Contemplando o próprio interior

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Contemplando o próprio interior


Nos últimos períodos históricos da nossa civilização foram desenvolvidas tecnologias que exploram ao máximo o exterior do homem em todos os aspectos, instâncias e graus. Porém não ocorreu o desenvolvimento paralelo ou concomitante das nossas dimensões psíquicas, emocionais, valorativas e éticas, nosso interior foi deixado de lado.
O resultado disso não poderia ser outro senão a criação de monstros como o cientificismo ou a normose, por exemplo.  No primeiro caso, é hipervalorizado o papel da ciência, sendo que o saber científico é considerado superior a todas as outras formas de conhecimento humano e compreensão humana da realidade como a religião, a filosofia metafísica, dentre outras.  Já a normose nos faz ajustados às normas, conceitos e padrões que nos trazem dor, sofrimento e angústia e que continuamos a praticar simplesmente porque “todo mundo faz”.
Para enfrentar esses monstros é preciso olhar para dentro.  Cultivar um mundo interior pode ser uma via de ressignificação e de tornar mais pleno nosso cotidiano.  Ouvir o coração, ouvir a mente, ouvir a alma e o espírito, enfim, pode realizar verdadeiras maravilhas por quem passa por dificuldades, sejam essas materiais, de doença física, psicológicas ou existenciais.
Nesse sentido, a divindade que existe na nossa fagulha interior pode nos guiar através dos nossos instintos a um caminho, seguindo uma tradição católica, evangélica, hindu, taoísta, xamânica, sufi ou até seguindo seus próprios pensamentos se você for agnóstico ou ateu.
Projetar nos outros, na situação econômica, política ou social a nossa felicidade não é aceitável.  Nossa felicidade está nas nossas mãos.  Temos que desenvolver o poder de compreender, aprender e crescer, que é muito diferente de, simplesmente, envelhecer e morrer.  As qualidades espirituais precisam florescer para que os dotes únicos e inatos de cada indivíduo venham dar vazão à sua consciência cósmica.
Desse modo, criar vínculos com os nossos semelhantes será fácil e melhorado em 100% de qualidade.  Porque antes teremos criado a sabedoria de ouvir a nós mesmos no mundo interior e nos respeitarmos como seres humanos plenos, vivos e autoconscientes.  Praticar essa sapiência no mundo exterior será apenas uma continuidade da nossa decisão e vontade interior.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


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