era a deidade indefinida, pela limitação dada pela unidade e pela participação na unidade. Mas agora a essência das coisas consiste nesses dois elementos originais, consequentemente os princípios ou o número de elementos original, sendo também o princípio das coisas ela mesma. Os pitágoricosencontraram a razão da necessidade nisso, que é apenas sob essa condição que as coisas poderiam ser objetos do conhecimento humano; por nenhum outro, nem por um, nem por muitos no abstrato, podem ser conhecidos pelo homem. O produzido sozinho é conhecível pelo entendimento humano. A união entre o limitado e o ilimitado forma um cosmos. Esse cosmos implica num princípio de harmonia e essa harmonia é uma causa primeira ou autor “que é simplesmente Deus”. “Não há” diz o professor Böckh, “entre o original um e o muitos, aquele que, como no estágio original de todas as coisas, essas oposições e aunião harmônica, constitua um cosmos, então no sistema da maior parte dos pitagóricos religiosos, não haveria traço da cabeça de deus, desde que nem o limitado nem o ilimitado aparecem no sistema como Deus. Mas agora há um traço e esse traço no sistema pitagórico, Deus é reconhecido e representado na idéia de absoluto total fora e além dos opostos, expressamente como o primeiro e causa original de harmonia, nós achamos ela através do testemunho de muitos antigos.
"De acordo com Aristóteles, é o conhecimento de Philolaus do um original como causados dois princípios – como a realidade absoluta de tudo e então Deus como aunidade maior bem como posicionada acima das outras unidades como diferentes delas. Os pitagóricos levaram essa primeira causa como o intelecto; isso nós consideramos como certo. Mas o limitado, o ilimitado e o cosmos estavam todos claramente alidados à primeira causa. O cosmos consiste em décadas, cada qual com dez corpos Isso revolve um centro comum ao entorno. Esse centro é a parte mais resplandecente do universo. É onde se assenta a Divindade Suprema. Dele procede a luz que dá vida e graça à criação. As estrelas nos céus resplandecestes, fora do centro da luz, são olhos dos deuses, senão eles mesmos, divindades. Além deles, em degraus, estão os demônios ou os bons espíritos; depois o homem e por último, a criação bruta. Através de todos os degraus, vai a divina essência do Um. Tudo está, de algum modo, aliado a Deus, tudo é divino."
(John Hunt)
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Os Pitagóricos
Visite o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/home
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/os-pitagoricos-por-mauricio-duarte/
"Os jônicos começaram a sua busca pela verdade do Universo a partir da natureza externa. Os pitagóricos começaram com a matemática. Eradeclarado que tudo é um algo, um infinito, eles não podiam explicar mais aprofundadamente. Pitágoras disse que é simplesmente o um. O queele quis dizer não é fácil de determinar. Na Pérsia, ele pode ter aprendido a respeito do um sem nome que criou Ormuzd e Ahriman. Não foi uma mônada criando uma deidade? Não foi o um então o que se tornou o pai do mundo e o dois a mãe? O que pode ser a essência de todas as coisas a não ser os números? Tudo não veio da unidade original? Como o número um é o fundador das operações básicas da aritmética e da geometria, assim o Divino um, a alma universal, é a fundação do mundo. O Universo é um reflexo do divino. É uma aritmética viva, uma geometria realizada. Por causa de sua beleza, harmonia e ordem na última instância,ele é chamado de cosmos. Mas a mônada de Pitágoras era uma mente ou simplesmente alguma coisa fora de tudo que estava envolvido? Se a mônada não é oprincípio ativo, ele é idêntico ao caos e sua deidade está contida no começo dopoder ativo que causa o desenvolvimento harmonioso do mundo para surgir do caos. Nessa suposição, a doutrina pitagórica da divindade tem um lugar não maior do que o da evolução ou emanação do caos, uma substância original daqual procedeu a alma-mundo divina. Mas, se é, como Tememan pensa, amônada pitagórica foi o princípio ativo, o Ser divino, e o produtor, não o produtodo material; enquanto que a matéria é apenas Deus colocado de um lado e sujeito a ele. Essa última foi a verdadeira doutrina pitagórica, provavelmente da sua colocação por fragmentos de Philolaus, um antigo filósofo da escola de Pitágoras. A essência das coisas é dada como surge em dois grandes elementos – o limite ou limitado e o ilimitado. Philolaus mostra que isso tem lugar pela oposição do um e do muitos. O um é a unidade do muitos e o muitos é, como era a deidade indefinida, pela limitação dada pela unidade e pela participação na unidade. Mas agora a essência das coisas consiste nesses dois elementos originais, consequentemente os princípios ou o número de elementos original, sendo também o princípio das coisas ela mesma. Os pitágoricosencontraram a razão da necessidade nisso, que é apenas sob essa condição que as coisas poderiam ser objetos do conhecimento humano; por nenhum outro, nem por um, nem por muitos no abstrato, podem ser conhecidos pelo homem. O produzido sozinho é conhecível pelo entendimento humano. A união entre o limitado e o ilimitado forma um cosmos. Esse cosmos implica num princípio de harmonia e essa harmonia é uma causa primeira ou autor “que é simplesmente Deus”. “Não há” diz o professor Böckh, “entre o original um e o muitos, aquele que, como no estágio original de todas as coisas, essas oposições e aunião harmônica, constitua um cosmos, então no sistema da maior parte dos pitagóricos religiosos, não haveria traço da cabeça de deus, desde que nem o limitado nem o ilimitado aparecem no sistema como Deus. Mas agora há um traço e esse traço no sistema pitagórico, Deus é reconhecido e representado na idéia de absoluto total fora e além dos opostos, expressamente como o primeiro e causa original de harmonia, nós achamos ela através do testemunho de muitos antigos.
"De acordo com Aristóteles, é o conhecimento de Philolaus do um original como causados dois princípios – como a realidade absoluta de tudo e então Deus como aunidade maior bem como posicionada acima das outras unidades como diferentes delas. Os pitagóricos levaram essa primeira causa como o intelecto; isso nós consideramos como certo. Mas o limitado, o ilimitado e o cosmos estavam todos claramente alidados à primeira causa. O cosmos consiste em décadas, cada qual com dez corpos Isso revolve um centro comum ao entorno. Esse centro é a parte mais resplandecente do universo. É onde se assenta a Divindade Suprema. Dele procede a luz que dá vida e graça à criação. As estrelas nos céus resplandecestes, fora do centro da luz, são olhos dos deuses, senão eles mesmos, divindades. Além deles, em degraus, estão os demônios ou os bons espíritos; depois o homem e por último, a criação bruta. Através de todos os degraus, vai a divina essência do Um. Tudo está, de algum modo, aliado a Deus, tudo é divino."
(John Hunt)
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Os Pitagóricos
Visite o site Panteísmo e Cristandade com todos os textos traduzidos:
https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/home
Leia mais: https://www.divulgaescritor.com/products/os-pitagoricos-por-mauricio-duarte/
Assinar:
Postagens (Atom)