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Rodrigo Gurgel: "Nossa ideia de intelectual está, desgraçadamente, presa à do acadêmico"

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A escrita leve e elegante de Rodrigo Gurgel não esconde opiniões contundentes a respeito – é claro! – daquilo que mais entende: livros. Professor de literatura e escrita criativa, além de crítico literário, Gurgel é autor de Esquecidos & Superestimados , Muita retórica – Pouca literatura e o mais recente Crítica, Literatura e Narratofobia . Sobre a importância dos clássicos para a formação, das escolas como espaço de debate e as redes sociais como ambientes de estímulo à leitura, o escritor conversa com a Fausto com exclusividade. Em um país que pouco se lê, qualquer caminho que leve à boa literatura é válido? Intelectuais no topo dos rankings de venda não é algo a se comemorar? Com a palavra: Rodrigo Gurgel. Rodrigo Gurgel. Foto: Matheus Bazzo. Fausto — Importante é ler, independente de qual gênero seja o livro e de qual autor? Rodrigo Gurgel: O ideal seria viver numa sociedade em que todos não só fossem alfabetizados, mas também encontrassem na leitura

Spiga

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Spiga Uma explosão de cores! Força, dinamismo, originalidade... Em uma palavra... audácia!  Assim é a pintura de Spiga.  Criação que nos remete às vicissitudes e agruras da vida, às dificuldades, mas sobretudo ao gesto transversal da vida,  a vida levada aos extremos, engolida aos grandes pedaços; com uma garra inquebrantável... Pigmentos sobre pigmentos.  A mancha do “deformismo” – palavra criada pelo próprio artista – que enlaça e desenlaça ao mesmo tempo... Criatura e criador num só universo; interagindo como numa dança que pode ser tanto o balé clássico como uma festa do congado, passando pelo frevo pernambucano ou pelo samba de uma escola de samba carioca.  A composição é fluída, é sempre fluída, sempre nos leva de uma ponta a outra da tela, em expressividade fora do comum. A cor é o próprio tema de muitas composições do artista, como em Paul Klee e em Miró.  E são cores intensas, como em Kandinsky.  Mas que não se engane quem vislumbra suas peças: Spiga é original,

Arte-enlevo . artes visuais

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Arte-enlevo . artes visuais Linhas, cores, formas, pontos, tudo que envolve uma composição de artes visuais precisa, necessita, requer, pede um porquê; não só um significado, mas um porquê.  Não estou com isto querendo valorizar o império do funcionalismo ou da funcionalidade...  Não, longe disso.  O porquê estético é tão bom – ou até melhor, na maioria das vezes ou em grande parte das vezes – do que o porquê funcional quando se trata de arte. Como uma linha será: sinuosa, reta, grossa, fina, leve, pesada, rápida, lenta, elétrica, serena, são todas questões também de suma importância para o artista que se debruça sobre sua obra. Significado e significante estão entrelaçados insofismavelmente, mesmo que não nos reportemos à semiótica.  A composição, seja ela qual for, possui forças que guiam o olhar do observador, de dentro para fora, de fora para dentro, da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, no sentido horário, no sentido anti-horário.  Em n direções. 

Triste é ver que se vendem por tão pouco...

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Triste é ver que se vendem por tão pouco...    Muitos se vendem por um lugarzinho ao sol, outros por 1 bilhão de reais... Tudo isso é muito pouco... Tanto o lugarzinho ao sol quanto o 1 bilhão de reais. Ter caráter é algo que já foi desmascarado por iluminados.  Mas a conduta ilibada e a ética, além do senso de solidariedade e de fraternidade podem não ser parte, exatamente, de um caráter.  Podem ser parte de uma lógica da amorosidade, do respeito a si mesmo e ao próximo, da virtude pela virtude, do querer bem à sua família, amigos e colegas.  Não é preciso ser alguém “de caráter” para ser uma pessoa do bem.  É preciso consciência e sabedoria.  Consciência e sabedoria, por sua vez, adquirem-se, conquistam-se ou não se adquirem, não se conquistam.  Não está no DNA.  Não é herança genética.  É preciso fazer valer a condição de ser humano e realmente ser um ser humano, sem concessões aos “jeitinhos” ou modismos, às safadezas ou “praticidades”.  Ser resoluto é saber que o qu

Recebendo insígnias na SAL

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Eu, Mauricio Duarte, recebendo minhas insígnias de associado da  SAL, Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo , na Sessão Solene dos 10 anos da instituição.

Proibidão: Música para Adultos

Por Júlio Servo * O que ficou conhecido como Funk Carioca, pancadão ou proibidão é música sim, ao contrário do que pensam alguns: música da pior espécie. O erotismo, tema abordado na grande maioria dos casos, não possui tratamento estético nenhum. Tanto as letras como as danças tratam dos genitais pelos mais variados nomes, dos "lances", gravidezes; das formas mais explícitas, banais e sem reflexões; como só numa mesa de boteco, aqueles homens absurdamente mulherengos e zombeteiros são capazes de tratar. A função do Funk Carioca não trabalha o contexto romântico-erótico nem com beleza e nem com pragmatismo. Fosse uma explicitude do sexo com uma nudeza fria, cínica, sarcástica ou bem humorada ( lembram da banda Blitz?), poderia ser imoral, mas ainda assim teria uma função artística superior. Mas não, o Proibidão conseguiu descer a círculos infernais piores dos que do Axé de dulplo sentido dos anos 90. O Poibidão (prefiro chamar assim pra não blasfemar contra o verdadeiro

Direitos autorais - VOZES QUE CALAM - poesia

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Direitos autorais devidamente reconhecidos ao livro de minha autoria . VOZES QUE CALAM . Sementes líricas de Mauricio Duarte . poesia pela editora Literacidade do Pará.