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A burrice reinante na música brasileira realmente popular é mais perigosa do que você imagina

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Por r-tadeu *       Infelizmente, a constatação é óbvia: nunca vivemos em uma época em que a música popular brasileira realmente popular apresentasse um grau de burrice tão grande como nos dias atuais. A impressão generalizada é que há algum tipo de pacto de estupidez entre gente que se diz “artista” e uma imensa manada de pessoas que transformaram a palavra “plateia” em sinônimo de agrupamento de retardados. A falta de capacidade cognitiva da grande maioria de brasileiros que consome música no Brasil gera uma total incompreensão sobre o significado poético de canções que ainda insistem em trazer letras que necessitem de uma capacidade cerebral superior a de um peixe para que possam ser apreciadas. Para esta geração, as canções de caras como Lenine, Ney Matogrosso e Gilberto Gil soam como tratados de Física Quântica musicados. Hoje, é cada vez maior a dificuldade de prender a atenção destes milhões de verdadeiros “bagres”. Isso explica porque o sertanejo chamado de “uni

Leo Vieira: Criar um Jornal

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Você já pensou nisso? Um jornal não precisa ser exatamente literário. Ele também pode explorar outros temas culturais e artísticos e ainda assim, ganhar um bom destaque. Para tal realização, você também não precisa exatamente ser um jornalista ou expert. Você pode criar jornal sobre literatura, sobre pinturas, sobre poesia, sobre histórias em quadrinhos, sobre religiões, entre outros temas. O conteúdo precisa ser diversificado, sem sair do rumo do jornal. Voce começa com um editorial (boas-vindas do editor e um pequeno comentário sobre o que espera passar com a edição), depois vai para as colunas, que podem ser com textos didáticos, entrevistas, curiosidades, lançamentos, etc. Fotos e ilustrações também são importantes, sempre mencionando o autor e procurando não sair da temática. Faça a distribuição pela sua rede de contatos e procure monitorar o andamento das edições. Caso evolua, comece a pensar na captação e também na possível versão impressa. Leo Vieira Acompan

Hino tocando: voltar à bandeira ou só ficar em pé?

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Vem se popularizando uma inexistente e equivocada exigência de que durante a execução do Hino Nacional o público deve obrigatoriamente voltar o corpo ou o olhar para a direção em que se encontra a Bandeira Nacional no recinto. Relatos existem de agitações, atitudes desengonçadas de pessoas que procuram pelo pavilhão nacional e ficam desconfortáveis, caem ou tropeçam, são cada vez mais comuns. Para as solenidades civis, a lei não impõe regras: apenas exige a postura seja " em pé em “ posição de respeito ” (art 30, Lei 5.700/71 – vide texto em SIMBOLOS NACIONAIS ) Clique aqui Para solenidades militares o regramento aplicável é o do respectivo Regimento Interno, sempre muito rigoroso mas mesmo assim, salvo melhor juízo, sem obrigar a tal atitude. Na esfera civil, quando ocorre a execução do Hino (instrumental ou vocal) os cerimonialistas recomendam que o público volte para o regente, orquestra ou cantor. E isso é simples de entender: o Hino Nacional, tal como a B

Mostra Cultural Instituto Êxodo e Prêmio Imperial 2015 em Petrópolis

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A Mostra Cultural Instituto Êxodo e Prêmio Imperial 2015 está fantástica. Parabéns às curadoras, Tânia Leal e Lilian Rojas e a todos os participantes. Com muita honra e felicidade eu, Mauricio Duarte , participo como expositor com a obra Organismo. A exposição se realiza no Centro de Cultura Raul de Leoni na Praça Visconde de Mauá, 305 . Tel.: (24) 2233-1202

Rodrigo Gurgel / 10 livros que mudaram minha vida

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10 livros que mudaram minha vida 16 Julho, 2015 De Euclides da Cunha, 1. Os Sertões foi o primeiro livro que estudei com o olhar de leitor malicioso — não no sentido de “má índole”, o mais comum entre nós, infelizmente, mas no sentido de “astúcia”, “sagacidade”. A motivação veio de Paulo Vieira, meu professor de português no velho Instituto de Educação, em Jundiaí. Quando comecei “A Terra”, tive uma vertigem: aquilo era incompreensível — o livro exigia muito mais que um dicionário constantemente aberto ao meu lado. Foi, aos 17 anos, o primeiro lampejo de que as melhores obras literárias estão além, muito além do que o leitor inocente vê no seu contato superficial, passageiro. Ir e voltar pelas páginas, descobrir a musicalidade que a linguagem pode alcançar, sentir que aquele livro estava além dos meus conhecimentos — tudo me impulsionava a ir adiante, a perseverar. Descobri 2. Jo

Leo Vieira: O que fazer diante de uma resenha negativa?

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Uma polêmica das grandes! O que fazer quando a resenha encomendada sai negativa e ofensiva? Isso pode acontecer principalmente quando o blogueiro é preconceituoso e decide atacar pela sua ótica pessoal. Infelizmente não se pode agradar a todo mundo. Antes de tudo, vou ensinar como evitar esse constrangimento. Primeiro, antes de entregar o livro, procure saber qual o gênero literário preferido do blogueiro. Se ele tiver um gênero que odeia, procure saber também. Depois, peça antes que o blogueiro leia ressaltando a qualidade textual e gramatical. Se o resenhista descer o sarrafo no seu livro de zumbis simplesmente porque ele odeia a temática, saiba que não foi pelo seu livro ter sido ruim, e sim porque foi somente pelo gosto dele. Se por acaso a resenha correu solta, não alimente a polêmica. Ficar fazendo alardes, com lamúrias públicas só vai servir de lenha na fogueira. Isso é tentar apagar o fogo com querosene. Críticas públicas vão aumentar o ibope do blogueiro. Além de cr

A História reescrita e a censura da ficção

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Se há uma obra de ficção que indiscutivelmente impactou-me como leitora e escritora de ficção foi o grandioso épico “E O Vento Levou”, de Margaret Mitchell, que li ano passado. A escrita magistral brinda-nos com personagens descritos brilhantemente tanto no aspecto físico como emocional e extremamente bem construídos, bem como falas inesquecíveis vindas muitas vezes de personagens secundários (Beatrice Tarleton, a criadora de cavalos, por exemplo) e um bem construído background histórico da Guerra de Secessão (1861-1865) sob a ótica dos estados Confederados (sul dos EUA). E é exatamente devido ao momento histórico retratado tanto pelo livro como pelo filme nele baseado que os militantes da praga politicamente correta têm cada dia mais fomentado a celeuma que se ergue contra esse grande clássico da literatura americana. No artigo “ ‘Gone With the Wind’ should go away with the Confederate flag ”, Lou Lomenick sugere que “E o Vento Levou” deveria ser banido por se tratar