“Amor que morre”



“Amor que morre”

“O nosso amor morreu… Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

“Bem estava a sentir que ele morria…
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre… e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia…

“Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

“E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há de vir!”

Florbela Espanca

Visite a página da escritora, poetisa e palestrante Bartira Mendes . RESPIRANDO POESIA . https://www.facebook.com/bartiramendesrespirandopoesia/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A breve vida da página "Armandinho morrendo violentamente"

A diferença entre o Rio de Janeiro e São Paulo