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Jurubaíba é gonçalense?

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Alexandre Martins* Em grande “sacada” editorial, o jornal Extra descobriu o filão do município de São Gonçalo e criou um tablóide anexo a sua edição das quintas-feiras, o Extra São Gonçalo. À guisa da outra boa sacada dos jornais de bairro criados pelo seu irmão rico, o jornal O Globo (o Extra pertence às Organizações Globo) o “jornal das classes D e E” se surpreendeu com o esgote da tiragem inicial que continha o suplemento. Ponto para o jornalismo do Recôncavo da Guanabara que percebe que “São Gonçalo não é Niterói”. Mas o que poderia ser um golaço, teve pênalti: uma matéria elegia a Ilha de Jurubaíba como pertencente a São Gonçalo. Vou explicar a confusão. O nome do arquipélago das Jurubaíbas - contração do tupi yurú (boca, trago, bocado); bá, alt. de mbae (coisa, objeto) e ahyba (má, ruim, que não presta - ibá é "árvore") - seria algo como "boca da coisa má". Na gíria popular, "coisa-má" é o demônio, o capeta. Litera

Não Deixe Ninguém Decidir Por Você

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Todo escritor tem o seu rumo traçado e seu alvo destacado. Não importa para onde e como será isso, isso não o torna diferente dos demais. Muitos apenas querem publicar para um grupo pequeno e para isso, somente precisa de um pequeno e reduzido lote. Outros esperam se aventurar agressivamente, com metas cada vez mais ambiciosas. Seja como for, o importante é saber exatamente onde quer chegar e como irá chegar, da mesma forma que um capitão traça o seu caminho marítimo. E para isso é essencial a DECISÃO. Quando decidimos, ficamos mais firmes em nossas ações. É algo como que se abrissem as alas com as palavras. Isso é extremamente importante não só na caminhada literária, como também em qualquer outra etapa e rumo de sua vida. Se você ficar meio disperso, xoxo ou dando qualquer brecha de indecisão, pode acabar se tornando um marionete nas mãos dos espertos. Vou explicar como isso acontece. Infelizmente isso não se exemplifica somente no eixo literário, mas em todo o campo profi

Invasões Britânicas na Educação e Cultura Gonçalenses

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Zeca Pinheiro   Muito depois do futebol se tornar o esporte mais popular do mundo e a língua inglesa a mais falada no planeta, bem depois das teorias de Newton e Charles Darwin e pouco depois da televisão, do telefone, da penicilina, do motor elétrico, da locomotiva a vapor e do trem invadirem nosso dia a dia, mudando radicalmente nossos hábitos e costumes. Tornou-se comum a invasão de escolas de origem estrangeiras no final do século XIX e inicio do século XX em todo o território brasileiro Certamente devido à enxurrada de imigrantes de diversas nacionalidades em nosso país, São Gonçalo não podia ficar imune a esta presença, a primeira invasão no bom sentido é claro foi em 1908, na Chácara Paraiso numa área de 150.000 (cento e cinquenta mil metros quadrados) localizado na Venda da Cruz, onde há pouco tempo funcionou o 3º BI, foi instalado uma sucursal do Gymnasio Anglo-Brazileiro ou The Anglo-Brazilian School uma vez que a matriz havia sido criada em 1899 em São Paulo em

Por Que um Livro é Recusado?

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Todos nós já tivemos nossos textos recusados por uma editora tradicional. É muito bom saber das alternativas práticas oferecidas por uma editora por demanda, mas é claro que todos nós também queríamos que uma grande editora acolhesse nossas obras para enfim podermos contar com uma ampla estratégia de marketing, publicação e distribuição, mesmo com os direitos autorais tão reduzidos. Eu mesmo tive muitas cartas de recusa. Algumas nem se preocuparam em me responder. Eu até entendo, pelo fato do escritório receber diariamente dezenas de encadernações por correio, além de uma infinidade de arquivos virtuais. Vamos listar alguns motivos notáveis da editora recusar uma obra. Talvez você se identifique com alguns desses itens: 1- A Editora não pediu nada Isso acontece constantemente. Existe uma época em que a editora "abre a porteira" para um número limitado de obras e depois se fecha. É o período de análise e filtragem do que recebeu. Fique esperto no momento em que el

Os pisos de caquinhos vermelhos

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Alexandre Martins Em São Gonçalo, como na maioria das cidades do Sudeste brasileiro, há ainda vestígios de assoalhos e pisos de lajotas vermelhas em residências, quintais ou áreas de serviço, dispostas aleatóriamente ou formando desenhos geométricos. Por ter sido nossa cidade um campo de olarias e cerâmicas desde séculos passados, alguns podem pensar que a idéia é natural de nossa região, mas não é bem assim. A história vêm do estado de São Paulo, influenciando várias cidades do Brasil. Eis o artigo de um engenheiro sobre o assunto. O mistério do marketing das lajotas quebradas por Manoel Botelho * Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Vamos contar esse mistério.  Foi na década de 40 / 50 do século passado. Voltemos a esse tempo. A cidade de São Paulo era servida por duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era

Como Agir em uma Palestra Literária

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Então a sua escola, faculdade ou livraria preferida irá receber um escritor para uma palestra com a turma? Isso é maravilhoso! São poucos os escritores que se dedicam para pequenos eventos literários e a melhor forma é exatamente conhecer de perto, tanto para o escritor quanto para o leitor. Felizmente, com o advento dos blogs literários, o autor pode ter a sua biografia, junto com as suas referências editoriais fartamente divulgadas e amplamente acessíveis, bastando apenas a digitação de seu nome no campo de busca virtual. Porém, é muito importante que tanto autor quando escritor saibam sobre como se portarem e tirarem o melhor proveito da preciosa oportunidade.  Para o escritor: Ele precisa conhecer o local. Sendo escola, o endereço, a faixa etária dos alunos e o que mais for necessário para não se sentir um "forasteiro" no local. Conheça bem o trajeto e a melhor baldeação, para não se perder, nem se atrasar. Leve cartões, marcadores de livros e outros materiais

Morando em São Gonçalo você sabe como é

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   Matheus Graciano   (em 14/1/ 2014)   Há dois anos atrás, a agência de propaganda DM9 aportou no Rio. Para se lançar, traduziu e aplicou uma campanha que já acontecia em outros lugares do mundo: “Sim, eu sou.” Uma sentença afirmativa e poderosa pela sua simplicidade. No caso, as frases eram sobre o estilo de vida “carioca zona sul”. Traduzida para “Sim, eu sou carioca”, a campanha estourou no Facebook. Dias depois, uma usuária lançou o “Sim, eu sou niteroiense”, que também impactou os moradores da ex-capital fluminense. Olhando as duas páginas, não foi muito difícil chegar à conclusão óbvia: e por que não, São Gonçalo? Se você mora na cidade do Rio, sabe que nos últimos anos ficou muito mais fácil ser (ou dizer que é) carioca. As olimpíadas deram um gás nesse sentimento que vinha perecendo desde a inauguração de Brasília. Niterói também não ficou para trás. Depois do bom trabalho de marketing dos últimos governos, somado à sua inserção nas 1