Honestidade


Honestidade


Ser honesto parece que virou raridade na nossa política atual.  O cenário brasileiro apresenta casos, denúncias, delações, investigações e toda sorte de desconfianças sobre a ética e a conduta de autoridades. Mas ser honesto é mais profundo do que a sua relação com a política, que, aliás, nunca gozou de grandes níveis de honestidade em nenhum período da história nacional.
Ter a honestidade como norte significa, antes de tudo, ser honesto consigo mesmo.  Será que estou fazendo alguma atividade apenas por prestígio social e não porque realmente quero, desejo ou preciso fazer aquela atividade?  Estou quites com a minha consciência em relação a algo que fiz ou deixei de fazer?  Estou querendo agradar a outrem por estar fazendo determinada coisa e esquecendo das minhas próprias prioridades?  Estas perguntas são importantes e necessárias para que se tenha uma condição honesta de vida.
O interior nosso é rico.  Mesmo quem não cultiva seu interior frequentemente, pode descobrir riquezas inesperadas em seu guia interno.  Essa riqueza interior só pode vir a florescer plenamente quando somos honestos para com ela.  Desse modo, pretender cobrar de outros a honestidade que não temos conosco é perda de tempo.  Porque o inconsciente coletivo acaba sabendo de tudo o que ocorre, mais cedo ou mais tarde.  Até o que se passa apenas dentro das pessoas.  Há uma frase que diz: “Há quem tenha mais gênio do que todos os gênios; é toda gente.”Essa frase de Thomas Huxley, primeiro homem a cunhar o termo “agnóstico”, é verdadeira, haja vista que sempre ou quase sempre todos antecipem uma descoberta de gênio, em suas intuições, embora nenhum desses que tenham antecipado, puderam colocar em palavras, imagens ou qualquer outro tipo de linguagem aquilo que só o gênio pôde.
Sendo assim, ter honestidade é tarefa diária e também de cada momento do dia.  Porque estar fora do terreno da sinceridade consigo mesmo, nos é sugerido a todo instante.  O livre-arbítrio nos dá essa prerrogativa o tempo inteiro como seres humanos que somos.  É o que nos traz as falhas humanas – humano, demasiadamente humano – e o que nos torna únicos e especiais ao mesmo tempo.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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