‘Madama’ tem nome?

Dona de terras, porto e embarcações, ela foi poderosa em São Gonçalo

 


Juliana Barreto Farias


    Nos tempos da Corte, o município de São Gonçalo, às margens da Baía de Guanabara, passou a ser muito exigido como fornecedor de alimentos para a capital. Fazendeiros do lugar prosperaram, e seus nomes hoje batizam várias localidades.

    Não foi o caso de Maria Gabriela Margarida Bazin Desmarest. E ela bem que merecia: além de proprietária de terras, ainda comandava um porto e era dona de seis embarcações. O problema é que, por respeito, ninguém ousava chamar a donzela pelo nome. Na região, ficou conhecida apenas como “Madama”. E assim se chamou o ponto de escoamento das lavouras de São Gonçalo: Porto da Madama.

    

    “A fazenda da tal madame tomava toda a área do bairro que hoje se chama Porto da Madama”, explica o pesquisador Rui Aniceto, do projeto História de São Gonçalo. Até a década de 1950, a paisagem do município ainda era dominada por sítios e fazendas.

    

    Elas se foram num piscar de olhos. Mas a memória da “madama” continua lá.







‘Madama’ tem nome? - Revista de História

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